Jeova e deus sao a mesma pessoa

Até para confundir a doutrina da Trindade, as Testemunhas de Jeová argumentam: "Visto que Jesus orou a Deus pedindo que fosse feita a vontade de Deus, não a sua, os dois não poderiam ser a mesma pessoa" (Poderá Viver para Sempre no Paraíso na Terra, p. 39).
Ora, ninguém, pela Bíblia, ousa afirmar que o Pai e o Filho são a mesma pessoa. Isso porque a Bíblia revela que o Pai e o Filho, embora sendo o mesmo Deus, não são a mesma pessoa.
Jesus sempre ensinou que seu Pai era outra pessoa (Mt 6.9), mas nunca negou ser Ele próprio a verdadeira imagem do seu Pai (Jo 14.9; cf. Hb 1.3). Assim, a Bíblia ensina que o Pai e o Filho, não obstante serem duas pessoas distintas, compartilham os mesmos atributos, sendo, em essência, de igual natureza.
Um modo prático e objetivo de verificar a validade das afirmações de Jesus quanto a ser Ele Deus é analisar suas declarações face à reação ou resposta das pessoas. Consideremos em primeiro lugar os seus discípulos. A idéia que tinham de Jesus era fruto não só do que Jesus falara, quanto do que observaram nele - seu comportamento, gestos e atitudes. A que conclusão chegaram? Que Jesus é Deus! Vejam as declarações de Tomé (Jo 20.28), de João (1 Jo 5.20), de Pedro (Mt 16.16; 2 Pe 1.1) e até de Paulo, que não foi discípulo, mas tornou-se apóstolo (Rm 9.5). Confira ainda a posição do autor da epístola aos Hebreus (1.8), ao aplicar a Jesus a profecia de Salmos 45.6,7.
Ao contrário daqueles pequeninos a quem Deus deter¬minara revelar a verdade, os opositores de Jesus, não aceitavam que ele se dissesse filho de Deus, fazendo-se igual ao Pai (cf. Jo 10.30-33). Visto que sem fé é impossível agradar a Deus (Hb 11.6), não podiam agradar a Jesus.
Acusaram-no de blasfêmia e mais de uma vez intentaram apedrejá-lo. Quando curou o paralítico (Mc 2.5-7; cf. Is 43.25; SI 103.3), não hesitou em dizer: "Filho, perdoados estão os teus pecados". Escandalizados, questionavam: "Por que diz este assim blasfêmia? Quem pode perdoar pecados, senão Deus?"
Jesus nunca escondeu sua condição divina. Tanto os discípulos quanto aqueles que se lhe opunham, apesar de reações muito diferentes, não puderam evitar o impacto causado pela realidade tão bem descrita em João 1.1,14: "O Verbo era Deus. E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória".

EXAMINANDO AS ESCRITURAS
1. Provérbios 8.22-31 (Tradução do Novo Mundo TNM)
"O próprio Jeová me produziu como princípio do seu caminho..." (v. 22).
"Fui empossada desde tempo indefinido, desde o começo..." (v. 23).
"Quando não havia águas de profundeza, fui produzida..." (v. 24).
"Então vim a estar de seu lado, como mestre-de-obras... regozijando-me perante ele todo o tempo" (v. 30).
As Testemunhas de Jeová atribuem essas palavras a Jesus, alegando que Ele foi criado. "No entanto, não é incomum, nas Escrituras, que algo seja personificado ou personalizado sem ser realmente uma pessoa. A sabedoria é personificada no livro de Provérbios (1.20-33; 8.1-36), e formas pronominais femininas são usadas para ela no hebraico original como também em muitas traduções" (Ajuda ao Entendimento da Bíblia, p. 542).
Admitindo que o Filho seja identificado com a sabedoria de Deus, não podia ser criado, pois a sabedoria de Deus deve existir desde que Ele existe. Paulo declara, em 1 Coríntios 1.24, que Cristo é a sabedoria de Deus. É digno de atenção que Ele é chamado "poder de Deus e sabedoria de Deus". Porém, se houve um tempo em que Cristo não existia, deve haver um tempo também em que o poder e a sabedoria de Deus não existiam. Desde que o poder e a sabedoria de Deus são eternos, Cristo também é eterno, "folgando perante ele em todo o tempo". Admite-se que Deus, em algum tempo, estava sem o poder e a sabedoria? Mas agora a sabedoria tornou-se como "mestre-de-obras". A sabedoria de Deus tornou-se ativa na criação. Em Salmos 102.25-27, atribui-se a Deus Pai a obra da criação e, em Hebreus 1.10-12, a mesma criação é atribuída a Cristo. Logo, quem criou o mundo? Jeová (o Pai e o Filho, três pessoas incluindo o Espírito Santo: Gn 1.2), um só e o único Deus verdadeiro.

