Como estudar em uma faculdade no exterior

Fazer faculdade no exterior é uma escolha que cresce cada vez mais no Brasil. Segundo dados da pesquisa Selo Belta, mais de 50 mil brasileiros começaram a estudar em uma universidade internacional em 2018 – um crescimento de 37,7% em relação ao ano anterior.

Se esse é o desejo do seu filho e você quer ajudá-lo a realizar esse sonho, precisa estar atento a uma série de detalhes. Quer saber mais? Então confira como fazer faculdade em outro país.

Como fazer faculdade fora do Brasil?

1) Bom histórico escolar:

Os processos de admissão variam de acordo com a universidade e a legislação do país de destino. Geralmente, as instituições do exterior avaliam o histórico escolar dos estudantes. “Além de apresentar boas notas, é importante manter um equilíbrio entre as disciplinas. Melhorar o desempenho de um ano para o outro também é considerado positivo, pois demonstra esforço e dedicação”, explica Fernanda Fanganiello Cossa, professora de Inglês do Colégio Etapa Valinhos.

Estudar em uma escola com um currículo exigente também conta pontos no processo de admissão. “As universidades internacionais avaliam o estudante como um todo, não apenas a sua nota em uma disciplina específica. Por isso, construir um currículo respeitável durante os anos escolares, principalmente no Ensino Médio, aumenta consideravelmente as chances de ser aceito”, afirma Cossa.

Para ter um bom histórico escolar em um colégio com um currículo desafiador, o estudante precisa contar com total apoio em casa e no ambiente escolar. Os pais devem incentivar os seus filhos a se dedicarem aos estudos e avaliar se a escola disponibiliza plantonistas para esclarecer dúvidas e orientação pedagógica, por exemplo.

2) Boa proficiência em uma língua estrangeira:

A proficiência no idioma em que as aulas serão ministradas também costuma ser avaliada pelas universidades e o estudante precisa atingir uma pontuação mínima, definida pela própria instituição, para ser considerado no processo de admissão.

Vale destacar que o inglês é o idioma mais utilizado pelas principais universidades do mundo por ser considerado uma língua universal. Por conta disso, o TOEFL e o IELTS são as provas mais usadas para a avaliação da proficiência. Ambos os testes são divididos em quatro seções: Listening, Reading, Writing e Speaking.

Por isso, para ajudar o filho a fazer faculdade no exterior, os pais devem se informar sobre a língua utilizada nas aulas das universidades pretendidas e incentivar o seu aprendizado. Nesse caso, estudar em uma escola que ofereça oportunidades de aprofundamento no idioma pode fazer a diferença no processo de admissão.

3) Currículo de peso:

As instituições internacionais, principalmente dos Estados Unidos, valorizam a trajetória do estudante, por isso as atividades extracurriculares possuem um grande peso no processo de admissão.

“O candidato deve contar se pratica esporte, faz trabalho voluntário, tem talento com instrumentos musicais ou se participa de iniciativas da sua comunidade. Vale qualquer atividade extraclasse, desde que tenha significado, seja verdadeira e demonstre um comprometimento do estudante”, afirma Cossa.

Para ajudar o filho a ter um currículo de destaque, os pais podem incentivá-lo a se dedicar a atividades de que gosta. Contar com uma escola que possui uma variedade de atividades extracurriculares facilita a rotina da família.

4)  Bom desempenho nas provas padronizadas:

As provas padronizadas são o que há de mais próximo aos vestibulares realizados no Brasil. E o objetivo desses testes é avaliar os conhecimentos e as habilidades de raciocínio dos estudantes em diferentes disciplinas.

Nos Estados Unidos, as instituições costumam pedir os exames SAT e ACT. O SAT abrange as áreas de interpretação de texto, linguagem e Matemática. Além disso, o estudante tem a opção de escrever uma redação e de fazer uma segunda prova, focada em uma disciplina específica. Já o ACT engloba testes de Ciências, Inglês, interpretação de textos e Matemática.

