Provas do AtletismoHá provas de corrida, saltos, lançamentos e arremessos, tanto no feminino quanto no masculino. Cada uma, conta com suas disputas específicas. Show PistaVelocidade: 100m, 200m, 400m, rev. 4x400m e rev. 4x100m Meio fundo: 800m, 1.500m Fundo: 5.000m, 10.000m RuaMaratona (42km) Meia-maratona (21km) CampoLançamento de disco e club Lançamento de dardo Arremesso de peso Salto em distância Salto em altura Salto Triplo Classes no AtletismoOs competidores são divididos em grupos de acordo com o grau de deficiência constatado pela classificação funcional. Os que disputam provas de pista e de rua (velocidade, meio-fundo, fundo e maratona) e salto em distância, levam a letra T (de track) em sua classe
Já os atletas que fazem provas de campo (arremessos, lançamentos e salto em altura) são identificados com a letra letra F (field) na classificação.
Para os atletas deficientes visuais, as regras de utilização de atletas-guia e de apoio variam de acordo com a classe funcional. Nas provas de 5000m, de 10.000m e na maratona, os atletas das classes T11 e T12 podem ser auxiliados por até dois atletas-guia durante o percurso (a troca é feita durante a disputa). No caso de pódio, o atleta-guia que terminar a prova recebe medalha. O outro, não. Há, também, situações específicas em que um guia que não estava inscrito inicialmente em determinada prova tenha de correr. Neste cenário, ele não recebe medalha, caso suba ao pódio. Atleta-guia e apoio
Por Ana Villaça Você sabe o que é classificação? Sabe para que serve e qual a importância dela no paradesporto? Então acompanha aqui no texto que vamos explicar tudo para você ficar por dentro dos Jogos Paralímpicos. A classificação esportiva é uma forma de categorização do esporte paralímpico e se assemelha a outras formas de categorização presentes também no esporte olímpico, como idade, peso e gênero e serve para que todos os atletas tenham igualdade de condições ao competir. Primeiro precisamos entender que são considerados aptos ao paradesporto atletas que possuam deficiência permanente e tenham verificável limitação funcional com impacto em seu desempenho esportivo. Nem todos os tipos de deficiência são contemplados nos Jogos Paralímpicos. Além disso, cada modalidade esportiva requer diferentes habilidades e por isso contemplam deficiências específicas e necessitam de uma classificação funcional própria. 10 deficiências consideradas elegíveis para os Jogos ParalímpicosForça Muscular Limitada A classificação existe para definir a elegibilidade do atleta, ou seja, se ele está elegível para competir e também para agrupar os atletas elegíveis de acordo com a sua deficiência e grau de comprometimento. Para que a competição seja o mais justa possível, os atletas são avaliados e classificados em grupos, que são chamados de classes. As classes são nomeadas com uma letra e um número e quanto menor o número maior o grau de comprometimento do atleta. Já as letras são as iniciais da modalidade ou da deficiência. Exempo: S (swimming) para as provas de natação, F (field) para as provas de campo no atletismo, B (blind) para atletas cegos no caso do judô, goalball e futebol de 5. Nem todas as pessoas com deficiência estão permitidas a competir. Existem alguns atletas que ficam em uma espécie de limbo na classificação. Elas possuem uma deficiência que não permite que possam competir em igualdade no esporte convencional, mas ao mesmo tempo não conseguem encontrar uma classe para disputar as competições paralímpicas. Esses atletas são considerados inelegíveis. Foi o que aconteceu com o nadador brasileiro e multimedalhista paralímpico André Brasil. Ele, que já estava na última classe da natação, a S10, foi reclassificado e se tornou inelegível para competir. Lembrando que ao ser reclassificado ou até mesmo ao se tornar inelegível, o atleta não perde as suas medalhas anteriores. Isso NÃO é um dopping. A reclassificação funciona para que o competidor esteja sempre em uma classe justa, considerando que o grau de comprometimento pode aumentar ou diminuir por diversos motivos ao longo de sua carreira. Processo de ClassificaçãoOs atletas são avaliados por classificadores, profissionais treinados e certificados pelas federações internacionais e que variam de acordo com a modalidade, podendo ser médicos, psicólogos e educadores físicos. Os classificadores devem responder 3 perguntas durante o processo de classificação:
