Os Solos18 agosto 2014 Show As rochas existentes na superf�cie da Terra est�o sujeitas ao intemperismo, que � o conjunto das modifica��es de natureza f�sica (desagrega��o) e qu�mica (decomposi��o) que elas sofrem e que dependem de v�rios fatores, como clima, relevo, fauna, flora, tipo de rocha e tempo de exposi��o. Os produtos fri�veis e m�veis formados pelo intemperismo e que n�o s�o imediatamente removidos pela �gua, vento ou gelo evoluem, sofrendo uma reorganiza��o estrutural, e d�o origem ao que se chama de solo,num processo conhecido por pedog�nese. N�o � f�cil definir solo porque, al�m de ser um material complexo, a defini��o necessariamente precisa levar em conta sua utiliza��o. Para o ge�logo, por exemplo, o solo � o produto de altera��o das rochas; para um arque�logo, � o meio em que ficam preservados registros de civiliza��es passadas; para o agr�nomo ou agricultor, � o meio onde crescem as plantas; para um engenheiro, � o material em que ser�o fixadas as funda��es de uma constru��o; para um hidr�logo, � um meio em que se armazena �gua subterr�nea. Para o estudioso das ci�ncias da Terra, pode-se definir solo como o “produto do intemperismo, do remanejamento e da reorganiza��o das camadas superiores da crosta terrestre, sob a��o da atmosfera, da hidrosfera, da biosfera e das trocas de energia envolvidas”(Toledo et al.). Dependendo dos fatores que afetam o intemperismo, citados no in�cio, os solos ter�o caracter�sticas e propriedades f�sicas, qu�micas e f�sico-qu�micas diferenciadas. Poder�o ser argilosos ou arenosos; vermelhos, amarelos ou cinza-esbranqui�ados; ricos ou pobres em mat�ria org�nica; espessos ou rasos; homog�neos ou estruturados em horizontes bem definidos. O clima� o fator que mais influencia o intemperismo, principalmente a precipita��o pluviom�trica (chuvas) e as varia��es de temperatura. S�o elas as principais respons�veis pela natureza e velocidade das rea��es qu�micas que ocorrem na forma��o do solo. O relevodetermina a velocidade de escoamento das �guas superficiais, afetando assim a quantidade de �gua que se infiltra no solo e, como decorr�ncia disso, a maior ou menor remo��o de componentes sol�veis. A mat�ria org�nicaexistente no solo tem grande influ�ncia nas rea��es qu�micas, liberando CO2, por exemplo, e afetando o pH da �gua, o que tem reflexos na solubilidade do alum�nio. O tempo de exposi��oda rocha, naturalmente, � fundamental, pois quanto mais exposta ela fica, mais sofre desagrega��o e decomposi��o. O , por fim, � tamb�m importante. Dependendo da composi��o mineral�gica, as rochas podem ser muito alter�veis (como os m�rmores), enquanto outras (como quartzitos) s�o muito resistentes ao intemperismo.
