Dolz, noverraz e schneuwly (2004 pdf)

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Publicado em: 2022-05-24

Dolz, noverraz e schneuwly (2004 pdf)
4. SEQÜêNCIAS DIDÁTICAS PARA O ORAL E A ESCRITA:
APRESENTAÇÃO DE UM PROCEDIMENTO1
Joaquim Dolz, Michèle Noverraz2
& Bernard Schneuwly
INTRODUÇÃO
Como ensinar a expressão oral e escrita? Se, hoje em dia, existem
várias pistas para responder esta questão, nenhuma satisfaz,
simultaneamente, as seguintes exigências:
− permitir o ensino da oralidade e da escrita a partir de um encaminhamento, a
um só tempo, semelhante e diferenciado;
− propor uma concepção que englobe o conjunto da escolaridade obrigatória;
− centrar-se, de fato, nas dimensões textuais da expressão oral e escrita;
− oferecer um material rico em textos de referência, escritos e orais, nos quais os
alunos possam inspirar-se para suas produções;
− ser modular, para permitir uma diferenciação do ensino;
− favorecer a elaboração de projetos de classe.
A presente coleção responde, entre outras, a estas exigências. Sem
pretender, de forma alguma, cobrir a totalidade do ensino de produção oral e
escrita, ela fundamenta-se no seguinte postulado: é possível se ensinar a escrever
textos e a exprimir-se oralmente em situações públicas escolares e extra-
escolares. Uma proposta como esta tem sentido quando se inscreve num
1 Este é o texto de apresentação da Coleção de Livros Didáticos Exprimir-se em francês Seqüências
Didáticas para o Oral e a Escrita, Joaquim Dolz, Michèle Noverraz e Bernard Schneuwly (dirs.).
2 Michèle Noverraz é formadora de professores no seminário pedagógico de ensino secundário e
professora da Rede de Ensino Fundamental de Lausanne, além de coordenadora da obra que
este texto apresenta, em conjunto com Joaquim Dolz e Bernard Schneuwly.
ambiente escolar no qual múltiplas ocasiões de escrita e de fala são oferecidas aos
alunos, sem que cada produção se transforme, necessariamente, num objeto de
ensino sistemático. Criar contextos de produção precisos, efetuar atividades ou
exercícios múltiplos e variados: é isto que permitirá aos alunos apropriarem-se
das noções, técnicas e instrumentos necessários ao desenvolvimento de suas
capacidades de expressão oral e escrita, em situações de comunicação diversas. É
esse o desafio a que se propõe esta coleção.
O texto abaixo fornece ao leitor os elementos necessários para a
compreensão da natureza deste material. Primeiramente, ele expõe
detalhadamente o procedimento "seqüência didática", que é seu elemento chave,
na medida em que esta propõe uma maneira precisa de trabalhar em sala de
aula. Em seguida, o texto insiste em alguns pontos essenciais, a saber, mais
particularmente: os princípios teóricos subjacentes ao procedimento; seu caráter
modular e as possibilidades de diferenciação de ensino deste decorrentes; a
relação com as outras dimensões de ensino de língua. Ele apresenta, ainda, a
organização do conjunto da coleção, justificando o modo de progressão proposto
para cobrir a totalidade da escolaridade obrigatória. Finalmente, o texto descreve
o material à disposição dos professores.
O PROCEDIMENTO "SEQÜêNCIA DIDÁTICA"
Uma "seqüência didática" é um conjunto de atividades escolares
organizadas, de maneira sistemática, em torno de um gênero textual oral ou
escrito. Vejamos, mais detalhadamente, as principais características de uma
seqüência didática.
Trabalhar com gêneros
Quando nos comunicamos, adaptamo-nos à situação de comunicação.
