Como ocorre o processo de decomposição da matéria orgânica?

Conceito de Decomposição: A decomposição consiste num processo de transformação de compostos constituintes de seres vivos mortos noutros…

Conceito de Decomposição

A decomposição consiste num processo de transformação de compostos constituintes de seres vivos mortos noutros compostos que podem ser utilizados por outros seres vivos, correspondendo a uma fase do ciclo da matéria que ocorre na natureza.

Numa cadeia alimentar estão presentes produtores, consumidores e decompositores.

Os produtores são seres vivos autotróficos que, através de processos como a fotossíntese, sintetizam eles próprios nutrientes dos quais necessitam.

Os consumidores são seres vivos heterotróficos, que necessitam de obter o seu alimento do exterior, por absorção ou ingestão. Estes seres vivos podem alimentar-se de produtores ou de outros consumidores.

Os decompositores atuam sobre elementos com excrementos, plantas e animais mortos, convertendo a matéria orgânica que os constitui em matéria inorgânica. Esta matéria inorgânica pode depois ser utilizada por organismos produtores, iniciando-se um novo ciclo da matéria. A decomposição pode ser levada a cabo por bactérias e fungos.

O processo de decomposição mostra-nos assim que, tal como postulou Antoine Lavoisier, “na Natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”.

Este processo pode ser aproveitado, por exemplo, para a realização de compostagem. Esta consiste num conjunto de procedimentos que visam promover a decomposição de matéria orgânica de forma a obter nutrientes inorgânicos que podem ser utilizados para fertilização de solos. Estes nutrientes podem ser uma alternativa a fertilizantes sintéticos. É também uma forma de aproveitamento de resíduos.

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Como ocorre o processo de decomposição da matéria orgânica?
16-03-2017

Licenciada em Biologia pela Faculdade de Ciências da Universidade do Porto. Experiência em educação ambiental, divulgação científica e formação. Mail:

Que maravilha seria se todos os alimentos não estragassem com o tempo, não é mesmo? Apesar de parecer uma vantagem, a falta de organismos decompositores poderia ser um grave problema mundial. Acompanhe-nos nessa leitura e descubra o porquê!

Primeiramente devemos lembrar que todos os seres vivos são formados por matéria orgânica e, assim que eles morrem, essa matéria é degradada. Esse processo natural é chamado de decomposição e é realizado por seres heterotróficos chamados de decompositores. Como exemplo desses seres, podemos citar os fungos e as bactérias.

Os seres decompositores nutrem-se dos restos de seres vivos, tais como plantas e animais, e liberam na natureza sais minerais e outros nutrientes. Esses nutrientes são então utilizados pelos organismos produtores, como as plantas, sendo, portanto, reaproveitados. Dessa forma, podemos concluir que a decomposição favorece a ciclagem dos nutrientes.

A decomposição faz com que cadáveres de animais, restos de plantas e até mesmo nossos alimentos sejam degradados. É por isso que muitas vezes esse processo não é visto com bons olhos. Entretanto, a decomposição é fundamental para a manutenção da cadeia alimentar, além de evitar que o planeta seja um grande depósito de seres mortos. Sem a decomposição seria impossível, por exemplo, a manutenção da vida, uma vez que alguns nutrientes não retornariam ao meio e os organismos, que não conseguiriam obtê-los, morreriam.

Como ocorre o processo de decomposição da matéria orgânica?

O processo de decomposição faz com que os nutrientes retornem ao meio

Todos os compostos orgânicos que são capazes de sofrer decomposição recebem o nome de biodegradáveis e aqueles que não sofrem esse processo são chamados de não biodegradáveis.

Curiosidade: Vale lembrar que, em alguns casos, os organismos não sofrem total decomposição, mas podem ser cobertos por sedimentos e âmbar ou passar por congelamento, por exemplo. Nesses casos, podem ser formados fósseis, que são restos de organismos antigos ou evidências de sua existência preservados.


