- A. ambos os textos contêm elementos narrativos, que são utilizados para defender o mesmo ponto de vista.
- B. apenas o texto 1 contém elementos narrativos, embora ambos os textos defendam o mesmo ponto de vista.
- C. apenas o texto 2 contém elementos narrativos, que são utilizados para defender ponto de vista diferente do texto 1.
- D. ambos os textos contêm elementos narrativos, embora tais elementos sejam utilizados para defender pontos de vista diferentes.
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A Lira XIV, reproduzida a seguir, foi extraída da obra Marília de Dirceu, publicada em 1792; já a canção Tempos Modernos pertence ao álbum homônimo, lançado em 1982.
Lira XIV – parte I
(...) Ornemos nossas testas com as flores.
E façamos de feno um brando leito,
Prendamo-nos, Marília, em laço estreito,
Gozemos do prazer de sãos Amores.
Sobre as nossas cabeças,
Sem que o possam deter, o tempo corre;
E para nós o tempo, que se passa,
Também, Marília, morre.
Tempos Modernos
(Lulu Santos)
(...) Hoje o tempo voa amor
Escorre pelas mãos
Mesmo sem se sentir
Não há tempo Que volte amor
Vamos viver tudo
Que há pra viver
Vamos nos permitir...
(www.letras.mus.br/. Acesso: 8/8/2012.)
Por meio de uma leitura comparativa entre os dois textos, é CORRETO afirmar que
a)
apesar de o tempo ser sempre o mesmo em todas as épocas, na modernidade ele parece passar mais rápido; daí a urgência do amor, presente na canção contemporânea de Lulu Santos, mas ausente na lira de Gonzaga, do século XVIII.
b)embora os textos tratem do mesmo tema, eles se diferem quanto à abordagem adotada. Na lira de Gonzaga, prevalece a idealização amorosa e a relação com a natureza; na canção de Lulu Santos, por sua vez, prevalece a relação entre amor e tempo.
c)ambos os textos apontam para a necessidade de se viver o tempo presente, decorrente da brevidade da existência; na lira de Gonzaga, o amor é tratado de forma idealizada, ao passo que, na canção de Lulu Santos, ele é essencialmente carnal.
d)embora escritos em épocas distintas, os textos tratam do mesmo tema e utilizam a mesma estratégia: o eu-poético tenta persuadir a amada a gozar os amores no momento presente, com base no argumento da fugacidade do tempo e da impossibilidade de se recuperá-lo.