Perfil e horizontes do solo e seu conjunto constitui o que se chama de perfil do solo. A delimita��o dessas camadas � feita visualmente no campo, pelo ped�logo, o especialista em solos. Nem sempre o solo mostra um perfil completo e quanto mais distante da rocha-m�e estiver um horizonte, mais intensa ou mais antiga foi a a��o da pedog�nese. A figura ao lado mostra um perfil de solo, com seus diferentes horizontes descritos a seguir:
Entre os horizontes A e B � poss�vel, �s vezes, delimitar um horizonte E, caracterizado pela remo��o de argila, mat�ria org�nica e �xidos e hidr�xidos de ferro e alum�nio, que v�o se acumular no horizonte logo abaixo. Textura do solo s�o as part�culas de sedimento com di�metros entre 0,05 mm e 2 mm; siltes�o as part�culas entre 0,005 mm e 0,5 mm e argila, aquelas com di�metro inferior a 0,005 mm. A textura � muito importante porque dela dependem o volume de �gua que se infiltra no solo; o volume de �gua que nele fica armazenado; a aera��o do solo; a facilidade de mecaniza��o e a fertilidade. Quando grande parte das part�culas � de areia (principalmente cristais de quartzo), o solo � arenoso, com grande capacidade de absor��o de �gua. Os solos siltosos, em que grande parte das part�culas pertence � fra��o silte, s�o solos muito suscet�veis � eros�o, pois as part�culas s�o finas e leves e n�o se agregam como no caso das argilas. Os solos argilosos, por sua vez, caracterizam-se por pouca aera��o e por serem ricos em �xidos e hidr�xidos de ferro e alum�nio. S�o imperme�veis, mas alguns solos argilosos do Brasil t�m grande permeabilidade gra�as � exist�ncia de poros de origem biol�gica. As diferen�as entre solos arenosos e argilosos � bem vis�vel em estradas n�o pavimentadas nos dias de chuva. Solos desenvolvidos sobre granitos, por exemplo, s�o arenosos, e as estradas neles existentes n�o costumam mostrar grandes po�as d’�gua ou �reas muito lamacentas em dias de chuva. J� as estradas abertas em solos desenvolvidos sobre basaltos s�o, em dias chuvosos, muito lamacentas, escorregadias e t�m grandes acumula��es de �gua. Classifica��o dos solos S�o bastante conhecidas as classifica��es francesa e portuguesa, muito usadas para os solos africanos; e a classifica��o adotada pela FAO (Food and Agricultural Organization, �rg�o da ONU), usada para uma classifica��o mundial dos solos. A mais difundida, por�m, � a classifica��o norte-americana (Soil Taxonomy), que compreende 12 ordens de solo divididas em subordens, grandes grupos, grupos, fam�lias e s�ries. O exame do mapa de solos dos Estados Unidos mostra claramente que a distribui��o dos diferentes tipos � definida pela latitude e pela altitude. Os solos brasileiros Os solos mais importantes em termos de extens�o ocupada s�o de longe os latossolos, que ocorrem praticamente em todo o
pa�s e se desenvolvem sobre todos os tipos de rocha. S�o solos com baixa capacidade de troca de c�tions, com presen�a de argilas de baixa atividade, geralmente muito profundos (mais de 2 m), bem desenvolvidos e de cor amarela a vermelho-escura (pela concentra��o de �xidos e hidr�xidos de ferro e alum�nio), localizados em terrenos planos ou pouco ondulados. S�o t�picos de regi�es de clima tropical �mido e semi�mido. Os solos brasileiros est�o bem estudados e foram cartografados pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecu�ria - Embrapa, que os vem mapeando sistematicamente desde 1960. Esse trabalho levou � cria��o do Sistema Brasileiro de Classifica��o de Solos, que compreende seis n�veis hier�rquicos: ordem, subordem, grande grupo, subgrupo, fam�lia e s�rie. Os dois �ltimos n�veis ainda s�o objeto de discuss�o. Esse sistema estabeleceu uma classifica��o espec�fica para os solos do Brasil, publicada em 1999. Essa classifica��o compreendia originalmente 14 ordens, conforme se v� na tabela anterior (Toledo et al., 2000). Mas em 2005 foi eliminada a ordem dos alissolos, por se considerar o teor de alum�nio de import�ncia secund�ria.
UM ERRO HIST�RICO Fontes Como é a decomposição da matéria orgânica?A decomposição é um processo realizado por fungos e bactérias que promove a degradação da matéria orgânica e a liberação de nutrientes ao meio. Bactérias e fungos são responsáveis por um processo conhecido por decomposição, em que a matéria orgânica de seres vivos é absorvida, e sais e outros elementos são liberados.
Qual o tempo de decomposição da matéria orgânica?6 a 12 meses: Os microorganismos, insetos e outros seres invertebrados geralmente transformam a matéria orgânica de forma eficaz.
Como são chamados os compostos orgânicos capazes de sofrer decomposição?Todos os compostos orgânicos que são capazes de sofrer decomposição recebem o nome de biodegradáveis e aqueles que não sofrem esse processo são chamados de não biodegradáveis.
Como são classificados os seres decompositores da natureza?Dentro da biologia alguns seres desempenham o importante papel de reciclar a matéria orgânica. Eles são classificados como seres decompositores. Fazem parte desse grupo os fungos, as bactérias, e os protozoários. Cada um deles irá desempenhar diferentes tipos de trabalhos dentro do ecossistema.
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