2. Malaquias 3.1
"Eis que eu envio o meu anjo, que preparará o caminho diante de mim; e, de repente, virá ao seu templo o Senhor, a quem vós buscais, o anjo do concerto [pacto], a quem vós desejais; eis que vem, diz o Senhor dos Exércitos".
Acerca do texto acima mencionado, dizem as Testemunhas de Jeová: "O fato de que o 'Senhor' e o 'anjo do pacto' são duas pessoas, a saber, Jeová Deus e Jesus Cristo, concorda com as particularidades da visão que Isaías teve do templo: 'Quem irá por nós' indica que ele estava falando pelo menos por mais uma pessoa além de si mesmo" (Podeis Sobreviver ao Armagedon?, p. 98).
A constatação, pelas Testemunhas de Jeová, de que "o Senhor" e o "anjo do Pacto" são duas pessoas distintas - Jeová (Deus Pai) e Jesus Cristo - é vista como uma "nova luz". A luz anterior dizia: "Eis que eu, Jeová, envio o meu mensageiro, meu servo - mensageiro chefe, arcanjo. 'O Senhor descerá dos céus com a voz do arcanjo' - É o Senhor, Adonai. Jesus virá repentinamente ao seu templo que somos nós. Ainda o mensageiro, não o Criador, em quem me deleito, por quem você procurou alegremente, o Senhor dos exércitos, Jeová dos exércitos" (Malachi Biblical Comments - "Comentários Bíblicos de Malaquias", p. 179).
Segundo esta linha de interpretação, abandonada pelas Testemunhas de Jeová, "o Senhor", na citação de Malaquias, não era Jeová Deus (o Pai), mas o próprio Jesus Cristo (Adonai), este também apresentado como o "anjo do Pacto", ou seja, Jesus é não apenas o Senhor (o autor do Pacto), mas também quem comunica o Pacto - o mensageiro, o arcanjo. A referência era pois a uma pessoa, não a duas.

3. Isaías 6.1-8
"Vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono; e o seu séquito enchia o templo. Depois disso, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei e quem há de ir por nós? (vv. 1,8).
Quem Isaías viu sobre o trono? Ele viu Jeová. João 12.41 diz que ele viu Jesus: "Isaías disse isto quando viu a sua glória e falou dele". O "nós" de Isaías 6.8 refere-se a mais de uma pessoa e certamente inclui o Espírito Santo, segundo a Bíblia: "E, como ficaram entre si discordes, se despediram, dizendo Paulo esta palavra: Bem falou o Espirito Santo a nossos pais pelo profeta Isaías, dizendo: Vai a este povo, e dize: De ouvido ouvireis e de maneira nenhuma entendereis; e, vendo, vereis, e de maneira nenhuma percebereis" (At 28.25,26).

4. Mateus 24.36
"Porém daquele Dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, mas unicamente meu Pai".
"Se Jesus desconhece algo que o Pai conhece, não pode ser igual a Deus". Para determinar se tal asserção é correta, necessário se faz considerar o testemunho da Bíblia. Em João 16.30, os discípulos dizem que Jesus sabe todas as coisas e logo depois, em João 21.17, Pedro faz declaração semelhante: "Senhor, tu sabes tudo". Em ambas as ocasiões Jesus aceitou, admitiu o que disseram os discípulos; não os corrigiu, nem viu necessidade de desmenti-los. Lemos em Colossenses 2.3 que em Jesus estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento, o que amplia o conceito bíblico da onisciência de Cristo. Como se explica que Mateus 24.36 registra que Jesus disse não saber algo que o Pai sabe? A Bíblia esclarece essa aparente contradição em Filipenses 2.5-7, quando vemos que Ele recusou fazer uso de suas prerrogativas divinas, a fim de viver e morrer como homem. Jesus fazia uso seletivo e com discrição dessa capacidade de falar de acontecimentos futuros, tal qual o Pai (cf. Gn 3.9; 11.5; 18.20,21; 22.12).
