Como a Educação Física pode contribuir na escola para a melhor qualidade da vida do aluno?

Como a Educação Física pode contribuir na escola para a melhor qualidade da vida do aluno?
Como a Educação Física pode contribuir na escola para a melhor qualidade da vida do aluno?

A Educa��o F�sica no melhoramento da 

qualidade de vida e consciencia ambiental

Como a Educação Física pode contribuir na escola para a melhor qualidade da vida do aluno?

 

*Aluna do Curso de Educa��o F�sica do Centro Universit�rio do Tri�ngulo - UNITRI

**Orientador. Professor do Curso de Educa��o F�sica

do Centro Universit�rio do Tri�ngulo � UNITRI

(Brasil)

N�dia Ferreira de Ara�jo Almeida

S�rgio Servulo Ribeiro Barbosa

 

Resumo

          A Educa��o F�sica � vista como ve�culo para o melhoramento da Qualidade de Vida ocasionando o desenvolvimento de habilidades f�sicas, cognitivas, afetivas, sociais e ambientais, proporcionando um estado de bem-estar �s pessoas que praticam atividades f�sicas. O exerc�cio f�sico � elemento fundamental para regula��o da qualidade de vida do ser humano. Este estudo, de natureza qualitativa tem como objetivo a inser��o da Educa��o Ambiental nas aulas de Educa��o F�sica ampliando os conte�dos j� desenvolvidos pelos educadores f�sicos, mais especificamente no �mbito pedag�gico.Estar saud�vel corporal e mentalmente e tamb�m desenvolver atividades em um ambiente �saud�vel� isento de polui��o e fazendo com que os alunos aprendam a conservar o ambiente em que vivemos.

          Unitermos:

Educa��o F�sica. Qualidade de Vida. Inser��o. Educa��o Ambiental.  
Como a Educação Física pode contribuir na escola para a melhor qualidade da vida do aluno?
http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - A�o 14 - N� 131 - Abril de 2009

Como a Educação Física pode contribuir na escola para a melhor qualidade da vida do aluno?

1 / 1

Introdu��o

    A Educa��o F�sica deve proporcionar e estimular, a seus agregados, a ado��o de comportamentos favor�veis para a manuten��o ou aprimoramento de componentes do estilo de vida relacionados � sa�de. Para isso, utiliza o processo ensino-aprendizagem, por meio de viv�ncias sistematizadas de diversas dimens�es da cultura do movimento humano (SANTOS, 2005). Tamb�m est� estruturada em componentes que podem contribuir para elevar os n�veis de sa�de e para a maximiza��o da qualidade de vida.

    Conforme Minayo et al. (2000), qualidade de vida � uma no��o eminentemente humana que se aproxima do grau de satisfa��o encontrado na vida familiar, amorosa, social e ambiental.

    Assun��o Jr. et al. (1999) afirma que a qualidade de vida representa uma tentativa de nomear algumas caracter�sticas da experi�ncia humana, sendo ele o fator central que determina a sensa��o subjetiva de bem-estar. Para Shin & Johnson, citados por ASSUN��O ET AL. (1999), ela consiste na possess�o dos recursos necess�rios para a satisfa��o das necessidades e desejos individuais, a participa��o em atividades que permitem o desenvolvimento pessoal, a auto-realiza��o e a possibilidade de uma compara��o satisfat�ria entre si mesmo e os outros.

    O termo qualidade de vida engloba v�rios aspectos da vida de uma pessoa, tendo como base, a popula��o em geral. Do ponto de vista positivo, essa express�o � feita a uma pessoa que tem um grau de satisfa��o elevado com a vida. Mas uma boa qualidade de vida depende de uma s�rie de fatores: como a dimens�o emocional, dimens�o f�sica e a dimens�o ambiental.

    Leite (1990) firma que, problemas como: estresse f�sico e psicol�gico ou problemas de sa�de s�o bastante comuns quando se percebe que a maioria da popula��o em cidades grandes sofre pelo fato de viverem em moradias pequenas, convivendo em ambientes com pouco contato social, e assim, diariamente absorvendo em si uma s�rie de ang�stias e sofrimentos. O exerc�cio f�sico � elemento fundamental para regula��o da qualidade de vida do ser humano, assim como relata SHARKEY (2002).

