Como podemos explicar essa distribuição da população brasileira

Descrição

Este tema compreende os seguintes:

Características gerais da população
Compreende as informações sobre tamanho e estrutura (por idade e sexo), cor ou raça, distribuição da população, densidade e urbanização.

Componentes da dinâmica demográfica e estatísticas vitais
Compreende as informações sobre os níveis e características da fecundidade, migração e mortalidade da população, bem como sobre os nascimentos e óbitos.

Família
Compreende informações sobre as estruturas familiares e das unidades domésticas, seus padrões de organização (famílias reconstituídas, casais do mesmo sexo, casais que moram separados, crianças com dupla residência, famílias monoparentais e pessoas que moram sozinhas) e os ciclos de vida familiar (considerando a presença de crianças e jovens em diferentes faixas etárias, idosos e participação dos adultos membros no mercado de trabalho).

Nupcialidade
Compreende informações sobre os modelos de formação e dissolução dos arranjos conjugais, casamentos e divórcios, e as transformações econômicas e culturais que impactam sobre a nupcialidade da população brasileira.

Grupos populacionais específicos
Compreende as estatísticas agrupadas por segmentos específicos da população a partir dos grupos geracionais (crianças, adolescentes, jovens, idosos), étnico raciais (indígenas, quilombolas, entre outros) ou regionais. Compreende também pessoas com deficiência.

Há muita gente no Brasil! Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE –, a população do Brasil está estimada, para 2014, em mais de 202 milhões de pessoas. Mas como o nosso país possui uma área territorial de 8,5 milhões de km², significa que nós temos uma média de mais ou menos 27 pessoas para cada quilômetro quadrado, ou seja, tem espaço para todo mundo!

O grande problema é que a população brasileira distribui-se irregularmente pelo nosso território. E o que isso quer dizer? Isso significa que algumas regiões concentram mais pessoas, enquanto em outras há mais espaço sobrando, até porque precisamos de lugares em que a natureza esteja mais preservada, livre de cidades, grandes fazendas e outras atividades humanas.

Se observarmos o mapa a seguir, podemos notar como ocorre a distribuição da população brasileira:


Mapa da distribuição da população brasileira pelo território ¹

Como podemos ver, a distribuição da população brasileira é muito limitada às zonas litorâneas do país. Isso se deve a motivos históricos e geográficos, que vêm desde os tempos de colonização até os períodos posteriores. Por exemplo: a grande concentração econômica e política do Brasil no Sudeste brasileiro, sobretudo nos séculos XVIII e XIX, fez com que a maior parte dos habitantes do país se concentrasse nessa região.

Em números gerais, a distribuição da população brasileira efetua-se da seguinte forma, de acordo com os dados do Censo Demográfico de 2010:

Sudeste: como já dissemos, é a região mais populosa do Brasil, com mais de 80 milhões de habitantes, com 42% da população brasileira e 87 habitantes para cada quilômetro quadrado. É muita gente no mesmo lugar! Para se ter uma ideia, se consideramos a cidade de São Paulo e a sua região metropolitana, temos mais habitantes (19 milhões) do que o Centro-Oeste inteiro!

Nordeste: é a segunda região mais populosa, com quase 54 milhões de pessoas e 27,7% da população do nosso país. Ao todo, são mais de 34 pessoas para cada quilômetro quadrado.

Sul: a terceira região mais populosa do Brasil, com 27 milhões de habitantes. Como a sua área é menor entre as regiões brasileiras, a sua densidade populacional (habitantes por quilômetro quadrado) é de 47,8 hab/km².

Norte: é a quarta mais populosa, ganhando somente do Centro-Oeste brasileiro. Sua população é de 16 milhões de pessoas, mas podemos dizer que essa é a região mais “vazia” do país, pois é a maior e apresenta muito espaço sobrando... Ao todo, sua densidade demográfica é de quatro habitantes para cada quilômetro!

Centro-Oeste: é a última colocada e possui 14,5 milhões de pessoas, com uma densidade demográfica de 8,6 hab/km². Mesmo assim, temos grandes cidades nessa região, sendo Brasília e Goiânia as maiores delas.