Por Ma. Vanessa dos Santos

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Estágios da morte

Pallor mortis
Algor mortis
Rigor mortis
Livor mortis
Putrefação
Decomposição
Esqueletização
Fossilização

  • v
  • d
  • e

Em biologia e ecologia, decomposição, mineralização e em alguns casos, apodrecimento, é o processo de transformação da matéria orgânica em minerais, que podem ser assimilados pelas plantas para a produção de matéria viva, fechando assim os ciclos biogeoquímicos. Este processo, não só fornece aos ecossistemas os compostos necessários ao desenvolvimento dos produtores primários, mas liberta-o igualmente de material que, se acumulado, poderia prejudicá-lo.

A decomposição dos animais e plantas mortos, ou suas partes, dos dejetos ou outras excreções dos animais e de restos de comida é um processo complexo. Nos tecidos dos organismos mortos inicia-se a autólise das células pelas enzimas contidas nos lisossomas. Esses tecidos são ainda triturados e parcialmente consumidos pelos detritívoros. A parte não consumida ou que não faz parte da alimentação desses animais é então atacada por vários tipos de bactérias; as partes interiores, onde não existe oxigénio livre, são consumidas por bactérias anaeróbicas, causando a putrefação, que resulta em aminas como a putrescina e a cadaverina, que têm um odor "pútrido"; este é o processo conhecido vulgarmente como apodrecimento. Finalmente, intervêm as bactérias mineralizantes — os decompositores –, que transformam as moléculas orgânicas libertadas pelos processos anteriores em água, dióxido de carbono e sais minerais.[1] Estes processos dependem de muitos fatores bióticos e abióticos, como a abundância e tipos de decompositores no biótopo, a humidade, a temperatura e outros. Gases são comumente liberados em toda decomposição, sendo eles o hidrogênio, nitrogênio, gás carbônico, enxofre e metano.

Estágios[editar | editar código-fonte]

Como ocorre o processo de decomposição da matéria orgânica?

Cadáver de um gato, já em avançado estado de decomposição.

Apesar de não ser um estudo muito recente, a tafonomia ainda não tem um padrão universal para os estágios de decomposição. Porém esse um dos padrões mais utilizado por pesquisadores, descrito por Payne (1965) e dividiu em seis etapas utilizando porcos em uma temperatura média de 26,1◦C do solo.

  • Fresco (dia 0) — estágio inicial, basicamente nenhuma característica forte da decomposição é visível. Aqui é exatamente onde encontra a dificuldade de dividir o intervalo perimortem com o postmortem. O cheiro ainda é o presente no animal (ou pessoa) quando vivo. Depois de um tempo (minutos ou horas, varia de acordo com a localidade), as primeiras moscas da família Sarcophagidae.
  • Inchado (dia 1) — o nome é a dado pela principal característica do estágio, o inchamento do corpo devido a concentração de gases liberado pela ação de bactérias ligadas à decomposição. O cheiro forte de putrefação começa a estar presente, assim como outros grupos de moscas, formigas e também alguns besouros necrófagos.
  • Decomposição ativa (dia 3) — as larvas de insetos começam a penetrar em orifícios, pele e outros tecidos, assim os gases e fluídos corpóreos são liberados em grande quantidade no ambiente, atraindo ainda mais outros animais e acelerando o processo de decomposição.
  • Decomposição avançada (dia 5) — Nessa fase, boa parte das vísceras foram devoradas pelos insetos e outros organismos presentes. Os ossos são expostos pouco a pouco, o corpo perde volume e o forte cheiro começa a diminuir, assim como a diversidade de insetos.
  • Seco (dia 7) — Somente pele, cartilagem e osso são encontrados. Outros artrópodes aproveitam a diminuição da competição para obter recursos, como centopeias, caracóis, milipedes, entre outros.
  • Esqueletizado — É difícil determinar quando inicia a última fase, porém é bem provável que dentro de duas semanas a carcaça já esteja nessa categoria. O cheiro é bem fraco, porém bastante impregnado no solo e em pedras próximas. Toda a carne e pele já não se encontram presentes, somente ossos e cabelo e os animais presentes são do ambiente, e não ligados ao processo de decomposição.

[2]

Organismos decompositores[editar | editar código-fonte]

Como ocorre o processo de decomposição da matéria orgânica?