    De acordo com Montti (2005), atividade f�sica � definida como um conjunto de a��es que um indiv�duo ou grupo de pessoas pratica envolvendo gasto de energia e altera��es do organismo, por meio de exerc�cios que envolvam movimentos corporais, com aplica��o de uma ou mais aptid�es f�sicas, al�m de atividades mental e social, de modo que ter� como resultados os benef�cios � sa�de.

    A pr�tica da atividade f�sica regular orientada permite que o corpo tenha sua musculatura fortalecida e ao mesmo tempo flex�vel (WAGORN et all,1993). Auxilia na perda de peso e da porcentagem de gordura corporal, redu��o da press�o arterial em repouso, melhora do diabetes, diminui��o do colesterol total e aumento do HDL-colesterol (o "colesterol bom").

    Ajuda tamb�m na regula��o das subst�ncias relacionadas ao sistema nervoso, melhora o fluxo de sangue para o c�rebro, ajuda na capacidade de lidar com problemas e com o estresse. Al�m disso, auxilia tamb�m na manuten��o da abstin�ncia de drogas e na recupera��o da auto-estima. H� redu��o da ansiedade e do estresse, ajudando no tratamento da depress�o. No caso de crian�as, pode ajudar no desenvolvimento das habilidades psicomotoras.

    Em s�ntese a atividade f�sica traz uma sensa��o de bem estar, aumento no �bom humor�, e melhoramento na qualidade de vida reduzindo o sedentarismo e sensa��o de cansa�o f�sico e mental dos indiv�duos.

    O problema de pesquisa se configura da seguinte forma: Como o educador f�sico � capaz de trabalhar qualidade de vida atrav�s da realiza��o de atividades f�sicas e a��es de melhorias ambientais?

    Como objetivo geral temos: identificar como a Educa��o F�sica, e o profissional da �rea, podem atuar no melhoramento da qualidade de vida ligada � conscientiza��o ambiental. Como objetivos espec�ficos temos: Despertar o interesse e a busca de conhecimentos do profissional de Educa��o F�sica para problemas ambientais que � preocupa��o da popula��o mundial; Conscientizar a popula��o de maneira geral da import�ncia da pr�tica de atividades f�sicas com orienta��o do educador f�sico e sobre a import�ncia de tal pr�tica em condi��es clim�ticas mais favor�veis, ambientes mais conservados, n�o polu�dos drasticamente pelo homem.

    O artigo a ser desenvolvido � uma revis�o bibliogr�fica de artigos j� publicados sobre Educa��o Ambiental e visa principalmente rever o papel do professor de Educa��o F�sica na Educa��o Ambiental e de como o mesmo deve procurar se orientar sobre os problemas ambientais que hoje vem causando grande preocupa��o em toda sociedade, e procurar transmitir aos alunos informa��es necess�rias para que eles se conscientizem e ajudem a �ressuscitar� nosso Planeta.

Influ�ncias ambientais na pr�tica de atividades f�sicas

    H� grande preocupa��o na pesquisa desenvolvida em aprimorar, bem como, desenvolver, t�cnicas pedag�gicas que norteiam a qualidade de vida em pr�ticas docentes modernas e vinculadas � consci�ncia ambiental. Em �mbito geral, cabe aos educadores f�sicos, reconhecer e ensinar sobre a problem�tica ambiental e como ela interfere na pr�tica de atividades f�sicas e consequentemente na qualidade de vida.

    Caber� ao educador moderno mediar � teoria da educa��o ambiental e suas rela��es com a pr�tica de atividades f�sicas. � de responsabilidade do educador permitir esclarecimentos b�sicos, que possibilitem perceber que, apesar de altamente ben�fica, � curioso notar, que, em determinados ambientes a pr�tica de exerc�cios f�sicos propicia uma maior exposi��o aos fatores de polui��o ambiental, podendo ocasionar um efeito retr�grado na qualidade de vida.

