Deem pão e circo ao povo

A situação social em Roma durante o período da República era tensa. Uma pequena parcela da população detinha muita riqueza, em consequência das guerras de expansão territorial e da exploração do trabalho escravo. Porém, uma grande maioria de romanos vivia na pobreza, em péssimas condições de vida nas cidades. Para conter distúrbios sociais, o Estado romano criou a política do Pão e Circo.

Como o próprio nome diz, o Pãoestava relacionado à distribuição gratuita de trigo ou a preços baixos para a população pobre. Mas não eram todos os pobres que tinham acesso a essa fonte de alimentação. Apenas as pessoas inscritas nas listas frumentárias (palavra que está relacionada à natureza do cereal, ao que dá farinha) recebiam o trigo ou pagavam um preço baixo por ele.

As condições de alimentação da população pobre de Roma eram péssimas. A base alimentar era constituída por pão de péssima qualidade e azeite. Mesmo assim eram difíceis de serem adquiridos. Com a distribuição gratuita ou a preço baixo, o Estado romano pretendia conter revoltas populares que ocorriam por acesso a alimentos. Quando a distribuição de trigo atrasava, era comum a população se rebelar.

Por outro lado, as classes ricas da sociedade realizavam grandes banquetes. Alguns podiam durar até dez horas, sendo compostos por vários tipos de pratos. As pessoas chegavam a vomitar para poder se aliviarem e, assim, conseguirem continuar comendo. Não é de se admirar que os pobres se revoltassem.

Outra medida utilizada pelos governantes romanos para evitar as rebeliões populares era o oferecimento de atividades de lazer gratuitas, referente à palavra Circoda política que está sendo apresentada neste texto.

Um dos principais locais de apresentação era o Circo Máximo. Nele eram realizadas uma das diversões mais adoradas pelos romanos: as corridas de carros puxados por cavalos. Esses carros podiam ser as bigas, puxadas por dois cavalos, ou as quadrigas, puxadas por quatro cavalos. Era também comum nessas corridas a ocorrência de acidentes.

Outros eventos prestigiados pela população romana eram as manobras militares, corridas de pedestres e as lutas dos gladiadores. Estas últimas ocorriam geralmente em anfiteatros, como o famoso Coliseu de Roma, que está de pé ainda hoje. Os gladiadores eram escravos, prisioneiros de guerra ou mesmo voluntários, treinados em escolas especiais, que deveriam lutar entre si. Enfrentavam em muitos casos animais ferozes como leões, leopardos e tigres provenientes de diferentes locais dos territórios controlados pelos romanos.

Deem pão e circo ao povo

Mosaico representando um gladiador, figura presente nos divertimentos romanos

Esses eventos eram marcados pela extrema violência, acarretando inúmeras mortes durante sua realização. Mesmo assim eram extremamente populares, o que levava os políticos a financiá-los para conseguirem apoio da população a seus projetos.

O Pão e Circo foi de extrema importância para se buscar uma estabilidade social na sociedade romana. Com ele, as classes dominantes buscavam controlar e conter os ânimos da população pobre, evitando, dessa forma, que as rebeliões se tornassem cada vez mais constantes.

Aproveite para conferir a nossa videoaula relacionada ao assunto:

Pão e circo para esquecer a realidade.

Embriaguez para esquecer a árdua realidade do país.

Deem pão e circo ao povo
O circo para realizar a festa do pão e circo brasileira.

No período de pão e circo a maioria da população se embriagam para esquecer a árdua realidade nacional. A gangorra histórica é fato satisfaz fazer uma retrospectiva dos aspectos culturais na história para perceber que tudo se repete e nada mais é criado originalmente. Tudo é reciclado, copiado, plagiado e revestido com uma roupagem nova, a uma carcaça velha.

Porém, aos olhos da ilusão do povo impressionado com o brilho das fantasias da festa do pão e circo moderno, transmite a impressão de que tudo é novo.

Principalmente quando se trata das festas e dos enredos carnavalescos. Uma grande ilusão da festa do rei momo que contagia uma imensa maioria de foliões em todos os recantos do Brasil, destaque para as grandes cidades brasileiras e no mundo.

Estava certo o cientista francês o químico Antoine Lavoisier, quando afirmou “Na Natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”. Pode-se aplicar essa lei da química, também para os eventos culturais de grande porte de ampla concorrência entre os humanos da contemporaneidade. Onde persiste à gangorra histórica, isto é, o vai e vem dos acontecimentos. Simplesmente de roupagem nova, com formatação antiga repletas, mas com conteúdo semelhante e pouco transformados; principalmente produzidos genuinamente.

Há sempre um referencial como ponto de partida que outros artistas plásticos, já pensaram para a produção de um enredo carnavalesco em tempos remotos.  Apenas os retocam usando as tecnologias avançadas para impressionar os milhões de telespectadores do mundo inteiro. Quando são observados, avaliados as performances dos componentes dos desfiles das escolas de samba nos sambódromos do Brasil especificamente nas cidades do RJ, SP, Porto Alegre e outras, onde existem escolas de sambas organizadas e locais para realizarem os famosos desfiles das escolas para se lançarem na concorrência da campeã.