Não escrevemos da mesma maneira quando redigimos uma carta de solicitação
ou um conto; não falamos da mesma maneira quando fazemos uma exposição
diante de uma classe ou quando conversamos à mesa com amigos. Os textos
escritos ou orais que produzimos diferenciam-se uns dos outros e isto porque são
produzidos em condições diferentes. Apesar desta diversidade, podemos
constatar regularidades. Em situações semelhantes, escrevemos textos com
características semelhantes, que podemos chamar de gêneros de textos, conhecidos
de e reconhecidos por todos, e que, por isso mesmo, facilitam a comunicação: a
conversa em família, a negociação no mercado ou o discurso amoroso. Certos
gêneros interessam mais à escola – as narrativas de aventuras, as reportagens
esportivas, as mesas redondas, os seminários, as notícias do dia, as receitas de
cozinha, para citar apenas alguns. Uma seqüência didática tem, precisamente, a
finalidade de ajudar o aluno a dominar melhor um gênero de texto, permitindo-
lhe, assim, escrever ou falar de uma maneira mais adequada numa dada situação
de comunicação. O trabalho escolar será realizado, evidentemente, sobre gêneros
que o aluno não domina ou o faz de maneira insuficiente; sobre aqueles
dificilmente acessíveis, espontaneamente, pela maioria dos alunos e sobre
gêneros públicos e não privados (voltaremos à questão da escolha dos gêneros
no próximo item). As seqüências didáticas servem, portanto, para dar acesso aos
alunos a práticas de linguagem novas ou dificilmente domináveis.
A estrutura de base de uma seqüência didática
A estrutura de base de uma seqüência didática pode ser representada pelo
seguinte esquema:
Esquema da seqüência didática
Apresentação
da situação
...
PRODUÇÃO
FINAL
PRODUÇÃO
INICIAL
Módulo
1
Módulo
2
Módulo
n
Após uma apresentação da situação na qual é descrita de maneira detalhada
a tarefa de expressão oral ou escrita que os alunos deverão realizar, estes
elaboram um primeiro texto inicial, oral ou escrito, que corresponde ao gênero
trabalhado; é a primeira produção. Esta etapa permite ao professor avaliar as
capacidades já adquiridas e ajustar as atividades e exercícios previstos na
seqüência às possibilidades e dificuldades reais de uma turma. Além disso, ela
define o significado de uma seqüência para o aluno, isto é, as capacidades que
devem desenvolver para melhor dominar o gênero de texto em questão. Os
módulos, constituídos por várias atividades ou exercícios, dão-lhe os instrumentos
necessários para este domínio, pois os problemas colocados pelo gênero são
trabalhados de maneira sistemática e aprofundada. No momento da produção
final, o aluno pode pôr em prática os conhecimentos adquiridos e, com o
professor, medir os progressos alcançados. A produção final serve, também, para
uma avaliação de tipo somativo, que incidirá sobre os aspectos trabalhados
durante a seqüência.
Retomemos, um a um, os quatro componentes da seqüência didática.
A apresentação da situação
A apresentação da situação visa expor aos alunos um projeto de
comunicação que será realizado "verdadeiramente" na produção final. Ao
mesmo tempo, ela os prepara para a produção inicial, que pode ser
considerada como uma primeira tentativa de realização do gênero que será,
em seguida, trabalhado nos módulos. A apresentação da situação é, portanto,
o momento em que a turma constrói uma representação da situação de
comunicação e da atividade de linguagem a ser executada. Trata-se de um
momento crucial e difícil, no qual duas dimensões principais podem ser
distinguidas:
1. Apresentar um problema de comunicação bem definido
A primeira dimensão é a do projeto coletivo de produção de um gênero oral ou
escrito, proposto aos alunos de maneira bastante explícita para que estes
compreendam o melhor possível a situação de comunicação na qual devem agir;
qual é, finalmente, o problema de comunicação que devem resolver, produzindo
um texto oral ou escrito. Deve-se dar indicações que respondam às seguintes
questões:
− Qual é o gênero que será abordado? Trata-se, por exemplo, da apresentação de
uma receita de cozinha a ser realizada para a rádio escolar, de uma coletânea
de contos a redigir, de uma exposição a ser proposta para a turma, da
elaboração de instruções de montagem etc. Para esclarecer as representações
dos alunos, podemos, inicialmente, pedir-lhes que leiam ou escutem um
exemplo do gênero visado.
