As operações de mercado aberto também são conhecidas como empréstimos de liquidez

A política monetária nacional, assim como em outros países, oferece instrumentos para que o governo esteja apto a administrar a nossa moeda. Nesse contexto, encontramos as operações de Open Market.

Prática que faz parte da política monetária do Brasil, Open Market – mercado aberto, em tradução livre – é quando o Banco Central do Brasil compra ou vende títulos de dívidas públicas a outros bancos. A dinâmica tem como propósito aumentar ou diminuir a quantidade de dinheiro no sistema bancário. Seu impacto na economia do país é esperado a médio prazo.

Por meio de leilões promovidos pelo Banco Central, os bancos comerciais autorizados a atuar no mercado primário (nível 1) – também conhecidos como dealers – compram os títulos públicos. Em seguida, essas instituições financeiras renegociam o documento no mercado secundário (nível 2).

Open Market e a Selic

O Open Market ainda age para que a taxa básica de juros – no caso do Brasil, a Selic – se mantenha de acordo com a meta definida pelo Banco Central. A redução da Selic, por exemplo, faz com que aumente as buscas por créditos e até mesmo potenciais investimentos. É exatamente neste momento é que a maior liquidez gerada pelo Open Market é necessária.

Apesar de lidar com o risco de aproximar o mercado de uma possível volatilidade, o Open Market é a prática mais usada pela política monetária já que, economicamente falando, é a forma mais funcional para absorver recursos e proteger o mercado de algumas oscilações mais inconstantes.

É importante ressaltar que a política monetária pode não só fazer com que a economia de certo país cresça, como também contraia. Mas este é um tema para um próximo post. Acompanhe o blog do Travelex Bank e fique sempre informado sobre os principais acontecimentos dos mercados financeiros nacionais e internacionais!

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  • Qual a função do Open Market?

    Através da compra e venda de títulos públicos, controla-se a taxa básica de juros (Selic).

    Com essa retenção ou ampliação do Sistema Especial de Liquidação e Custódia, indicador das condições econômicas do país, a inflação também pode sofrer alterações.

    Portanto, ao equilibrar o câmbio no Brasil, o Banco Central controla o grau de liquidez e regula a economia.

    Ou seja, o mercado aberto pode ser uma ferramenta utilizada tanto para políticas monetárias expansionistas quanto contracionistas.

    Impactos econômicos do fluxo cambial

    Um exemplo do impacto econômico das variações cambias no Brasil é o aumento do dólar que, quando muito valorizado em relação ao Real, acaba diminuindo os lucros de empresas que importam matéria-prima.

    Já no caso dos negócios exportadores, o efeito nos lucros acabam sendo positivos.

    Assim, para quem investe em dólar, é possível se prevenir em períodos de crise e alta da inflação.

    cotação do dólar baseia-se na disputa entre a oferta e a procura, ou seja, quanto mais pessoas interessadas na moeda, maior o seu valor no mercado.

    Para conter isso, em alguns casos, o Banco Central faz intervenções diretas no câmbio, comprando ou vendendo dólares para reduzir a volatilidade do dólar no país, evitando que ele fique “muito caro” ou “muito barato”.

    No Brasil, investir em dólar é uma prática de investidores que buscam pela diversificação em sua carteira de ativos.

    Dessa maneira, existem diversas formas de investir em dólar. São elas:

    • Papel moeda;
    • Ações de empresas exportadoras;
    • Fundos cambiais;
    • Contratos futuros;
    • Mercado Forex.

    Entre esses métodos, o mais utilizado continua sendo a compra de papel moeda, sendo ela a menos eficiente.

    Isso porque, além dos custos elevados, as instituições financeiras cobram IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), spread (diferença entre preço de compra e preço de venda) e algumas outras taxas.

    Por isso, mesmo não garantindo retorno, o dólar, ao longo do tempo, funcionou muito bem para aplicação em forma de hedge (ou proteção) de patrimônio.

    Como funcionam as operações do Mercado Aberto?

    As operações feitas no mercado aberto têm o objetivo de inserir ou retirar moedas em circulação, para que assim o Banco Central induza efeitos na economia.

    Sendo o principal agente financeiro do Governo, é ele quem faz a gestão cambial do país e fica encarregado das reservas de moeda estrangeira.

    Para isso, o BC promove as operações conhecidas como open market, negociando títulos públicos.

