A raiva é uma doença transmitida de animais para o homem, causada por um vírus. Os seres humanos são infectados pela raiva ao entrarem em contato com a saliva de animais infectados. Essa transmissão ocorre, principalmente, por causa das mordidas dos animais, mas podem acontecer em caso de arranhões ou até lambidas.
Abaixo neste texto, (com informações do programa Bem Estar e do Ministério da Saúde), o G1 responde:
- O que é raiva humana?
- Como é transmitida?
- Quais os sintomas da raiva?
- Diagnóstico
- Formas de prevenção
- Quem deve tomar a vacina antirrábica como forma de prevenção?
O que é raiva humana?
A raiva é uma doença causada pelo vírus Lyssavirus, da família Rhabdoviridae. Quase 100% dos pacientes contaminados vão a óbito. O vírus causador da doença acomete o sistema nervoso central do infectado, ocasionando uma encefalite (inflamação no cérebro que causa inchaço) que geralmente evolui rapidamente.
Em caso de possível exposição ao vírus da raiva, é imprescindível a limpeza do ferimento com água corrente e sabão. A pessoa infectada pela raiva precisa procurar atendimento médico para tomar a vacina e soro logo após o incidente. A vacina não tem contraindicação.
Não são só os cachorros que transmitem a raiva. Qualquer mamífero pode transmitir a doença: gato, vaca, cavalo, coelho, morcego.
Como é transmitida?
A raiva é transmitida pela saliva de animais infectados. A transmissão ocorre, principalmente, por causa das mordidas dos animais, mas podem acontecer em caso de arranhões ou até lambidas. O período de incubação do vírus varia entre as espécies.
Esse período está relacionado à localização, extensão e profundidade da ferida ou tipo de contato. Em cães e gatos, a eliminação de vírus pela saliva ocorre de dois a cinco dias antes do aparecimento de sinais clínicos. A morte do animal acontece entre cinco e sete dias após a apresentação dos sintomas.
“Existem alguns locais que a doença pode evoluir de uma forma mais grave e mais rapidamente. São as regiões mais próximas do sistema nervoso central (ombro, pescoço, rosto) e uma mordedura nas extremidades, porque são enervadas. Essas situações precisam de cuidados e atenção maior”, explica a coordenadora da UTI de doenças infecciosas do Hospital Universitário Oswaldo Cruz, da Universidade de Pernambuco, Ana Flávia Campos.
Quais os sintomas da raiva?
Os sintomas da raiva podem não aparecer na hora. O mais comum é demorar entre um a três meses, mas não é uma regra. De acordo com Ana Flávia Campos, em algumas pessoas os sintomas podem se manifestar em até um ano. “Quando o vírus penetra, ele vai caminhando pelo sistema nervoso periférico até o sistema nervoso central. Por razões ainda desconhecidas, essa replicação ao longo do sistema nervoso periférico é bem lenta. É isso que justifica um período de incubação tão extenso”.
Entre os sintomas estão:
- Alterações de comportamento – confusão mental, desorientação, agressividade, alucinações
- Espasmos ao sentir água ou vento - hidrofobia
- Mal-estar geral
- Aumento de temperatura
- Náuseas
- Dor de garganta
O período de evolução do quadro clínico é, em geral, de dois a sete dias.
Diagnóstico
Os sintomas da raiva podem ser confundidos com outras doenças numa primeira avaliação. Entretanto, a confirmação laboratorial pode ser feita pelo método de imunofluorescência direta, em impressão de córnea, raspado de mucosa lingual ou por biópsia de pele da região cervical.
Formas de prevenção
Existem algumas formas de prevenir a raiva. Uma delas é a vacina antirrábica. Outras formas são:
- Vacinação dos animais de estimação
- Evitar contato com animais que você não conhece
- Nunca tocar em animais silvestres
- Prevenir que morcegos entrem nas casas
Caso tenha sido atacado por algum animal, o paciente precisa limpar o ferimento com água corrente e sabão e precisa procurar atendimento médico o mais rápido possível.
Quem deve tomar a vacina antirrábica como forma de prevenção?
- Médicos veterinários
- Biólogos
- Profissionais de laboratório de virologia
- Estudantes de Medicina Veterinária, zootecnia, biologia, agronomia, agrotécnica
- Pessoas que atuam na captura e estudo de animais com suspeita de raiva
- Pessoas que trabalham com animais silvestres (inclusive funcionários de zoológicos)
- Pessoas que vão viajar para lugares de risco
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