Escolha a opção que melhor se relaciona ao poema de Oswald de Andrade

Escolha a opção que melhor se relaciona ao poema de Oswald de Andrade

O poema de Oswald de Andrade remonta à ideia de que a brasilidade está relacionada ao futebol. Quanto à questão da identidade nacional, as anotações em torno dos versos constituem

  1. direcionamentos possíveis para uma leitura crítica de dados histórico-culturais.
  2. forma clássica da construção poética brasileira.
  3. rejeição à ideia do Brasil como o país do futebol.
  4. intervenções de um leitor estrangeiro no exercício de leitura poética.
  5. lembretes de palavras tipicamente brasileiras substitutivas das originais.

Leia o trecho de Memórias sentimentais de João Miramar, de Oswald de Andrade:

“Mas na limpidez da manhã mendiga cornamusas vieram sob janelas de grandes sobrados. Milão estendia os Alpes imóveis no orvalho.”

1) (UFRGS) No trecho acima, destacam-se alguns procedimentos formais. Assinale com V (Verdadeiro) ou com F (Falso) as afirmações abaixo:

(  ) O trecho constitui uma amostra da tentativa do autor de eliminar as diferenças entre prosa e poesia.

(  ) A passagem revela facetas do experimentalismo típico do modernismo brasileiro.

(  ) A citação denota um forte teor nacionalista, avesso às influências das vanguardas europeias.

(  ) O texto apresenta neologismos – uso de termos estrangeiros – que passaram a fazer parte da linguagem poética do modernismo.

(  ) O fragmento concretiza uma linguagem telegráfica/sincopada vista como expressão adequada da vida moderna.

A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:

a) V – F – V – V – F. d) F – V – V – F – V.

b) F – V – F – V – F. e) V – V – F – F – V.

c) V – F – F – F – V.

Leia a crônica de Carlos Drummond de Andrade, do livroPoesia e prosa, para as questões 1, 2 e 3.

Uma linha de coerência se esboça através dos zigue-zagues de sua vida. Ora espiritualista, ora marxista, criando um dia o Pau-Brasil, e logo buscando universalizá-lo em antropofagia, primitivo e civilizado a um tempo, como observou Manuel Bandeira, solapando o edifício burguês sem renunciar à habitação em seus andares mais altos, Oswald manteve sempre intacta sua personalidade, de sorte a provocar, ainda em seus últimos dias, a irritação ou a mágoa que inspirava quando fauve modernista de 1922.

2) (Unifesp) C. D. de Andrade identifica, no texto transcrito, uma linha de coerência na vida de Oswald de Andrade. Esta coerência se verifica, segundo o texto,

a) nos aspectos ideológico e político.

b) na criação poética.

c) na obra de fcção narrativa.

d) na defesa dos valores burgueses.

e) na personalidade forte e agressiva.

3) (Unifesp) O autor, ao opinar sobre Oswald de Andrade, vale-se da ironia, que fca evidente numa das observações que relaciona o lado político e ideológico, a personalidade e o comportamento em termos de classe social. A ironia se manifesta com clareza no segmento:

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a) Uma linha de coerência se esboça através dos ziguezagues de sua vida.

b) criando um dia o Pau-Brasil, e logo buscando universalizá-lo em antropofagia.

c) primitivo e civilizado a um tempo, como observou Manuel Bandeira.

d) solapando o edifício burguês sem renunciar à habitação em seus andares mais altos.

e) Oswald manteve sempre intacta sua personalidade, de sorte a provocar, ainda em seus últimos dias, a irritação ou a mágoa.

4) (Unifesp) Na crônica há uma referência ao movimento da Antropofagia, do qual participaram vários escritores modernistas. A alternativa que apresenta apenas poetas, artistas e intelectuais que participaram desse movimento antropófago, quaisquer que sejam suas fases, é:

a) Gilberto Freyre, Mário de Andrade, Cassiano Ricardo e Jorge de Lima.

b) Oswald de Andrade, Tarsila do Amaral, Raul Bopp e Antonio de Alcântara Machado.

c) Vinicius de Moraes, Jorge de Lima, Cecília Meireles e Murilo Mendes.

d) Carlos Drummond de Andrade, Mário de Andrade, Oswald de Andrade e Jorge de Lima.

e) Gilberto Freyre, Graciliano Ramos, Alceu Amoroso Lima e Oswald de Andrade.

Exercícios de Literatura sobre o Modernismo Hoje.