"Da mesma forma, Jeová tem a capacidade de predizer eventos, mas a Bíblia mostra que ele faz uso seletivo e com discrição dessa capacidade" (Raciocínios à Base das Escrituras, p. 116).

5. Lucas 18.19
"Jesus disse: Por que me chamas bom? Ninguém há bom, senão um, que é Deus".
É indispensável ter em mente, ao analisar o texto acima, que Jesus conhecia as intenções dos homens (Mc 2.8; Jo 2.24). Sem entrarmos no mérito de qual a intenção real do interlocutor de Jesus, o fato é que não lhe reconhecia a deidade; via Jesus como um mestre, dentre tantos. A resposta de Jesus, na forma de questionamento, poderia ser assim apresentada: "Se eu não sou Deus, mas apenas outro mestre, por que me chamas bom, já que bom é só Deus?" Como poderia crer na bondade de Jesus — um atributo exclusivo de Deus — e rejeitar sua divindade?
A interpretação menos criteriosa do texto acima implica em dizer que Jesus não é bom; e é o que fazem as Testemunhas de Jeová, na tentativa de contradizer a divindade de Jesus. Se creem que apenas Deus é bom e que Jesus não é Deus, só poderão chegar a uma conclusão: Jesus não é bom. Tal crença absurda fere as Escrituras: Atos 3.14; 2.27. Está óbvio que Jesus foi irônico com seu interlocutor - o contexto nos permite chegar a esta conclusão: "Eu sou o bom pastor" (Jo 10.11). À luz dos textos bíblicos, como negar que Jesus é bom? Ele é não apenas bom, mas santo e justo. A santidade absoluta, atributo exclusivo de Deus, é plenamente partilhada por Jesus — nEle não se achou peca¬do (cf. Jo 8.46; 2 Co 5.21; Hb 4.15; 1 Jo 3.5). Lemos em Habacuque 1.12 que Jeová, nosso Deus, é o Santo e a Rocha. No N.T., Jesus é tanto a Rocha como o Santo (Lc 4.34; Jo 6.69; Rm 9.23; 1 Pe 2.8).

6. João 1.1
"No princípio era o verbo e o verbo estava com Deus e o verbo era [um] deus" (TNM).
Nota: O texto e o comentário a seguir são extraídos do livrete "...e o Verbo era Deus", de Esequias Soares da Silva:
a) "No princípio era o Verbo" (En arche en ho logos).
A primeira parte de João 1.1 diz: "No princípio era o Verbo..." No princípio, Ele já existia. Antes mesmo de Gênesis 1.1, o Verbo já estava com o Pai. Ele não pode fazer parte da criação: "Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele, nada do que foi feito se fez" (João 1.3). Assim, Ele não pode ter sido uma criatura, porque nada há no universo que não veio dEle. Antes da criação e do tempo começar, o Verbo já existia (Jo 8.58).
b) "... e o verbo estava com Deus..." (... kai ho logos en pros ton theon...).
A segunda parte de João 1.1, declara: "E o Verbo estava com Deus..." Isto é um golpe mortal na teologia sabelianista. A diferença entre o bispo Sabélio e as Testemunhas de Jeová é que o sabelianismo não nega a divindade de Cristo, como se vê hoje nos ensinos de Witness Lee, da "Igreja Local" (Jornal Árvore da Vida), da Igreja A Voz da Verdade e do conjunto que traz o mesmo nome. É o monarquianismo modalista (1 Jo 2.22-24). Segundo essa doutrina, o Pai, o Filho e o Espírito Santo são meramente três aspectos da divindade. Segundo o bispo Sabélio, Deus se revelou no Antigo Testamento com a "máscara" de Pai, no Novo com a de Filho e depois, de Espírito Santo. Já as Testemunhas de Jeová negam a divindade absoluta de Cris¬to.
