Como parar de se comparar com os outras

Oi md23! Novamente: seja grata por estar magra. Essa reflexão contribui com a anterior. A gente não é feio ou bonito, a gente não é magro ou gordo. A gente contém um corpo com milhões de ferramentas por serem descobertas e adatadas. A maior parte das pessoas estão crescendo acima do peso. É melhor se tornar adulto magro (com razoabilidade). A beleza essencial está em valorizar a si mesma, está em ser agradável, confíavel, flexível, persistente nas coisas éticas; está no companheirismo, no bom humor. É comum, antes de nos tornarmos adultos com autoconfiança, achar que os corpos fora de nós, são mais bonitos. Isso tem lá suas conexões da seleção natural da espécie. Calma. Viva com autenticidade, com espontaneidade, estude sério, trabalhe sério, coopera sério com os próximos, invista em colegas, conhecidos, esportes coletivos de contato. Abraços virtuais (em tempos de pandemia verdadeira, de maioria de falsos políticos, de grande maioria de falsos religiosos - atores, comerciantes da fé, opositores do conhecimento - até de alguns falsos cientistas, sigamos recomendações de instituições como: Anvisa, Universidades Públicas, Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, Organização Mundial da Saúde!) Vacine-se! Vacine as crianças! Mascare-se! Ainda é preciso precaução. Mantenha proximidade afetiva com distanciamento físico.

Ary Donizete Machado - psicólogo clínico e orientador ocupacional.

Você já se pegou se comparando com algum conhecido? Ou até mesmo, rolando pelo feed das redes sociais e imaginando como a vida de tal pessoa parece dos sonhos?

A realidade é que estamos em uma sociedade que facilmente nos faz acreditar na ideia de que estamos numa competição constante com outras pessoas.

Nesse post, trouxe algumas dicas de como ressignificar este hábito da comparação e transformarmos nossa relação com nós mesmas de uma forma mais amorosa e respeitosa.

Vamos trabalhar juntas nisso?

Por que tendemos a nos comparar?

A vida moderna nos trouxe padrões para ser uma pessoa perfeita e ter a vida ideal. Acabam nos ditando como nosso corpo deve ser e o que devemos alcançar como objetivo: seja a família bem resolvida, os empregos bem lucrativos, o dia a dia sem problemas…

Por conta desse padrão que esperam que a gente se encaixe, acabamos muitas vezes nos comparando com quem está ao nosso redor.

Isso se fortaleceu ainda mais com a internet, em que acompanhamos diariamente a vida de centenas de pessoas e nos sentimos como se também precisássemos exatamente das mesmas coisas.

O fato é que a vida na internet nem sempre é real. Existem filtros e camadas em que tudo é devidamente selecionado para aparecer apenas o melhor. Por isso, não podemos nos deixar comparar por uma realidade que, na verdade, não é real. Complexo, não é mesmo? 

Além disso, se formos para para pensarmos no dia a dia, com pessoas que vemos presencialmente, não estamos 100% cientes do que de fato aquela pessoa passa. Presenciamos apenas uma faixa do dia a dia e dos reais sentimentos e expectativas que aquela pessoa carrega.

Talvez aquela pessoa com que você se compare, também se compara com outra pessoa e assim por diante… Acabamos caindo num ciclo vicioso de comparação e frustração por não reconhecermos a singularidade de quem somos.

Como parar de se comparar com os outras

O que a comparação nos impede de perceber

Quando entramos no hábito da comparação, o que estamos nos dizendo é que não somos suficientes. 

Deixamos de lado o entendimento de que a vida, mentalidade, oportunidades e tantos outros fatores que estão acontecendo na vida de outra pessoa são diferentes das nossas. 

Acabamos por não perceber que temos nossas próprias particularidades e dentro da nossa jornada, somos sim capazes, fortes, merecedoras, bonitas, dignas de admiração e o que quer que seja!

Quando deixamos a comparação de lado e passamos a focar unicamente nos nossos valores e qualidades, sentimos a liberdade de nos livrar de um peso que não precisamos carregar.