    Entre eles:

  • Atividades f�sicas realizadas em �reas descobertas, ao ar livre, propiciam um per�odo de maior exposi��o � radia��o ultravioleta, favorecendo condi��es ao desenvolvimento de c�ncer de pele;

  • Atividades aer�bicas aumentam a freq��ncia respirat�ria que traz consigo gases nocivos e fuligem (carbono) ao pulm�o, decorrentes do agravamento da polui��o do ar;

  • Com a eleva��o da temperatura global, a pr�tica de atividades f�sicas provoca uma desidrata��o mais r�pida, prejudicando rea��es metab�licas essenciais;

  • Atividade f�sica conduz a um maior consumo de �gua pot�vel, cada vez menos dispon�vel no planeta, portanto mais urgentes devem ser tomadas medidas conservacionistas.

    � fato que, a amea�a � sobreviv�ncia humana em face da degrada��o dos recursos naturais, a extin��o das esp�cies, o aquecimento da temperatura devido ao agravamento do efeito estufa e a escassez de �gua fizeram a quest�o ambiental ocupar um lugar de destaque nos debates internacionais e nos meios de comunica��o em massa. Essa explora��o exaustiva de recursos naturais a fim de promover um alto crescimento econ�mico exp�s um cen�rio ambiental preocupante, no qual os recursos preciosos � vida come�am a rarear devido ao consumo excessivo e a polui��o que compromete a qualidade dos mesmos.

    In�meras confer�ncias alertam para este fato e tratam o problema com severidade, demonstrando atrav�s de estudos � necessidade de medidas globais e urgentes. Surge, ent�o, a necessidade de gerir os recursos e suas formas de utiliza��o de maneira sustent�vel, a fim de reverter o atual quadro de degrada��o ambiental que amea�a a qualidade de vida e a pr�pria exist�ncia humana no planeta.

    Todos os dias acompanhamos na televis�o, nos jornais e revistas as cat�strofes clim�ticas e as mudan�as que est�o ocorrendo, rapidamente, no clima mundial. Nunca se viu mudan�as t�o r�pidas e com efeitos devastadores como tem ocorrido nos �ltimos anos.

    De acordo com a Teoria de Gaia (nome da antiga deusa grega pr�-hel�nica que simbolizava a Terra viva), elaborada pelo cientista brit�nico James Lovelock em 1969, todos os seres vivos existentes no Planeta dependem uns dos outros para manter o equil�brio da vida e a Terra � vista como uma entidade viva. A Teoria de Gaia argumenta que a Terra se comporta como um grande organismo vivo capaz de se auto-regular e reagir �s mudan�as (CAPRA, 1997, p. 90)

    Segundo Margulis (1972):

    Em outras palavras, a hip�tese de Gaia afirma que a superf�cie da Terra, que sempre temos considerado o meio ambiente da vida, � na verdade parte da vida. A manta de ar - a troposfera - deveria ser considerada um sistema circulat�rio, produzido e sustentando pela vida... Quando os cientistas nos dizem que a vida se adapta a um meio ambiente essencialmente passivo de qu�mica, f�sica e rochas, eles perpetuam uma vis�o mecanicista seriamente distorcida, pr�pria de uma vis�o de mundo falha. A vida, efetivamente, fabrica, modela e muda o meio ambiente ao qual se adapta. Em seguida este 'meio ambiente' realimenta a vida que est� mudando e atuando e crescendo sobre ele. H� intera��es c�clicas, portanto, n�o-lineares e n�o estritamente determinista. (CAPRA, obra cit., p. 90; CAMPBELL, 1990; ELIADE, 1997).

    Tendo em vista a hip�tese de Gaia, � necess�rio que o homem se conscientize que a pr�tica de exerc�cios f�sicos para melhoria da qualidade de vida n�o est� desvinculada � prote��o e conserva��o dos recursos ambientais. E que o profissional de Educa��o F�sica seja capaz de desempenhar este papel.

    Segundo a ONU (Eco 1992), a educa��o ambiental � a melhor forma para alcan�armos um desenvolvimento sustent�vel e, assim, resolvermos grande parte dos problemas ambientais. No Brasil, a lei 9795 de 27 de Abril de 1999, determina a educa��o ambiental como componente essencial e permanente da educa��o nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os n�veis e modalidades do processo educativo, em car�ter formal e n�o-formal.