O pão e circo na história.

Analisando os períodos mais longínquos da história cultural dos povos antigos e traçando um paralelo até a atualidade a impressão que impera é que o conteúdo básico não mudou muito.  Tudo o que existe de certa forma já aconteceu em outro contexto histórico e cultural dentro da realidade de cada nação. As pessoas vivenciaram de acordo com sua época e seus costumes próprios envolvendo a arte, a política etc. Importante se concentrar simplesmente, na farra atual que envolve uma grande parcela da população mundial.

O carnaval brasileiro óbvio e mundial, segundo a Wikipédia o “Carnaval é uma festa que se originou na Grécia em meados dos anos 600 a 520 a.C.

Através dessa festa os gregos realizavam seus cultos em agradecimento aos deuses pela fertilidade do solo e pela produção.” Consequentemente a igreja católica assumiu esse nicho com claros objetivos. O período do carnaval era marcado pelo "adeus à carne" ou do latim "carne vale” dando origem ao termo "carnaval". Durante o período do carnaval havia uma grande concentração de festejos populares.

É um período apropriado para os dias de hoje e em alguns países com mais destaque, o carnaval no Brasil, mas de qualquer lugar da Terra. Sempre existe uma enorme fatia da população, que se dedicam de corpo e alma com o propósito de esquecer seja seus problemas pessoais, ordem financeiras, amorosas ou de ordem sociais. Muitos tem nas escolas de samba seu ganha pão durante o ano todo, é trabalho fixo para os artistas do carnaval.

Pão e circo mais uma vez podem se apontar para Roma Antiga, e lá se pode encontrar personagens da história que faziam suas festas alienadas no coliseu. Eram momentos de descontrações, e para acalmar a população escravizada, pelo peso das administrações romana, dando-lhes pão e circo para serenar os ânimos.

“Panem et circenses” é a forma acusativa da expressão latina “Panis et circenses”, que significa “pão e jogos circenses”, mais popularmente conhecidas como pão e circo.

Diversão ao povo, com o objetivo de diminuir a insatisfação popular contra os governantes. “Esta foi uma política criada pelos antigos romanos, que previa o provimento de comida e espetáculos sangrentos, como os combates entre gladiadores, eram promovidos nos estádios para divertir a população; nesses estádios, pão era distribuído gratuitamente”. (Fonte: Wikipédia).

A realidade do imposto no Brasil é igual ao de Roma antiga.

Deem pão e circo ao povo
O circo para realizar a festa do pão e circo brasileira.

O peso dos impostos hoje em nosso país vive uma situação não muito diferente da época romana. Os povos viviam oprimidos através do peso das administrações pelas cobranças dos pesados impostos. Esta situação ocorria em todas as esferas administrativas que sufocavam lentamente a população. Hoje em nosso país não é diferente ou talvez muito pior. 

O governo penaliza a população através de uma pesada carga de impostos cobrada via modelos de arrecadações sofisticados, que sugam o que a nação produz e o mais doloroso que a população tem pouquíssimos retornos através de políticas sociais do montante, que se paga em impostos para o governo. A maioria dos impostos irá abastecer a vala imunda da corrupção brasileira.

Agora eis aí algumas evidências do cotidiano para ilustrar melhor este fardo que todos os brasileiros carregam. Hoje se tem uma carga tributária mais pesada do mundo, ao comprar um simples pão, todos ingerem mais impostos do que os nutrientes do amargo pão. Agora pense quanto você paga de imposto abusivo ao adquirir um bem durável, ou mesmo uma simples fantasia para o carnaval, não se sabe quanto paga-se de impostos embutidos em todas as coisas. Para acalmar os ânimos nada melhores do que uns dias de carnaval e logo em seguida preparem a papelada para acertar as contas com o leão do feroz imposto de renda da Receita Federal.

Realidade do Brasil atualmente tem uma política salarial que não repõe a inflação, existe um salário-mínimo nacional brasileiro de fome. Violência estourando em qualquer recanto desse país, deixando todos em pânico. Pessoas morrendo por falta de um sistema público de saúde eficiente. Estradas estaduais e federais, em péssimas condições de trafegabilidade, deixando as pessoas em perigo constantes. E nesse tempo de “pão e circo” regado a bebidas alcoólicas, drogas, imprudências no trânsito de todos os tipos e mais a alta velocidade, transformam, o país numa verdadeira carnificina muito pior do que os espetáculos do coliseu romano.

O sistema educacional mais obsoleto do planeta. Falta de planejamentos estratégicos para socorrer a população das catástrofes naturais. Greves pipocando em várias categorias por melhores salários em todo o país. Os bastidores das administrações de todos os poderes públicas, estão contaminadas pela corrupção, herança maldita dos políticos, sem exceções. Hoje o país está no comando de corruptos golpistas de todas as estirpes.