Os fungos na árvore são decompositores

Em ecologia, chamam-se decompositores aos seres vivos heterótrofos, como algumas bactérias, fungos e protozoários, que "atacam" os cadáveres, excrementos, restos de vegetais e, em geral, matéria orgânica dispersa no substrato, decompondo-a em sais minerais, água e dióxido de carbono, que são depois reutilizados pelos produtores, num processo natural de reciclagem.[3]

Na ausência de decompositores, os nutrientes ficam retidos na matéria orgânica, sendo impossibilitados de retornar ao solo. Além do grande acumulo de matéria orgânica, a falta de decompositores prejudicaria as plantas, pois impediria a extração e fixação dos nutrientes do solo.[4] A decomposição se inicia com a colonização de bactéria e fungos, presentes no ar e na água. Esses organismos, se utilizam de substâncias solúveis, como açúcares e aminoácidos, que são difusíveis. Após, os recursos residuais que não são difusíveis, são decompostos por especialistas microbianos, em um processo mais lento. Esses especialistas são capazes de decompor substâncias como carboidratos estruturais, suberina e quitina.[5]

Os decompositores são responsáveis por grande parte da energia que circula nos fluxos energéticos do ecossistema, eles processam muita energia na " reciclagem da vida no planeta " ou seja na conversão da forma orgânica para a inorgânica.[6] Ocupam um nivel trófico à parte dos outros detritívoros, já que se alimentam da matéria orgânica em decomposição.

Ver também[editar | editar código-fonte]

  • Húmus
  • Solo
  • Pedologia
  • Matéria orgânica
  • Saprotrofia
  • Serrapilheira
  • Compostagem
  • Digestão aeróbica

Referências

  1. Vendrami, Juliana Lopes (2008) "Produtividade e decomposição de serrapilheira foliar em fragmentos de Floresta Atlântica do Estado de São Paulo" no site do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo acessado a 6 de julho de 2009
  2. Moura, Daniel (15 de janeiro de 2017). «Os estágios da decomposição e a sua importância na Forense». Universo Racionalista
  3. Vendrami, Juliana Lopes (2008) “Produtividade e decomposição de serrapilheira foliar em fragmentos de Floresta Atlântica do Estado de São Paulo” no site do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo acessado a 6 de julho de 2009
  4. «Decompositores - CiênciaBR». 19 de abril de 2010. Consultado em 26 de julho de 2016
  5. TOWNSEND, Colin R.; BEGON, Michael; HARPER, John L. (2010). Fundamentos em Ecologia. [S.l.]: ARTMED EDITORA S.A. p. 416
  6. ecologia, fundamentos (2010). Fundamentos em ecologia. [S.l.]: artmed. pp. 415 e 417

  • Como ocorre o processo de decomposição da matéria orgânica?
    Portal da ecologia

Como ocorre o processo de decomposição de matéria orgânica?

A decomposição é um processo realizado por fungos e bactérias que promove a degradação da matéria orgânica e a liberação de nutrientes ao meio. Bactérias e fungos são responsáveis por um processo conhecido por decomposição, em que a matéria orgânica de seres vivos é absorvida, e sais e outros elementos são liberados.

Quais os processos envolvidos na decomposição?

O processo de decomposição necessita de três fatores básicos: umidade, calor e oxigênio. A umidade garante a proliferação dos micro-organismos e permite que alguns esporos germinem. Já o calor acelera esse processo, pois aumenta consideravelmente o número de micro-organismos em pouco tempo.

Qual a importância do processo de decomposição da matéria orgânica?

Sem a decomposição seria impossível, por exemplo, a manutenção da vida, uma vez que alguns nutrientes não retornariam ao meio e os organismos, que não conseguiriam obtê-los, morreriam.

Como os fungos Decompoem a matéria?

Fungos: Realizam o processo de reciclagem, por meio das hifas fúngicas; Protozoários: Ingerem partículas orgânicas nos sedimentos em decomposição; Bactérias: Através do uso da energia solar, de fonte química e de compostos orgânicos, são altamente eficientes no processo de decomposição.