Como cada modalidade possui características próprias e exige que os atletas realizem diferentes atividades, o impacto da deficiência em cada modalidade também varia. Por isso a classificação deve ser específica para cada modalidade e levar em consideração as características de cada uma. Dessa forma, um mesmo atleta pode reunir os requisitos para competir em uma modalidade e não para outra. Após determinar que o atleta está elegível para disputar aquele esporte, o painel de classificação deverá indicar em qual classe ele deve competir. A classe não é diferenciada pela deficiência e sim pela limitação que o atleta tem para executar a atividade exigida naquela modalidade. Por esse motivo, podemos ver em algumas modalidades atletas com paraplegia disputando na mesma classe que atletas com amputações, porque as diferentes deficiências causam uma limitação similar na execução daquela atividade. Por conta da natureza progressiva de algumas deficiências e seus impactos nas atividades físicas, alguns atletas passam por esse processo de classificação várias vezes ao longo de suas carreiras, podendo ser reclassificados para outras categorias. Espero que você tenha entendido como funciona a classificação no paradesporto e consiga acompanhar com mais facilidade os Jogos Paralímpicos. Abaixo explicamos de maneira mais detalhada as classes por modalidade. Classes por modalidadeFoto: CPB/divulgação Atletismo T/F11-T/F 13 – Deficiência Visual T/F20 – Deficiência Intelectual F31, T/F32-T/F38 – Hipertonia, Ataxia e Atetose T/F40 e T/F41 – Baixa Estatura T/F42 – T/F46 e T47 – Deficiência em membro(s) T51-54 e F51-57 – Força Muscular Limitada, Limitação de Amplitude de Movimento Passivo e Diferença no comprimento de pernas A sigla T está relacionada às provas de pista e F às provas de campo. Destinado a todas as deficiências. Foto: Bruno de Lima / CPB Basquete em cadeira de rodas 1,0 – 1,5 – Não possuem controle de tronco 2,0 – 2,5 – Podem inclinar-se para frente e girar o corpo até certo ponto 3,0 – 3,5 – Podem girar totalmente e inclinar-se para frente 4,0 – Podem girar totalmente, inclinar-se para frente e parcialmente para os lados 4,5 – Possuem o menor comprometimento elegível e não têm restrição no tronco Destinado a deficiência físico-motora. Todas as classes jogam juntas e o somatório da equipe em quadra não pode ultrapassar 14. Foto: Alaor Filho / CPB Bocha BC1 – Hipertonia, Ataxia e Atetose BC2 – Hipertonia, Ataxia e Atetose BC3 – Hipertonia, Ataxia e Atetose BC4 – Deficiência de origem não cerebral: distrofia muscular, lesão na medula espinhal e amputação dos quatro membros Todos competem em cadeiras de rodas. Destinado a atletas com elevado grau de paralisia cerebral ou deficiências severas. Foto: Tania Rego / Ag Brasil Canoagem KL1 – Usa somente os braços na remada KL2 – Usa tronco e braços na remada KL3 – Usa braços, tronco e pernas na remada Destinado a atletas com deficiência físico-motora. Foto: Divulgação Ciclismo H1 – H5 (Handbikes) – Paraplegia e Tetraplegia T1 e T2 (Triciclos) – Paralisia cerebral C1 – C5 (Convencionais) – Amputados e outras deficiências físico-motoras Tandem – Deficiência Visual Destinado a deficiências visual, físico-motora e paralisia cerebral. Foto: Bruno de Lima / CPB Esgrima em cadeira de rodas A – Atletas com mobilidade no tronco, amputados ou com limitação de movimento B – Menor mobilidade no tronco e equilíbrio C – Tetraplegia, comprometimento Fo movimento do tronco, mãos e braços Destinado a atletas com deficiência motora. Foto: Agencia Brasil Futebol de 5 B1 – Cegos totais ou com pouca percepção de luz Destinado somente a deficientes visuais. Foto: TV Brasil Goalball B1 – Cegos totais ou com pouca percepção de luz B2 – Atletas com percepção de vultos B3 – Atletas que conseguem definir imagens Destinado somente a deficientes visuais (B1, B2 e B3 jogam juntos) Foto: Graziella Batista / MPIX / CPB Halterofilismo Classe Única – Deficiência física nos membros inferiores, baixa estatura e paralisados Destinado a atletas com deficiência física nos membros inferiores, baixa estatura e paralisados Foto: CPB Hipismo I – Cadeirantes com comprometimento severo nos quatro membros I – Cadeirantes ou andantes com boa funcionalidade dos braços e atletas com comprometimentos unilateral severo ou cegos. III – Andantes com comprometimento unilateral, moderado nos quatro membros ou severo nos braços e atletas com deficiência visual severa IV – Comprometimento leve em um ou dois membros. Atletas com deficiência visual moderada V – Comprometimento leve em um ou dois membros. Atletas com deficiência visual leve Destinado a atletas com deficiência física nos membros inferiores, baixa estatura, deficientes visuais e paralisados. Foto: CPB Judô B1 – Cegos totais ou com pouca percepção de luz B2 – Atletas com percepção de vultos B3 – Atletas que conseguem definir imagens Destinado somente a deficientes visuais (B1, B2 e B3 jogam juntos) Foto: Getty ImagesNatação 1-10 – Atletas com