− A quem se dirige a produção? Os destinatários possíveis são múltiplos: os
pais; outras turmas da escola; turmas de outras escolas; os alunos da turma;
um grupo de alunos da turma; pessoas do bairro...
− Que forma assumirá a produção? Gravação em áudio ou vídeo, folheto, carta a
ser enviada, representação em palco ou em sala de aula.
− Quem participará da produção? Todos os alunos; alguns alunos da turma;
todos juntos; uns após os outros; individualmente ou em grupos, etc.
2. Preparar os conteúdos dos textos que serão produzidos
A segunda dimensão é a dos conteúdos. Na apresentação da situação, é
preciso que os alunos percebam, imediatamente, a importância desses conteúdos
e saibam com quais vão trabalhar. O cerne de um debate pode, por exemplo, ser
apresentado através da escuta de breves tomadas de posição; de um tema geral –
por exemplo, animais ou homens e mulheres célebres – podem ser retirados
subtemas para um artigo enciclopédico; para um seminário, os alunos deverão
conhecer bem o que devem explicar a outrem e terão, eventualmente, aprendido
os conteúdos em outras áreas de ensino (história, geografia, ciências etc.). Se for o
caso de uma carta do leitor, os alunos deverão compreender bem a questão
colocada e os argumentos a favor e contra as diferentes posições. Para redigir um
conto, eles deverão saber quais são seus elementos constitutivos: personagens,
ações e lugares típicos, objetos mágicos etc.
A fase inicial de apresentação da situação permite, portanto, fornecer aos
alunos todas informações necessárias para que conheçam o projeto comunicativo
visado e a aprendizagem de linguagem a que está relacionado. Na medida do
possível, as seqüências didáticas devem ser realizadas no âmbito de um projeto
de classe, elaborado durante a apresentação da situação, pois este torna as
atividades de aprendizagem significativas e pertinentes. Criar uma coletânea de
enigmas policiais, participar de um debate organizado por uma revista, ou, mais
modestamente, redigir um texto explicativo para uma outra turma num projeto
interclasses: são projetos realizáveis, que permitem ao aluno compreender
melhor a tarefa que lhe é proposta e que facilitam a apresentação da situação.
Notemos que este projeto pode ser, também, parcialmente fictício, na medida em
que a motivação pode nascer mais diretamente do desejo de progredir, de
adquirir novas capacidades.
A primeira produção
No momento da produção inicial, os alunos tentam elaborar um primeiro
texto oral ou escrito e, assim, revelam para si mesmos e para o professor as
representações que têm desta atividade. Contrariamente ao que se poderia supor,
a experiência nos tem mostrado que este encaminhamento não põe os alunos
numa situação de insucesso; se a situação de comunicação é suficientemente bem
definida durante a fase de apresentação da situação, todos os alunos, inclusive os
mais fracos, são capazes de produzir um texto oral ou escrito que responda
corretamente à situação dada, mesmo que não respeitem todas as características
do gênero visado. Cada aluno consegue seguir, pelo menos parcialmente, à
instrução dada. Este sucesso parcial é, de fato, uma condição sine qua non para o
ensino, pois permite circunscrever as capacidades de que os alunos já dispõem e,
consequentemente, suas potencialidades. É assim que se definem o ponto preciso
em que o professor pode intervir melhor e o caminho que o aluno tem ainda a
percorrer: para nós, esta é a essência da avaliação formativa. Desta forma, a
produção inicial pode "motivar" tanto a seqüência como o aluno.
1. Um primeiro encontro com o gênero
A apresentação da situação não dsemboca necessariamente em uma
produção inicial completa. Somente a produção final constitui, bem
freqüentemente, a situação real, em toda sua riqueza e complexidade. A
produção inicial pode ser simplificada, ou somente dirigida à turma, ou
ainda, a um destinatário fictício. Por exemplo, uma primeira entrevista pode
ser realizada com um colega de classe; ou alguns alunos podem tentar
realizar uma primeira exposição com uma preparação mínima sobre um tema
que já dominam, ou sobre um mesmo tema elaborado por toda a classe.