Através do carnaval vem átona e se poderia enumerar várias e várias mazelas da população que se conforma com uma festa banal. Portanto, por isso mesmo é no carnaval todos permanecem entorpecidos para não se lembrar da perversa realidade, que vive a atual população brasileira.

O ponto da discussão não é o carnaval em si, mas o pano de fundo ideológico.

Não sou contra, mas não faz a minha cabeça e respeito que gosta, apenas quero enfatizar os aspectos políticos e econômicos que são camuflados nos bastidores da folia.  Em 2018 o carnaval de uma escola de samba trouxe para a avenida a farsa do golpe de 2016, algo positivo que deveria servir de exemplos para todas as escolas, não excluírem daqui em diante a política dos seus enredos.

Geralmente para os carnavalescos é muito simples construir um enredo fantasioso de uma realidade longe do povo, do que criar um enredo que expresse a real realidade atual do povo e não sofrer retaliações da elite dominante.

Atualmente a nação brasileira é sofrida, sem emprego, sem dinheiro, sem governo, sem democracia e sem esperança. A grande maioria   está muito longe de ter condições de participar até mesmo da festa do pão e circo por falta de poder aquisitivo. Momento espetacular para muita gente esquecer durante três dias um pouco da situação em que vive. Logo após a brincadeira debochada de momo desaparecer. Automaticamente desperta em si à verdadeira ficha, da situação realística, que logo todos vão encarar durante o restante do ano. Um fato que faz a diferença da política do pão e circo dos tempos romanos era extremo num ponto. Naquela época era tudo grátis, para assistir o circo das atrocidades e degustar o pão do embuste, hoje se paga bem caro para participar dos festejos de momo.

Os romanos tinham os espetáculos grátis e no Brasil não.

Não obstante, na época da Roma antiga o povo assistia os espetáculos gratuitamente, hoje pouco vão ao sambarmos para ver o espetáculo da elite para a elite.

Portanto, o cenário histórico não se distancia muito, mais existe um elemento impactante para os dias de hoje, poucos tem dinheiro para comprar ingressos milionários, para prestigiar a festa sem graça e alienada de carnaval, nos sambódromos brasileiros. Somente poucos privilegiados (a elite dominante) dispõem de poderes aquisitivos para esbanjarem suas riquezas, pois não faz diferença em seus altos orçamentos.

Respeitem a vida porque geralmente durante as festas carnavalescas e no ritmo do samba moderno são acrescentados ingredientes como drogas ilícitas uma praga da atualidade, que reproduzem o panorama violento e sanguento durante a festa da carne.

Não esqueçam é fato em meio a toda esta parafernália de coloridos e fantasias há também, grandes interesses comerciais, disputas econômicas e poderes, entre os organizadores desta festança. Todavia a coletividade da população fã deste evento não tem conhecimento do que ocorre por traz das câmeras da mídia manipuladora e golpista.

Entretanto, o círculo da história se repete. Num lapso quase sugestiona que é tudo inédito, mas não passa simplesmente do velho trajando uma toga nova.

Então, mesmo diante de todas essas considerações e reflexões acerca do tempo de pão e circo carnavalesco. Mesmo assim, desejo, aqueles que gostam, um bom carnaval e com muita responsabilidade, deem prioridade a valorização a vida, dirijam com segurança, prudência, responsabilidade e nunca misturem, drogas, álcool ao dirigir, respeite as leis de trânsito. Afinal este não será o único, haverá outros carnavais, depende do com comportamento de correto nas autoestradas; durante estes dias de agitações, alienações, e manipulações da realidade.

De quem é a frase Pão e Circo para o povo?

Esta frase tem origem na Sátira X do humorista e poeta romano Juvenal (vivo por volta do ano 100 d.C.) e no seu contexto original, criticava a falta de informação do povo romano, que não tinha qualquer interesse em assuntos políticos, e só se preocupava com o alimento e o divertimento.

Qual é o significado da expressão Pão e Circo?

A política do Pão e circo (panem et circenses, no original em Latim) como ficou conhecida, era o modo com o qual os líderes romanos lidavam com a população em geral, para mantê-la fiel à ordem estabelecida e conquistar o seu apoio.

Qual o papel do termo Pão e Circo para os romanos?

O Pão e Circo foi de extrema importância para se buscar uma estabilidade social na sociedade romana. Com ele, as classes dominantes buscavam controlar e conter os ânimos da população pobre, evitando, dessa forma, que as rebeliões se tornassem cada vez mais constantes.

Quando foi a política do Pão e Circo?

A política do Pão e Circo (Panem et circenses, em latim) foi uma estratégia utilizada, principalmente pelo imperador romano Júlio César (100 a.C.-44 a.C.), para diminuir as tensões sociais e possíveis revoltas em Roma e outras cidades do império.