Pois não há ganho na comparação. Cada um tem a sua própria jornada, seus próprios desafios e jeito de ser.

E mais, você não precisa ser igual ao outro. O seu maior poder é ser você mesma!

Quando você deixa se levar pela comparação, você deixa de trazer para o mundo quem você é, e esta é a maior perda. Pois tenho certeza que você tem sim talentos incríveis, uma qualidade admirável e algo para que possa se sentir grata.

Já parou para pensar no quão única você é? Este é um lembrete para se carregar para a vida!

Quando você celebra a si mesma e as suas próprias vitórias, posso te garantir: o Universo te celebra também.

Formas de deixar a comparação de lado

Assim como qualquer execução de atividades na nossa vida, mudar a nossa mentalidade é também uma questão de hábito e prática. 

Aos poucos vamos percebendo que podemos ter sim o controle sobre nossos pensamentos e a forma que a gente se enxerga. Isso pode ser feito de uma forma leve, gradual e respeitosa. 

Não se cobre e nem se culpe. Está tudo bem em ter o seu tempo ou até mesmo, ter “recaídas” ao longo deste processo de aceitação e fim de comparações constantes. 

Para te ajudar nisso, separei algumas dicas que você pode incluir no seu dia a dia!

1. Ao se perceber comparando, não permita se diminuir 

Toda vez que você se pegar comparando com uma outra pessoa, se abrace e repita a si mesma as suas próprias qualidades. Você também pode ir mais além e listar o que admira nesta pessoa, fechando os olhos e visualizando você mesma exercendo essas qualidades. E ao invés de se diminuir, sinta-se inspirada pela outra pessoa e reconheça que você também pode ser fonte de inspiração para alguém.

Como parar de se comparar com os outras

2. Não busque a perfeição em tudo

Aquele vontade de fazer tudo sem erros e ter tudo milimetricamente controlado e perfeito em nossa vida pode nos gerar insegurança uma vez que buscamos um padrão que não é necessário. 

Além disso, indo para o lado físico, nem sempre teremos a pele perfeita, o cabelo hidratado, as unhas bem feitas… 

Lembre-se: na internet sempre existirá um filtro que tornará as coisas melhores. Isso não é exatamente a realidade e por isso, você não precisa se encaixar nela.

3. Não se cobre tanto

Lembre-se de reconhecer as suas qualidades, elas existem sim! Além disso, não tente fazer de tudo só para provar o seu valor ou achar que nunca irá alcançar algum objetivo.

Nesses momentos, busque se voltar para si mesma e reconhecer suas próprias conquistas e saber que tudo, exatamente tudo, tem o seu tempo. 

Cada um tem uma jornada e uma missão para cumprir. Se colocar em uma posição de comparação ao outro é deixar de reconhecer toda a sua autenticidade.

O que você pode fazer hoje, já é o suficiente e você está indo no caminho certo.

4. Conecte-se com o seu Plexo Solar

Sabia que o seu existe um chakra dentro de você que pode te ajudar a reconhecer o seu poder pessoal? Ele está localizado logo acima do nosso umbigo.

Este é um portal de energia que já existe dentro de nós e para aproveitar da melhor forma, você só precisa estar consciente desta potência que carrega.

Quando não estamos em equilíbrio com este Chakra, podemos nos sentir facilmente irritadas, com medo de não sermos bem sucedidas, em uma busca constante por perfeccionismo e suscetíveis a nos compararmos com os outros.

Você pode fazer exercícios de visualização de uma luz amarela ao seu redor e utilizar a aromaterapia com óleos essenciais de gerânio.

No meu perfil do instagram, eu trago algumas formas mágicas de como você pode se conectar com este Chakra e também com outros!

Valorizar você mesma é o princípio de tudo

Tentar ser outra pessoa é um desperdício de você.

Você é o seu maior projeto criativo. Invista, aprimore, tenha a coragem de ser essência. Não perca a oportunidade de entregar para o mundo quem você realmente é. Ao se deixar levar pela comparação, você perde a oportunidade de reconhecer, por você mesma, a potência que você carrega dentro de si!