    A problem�tica ambiental constitui um importante espa�o catalisador e produtor de valores regulat�rios da qualidade de vida. Neste sentido, a consci�ncia ambiental, torna-se essencial as pr�ticas docentes, como suporte de uma vida moderna, consciente, sustent�vel e ecologicamente correta. � fato que os profissionais de educa��o f�sica podem desempenhar um papel fundamental.

    O educador f�sico n�o diminui sua import�ncia no �mbito escolar, mas sim assume uma nova postura perante aos alunos e a sociedade, al�m de professor de Educa��o F�sica ser� um orientador, conscientizador de aspectos tamb�m relacionados � Educa��o Ambiental.

    A Educa��o Ambiental � um processo participativo, onde o educando assume o papel de elemento central do processo de ensino/aprendizagem pretendido, participando ativamente no diagn�stico dos problemas ambientais e busca de solu��es, sendo preparado como agente transformador, atrav�s do desenvolvimento de habilidades e forma��o de atitudes, atrav�s de uma conduta �tica, condizentes ao exerc�cio da cidadania.

    Segundo Vasconcellos (1997), a presen�a, em todas as pr�ticas educativas, da reflex�o sobre as rela��es dos seres entre si, do ser humano com ele mesmo e do ser humano com seus semelhantes � condi��o imprescind�vel para que a Educa��o Ambiental ocorra. Dentro desse contexto, sobressaem-se as escolas, como espa�os privilegiados na implementa��o de atividades que propiciem essa reflex�o, pois isso necessita de atividades de sala de aula e atividades de campo, com a��es orientadas em projetos e em processos de participa��o que levem � autoconfian�a, � atitudes positivas e ao comprometimento pessoal com a prote��o ambiental implementados de modo interdisciplinar.

    O professor de Educa��o F�sica deve buscar orientar os alunos dos valores que conduzam a uma conviv�ncia harmoniosa com o ambiente e as demais esp�cies que habitam o planeta, auxiliando o aluno a analisar criticamente o princ�pio antropoc�ntrico, que tem levado � destrui��o inconseq�ente dos recursos naturais e de v�rias esp�cies.

    Haja vista os horizontes de um momento hist�rico concreto e contempor�neo, em que a qualidade de vida representa uma das maiores ascen��es humana; � poss�vel que a Educa��o F�sica participe na melhoria da qualidade de vida, bem como, o entendimento de que a mesma est� relacionada com medidas antropog�nicas de conserva��o ambiental.

    Portanto, j� foi dado um grande passo pela humanidade e pelo Brasil para a preserva��o de nosso planeta, cabem a n�s, professores de Educa��o F�sica, formadores de opini�o, trabalharmos com afinco para conscientizarmos o maior n�mero de pessoas, agindo como dispersores desta conscientiza��o, esclarecendo que o uso indevido e sem controle dos recursos naturais acabar� por voltar-se contra todos n�s.

O professor de Educa��o F�sica e a quest�o ambiental

    Para n�s professores de Educa��o F�sica a conscientiza��o ambiental dos alunos ser� de grande valia para um melhoramento na qualidade de vida dos mesmos, e conseq�entemente dos seus pais, irm�os, amigos e da sociedade em geral.

    No presente estudo h� uma grande preocupa��o com o ambiente em que o aluno desempenha as atividades f�sicas. Com isso, educador f�sico deve se preocupar com o desempenho de atividades que contribuam com o melhoramento da qualidade de vida dos seus alunos e tamb�m saiba orient�-los que n�o adianta estar desempenhando atividades que lhes proporcionem bem estar se no ambiente em que tais atividades s�o desenvolvidas a polui��o do ar, da �gua e do solo s�o nocivas � sa�de, e a esse bem estar que o exerc�cio f�sico propicia.

    No estudo que fiz referentes a artigos j� publicados n�o encontrei nenhum que fizesse a liga��o de como � preciso o professor de Educa��o F�sica desenvolver a qualidade de vida por meio de atividades f�sicas e tamb�m ser um conscientizador do grande problema que enfrentamos hoje que � o aquecimento global.