limitações físico motoras 11-13 – Atletas com deficiência visual 14 – Atletas com deficiência intelectual A sigla S está relacionada aos nados livre, costa e borboleta, SB ao nado peito e SM ao nado medley. O atleta pode ter classificações diferentes para cada estilo de nado. Destinado as deficiências físico-motora, visual e intelectual. Foto: Takuma Matsushita Parabadminton WH1 e WH2 – Cadeira de rodas SL3 e SL4 – Atletas com deficiências nos membros inferiores que andam SU5 – Atletas com deficiência nos membros superiores SH6 – Baixa estatura Destinado a atletas com deficiência física Foto: Ale Cabral / CPB Parataekwondo K43 – Atletas com amputação bilateral do cotovelo até a articulação da mão, dismelia bilateral. K44 – Atletas com amputação unilateral do cotovelo até a articulação da mão, dismelia unilateral, monoplegia, hemiplegia leve e diferença de tamanho nos membros inferiores. Destinado a atletas com deficiência física. Foto: CPB Remo PR1 – Função mínima ou nenhuma função de tronco PR2 – Uso funcional dos braços e tronco PR3 – Função residual nas pernas e atletas com deficiência visual Destinado a deficiência física e visual. Foto: Daniel Zappe / CPB / MPIX Rúgbi em cadeira de rodas 0,5 – 1,0 – Funções significativamente limitadas em ombros, braços e mãos 1,5 – 2,0 – Função razoável de braço 2,5 – 3,0 – Boa estabilidade de ombro e função de braço 3,5 – Boa estabilidade de ombro e função de braço e mão Todas as classes competem juntas, mas uma equipe deve somar no máximo 8 pontos com o time em quadra. Destinado a atletas com tetraplegia e outras deficiências que causam limitações nas funções dos braços e pernas. Foto: Alexandre Resende Tiro com arco W1 – Atletas com deficiência grave, em três ou quatro membro Open – Atletas com deficiência em um membro ou dois membros Destinado a Amputados, paralisados, paralisados cerebrais, doenças disfuncionais e progressivas, lesionados da coluna e múltiplas deficiências. Foto: Tomas Faquini/CPB/MPIX Tiro esportivo SH1 – Atiradores que não requerem suporte para a arma SH2 – Atiradores que necessitam de suporte para arma Destinado a atletas com deficiência física. Foto: CPB Tênis de mesa 1 – 5 – Para cadeirantes 6 – 10 – Para andantes 11 – Para andantes deficientes intelectuais Destinado a deficiência físico-motora. Foto: Divulgação / CPB Tênis em cadeira de rodas OPEN – Deficiência nos membros inferiores QUAD – Deficiência nos membros inferiores e superiores Destinado a atletas com deficiência de locomoção Foto: CBTri Triatlo PTWC1 e PTWC2 (Handbikes) – Cadeirantes PTS2-PTS5 – Deficiências físico-motoras e paralisia cerebral andantes PTVI1-PTVI3 – Deficiência Visual Destinado a cadeirantes, amputados, paralisados cerebrais e cegos. Foto: Divulgação / CPB Vôlei sentado MD – Deficiência com menor interferência nas funções essenciais do vôlei sentado D – Deficiência que tem maior impacto nas funções essenciais Destinado a atletas que possuam alguma deficiência física ou relacionada à locomoção. As classes jogam juntas, porém a equipe só pode ter em quadra 1 atleta da classe MD, ou outros cinco obrigatoriamente devem ser da classe D. Texto produzido para cobertura colaborativa da NINJA Esporte Clube < Dignidade menstrual deve ser lei!A história dos Jogos Paralímpicos >Como é a classificação funcional dos atletas paraolímpicos?Quanto menor a numeração, maior o grau de deficiência. Os atletas recebem uma classificação funcional que varia de 1 a 4,5 pontos, de acordo com o comprometimento motor: quanto menor o comprometimento do atleta, maior a pontuação. Durante o jogo, a soma total dos cinco jogadores não pode ultrapassar os 14 pontos.
Como é feita a classificação dos esportes paralímpicos?As diferentes classificações garantem que as competições sejam equilibradas. São reconhecidas cinco categorias de deficiência para a participação em competições oficiais: paralisia cerebral, deficiência visual, pessoas em cadeira de rodas, amputados e les autres (pessoas com alguma deficiência locomotora).
Como é realizada a classificação funcional dos atletas em cada modalidade?No sistema de classificação funcional, o atleta obtém pontuação de acordo com o seu potencial de movimentação de pernas, tronco e uma avaliação na água durante a remada. Quanto maior a pontuação, maior o potencial funcional do atleta. Quanto menor o número, maior a limitação do competidor.
Como os ParaEm modalidades coletivas, os atletas são classificados por pontos, sendo que, quanto menor for a pontuação, maior o grau de limitação do atleta. Assim, cada equipe tem um limite de pontos que pode ter na área de jogo, para garantir o equilíbrio entre as equipes.
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