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¹ Fonte do mapa: Archella & Thréry, 2008 / Wikimedia Commons

Por Rodolfo Alves Pena

Graduado em Geografia

Ouça este artigo:

O Brasil é o país com o quinta maior dimensão territorial, tendo aproximadamente 8.515.767,049 km², também possui a quinta maior população do mundo, cerca de 211.755.692 habitantes em 2020, porém a distribuição dessa população pelo território é desigual. No mesmo ano a estimativa de densidade demográfica do Brasil era de 24,88 habitantes por km², isto significa que se toda a população brasileira fosse dividida igualmente pelo território do país, haveria aproximadamente 25 pessoas por quilômetro quadrado.

Uma realidade no país é que essa distribuição não é homogênea, existem áreas de florestas, parques ambientais, muitas partes do território são recobertas por rios, algumas áreas são inóspitas pelo solo arenoso, entre outros fatores que causam uma irregularidade natural na distribuição da população. Outro fator que influenciou essa arranjo desigual da população são fatores socioeconômicos, que irão induzir uma migração interna no país em busca de melhor qualidade de vida, influenciando uma maior quantidade de pessoas em determinadas áreas do país.

Mapa da densidade demográfica do Brasil, em 2010. Fonte: IBGE.

É a maior região brasileira em dimensão territorial, possui aproximadamente 3.870.000 km². Em 2020 a estimativa de sua população era de 18.672.591 habitantes, a segunda menor população do país por regiões. Sua densidade demográfica nesse mesmo ano era de aproximadamente 4,82 habitantes por km², a menor do país.

Dentre os fatores que podem ser associados ao baixo índice populacional na região é a presença da Floresta Amazônica legal que cobre uma grande área da região e a baixa oferta de empregos com salários mais elevados, fator esse que gera um processo migratório para outras regiões, em busca de qualidade de vida mais elevada.

Região Nordeste

Possui uma dimensão territorial de aproximadamente 1.561.177,8 km². Em 2020 sua população estimada era de 57.374.243 habitantes, sendo a segunda região mais populosa do país. Sua densidade demográfica nesse mesmo ano era de aproximadamente 36,75 habitantes por km².

Apesar de ter um número elevado na população sua distribuição é desigual, havendo uma concentração na faixa mais próxima ao litoral, por caracterizar uma melhor qualidade de vida para os estados dessa região, além de ter passado pelo processo de migração de muitos de seus habitantes indo em direção a outras regiões buscando qualidade de vida melhor.

Região Centro-Oeste

Possui dimensão territorial de aproximadamente 1.612.000 km², com população estimada de 16.504.303 em 2020, o menor número de habitantes do país. Sua densidade demográfica no mesmo ano era de aproximadamente 10,23 habitantes por km².

Embora a região possua uma grande dimensão territorial, sua ocupação é baixa. Dentre os principais fatores estão os campos de plantação e de pastagem existentes na região, principalmente com elevada presença dos latifúndios de monoculturas para exportação.

Sua dimensão territorial é de aproximadamente 927.286 km², tendo em 2020 uma população estimada de 89.012.240 habitantes. Sua densidade demográfica no mesmo ano era de aproximadamente 96 habitantes por km², sendo assim é a região mais populosa (referente ao número absoluto de habitantes) e povoada (referente ao número de habitantes por km²) do país.

Dentre os fatores que impulsionaram o grande número de habitantes foi a presença de indústrias nessa região, favorecendo um maior desenvolvimento, sendo o principal destino das migrações internas do país pela busca de empregos e maior qualidade de vida.

Região Sul

É a menor região brasileira em dimensão territorial com aproximadamente 576.773,368 km², em 2020 sua população estimada era de 30.192.315. Sua densidade demográfica no mesmo ano era de aproximadamente 52,34 habitantes por km², é a segunda região mais povoada do país.

Um dos fatores que estão presentes na alta densidade demográfica é seu tamanho ser menor e sua população ser elevada por conta de uma qualidade de vida mais elevada na região, o que auxilia na migração interna no país também em direção a ela.

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