Da mesma forma, Witness Lee desenvolveu a teoria de que o Pai, o Filho e o Espírito Santo são uma só pessoa, ao invés da Trindade que se constitui de três pessoas distintas numa só divindade. O livro A Economia de Deus, publica¬do pela Editora Árvore da Vida (pp. 12,13,52,53), nega a doutrina bíblica da Trindade. Contudo, o texto joanino diz: "O Verbo estava com Deus...". "Deus", nesta passagem, é uma referência ao Pai, e o texto mostra que é uma pessoa distinta do Verbo. Veja na passagem do batismo de Jesus a manifestação das três pessoas (Mt 3.17). Jesus conversava com seu Pai freqüentemente (observar a oração sacerdotal de Jesus, em João 17). Se Jesus e o Pai fossem uma mesma pessoa, como poderiam falar um com o outro? Portanto, a doutrina sabelianista é absurda.
A preposição grega "pros" ("com") — "o verbo estava com Deus" — associada ao acusativo dá a ideia de um relaciona- mento dinâmico numa comunhão perfeita, na eternidade passada entre o Pai e o Filho. Como fica o Espírito Santo diante desta passagem? O assunto do prólogo do evangelho de João é o "Logos"; o Espírito Santo é assunto dos capítulos 14, 15 e 16 deste evangelho.
c) "... e o verbo era Deus" ikai theós en ho logos) -monoteísmo cristão.
E a terceira declaração é: "... e o Verbo era Deus". Vimos ser o Verbo uma pessoa distinta, e agora a passagem o chama de Deus. A ideia de João 1.1 é progressiva, uma declaração vai esclarecendo a anterior até culminar com a declaração enfática: "... e o Verbo era Deus".
Esta passagem é o tropeço das Testemunhas de Jeová. Vertem na Tradução do Novo Mundo: "E a Palavra era [um] deus". Tal (per)versão os torna uma seita politeísta: creem em mais de um Deus. O próprio Yahweh declara em sua Palavra: "Antes de mim deus nenhum se formou e depois de mim nenhum haverá" (Is 43.10); "além de mim não há Deus" (Is 44.6). O que fazem as Testemunhas de Jeová com Jesus? Há um só Deus verdadeiro (Jo 17.3), as demais divindades são falsas. O apóstolo Paulo afirma: "Porque, ainda que haja também alguns que se chamem deuses, quer no céu quer na terra (como há muitos deuses e muitos senhores), todavia para nós há um só Deus, o Pai, de quem é tudo e para quem nós vivemos; e um só Senhor. Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós por ele" (1 Co 8.5,6). O apóstolo ensina nesta passagem que para os pagãos há muitos deuses. Na mente dos seus adoradores estes ídolos são deuses e, para alguns deles, essas divindades estariam no céu. Para os cristãos isto é diferente: "Todavia, para nós há um só Deus". "O ídolo nada é" (1 Co 8.3). Assim, estas divindades falsas não podem ser reconhecidas como Deus. Por esta razão declara o Deus de Israel: “Além de mim não há Deus”.
Mas as Testemunhas de Jeová tentam se justificar usando Êxodo 4.16 e 7.1, numa passagem que revela o Deus de Israel pondo Moisés como Deus ou "por Deus" diante do Faraó. Apelam também para Salmos 8.5, uma profecia mostrando que o Messias se tornaria menor que Elohim ("Deus", em hebraico), e para Salmos 82.1-6, onde os juízes de Israel são chamados de deuses. Podem assim arrumar um lugar para Jesus no seu panteão, e desta forma justificam a tradução "e a Palavra era [um] deus".
- Outras divindades são falsas
Êxodo 7.1 não diz que Moisés era Deus, mas que seria "como Deus". Elohim, palavra hebraica para "Deus", ocorre 2.555 vezes no Antigo Testamento. Em apenas 245 vezes não se aplica ao Deus Eterno, Deus de Israel, pois é um dos nomes comuns de Deus. Salmos 8.5 é citado de forma parafraseada em Hebreus 2.9, onde aparece o termo "anjo" em vez de Deus. Jesus tornou-se menor que os anjos e obviamente menor que Deus, portanto "anjos" ou "Deus", neste Salmo, diz a mesma coisa. Mas isto não aprova em hipótese alguma o politeísmo no cristianismo. O Salmo 82 aplica-se aos juízes de Israel, os quais eram corruptos e injustos, portanto divindades falsas. São chamados "deuses" ou porque eram representantes de Deus simplesmente, ou por ironia.