Leia o poema de O. de A.: “Pronominais”

Dê-me um cigarro

Diz a gramática

Do professor e do aluno

E do mulato sabido

Mas o bom negro e o bom branco

Da Nação Brasileira

Dizem todos os dias

Deixa disso camarada

Me dá um cigarro

5) (UFAC) Marque a alternativa incorreta em relação ao poema modernista:

a) Exaltação do falar coloquial brasileiro.

b) A presença do humor/ironia.

c) A liberdade da métrica.

d) Discriminação racial.

e) Nacionalização da Língua Portuguesa.

6) (PUC) A obra Brás, Bexiga e Barra Funda, de Antonio de Alcântara Machado, foi escrita em 1927. Dessa obra como um todo, é possível afirmar que

a) configura a vida do imigrante italiano e do ítalo-brasileiro, em processo de aculturação na cidade de São Paulo.

b) representa a caricatura do brasileiro da classe média, homem da cidade, vivendo momentos de revolta e indignação, arroubos de patriotismo e comicidades cotidianas.

c) faz uma sátira às raças que constituem a nacionalidade brasileira: a que estava aqui, a que veio nas caravelas e nos porões dos navios e a que os transatlânticos trouxeram da Europa.

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d) descreve a Europa em situações vividas pelo português, pelo espanhol, pelo italiano, pelo francês, etc., num cenário móvel consoante a rapidez turística da viagem do autor.

e) busca, no tema do homem brasileiro, o recorte paulistano da família bandeirante, de raízes históricas e de tradições sociais.

7) (U.E. Fluminense) O golpe de 1964 e o recrudescimento do regime militar após 1968-1969 atingiram também a produção de artistas e intelectuais brasileiros. Assinale a opção que melhor explica o panorama cultural brasileiro nos chamados “anos de chumbo”.

a) A censura do regime militar praticamente inviabilizou o cinema nacional, substituindo a criatividade do movimento conhecido como “Cinema Novo” pela flmografa holywoodiana apoiada pela EMBRAFILME.

b) A prisão do teatrólogo Augusto Boal, em 1971, foi o emblema da perseguição à dramaturgia brasileira, doravante reduzida à encenação de peças estrangeiras.

c) A Universidade ficou a salvo da repressão política, exceto pelas invasões aos campi de algumas universidades, entre o final da década de 60 e o início da seguinte.

d) A repressão e a censura não conseguiram sufocar completamente as manifestações culturais do país, como demonstra a emergência, no plano musical, do movimento conhecido como “Tropicalismo” e, no plano teatral, do “Teatro Ofcina”.

e) A coerência dos critérios de censura do regime militar explicitou-se, nitidamente, no episódio da proibição do espetáculo de humor “Febeapá – Festival de Besteiras que Assolam o Brasil”, de Stanislaw Ponte Preta (Sérgio Porto), pois o público, no contexto da época, se sentia ofendido.

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Gabarito com as respostas das questões de Literatura sobre Oswald de Andrade:

1) e; 2) e; 3) d; 4) b; 5) d; 6) a; 7) d

Doutorando em Genética e Biologia Molecular – UESC-BA Mestre em Genética e Biologia Molecular – UESC-BA Pós-Graduado em Metodologia do Ensino de Biologia e Química – FAEL

Licenciado em Ciências Biologias – IFMT/Campus Juína

“A variação é inerente às línguas, porque as sociedades são divididas em grupos: há os mais jovens e os mais velhos, os que habitam numa região ou outra, os que têm esta ou aquela profissão, os que são de uma ou outra classe social e assim por diante. O uso de determinada variedade linguística serve para marcar a inclusão num desses grupos, dá uma identidade para os seus membros. Aprendemos a distinguir a variação. Quando alguém começa a falar, sabemos se é de São Paulo, gaúcho, carioca ou português. Sabemos que certas expressões pertencem à fala dos mais jovens, que determinadas formas se usam em situação informal, mas não em ocasiões formais. Saber uma língua é ser “poliglota” em sua própria língua. Saber português não é só aprender regras que só existem numa língua artificial usada pela escola. As variações não são fáceis ou bonitas, erradas ou certas, deselegantes ou elegantes, são simplesmente diferentes. Como as línguas são variáveis, elas mudam.”

(FIORIN, José Luiz. “Os Aldrovandos Cantagalos e o preconceito linguístico”. In O direito à fala. A questão do preconceito linguístico. Florianópolis. Editora Insular, pp. 27, 28, 2002.)

Sobre o texto de José Luiz Fiorin, é incorreto afirmar:

a) As variações linguísticas são próprias da língua e estão alicerçadas nas diversas intenções comunicacionais.

b) A variedade linguística é um importante elemento de inclusão, além de instrumento de afirmação da identidade de alguns grupos sociais.

c) O aprendizado da língua portuguesa não deve estar restrito ao ensino das regras.

d) As variedades linguísticas trazem prejuízos à norma-padrão da língua, por isso devem ser evitadas.