Me conta: como você tem lidado com comparações?

A comparação é inata ao ser humano. Ao observar os outros, aprendemos (ou não) com diferentes modelos de comportamento. O sinal vermelho, no entanto, acende quando alguém passa do ponto no hábito de se comparar com os outros —em geral, um processo que segue mecanismos inconscientes cujas razões são desconhecidas para a própria pessoa.

Estar em permanente estado de comparação com o outro é um comportamento extremamente tóxico que leva a crenças limitantes e a criação de padrões inatingíveis, de acordo com a psicanalista Gisele Gomes, professora de Teoria Psicanalítica Freudiana na RNA Clínica e Escola de Psicanálise, em São Paulo (SP).

"Quando alguém se compara com o outro e se identifica como superior ou inferior, em relação às suas características físicas, financeiras ou intelectuais, está impedindo que suas verdadeiras potencialidades se sobressaiam e permitam a realização de seus próprios desejos", diz ela. Comparar-se intensamente é como manter uma imagem distorcida o tempo todo no espelho da vida. "Frustração e infelicidade passam a ser as principais companheiras da pessoa, sentimentos que são portas abertas para ansiedade, depressão e outros transtornos psíquicos", alerta.

Quando é natural e quando faz mal

Comparar-se não é de todo ruim. As crianças, ao observarem os pais, buscam aprender o certo e o errado, por exemplo. Vivemos em sociedade e é comum que nas relações em diferentes campos, como o financeiro e o social, busquemos referências para fazer as nossas escolhas. "Nos comparamos uns aos outros a fim de evoluirmos e termos referências do que é bom ou ruim", diz Ricardo Sato, psicólogo clínico e hospitalar e coordenador do Serviço de Psicologia Hospitalar da Rede D'Or São Luiz unidade Morumbi, em São Paulo (SP).

No caso de uma comparação do salário com outros colegas de profissão, por exemplo, para saber se a remuneração obtida está ou não de acordo com profissionais com o mesmo ramo, pode ser bom. "É uma comparação consciente que pode ser útil para refletir sobre a necessidade de uma recolocação ou para traçar estratégias para melhorar o ganho salarial. Comparar, nesse caso, é uma atitude a favor de um desenvolvimento, de uma mudança positiva", explica Marcelo Lábaki Agostinho, psicólogo clínico do IP-USP (Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo).

O problema é quando a comparação traz sofrimento, como explicado por Gomes. Nesses casos, apesar de quem se compara poder se sentir superior ou inferior ao outro, geralmente a segunda opção é o que predomina. "O mais comum em quem adota esse padrão é se colocar em desvantagem em relação ao outro", diz Marina Vasconcellos, psicóloga e terapeuta familiar e de casal pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). "É um indício típico de baixa autoestima. A pessoa não acredita em si mesma, é insegura e exerce a comparação como uma forma de autoafirmação. Quem confia em si não faz isso".

Insegurança e ideais utópicos

A autoestima é a noção de valor, positiva ou negativa, que o indivíduo tem de si, e envolve as percepções e crenças adquiridas ao longo da vida. Sua origem é na infância, nas relações estabelecidas com os pais, nas valorizações que eles deram aos seus comportamentos e conquistas e que fizeram com que a criança se sentisse amada.

"Uma criança que sempre foi criticada ou pouco reconhecida por algo de bom que tenha feito se torna insegura e, por desacreditar em suas ações, passa sempre a se comparar com o outro como forma de se certificar sobre seu comportamento, avaliando se suas condutas estão corretas", diz Joselene L. Alvim, psicóloga especialista em neuropsicologia pelo setor de neurologia do HCFMUSP (Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo) e coordenadora do curso de especialização em neuropsicologia da Unoeste (Universidade do Oeste Paulista).