Apesar de suas estruturas serem parecidas com os vestibulares brasileiros, os seus conteúdos podem ser bem diferentes. Por isso, essas provas exigem uma preparação específica. Verifique se a escola do seu filho possui um Setor Internacional e se esse departamento oferece todo o apoio necessário para o processo de admissão, além de contar com aulas específicas para os estudantes que desejam cursar uma graduação no exterior.

5) Excelentes essays e cartas de recomendação:

As universidades internacionais que possuem um processo de candidatura mais holístico costumam avaliar também o perfil dos estudantes. Por isso, podem exigir que os candidatos escrevam essays, um tipo de redação bastante comum no application¹.

“As redações devem ser de cunho pessoal e os temas podem ser sugeridos ou não pelas próprias universidades. O texto precisa ser bem redigido, sem apresentar erros gramaticais, pois essa é uma das partes mais importantes do processo de admissão. Considerando o alto nível de concorrência para uma vaga nas principais instituições de ensino superior do mundo, uma boa apresentação, que mostre que o estudante é um candidato único, pode ser o diferencial da sua candidatura”, explica Cossa.

As cartas de recomendação também podem fazer a diferença para um estudante ser aceito em uma universidade internacional. Esses documentos devem ser escritos por professores ou coordenadores do candidato. O objetivo é entender o perfil do estudante a partir da visão de quem participou de sua formação.

“Uma boa carta de recomendação é aquela que apresenta o aluno como aprendiz, mostrando o esforço e a dedicação que o levaram ao êxito acadêmico. É importante citar momentos marcantes da vida escolar, assim como demonstrar valores que a universidade busca, como liderança, responsabilidade, inteligência emocional e solidariedade, por exemplo”, afirma Cossa.

6) Bom desempenho nas entrevistas:

A entrevista é uma etapa que faz parte de poucos processos de admissão de instituições de ensino superior internacionais. Se esse é o caso da universidade de interesse do seu filho, ele precisa estar preparado. “Normalmente, o entrevistador pergunta sobre aspectos pessoais do estudante, como seus pontos fortes e suas fraquezas, exemplos de iniciativa ou superação, além do motivo de querer estudar determinado curso e na instituição em questão”, explica Cossa.

Espera-se que o estudante responda as perguntas com propriedade, mostrando a sua dedicação aos estudos, às atividades extracurriculares e demonstrando um alinhamento com o perfil de estudante desejado pela universidade.

E os pais também podem ajudar os filhos a se preparem para essa etapa do processo de admissão. “A família pode simular as entrevistas no idioma requisitado pela universidade, avaliando se o filho conhece o perfil das instituições pretendidas e se está seguro para falar de si mesmo e dos seus objetivos acadêmicos na língua estrangeira”, sugere Cossa. Contar com uma escola que possua apoio especializado também ajuda.

Gostou dessas dicas de como fazer faculdade no exterior? Lembre-se que o incentivo e a participação dos pais no processo de admissão são fundamentais para o filho conquistar a tão sonhada vaga em uma universidade internacional.

“A família é extremamente importante para o estudante se sentir apoiado e confiante. Trata-se de um processo desafiador e bastante exigente em termos acadêmicos e burocráticos. Os pais podem ajudar pesquisando cursos e universidades com os filhos, fazendo um planejamento financeiro, estabelecendo estratégias para a aprovação, incentivando-os durante o processo de admissão e se inteirando sobre os prazos e os documentos exigidos”, finaliza Cossa.

Agora que você já sabe como ajudar o seu filho a estudar no exterior, compartilhe esse conteúdo em suas redes sociais para que outros pais possam ajudar os seus filhos. Estamos no Facebook e no Instagram!

1Application: Processo de admissão das universidades norte-americanas.

Fazer um intercâmbio é uma experiência única e o sonho de muita gente. O que acaba afastando muitas dessas pessoas é a ideia de que o intercâmbio é uma coisa cara. Mas você sabia que existem maneiras de estudar de graça no exterior ou, pelo menos, de forma mais barata? Listamos 4 maneiras para que você possa encaixar seus estudos no exterior no seu orçamento!