Nós já o dissemos anteriormente: a produção inicial tem um papel central
como reguladora da seqüência didática, tanto para os alunos quanto para o
professor. Para os alunos, a realização de um texto oral ou escrito concretiza os
elementos dados na apresentação da situação e esclarece, portanto, quanto ao
gênero abordado na seqüência didática. Ao mesmo tempo, isso lhes permite
descobrir o que já sabem fazer e conscientizar-se dos problemas que eles
mesmos, ou outros alunos, encontram. Através da produção, o objeto da
seqüência didática delineia-se melhor nas suas dimensões comunicativas e
também se manifesta como lugar de aprendizagem necessária das dimensões
problemáticas. Assim, a seqüência começa pela definição do que é preciso
trabalhar a fim de desenvolver as capacidades de linguagem dos alunos que,
apropriando-se dos instrumentos de linguagem próprios ao gênero, estarão mais
preparados para realizar a produção final.
2. Realização prática de uma avaliação formativa e primeiras aprendizagens
Para o professor, estas primeiras produções – que não receberão,
evidentemente, uma nota – constituem momentos privilegiados de
observação, que permitem refinar a seqüência, modulá-la e adaptá-la de
maneira mais precisa às capacidades reais dos alunos de uma dada turma.
Em outros termos, de pôr em prática um processo de avaliação formativa. A
análise das produções orais ou escritas dos alunos, guiada por critérios bem
definidos, permite avaliar de maneira bastante precisa em que ponto está a
classe e quais são as dificuldades encontradas pelos alunos. O professor
obtém, assim, informações preciosas para diferenciar, e até individualizar se
necessário, seu ensino. A construção modular das seqüências facilita uma tal
adaptação (nós aprofundaremos este aspecto no item "Modularidade e
diferenciação").
Mas a produção inicial é igualmente o primeiro lugar de aprendizagem da
seqüência. Com efeito, o simples fato de "fazer", de realizar uma atividade
delimitada de maneira precisa constitui um momento de conscientização do que
está em jogo e das dificuldades relativas ao objeto de aprendizagem, sobretudo
se o problema comunicativo a ser resolvido ultrapassa parcialmente as
capacidades de linguagem dos alunos e confronta-os, assim, a seus próprios
limites. Este efeito pode ser ampliado se o desempenho dos alunos for objeto de
uma análise que pode ser desenvolvida de diferentes maneiras: discussão, em
classe, sobre o desempenho oral de um aluno; troca de textos escritos entre os
alunos da classe; re-escuta da gravação do(s) aluno(s) que produziram o texto
oral etc. Os pontos fortes e fracos são evidenciados; as técnicas de escrita ou de
fala são discutidas e avaliadas; são buscadas soluções para os problemas que
aparecem. Isto permite introduzir uma primeira linguagem comum entre
aprendizes e professor, ampliar e delimitar o arcabouço dos problemas que serão
objeto de trabalho nos módulos.
Os módulos
Nos módulos, trata-se de trabalhar os problemas que apareceram na
primeira produção e de dar aos alunos os instrumentos necessários para superá-
los. A atividade de produzir um texto escrito ou oral é, de uma certa maneira,
decomposta, para abordar, um a um e separadamente, seus diversos elementos, à
semelhança de certos gestos que fazemos para melhorar as capacidades de
natação, nos diferentes estilos. O movimento geral da seqüência didática vai,
portanto, do complexo para o simples: da produção inicial aos módulos, cada um
trabalhando uma ou outra capacidade necessárias ao domínio de um gênero. No
fim, o movimento leva novamente ao complexo: a produção final. Três questões
se colocam quanto ao encaminhamento de decomposição e de trabalho sobre
problemas assim isolados: 1) Que dificuldades da expressão oral ou escrita
abordar? 2) Como construir um módulo para trabalhar um problema particular?
3) Como capitalizar o que é adquirido nos módulos?