    V�rios artigos j� foram publicados referentes � inclus�o da Educa��o Ambiental no �mbito escolar, um exemplo foi o artigo escrito por VARGAS E TAVARES (2004)cujo tema abordado � A Educa��o Ambiental no contexto da Educa��o F�sica Escolar, o qualteve como objetivo elaborar uma proposta para o desenvolvimento da Educa��o Ambiental (EA) no meio escolar atrav�s da Educa��o F�sica (EF).

    Segundo Vargas e Tavares(2004):

    Temos convic��o de que as id�ias meio ambientais devem estar presentes em todos os espa�os que educam o cidad�o, desde pra�as e reservas ecol�gicas, passando por sindicatos e movimentos sociais, at� chegar ao sistema educacional, este considerado como um dos locais privilegiados para a consecu��o da EA

(Reigota, 1994). O que concordam Medina e Santos (2000), quando justificam a inser��o da EA no curr�culo, no sentido de uma renova��o educativa escolar visando uma melhoria na qualidade de ensino, respondendo �s necessidades cognitivas, afetivas e �ticas, capaz de contribuir para o desenvolvimento integral do sujeito. ( p. 2)

    Um novo entendimento na rela��o do ser humano com o ambiente ent�o deve ser concebido, partindo de uma leitura cr�tica e reflexiva do entorno, caracterizada por um pensar global � cerca das problem�ticas meio ambientais a partir da a��o local. Este pensamento deve ter claro que os recursos naturais de nosso planeta s�o finitos e necessitam uma maior aten��o � cerca dos recursos renov�veis e n�o renov�veis, conjuntamente a uma justa redistribui��o e solidariedade que � outro princ�pio da Educa��o Ambiental. Finalmente esta solidariedade se far� presente a partir de uma nova �tica, sensibilizadora e transformadora para as rela��es integradas homem/sociedade/meio ambiente, privilegiando o alcance de uma melhor qualidade de vida para todos os seres deste planeta.

    De acordo com Tavares (2003)

    � preciso ambientalizar os curr�culos de EF, n�o apenas praticar atividades de sa�das de campo: trilhas ecol�gicas, pr�ticas de gin�stica ao ar livre, excursionar, etc. Mais do que isto � preciso educar em valores. A ambientaliza��o das aulas de EF passa pela �tica como proposi��o fundamental da EA, no intuito de educar em valores. Valores que suplantam os m�ritos das vit�rias esportivas, mas do "verdadeiro esp�rito desportivo", que pressup�e respeito, oportunidade, acesso ao conhecimento relativo �s pr�ticas corporais como fator indispens�vel �s rela��es entre os seres humanos e destes com a natureza, propiciando uma melhor qualidade de vida para a popula��o.

    O que concordam Medina e Santos (2000), quando justificam a inser��o da EA no curr�culo, no sentido de uma renova��o educativa escolar visando uma melhoria na qualidade de ensino, respondendo �s necessidades cognitivas, afetivas e �ticas, capaz de contribuir para o desenvolvimento integral do sujeito.

    No estudo desenvolvido, a implanta��o da Educa��o Ambiental � vi�vel para �rea escolar, mas n�o substituindo o papel da Educa��o F�sica que proporciona a melhoria da aptid�o f�sica, o desenvolvimento intelectual e a manuten��o do equil�brio afetivo ou emocional; utilizando uma abordagem sist�mica, diria-se que a Educa��o F�sica atua sobre os dom�nios psicomotor, cognitivo e afetivo. O professor precisa se instruir para n�o apenas trabalhar como educador f�sico, mas tamb�m orientador dos danos irrepar�veis que o homem est� causando no meio ambiente.

    Para isto se faz necess�rio uma transforma��o nos valores e atitudes, afirma GUIMAR�ES (2000), para que se ande em dire��o a uma nova �tica, sensibilizadora e transformadora para as rela��es integradas homem/sociedade/meio ambiente.