    Assim, as grandes economias geralmente possuem alguma instituição responsável pela gestão do dinheiro.

    No Brasil, além do Banco Central, que cuida do poder de compra do Real, podemos citar também o Tesouro Nacional, que faz a emissão do dinheiro e se envolve com questões como a dívida pública.

    É importante destacar que praticamente todas as moedas dos países são trabalhadas em uma espécie de Open Market Mundial.

    Portanto, elas acabam sofrendo bastante volatilidade, que reduzi ou aumenta o poder de compra do dinheiro, influenciando questões como o juro e a inflação.

    Nesse sentido, é possível perceber que existe uma relação entre os mercados mundiais, fazendo com que até países que não atuam com essa estratégia econômica sejam influenciados pelo Open Market.

    Emissão de títulos públicos

    O títulos são uma forma do governo captar dinheiro para financiar a dívida pública e custear investimentos em diversas áreas do país, como a segurança e infraestrutura.

    Em seu mercado, os bancos comerciais e outras instituições financeiras como as corretoras de valores podem comprar e vender estes ativos.

    Isso é feito após o lançamento de leilões promovidos pelo Banco Central para a emissão e compra desses títulos.

    Para que uma instituição participe dessa operação, é preciso que ela seja chamada de dealer, ou seja, possua uma autorização.

    Níveis de Open Market

    Dentro do Mercado Aberto, existem dois níveis que servem para diferenciar o modelo das operações com títulos públicos.

    No nível primário, ou simplesmente mercado primário, ocorrem as operações financeiras entre o Banco Central e outras instituições bancárias (dealers).

    Já no nível secundário, todo o mercado consegue fazer operações envolvendo os títulos públicos, incluindo outras instituições e investidores.

    A importância da Política Monetária

    A política monetária corresponde a um conjunto de medidas que o Governo adota para o controle da moeda e da inflação na economia.

    Isso é necessário, porque é a estabilidade dos preços que preserva o valor do dinheiro, ou seja, o poder de compra da moeda nacional.

    Segundo o BC, o principal instrumento de política monetária é a Taxa Selic, definida pelo COPOM. Sendo a taxa de juros básica da economia, ela afeta diretamente outras taxas, como os juros cobrados pelos bancos.

    Assim, quando mais baratos, os juros incentivam o consumo, o que no curto prazo pode ter efeitos sobre a inflação.

    Portanto, o objetivo das políticas monetárias é tornar a inflação baixa, estável e previsível, tornando possível o crescimento econômico sustentável do Brasil.

    Tipos de política monetária

    O crescimento da economia de um país depende de variados fatores, como:

    • Eficiência produtiva;
    • Alocação dos fatores de produção;
    • Capital humano;
    • Taxa de investimento.

    A política monetária não é um instrumento de desenvolvimento econômico, mas pode ser extremamente útil para promover impactos desejáveis no curto prazo.

    Por isso, dependendo do cenário econômico do Brasil, o Banco Central pode tomar atitudes tanto de cunho expansionista quanto contracionista.

    Para entender melhor, confira abaixo as características de cada uma delas:

    Política monetária expansionista

    Utilizando uma política monetária expansionista, o Banco Central trabalha para aumentar a oferta de moeda no país e diminuir as taxas de juros.

    O objetivo disso é incentivar e expandir o consumo, trazendo impactos econômicos desejáveis de curto prazo.

    Por isso, quando isso ocorre, há um estímulo ao consumo por parte da sociedade do país.

    No curto prazo, provavelmente a demanda de produtos e serviços se manterá em constante crescimento, o que resultará em uma alta inflação.

    E esse é um dos maiores riscos dessa estratégia, quando mal utilizada.

    A política monetária contracionista consiste na retirada de moeda da economia.

    Isso pode ocorrer através do aumento da taxa de juros ou na diminuição direta na oferta de moeda.

    Quando país está passando por um nível acelerado de inflação, essa política pode ser válida.

    Com um aumento no juros, por exemplo, a demanda dos consumidores é reduzida, contendo o avanço dos preços na economia e retomando o poder de compra da população.

    Operações de Open Market na política monetária

    Com o Mercado Aberto, o principal objetivo de médio prazo do Banco Central é atingir a economia através da política monetária.

    Por isso, se o país estiver em crise, é necessária uma política expansionista, que incentive a retomada do crescimento.