Diz o texto desta passagem de A. T. Robertson: "Como judeus (e rabinos) se vêem impossibilitados de acusar Jesus de blasfêmia devido a este uso no A.T. é um argumento totalmente ad hominem. Desde logo, no Salmo 82.6 é um emprego inferior do termo theos, porém Jesus não havia chamado a si mesmo de 'Filho de Yahweh', senão huiós theou, que só pode significar 'Filho de Elohim'. Não se deve argumentar com isso, como fazem alguns modernistas, que Jesus nega sua própria deidade. Jesus simplesmente fecha a boca dos rabinos acerca da acusação de blasfêmia, e o faz com eficácia" (Imagines Verbales en El Nuevo Testamento, tomo 5, p. 214).
Ou as Testemunhas de Jeová admitem a Trindade ou descambam para o politeísmo. Ou Jesus é o Deus verdadeiro ou é uma divindade falsa. A Sociedade Tore de Vigia coloca Jesus em pé de igualdade com Satanás no livro Poderá Viver para Sempre no Paraíso na Terra (p. 40), e na brochura Deve-se Crer na Trindade? (pp. 28-29), ao passo que a Bíblia diz que Jesus é mais sublime que os céus (Hb 7.20), está acima de todo o nome que se nomeia (Ef 1.20-21) e é adorado pelos próprios anjos e por todas as criaturas, no céu e na terra (Hb 1.6; Ap 5.11-13) como "o verdadeiro Deus e a vida eterna" (1 Jo 5.20).
— A falácia exegética da STV
Assim a STV justifica sua tradução "e a Palavra era [um] deus", em João 1.1. Na Tradução do Novo Mundo — não aparece o artigo definido grego ho antes do nome Theós ("Deus"), que é predicativo nesta oração. Declara a organização das Testemunhas de Jeová:
"O artigo definido (o) aparece na frente da primeira ocorrência de theós ("Deus"), mas não na frente da segunda ocorrência. A construção articular (quando o artigo apare¬ce) do nome indica identidade, personalidade, ao passo que um nome predicativo, no singular, sem artigo e anteposto ao verbo (como está construída a sentença no grego) indica qualidade de uma pessoa. Portanto, o texto não diz que a Palavra (Jesus) era o mesmo que o Deus com quem estava, mas, antes, que o Verbo (a Palavra) era semelhante a um deus, era divino, era um deus" (Raciocínios à Base das Escrituras, p. 213).
A prova desta falácia é que João também não usou o artigo antes do nome Theós nos vv. 6,12,18 deste mesmo capítulo, mas nem por isso a Tradução do Novo Mundo traz: "Houve um homem enviado como representante de um deus" (v. 6); ou: "...tornaram filhos de um deus" (v. 12); ou ainda: "Ninguém jamais viu a um deus" (v. 18).
— A Tradução do Novo Mundo e os eruditos
DR. J. R. MANTEY (que é citado nas. páginas 1158-1159 da Tradução Interlinear do Reino da Sociedade, edição de 1969): "Uma má tradução chocante. Obsoleta e incorreta. Não é nem erudito nem razoável traduzir João 1.1 'a Palavra era um deus'".
DR. BRUCE M. METZGER, da Universidade de Princeton (Professor de Língua e Literatura do Novo Testamento): "Uma tradução horripilante, errônea, perniciosa, repreensível. Se as Testemunhas de Jeová levam essa tradução a sério, elas são politeístas".
DR. SAMUEL J. MIKILASKI, de Zurique, Suíça: "Esta construção anartra (usada sem o artigo) não significa o que o artigo indefinido 'a' significa em inglês [e o artigo indefinido 'um' em português]. Traduzir a frase 'a Palavra era [um] deus' é monstruoso".
DR. CHARLES L. FEINBENG, de Portland, Oregon: "[Os tradutores das] Testemunhas de Jeová evidenciam uma ignorância abismal dos princípios básicos da gramática do grego na sua tradução errônea de João 1.1".
DR. JAMES L. BOYER, de Winona Lake, Indiana: "Nunca ouvi falar, nem li, sobre algum erudito em grego que concordasse com a interpretação desse versículo [João 1.1] conforme insistida pelas Testemunhas de Jeová... Nunca encontrei um deles [membro da STV] que tivesse qual¬quer conhecimento da língua grega".
DR. WALTER MARTIN (que não ensinava grego mas estudou a língua): "A tradução 'um deus' ao invés de 'Deus' é errônea e não tem apoio em nenhuma boa erudição do grego, antiga ou contemporânea, e é uma tradução rejeitada por todos os reconhecidos eruditos da língua grega, muitos dos quais nem mesmo são cristãos, e dos quais não se pode afirmar honestamente serem preconceituosos a favor da versão sustentada pelos ortodoxos".