É válido reforçar que, ao observar a vida de alguém e se sentir diminuído —e isso acontece muito nas redes sociais —, a pessoa que experimenta o mal-estar pode dirigir um olhar repleto de idealização e, portanto, um parâmetro impossível de ser alcançado. "Redes como o Instagram mostram ideias muito difíceis de cumprir, porque são irreais. Nem tudo o que a gente vê é o que é realmente na vida longe da internet", pontua Lívia Beraldo de Lima Basseres, psiquiatra e mestre em psiquiatria pelo IPq (Instituto de Psiquiatria) do HCFMUSP e membro do corpo clínico do Hospital Santa Paula, em São Paulo (SP).

No ponto de vista de Agostinho, é importante questionar se o ideal projetado nos outros não é um ideal do próprio inseguro, ou seja, algo que ele quer alcançar, mas que não admite que é dele, sendo mais fácil olhar o ideal no outro em vez de si mesmo. "Passar a viver sempre a vida do outro, ou seja, sempre se comparando, é empobrecedor, pois a pessoa não consegue olhar para dentro de si mesma", diz.

Segundo ele, talvez com o tempo, a pessoa possa começar a se sentir esvaziada, como se não tivesse nada próprio dela, como se não vivesse a própria vida. A psicóloga Alvim ainda diz que é preciso saber lidar com as mazelas da vida também: "A vida não é o reino da fantasia e as pessoas não são felizes o tempo inteiro. Ter períodos de tristeza e insegurança é algo comum a todo ser humano. Só que a pessoa com baixa autoestima, que se compara o tempo todo, pode até saber disso, porém considera que só ela, ou a vida dela, tem algo de errado. Com isso, desencadeia ansiedade e até depressão, dificultando a elaboração de suas angústias, tornando o ciclo vicioso".

Como romper o padrão?

Um processo psicoterápico pode surtir bons resultados para os casos mais extremos, principalmente envolvendo a baixa autoestima e a falta de confiança em si. Contudo, se você se identificou com o problema, pode, desde já, colocar em prática algumas dicas para combater a mania nociva de se comparar aos outros. Siga essas sugestões:

  • Evite as redes sociais ou diminua seu tempo gasto nelas. Lembre-se que ninguém posta foto de momentos ruins, brigas ou de boletos atrasados. "Substitua o tempo que você usa navegando nas redes sociais por atividades que lhe tragam prazer, como ler, caminhar, fazer exercícios ou estudar", indica Sato;
  • Pergunte-se: desde quando você começou a se comparar com os outros? Será que é um comportamento antigo que acontece desde a infância? Será que os pais e professores o comparavam com os irmãos ou outras crianças? Entender que essas situações fazem parte do passado podem ajudar a ressignificar o presente;
  • "Tentar um movimento introspectivo para buscar as próprias referências pode ser muito interessante", conta Agostinho. Que tal pensar em quem se é, no que acredita e por que precisa tanto olhar para os outros, buscando somente as referências externas? "Perguntar-se por que as próprias referências não são valorizadas pode trazer compreensões novas sobre si mesmo", assegura o psicólogo;
  • Se os outros, na comparação, são melhores, por que não avaliar como fazer para conseguir o que imagina que os outros conseguiram? É importante levar os dados da realidade em conta, ou seja, como alguém obteve o que conquistou. Será que as conquistas vieram do nada ou a pessoa lutou muito para alcançar o que conseguiu?
  • "Quando falhar, não desista. Não é a comparação com alguém 'pseudovitorioso', algo que geralmente vai reforçar o seu erro, que vai ajudá-lo a superar as dificuldades da vida e seguir em frente", aconselha a psicanalista Gisele Gomes;
  • Conscientize-se de que não existem padrões. Cada ser humano é único e são as diferenças entre as pessoas que enriquecem as relações, pois possibilitam as trocas e o crescimento. "Reconhecer e aceitar os próprios limites leva a escolhas mais adequadas para si", diz Alvim;
  • Trace seus próprios objetivos e metas de vida, buscando o que é genuíno para você e sem se comparar com os outros. Pensar em um plano de ação real para alcançá-los pode ser uma boa estratégia;
  • O autoconhecimento é fundamental para identificar limites e potencialidades. Procure reconhecer o que há de bom em você e busque superar o que precisa melhorar.