    Já quando estiver em amplo crescimento, pode ser necessária uma política contracionista, que equilibre a economia.

    Outros instrumentos de política monetária

    O open market faz parte dos chamados instrumentos de política monetária, que são mecanismos utilizados pelo Banco Central para controlar a oferta da moeda e a taxa de juros nacional.

    Os principais instrumentos são:

    • Open market ou Mercado Aberto;
    • Depósito compulsório;
    • Redesconto.

    Como já dito, o mercado aberto consiste na prática de compra e venda de títulos públicos federais, feita no momento em que o BC considerar conveniente para o país.

    Os efeitos econômicos obtidos com essa estratégia são, em geral, de curto prazo.

    No entanto, é preciso entender como cada um dos outros dois mecanismos funcionam:

    Redesconto

    O redesconto é a concessão de empréstimos pelo Banco Central para bancos e instituições financeiras que estão com pouco dinheiro disponível para manter suas operações.

    Seu objetivo é regular o nível de moeda circulante na economia solucionando problemas de liquidez de curto prazo.

    O redesconto funciona como uma forma de administrar a oferta de dinheiro no mercado e controlar a liquidez geral na economia.

    Nesse sentido, se o Banco Central libera mais recursos pelas operações de redesconto, um banco consegue captar recursos para o seu caixa com mais facilidade.

    Portanto, o redesconto é um instrumento utilizado em casos mais graves, sendo de caráter punitivo, com taxas de juros mais elevadas que a média.

    Consideram-se os efeitos dessa estratégia como de médio prazo.

    Depósito compulsório

    O depósito compulsório representa uma taxa recolhida pelo Banco Central dos depósitos nos bancos comerciais, sendo utilizada para a criação de um saldo.

    Os depósitos compulsórios regulamentam diferentes tipos de depósitos, como:

    • Depósitos à vista ou a prazo;
    • Depósitos em caderneta de poupança;
    • Exigibilidade adicional (que inclui um adicional dos três anteriores);
    • Recursos de Depósitos e Garantias Realizadas.

    O saldo criado serve para uma futura disponibilização em forma de empréstimo.

    Durante a política fiscal, quando há uma maior exigência, o Bacen eleva a taxa exigida, fazendo com que os bancos possuam menos recursos disponíveis para emprestar.

    Com isso, reduz-se atividade econômica, bem como as expectativas de inflação.

    O principal objetivo do Banco Central com essas operações é atingir a economia de maneira adequada às necessidades do país no momento.

    Portanto, caso o país esteja em crise, é preciso que ela seja expansionista, visando o crescimento econômico com a maior busca por créditos e investimentos com maior liquidez.

    Do contrário, ela pode ser contracionista, como ocorrido entre 2015 e 2016 no Brasil, onde a Taxa Selic permaneceu alta (14% em média) para conter a inflação, resultando, em 2017, em um dos menores índices registrados.

    Para que serve o Open Market?

    A análise de mercado é a forma mais utilizada para precificação e avaliação de ativos financeiros. Por conta disso, o Open Market influencia o valor das moedas, rentabilidade dos títulos públicos e até a taxa de juros básica do Brasil.

    Através do Mercado Aberto, o Brasil consegue se financiar, além de financiar seus cidadãos e negócios.

    Isso porque, mesmo dentro de um sistema capitalista de “livre mercado”, os Bancos Centrais precisam tomar atitudes para conter surtos de volatilidade no sistema.

    Eles podem ocorrer por conta da grande entrada e saída de moedas em nosso país ou pela alta do juro futuro, forçando um aumento nas taxas dos títulos públicos e demais papéis.

    Mesmo podendo, em alguns momentos, não corresponder com a realidade, inclusive promovendo certa volatilidade ao mercado de maneira prejudicial, o Open Market, economicamente,  é a forma mais funcional para a captação de recursos e proteção contra oscilações maiores.

    Ou seja, o Mercado Aberto é somente uma das ferramentas disponíveis ao Banco Central para que a economia seja impulsionada da maneira mais adequada possível.

    O termo Mercado Aberto ou Open Market é utilizado quando o Banco Central de cada país opera para regular o fluxo da moeda, comprando e vendendo seus títulos públicos.

    Através da compra e venda de títulos públicos, controla-se a taxa básica de juros (Selic).

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