Considera��es finais

    De acordo com Santos (2005), uma nova vis�o de Educa��o F�sica requer multi e interdisciplinaridade, na tentativa de juntar os peda�os de um homem fragmentado, buscando a supera��o de uma concep��o de ser humano essencialmente biol�gico, para ser concebido segundo uma vis�o mais hol�stica, onde se considera os processos hist�ricos, de ordem social, cultural, pol�tica, econ�mica, ambiental e tecnol�gica.

    Modernos estudos de educa��o ambiental evidenciam a necessidade de experi�ncias humanas diretas com a natureza para que ocorra uma efetiva mudan�a de atitude ambiental. Caber� ent�o, a cria��o de procedimentos e diretrizes que permitam esclarecimentos b�sicos para reduzir ou reverter a��es antropog�nicas poluidoras que restringem a qualidade de vida. Nesse sentido, o Programa Nacional de Educa��o Ambiental (PNEA) sugere a interven��o, de forma equilibrada, das m�ltiplas dimens�es da sustentabilidade ambiental para a prote��o, recupera��o e melhoria das condi��es ambientais e da qualidade de vida no pa�s. Nesse contexto, o profissional ent�o, sente-se desafiado a satisfazer essa ret�rica, e, ao mesmo tempo, promover medidas significativas ao desenvolvimento humano. Tendo em vista o compromisso com a qualidade de vida, a introdu��o de um pacote de programas pedag�gicos, visa melhor assistir os profissionais de educa��o f�sica com todas as suas especificidades.

    Nos artigos j� publicados o profissional de Educa��o F�sica praticamente se anula perante a Educa��o Ambiental, ele se preocupa somente com quest�es de cunho ambiental e esquece seu papel de educador f�sico. Nesse artigo em andamento, a Educa��o Ambiental � interligada com a Qualidade de Vida e o respectivo papel a ser desenvolvido pelo professor de Educa��o F�sico.

    Sa�de e qualidade de vida s�o interpretadas considerando o universo social no qual se encontram inseridos. Decorre da� a necessidade de avali�-los na perspectiva das Ci�ncias Sociais. Conceitos s�o reavaliados em uma perspectiva distinta.

    Para que o professor de Educa��o F�sica esteja apto a desenvolver a Educa��o Ambiental no �mbito pedag�gico � necess�rio que a mesma seja inclusa no curr�culo disciplinar oferecido na gradua��o de Educa��o F�sica.

Refer�ncias

  • ANDRADE, D. F. Implementa��o da Educa��o Ambiental em escolas: uma reflex�o. In: Funda��o Universidade Federal do Rio Grande. Revista Eletr�nica do Mestrado em Educa��o Ambiental, v. 4. out/nov/dez 2000.

  • ASSUMP��O, Lu�s Ot�vio Teles; MORAIS, Pedro Paulo e FONTOURA, Humberto. Rela��o entre atividade f�sica, sa�de e qualidade de vida. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires - A�o 8 - N� 52 - Septiembre de 2002. http://www.efdeportes.com/efd52/saude.htm

  • ASSUN��O, JR, F.B, KUCZYNKI, E., SPROVERI, M.A .,ARANHA, E.M.G., Escala de Avalia��o de Qualidade de Vida. S�o Paulo, Arq. Neuro-Psiquiatr.Vol. 58,n.1, 2000.

  • CAPRA, Fritjof. A teia da vida. S�o Paulo : Cultrix, 1997.

  • CURRIE, K. L. Meio ambiente interdisplinaridade na pr�tica. Campinas, Papirus, 1998.

  • DIAS, G. F. Educa��o Ambiental: princ�pios e pr�ticas. S�o Paulo, Gaia, 1992.

  • GHORAYEB, N. BARROS NETO, T. L. de O exerc�cio: prepara��o fisiol�gica, avalia��o m�dica, aspectos especiais e preventivos. S�o Paulo: Atheneu, 1999.

  • GON�ALVES, A. & VILARTA, R., Qualidade de Vida e Atividade F�sica � Explorando Teoria e Pr�tica. Campinas: Ed. Manole, 2004.

  • GUERRA, R. T. GUSM�O, C. R. C. A implanta��o da Educa��o Ambiental numa escola p�blica de Ensino Fundamental: teoria versus pr�tica. Jo�o Pessoa, Anais do Encontro Paraibano de Educa��o Ambiental 2000 � Novos Tempos. 08-10 nov 2000.