Como estudar de graça no exterior?

Aplique diretamente para universidades gratuitas

Em alguns países, como os EUA, todas as universidades são pagas. Já em outros, assim como no Brasil, existem instituições públicas gratuitas ou com valores bem abaixo da média. É o caso da Alemanha, por exemplo. Por lá, todos os cursos de graduação e doutorado são 100% gratuitos (exceto no estado de Baden-Württemberg).

A Sorbonne de Paris também está nesse grupo. Por lá, não se cobra mensalidades, apenas uma taxa de inscrição de pouco menos de €200. A única desvantagem (para quem fala apenas inglês) é que as aulas são em francês. Portanto, há um pré-requisito de idioma para se inscrever. As universidades da Áustria seguem a mesma linha: estudantes estrangeiros pagam de €360 a €720 por semestre (R$1560 a R$3130). Além disso, também é cobrada uma taxa de seguro estudantil no valor de €19 (R$82).

Considere fazer uma lista de cinco países onde você gostaria de estudar no exterior. Em seguida, verifique os sites das universidades desses países para ver se o custo das mensalidades cabe no seu bolso. Além disso, lembre-se do custo de vida nesses países: as universidades públicas da Noruega, por exemplo, são gratuitas, mesmo para estudantes internacionais, mas o alto custo de vida pode tornar essa opção menos atraente do que outras.

Se inscreva para bolsas de estudo

Essa forma é um pouco óbvia, mas não teríamos como deixar de fora da nossa lista. As bolsas de estudos são a maneira mais simples de reduzir seus gastos e estudar de graça no exterior. É claro que elas também são mais competitivas, mas com a preparação certa fica mais fácil de conseguir uma.

Existem muitos tipos de bolsas para intercâmbio: baseadas no mérito, na necessidade econômica do aluno, em atividades esportivas ou criativas, scholarships, fellowships e por aí vai… O ideal, assim como no caso das universidades, é pesquisar quais são oferecidas no seu destino de interesse e quais se encaixam melhor no seu orçamento e na sua situação econômica.

Seja voluntário(a) no exterior

Quem disse que só valem os estudos em universidades? Em um trabalho voluntário você tem a oportunidade de aprender muita coisa, desde a língua do país até as habilidades que envolvem o serviço que você vai desenvolver por lá. Por exemplo, em um voluntariado de preservação da vida marinha você vai aprender muito sobre os animais, como tartarugas e baleias. Alguns programas de trabalho voluntário no exterior, por exemplo, oferecem moradia e comida gratuitas em troca do seu trabalho. Nesse caso, os dois lados saem ganhando: eles recebem ajuda nos trabalhos e você tem a sua experiência internacional gastando menos. .

Trabalhe enquanto estuda

Essa maneira não te permite realmente estudar de graça no exterior. Porém, ela pode te ajuda a reduzir seus gastos quando estiver lá fora. O importante aqui é se atentar às especificações do seu visto de estudante. Em alguns países, ele permite que você trabalhe em qualquer lugar e, em outros, só para a própria universidade, como em bibliotecas, lanchonetes e etc.

Tenha também em mente que muitos países (em especial da Europa) permitem que você trabalhe apenas meio período, dependendo da duração da sua estadia no exterior. Dessa forma, os seus ganhos com esse trabalho de meio período devem ser o suficiente para encaixar no seu orçamento. No Reino Unido, por exemplo, você pode trabalhar em período parcial se ficar mais de seis meses, enquanto na Espanha você pode trabalhar desde que seja um emprego relevante para o seu campo de estudo.

Intercâmbio com a UDI

No fim das contas, o importante é ter em mente que o intercâmbio não é tão caro quanto tendemos a imaginar e que há opções para estudar de graça no exterior. Se você precisar de ajuda para conquistar essas oportunidades, pode contar com a nossa mentoria especializada em todo esse processo. Clique aqui para fazer o seu teste de perfil.

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