O atletismo paralímpico segue as regras da Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF), porém sofre algumas alterações para que a prática possa ser feita pelos atletas com deficiência. O atletismo paralímpico é um dos esportes geridos pelo Comitê Paralímpico Internacional (IPC sigla em inglês), já que possui abertura para todas as deficiências.
O atletismo paralímpico é dividido em provas de campo, que são arremesso de dardo, lançamento de disco e salto em distância e provas de pista, sendo estas velocidades, meio fundo e fundo.
Provas de Campo
Atleta cega em competição de campo. A venda nos olhos é para garantir a igualdade.
As provas de campo são representadas pela letra “F” (Field) e tem as categorias de arremesso de peso, lançamento de disco dardo e salto em distância, altura e triplo. O número é em referencia a deficiência de cada um dos atletas.
F11 – Atletas cegos - Os atletas da categoria F11 disputam vendados e com o auxílio sonoro dos chamadores que, podem ou não ser atletas. Pode ser o próprio técnico, por exemplo.
F12 – Atletas com baixa visão - Os atletas da categoria F12, não são obrigados a competirem com auxilio dos chamadores, ficando a critério de cada um a utilização destes.
F13 – Visão Sub normal - Os atletas da categoria F13 não podem fazer o uso dos chamadores.
Provas de Pista
As provas de pista são representadas pela letra “T” (Track) e tem as categorias velocidade (100m rasos, 200m rasos e 400m rasos), meio fundo (800m rasos e 1500m rasos) e fundo (5000m rasos e 10000m rasos). O número é em referencia a deficiência de cada um dos atletas.
Corda nas mãos dos atletas para ambos ficarem conectados.
Nas provas de pista os competidores disputam com o auxílio de atletas-guia. Os atletas-guia têm a função de ajudar o atleta a não perder a direção e ambos são conectados através de uma corda. Porém algumas regras devem ser observadas: Os atletas-guia não podem puxar os atletas para ganharem mais velocidade; não é permitido os atletas-guia cruzarem a linha de chegada antes do atleta, tendo como consequência aa desclassificação da prova.
T11 – Atletas cegos – Os atletas da categoria T11 correm vendados e com o auxílio de atletas-guia, onde ambos ficam conectados através de uma corda. Os atletas têm direito a duas raias na prova pelo fato de correrem com os guias.
T12 – Atletas com baixa visão - Os atletas da categoria T12, não são obrigados a competirem com os atletas-guia, ficando a critério de cada um a utilização destes. Utilizando ou não os guias, os atletas também têm direito a duas raias.
T13 – Visão Sub normal - Os atletas da categoria FT13 não podem correr com os atletas-guia. Os atletas T13 competem com regras idênticas dos atletas convencionais.
Por: Marcio Kleber Rufino Moreira (Coordenador de eventos de Atletismo do CPB) e Lucyana de Miranda Moreira (Classificadora de Atletismo)
Como é disputadoO atletismo paralímpico é praticado por atletas com deficiência física, visual ou intelectual. Ele é disputado em pistas oficiais de 400 metros, contendo 6 ou 8 raias, com piso adequado, sendo de borracha ou similar, seguindo as regras oficiais da modalidade (sugeridas pela CBAt, com suas adequações do World Parathletics).
O Atletismo contempla provas de pista e campo, além de provas de rua, sendo elas:
Provas de Pista:
Velocidades : 100m, 200m, 400, rev. 4x400m e rev. 4x100m
Meio fundo: 800m, 1.500m
Fundo: 5.000, 10.000m
Salto em distância
Salto em altura
Salto Triplo
Provas de Campo:
Lançamento de disco e club
Lançamento de dardo
Arremesso de peso
Provas de Rua
Maratona – 42km
Meia Maratona – 21km
10km
Em comparação com o atletismo olímpico, o atletismo paralímpico não possui as provas de salto com vara, arremesso de martelo, além das corridas com barreira e obstáculos.
Quem pode praticar?Deficientes visuais, deficientes intelectuais, amputados, paralisados cerebrais, lesados medulares, entre outras deficiências físicas.
A classificação na modalidade
Os competidores são divididos em grupos de acordo com o grau de deficiência constatado pela classificação funcional. Os que disputam provas de pista (velocidade, meio fundo, fundo e saltos) e de rua (maratona), levam a letra T (Track) em sua classe:
T11 a T13 | Deficiências visuais
T20 |Deficiências intelectuais
T31 a T38 | Paralisados cerebrais (31 a 34 para cadeirantes: 35 a 38 para
andantes)
T40 e T41 |Anões
T42 a T44 |Deficiência nos membros inferiores
T45 a T47 |Deficiência nos membros superiores
T51 a T54 |Competem em cadeiras de rodas
T61 a T64 |Amputados de membros inferiores com prótese
Já os atletas que fazem provas de campo (arremessos, lançamentos) são identificados com a letra F (Field) na classificação:
F11 a F13 | Deficiências
visuais
F20 | Deficiências intelectuais
F31 a F38 | Paralisados cerebrais (31 a 34 para cadeirantes: 35 a 38 para andantes)
F40 e F41 | Baixa Estatura
F42 a F46 | Amputados ou deficiência nos membros superiores ou inferiores (F42 a F44 para membros inferiores e F45 a F46 para membros superiores)
F51 A F57 | Competem em cadeiras de rodas (sequelas de poliomielite, lesões medulares, amputações).
Sobre os atletas com deficiências visuais temos:
Atleta-guia e apoio
T11 | Corre ao lado do atleta-guia e usa o cordão de ligação. No salto em distância, é auxiliado por um apoio.
T12 | Atleta-guia e apoio, no salto, são opcionais.
T13 | Não pode usar atleta-guia e nem ser auxiliado por um apoio no salto.
A modalidade no BrasilO atletismo é gerido nacionalmente pelo Comitê Paralímpico Brasileiro, que atua também como confederação desta modalidade. Mais informações em www.cpb.org.br.
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O Atletismo Brasileiro nos Jogos Paralímpicos48 ouros
73 pratas
52 bronzes
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