  • GUIMAR�ES, M. A Dimens�o ambiental na educa��o. Campinas: Papirus, 2000.

  • KOSLOWSKY, Marcelo. Influ�ncias da atividade f�sica no aumento da qualidade de vida. Revista Digital - Buenos Aires - A�o 10 - N� 69 - Febrero de 2004

  • LEITE, P. F. Aptid�o f�sica: esporte e sa�de: preven��o e reabilita��o de doen�as. 2. ed. S�o Paulo: Robe, 1990.

  • LOVELOCK, James E., Gaia A Terra Viva. Revista Nova Era n.7

  • MARGULIS, Lynn. A hip�tese gaia de Lynn Margulis . ed. E cidade1972.

  • MEDINA, N. M. e SANTOS, E. da C. Educa��o Ambiental: uma metodologia participativa de forma��o. Petr�polis: Vozes, 2000.

  • REIGOTA, M. O que � Educa��o Ambiental. S�o Paulo: Brasiliense, 1994.

  • SANTOS, J.F.S. Educa��o f�sica, sa�de e qualidade de vida: uma busca por novos caminhos. http://www.evirt.com.br/artigos/severo02.htm, 20/07/2005

  • SATO, M. Educa��o Ambiental. S�o Carlos, Rima, 2002.

  • SOUZA, A. K. A rela��o escola-comunidade e a conserva��o ambiental. Monografia. Jo�o Pessoa, Universidade Federal da Para�ba, 2000.

  • TAVARES, Francisco Jos� Pereira. A Educa��o Ambiental na forma��o de professores de Educa��o F�sica: uma emergente conex�o. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires - A�o 9 - N� 61 - Junio de 2003. http://www.efdeportes.com/efd61/eamb.htm

  • VARGAS, Jos� Eduardo Nunes e TAVARES, Francisco Jos� Pereira. A Educa��o Ambiental no contexto da Educa��o F�sica Escolar. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires - A�o 10 - N� 69 - Febrero de 2004. http://www.efdeportes.com/efd69/ea.htm

  • VASCONCELLOS, H. S. R. A pesquisa-a��o em projetos de Educa��o Ambiental. In: PEDRINI, A. G. (org). Educa��o Ambiental: reflex�es e pr�ticas contempor�neas. Petr�polis, Vozes, 1997.

Outros artigos em Portugu�s

 
Como a Educação Física pode contribuir na escola para a melhor qualidade da vida do aluno?

revista digital � A�o 14 � N� 131 | Buenos Aires,Abril de 2009  
© 1997-2009 Derechos reservados

Como a Educação Física pode contribuir na escola para melhorar a qualidade de vida dos alunos?

Ao praticar atividades físicas os alunos têm a vantagem de melhorar a saúde e diminuir riscos de doenças como a obesidade, hipertensão arterial, colesterol alto e doenças respiratórias. Além disso, contribui para desenvolver habilidades nos esportes.

Qual a contribuição da Educação Física na qualidade de vida dos alunos?

Através de atividades da Educação Física é possível criar espaços de desenvolvimento crítico, respeito às diferenças, solidariedade e cooperação. Também contribui na promoção, prevenção e reabilitação da saúde física e mental. Sendo assim, o estudo da Educação Física é o ser humano como um todo.

Qual a importância da Educação Física na escola e qual seus benefícios?

A Educação Física faz parte do desenvolvimento global dos alunos, que integra todas as dimensões do ser humano: intelectual, física, mental, social e cultural. Desse modo, além dos aspectos acadêmicos, é preciso expandir na escola a capacidade de o aluno de lidar com o próprio corpo e a promoção do bem-estar.

Quais os benefícios da prática da Educação Física na escola?

Quais são os maiores benefícios da educação física para os alunos?.
Influencia na formação e no desenvolvimento. ... .
Melhora a integração social. ... .
Aumenta a autoconfiança. ... .
Trabalha o senso de coletividade. ... .
Desenvolve habilidades motoras. ... .
Alivia o estresse. ... .
Melhora a autoestima..