1. Trabalhar problemas de níveis diferentes
Produzir textos escritos e orais é um processo complexo, com vários níveis
que funcionam, simultaneamente, na mente de um indivíduo. Em cada um
desses níveis, o aluno depara-se com problemas específicos de cada gênero e
deve, ao final, tornar-se capaz de resolvê-los simultaneamente. A fim de prepará-
lo para isso, trabalharemos, em cada seqüência, problemas relativos a vários
níveis de funcionamento. Esquematicamente, e inspirando-nos nas abordagens
da psicologia da linguagem, podemos distinguir quatro níveis principais na
produção de textos:
− Representação da situação de comunicação. O aluno deve aprender a fazer uma
imagem, a mais exata possível, do destinatário do texto (pais, colegas, a turma,
quem quer que seja), da finalidade visada (convencer, divertir, informar), de
sua própria posição enquanto autor ou locutor (ele fala ou escreve enquanto
aluno ou representante dos jovens? Enquanto pessoa individual ou narrador?)
e do gênero visado.
− Elaboração dos conteúdos. O aluno deve conhecer as técnicas para buscar,
elaborar ou criar conteúdos. Estas técnicas diferem muito em função dos
gêneros: técnicas de criatividade, busca sistemática de informações
relacionadas ao ensino de outras matérias, discussões, debates e tomada de
notas, citando apenas os mais importantes.
− Planejamento do texto. O aluno deve estruturar seu texto de acordo com um
plano que depende da finalidade que se deseja atingir ou do destinatário
visado; cada gênero é caracterizado por uma estrutura mais ou menos
convencional.
− Realização do texto. O aluno deve escolher os meios de linguagem mais eficazes
para escrever seu texto: utilizar um vocabulário apropriado a uma dada
situação, variar os tempos verbais em função do tipo e do plano do texto,
servir-se de organizadores textuais para estruturar o texto ou introduzir
argumentos.
2. Variar as atividades e exercícios
Além da alternância, bem conhecida, de um trabalho com toda a
turma, em grupos ou individual, o princípio essencial de elaboração de um
módulo que trate de um problema de produção textual é o de variar os
modos de trabalho. Para fazê-lo, existe um arsenal bastante diversificado de
atividades e de exercícios que relacionam intimamente leitura e escrita, oral e
escrita, e que enriquecem consideravelmente o trabalho em sala de aula. Em
cada módulo, é muito importante propor atividades as mais diversificadas
possível, dando, assim, a cada aluno a possibilidade de ter acesso, através de
diferentes vias, às noções e aos instrumentos, aumentando, deste modo, suas
chances de sucesso. Três grandes categorias de atividades e de exercícios
podem ser distinguidas:
− As atividades de observação e de análise de textos – sejam orais ou escritos,
autênticos ou fabricados para pôr em evidência certos aspectos do
funcionamento textual – constituem o ponto de referência indispensável a
toda aprendizagem eficaz da expressão. Estas atividades podem ser realizadas
a partir de um texto completo ou de uma parte de um texto; elas podem
comparar vários textos de um mesmo gênero ou de gêneros diferentes etc.
− As tarefas simplificadas de produção de textos são exercícios que, pelo próprio fato
de imporem ao aluno limites bastante rígidos, permitem-lhe descartar certos
problemas de linguagem que deve, habitualmente, gerenciar simultaneamente
(conforme os diferentes níveis de produção). O aluno pode, então, concentrar-
se mais particularmente num aspecto preciso da elaboração de um texto. Entre
outras, podem ser citadas as seguintes tarefas: reorganizar o conteúdo de uma
descrição narrativa para um texto explicativo, inserir uma parte que falta num
dado texto, revisar um texto em função de critérios bem definidos, elaborar
refutações encadeadas ou a partir de uma resposta dada, encadear com uma
questão etc.
− A elaboração de uma linguagem comum para poder falar dos textos, comentá-los,
criticá-los, melhorá-los, quer se trate de seus próprios textos ou dos de outrem.
Este trabalho é feito ao longo de toda a seqüência e, especialmente, no
momento da elaboração dos critérios explícitos para a produção de um texto
oral ou escrito.
3. Capitalizar as aquisições
Realizando os módulos, os alunos aprendem também a falar sobre o
gênero abordado. Eles adquirem u...

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