Como são chamados os distúrbios de proliferação diferenciação celular?

Adaptações do Crescimento Celular (Hipertrofia, Hiperplasia, Atrofia, Metaplasia) e Diferenciação | Colunistas

Índice

  • 1 Tipos de adaptações
    • 1.1 Hipertrofia
    • 1.2 Hiperplasia
    • 1.3 Atrofia
    • 1.4 Metaplasia
  • 2 Diferenciação
    • 2.1 Referências

Adaptações são alterações reversíveis em número, tamanho, fenótipo, atividade metabólica ou das funções celulares em resposta às alterações no seu meio. As adaptações fisiológicas normalmente representam respostas celulares à estimulação normal pelos hormônios ou mediadores químicos endógenos. Já as adaptações patológicas são respostas ao estresse que permitem às células modularem sua estrutura e função escapando, assim, da lesão. Tais adaptações podem ter várias formas distintas.

Tipos de adaptações

Hipertrofia

A hipertrofia é um aumento do tamanho das células que resulta em aumento do tamanho do órgão, ou seja, não existem células novas, apenas células maiores, contendo quantidade aumentada de proteínas estruturais e de organelas. Isso ocorre quando as células possuem capacidade limitada de se dividir.

A hipertrofia pode ser fisiológica ou patológica e é causada pelo aumento da demanda funcional ou por fatores de crescimento ou estimulação hormonal específica.

Exemplos de hipertrofias fisiológicas:

– Aumento na demanda funcional, vista na hipertrofia muscular estriada esquelética, no exercício físico.

– Aumento da mama e do útero, induzido por hormônio, durante a gravidez.

Exemplos de hipertrofias patológicas:

– Aumento cardíaco que ocorre com hipertensão ou doença de valva aórtica.

– Hipertrofia do rim na hidronefrose.

Hiperplasia

A hiperplasia é caracterizada por aumento do número de células devido à proliferação de células diferenciadas e substituição por células-tronco do tecido, ou seja, é uma resposta adaptativa em células capazes de replicação. Ocorre simultaneamente com a hipertrofia e sempre em resposta ao mesmo estímulo.

A hiperplasia pode ser fisiológica ou patológica. Em ambas as situações, a proliferação celular é estimulada por fatores de crescimento que são produzidos por vários tipos celulares.

A hiperplasia fisiológica pode ser de 2 tipos:

1- Hormonal: exemplificada pela proliferação do epitélio glandular da mama feminina na puberdade e durante a gravidez.

2- Compensatória: na qual cresce tecido residual após a remoção ou perda da porção de um órgão. Por exemplo, quando o fígado é parcialmente removido, a atividade mitótica das células restantes inicia-se 12 horas depois, restaurando o fígado ao seu peso normal.

Já a Hiperplasia patológica é causada, na maioria das vezes, por estimulação excessiva hormonal ou por fatores do crescimento. Como, por exemplo, na hiperplasia endometrial pela ação do estrogênio.

Atrofia

A atrofia é caracterizada por diminuição do tamanho da célula, pela perda de substância celular. Quando um número suficiente de células está envolvido, todo o tecido ou órgão diminui em tamanho, tornando-se atrófico. Ressalta-se que, embora as células atróficas tenham sua função diminuída, elas não estão mortas.

As causas da atrofia podem ser por: diminuição da carga de trabalho, perda da inervação, diminuição do suprimento sanguíneo, nutrição inadequada, perda da estimulação endócrina e envelhecimento.

Embora alguns desses estímulos sejam fisiológicos, como a perda da estimulação hormonal na menopausa, e outros patológicos, como a desnervação, as alterações celulares fundamentais são idênticas. Elas representam uma retração da célula para um tamanho menor no qual a sobrevivência seja ainda possível, então um novo equilíbrio é adquirido entre o tamanho da célula e a diminuição do suprimento sanguíneo, da nutrição ou da estimulação trófica.

Os mecanismos da atrofia consistem em uma combinação de síntese proteica diminuída e degradação proteica aumentada nas células, assim:

– A síntese de proteínas diminui por causa da redução da atividade metabólica.

– A degradação das proteínas celulares ocorre, principalmente, pela via ubiquitina-proteossoma.

– E, em muitas situações, a atrofia é acompanhada também pelo aumento da autofagia, que resulta no aumento do número de vacúolos autofágicos. A autofagia é o processo no qual a célula privada de nutrientes digere seus próprios componentes no intuito de encontrar nutrição e sobreviver.

Metaplasia

Metaplasia é uma alteração reversível na qual um tipo celular adulto, epitelial ou mesenquimal, é substituído por outro tipo celular adulto. Nesse tipo de adaptação celular, uma célula sensível a determinadoestresse é substituída por outro tipo celular mais capaz desuportar o ambiente hostil. Acredita-se que a metaplasia surjapor uma reprogramação de células-tronco que se diferenciam aolongo de outra via, em vez de uma alteração fenotípica de células já diferenciadas.

A metaplasia pode resultar em redução das funções ou tendência aumentada para transformação maligna.

Exemplo de metaplasia:

-Mudança escamosa que ocorre no epitélio respiratório em fumantes habituais de cigarros (epitélio ciliado para epitélio escamoso).

Diferenciação

Processo pelo qual as células se tornam especializadas para realizar uma determinada função. Dentre alguns dos fatores que interferem na diferenciação celular estão as patologias, as inflamações, as necessidades do organismo e a interferência externa.

Na patologia, um dos indicadores da alteração da diferenciação é o exame anatomopatológico, em que as células tumorais predominantes podem ser classificadas de acordo com seu grau de diferenciação:

– Indiferenciadas ou pouco diferenciadas: células que perderam suas características de especialização e pouco se parecem com as células normais do organismo.

– Moderadamente diferenciadas: células que mantém algum grau de especialização e que têm alguma similaridade com as células normais do organismo.

– Bem diferenciadas: células que preservam muitas características de especialização e que têm boa semelhança com as células normais do organismo.

Autora: Kaline Cecília Castro     

Instagram: @kalinecastro

Como são chamados os distúrbios de proliferação diferenciação celular?

O texto acima é de total responsabilidade do autor e não representa a visão da sanar sobre o assunto.

Referências

Robbins patologia básica. 9ª Edição. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.

Brasileiro Filho, G. – Bogliolo Patologia Geral, 6a edição, Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018

São chamados os distúrbios de proliferação e diferenciação celular?

Resumo Patologia (disturbios do crescimento e diferenciação celular, neoplasias e inflamacao)

Quais os tipos de distúrbios celulares?

A lesão celular pode ser causada por: • Hipoxia / isquemia / reperfusão, • Agentes físicos, químicos, infecciosos e parasitários, • Reações inflamatórias e imunológicas, • Defeitos genéticos, • Distúrbios nutricionais.

O que é a proliferação celular?

A proliferação celular é a rapidez com que uma célula cancerígenas copia seu DNA e se divide em duas células. Se as células cancerígenas estão se dividindo mais rapidamente, significa que o tumor é mais agressivo.

Quais são os fatores relacionados à diferenciação celular?

O tamanho, a forma, a polaridade, o metabolismo e a capacidade de resposta da célula aos sinais mudam dramaticamente, de modo que uma célula menos especializada se torna mais especializada e adquire um papel mais específico. Uma célula que sofreu diferenciação é descrita como diferenciada.