DR. WILLIAM BARCLAY, da Universidade de Glasgow, Escócia: "A distorção deliberada da verdade por essa seita é vista nas suas traduções do Novo Testamento. João 1.1 é traduzido 'a Palavra era [um] deus', uma tradução que é gramaticalmente impossível. E abundantemente claro que uma seita que pode traduzir o Novo Testamento assim é intelectualmente desonesta".
DR. F. F. BRUCE, da Universidade de Manchester, Inglaterra: "Os gramáticos amadores arianos fazem muito alarde da omissão do artigo definido na oração 'e a Palavra era Deus'. Esse tipo de omissão é comum com nomes numa construção predicativa... 'um deus' seria totalmente indefensável". (O falecido Dr. Barclay e o Dr. Bruce são geralmente considerados os principais eruditos em grego da Grã-Bretanha. Ambos publicaram traduções do Novo Testamento.)
DR. ERNEST C. COLWELL, da Universidade de Chi¬cago: "Um nominativo definido no predicado tem o artigo quando segue o verbo; não tem o artigo quando precede o verbo... essa declaração não pode ser considerada como estranha no prólogo do evangelho que alcança seu clímax na confissão de Tomé: 'Senhor meu e Deus meu' — João 20.28".
DR. PHILIP B. HARNER, da Faculdade de Heidelberg: "O verbo precedendo um predicativo anartro provavelmente implica que o LOGOS era 'um deus' ou um ser divino de algum modo, pertencendo à categoria geral de THEOS, mas ainda um ser distinto de HO THEOS. Na forma que João realmente usa, a palavra THEOS é colocada no princípio para ênfase [assim excluindo a tradução 'um deus']".
DR. J. JOHNSON, da Universidade do Estado da Califórnia, em Long Beach: "Não há justificativa para traduzir Theos en ho logos como 'a Palavra era um deus'. Não há paralelo sintático com Atos 28:6, onde há declaração em discurso indireto; em João 1.1 é direto... e eu não sou nem cristão, nem trinitariano".
DR. EUGENE A. NIDA, chefe do Departamento de Tradução da Sociedade Bíblica Americana: "Com relação a João 1.1, há, claro, uma complicação, simplesmente porque a Tra- dução do Novo Mundo foi aparentemente feita por pessoas que não levaram a sério a sintaxe do grego" (Responsável pela Good News Bible — a comissão trabalhou sob sua direção).
DR. B. F. WESTCOTT (cujo texto do Novo Testamento Grego - mas não a parte em inglês — é usado na Tradução Interlinear do Reino): "O predicado (Deus) encontra-se na posição inicial enfaticamente, como em João 4. 24. É ne¬cessariamente sem o artigo... Nenhuma idéia de inferiorida¬de de natureza é sugerida por essa forma de expressão, que simplesmente afirma a verdadeira deidade da Palavra... na terceira cláusula declara-se que 'a Palavra' é 'Deus', e assim incluída na unidade da divindade".
DR. J. J. GRIESBACH (cujo texto do Novo Testa¬mento Grego - mas não a parte em inglês — é usado na publicação da STV: The Emphatic Diaglott): "Tão nu¬merosos e claros são os argumentos e testemunhos das Escrituras em favor da verdadeira deidade de Cristo, que dificilmente posso imaginar como, sob a admissão da autoridade divina da Escritura, e com referência às re¬gras imparciais de interpretação, essa doutrina pode ser colocada em dúvida por algum homem. Especialmente a passagem de João 1.1-3 é tão clara e tão superior a toda objeção, que por nenhum esforço ousado, quer de comentaristas ou de críticos pode ser arrancada das mãos dos defensores da verdade".
A maioria desses eruditos é citada pela STV como auto¬ridade reconhecida na língua grega. William Barclay é citado, embora fora do contexto, na obra Raciocínios à Base das Escrituras, pp. 408,409, na edição de 1985, sendo substituído pelo texto do Dr. Philip B. Harner nestas mesmas páginas na edição mais recente, de 1989. O Dr. J. R. Mantey escreveu para a STV exigindo a retratação da orga¬nização por citá-lo fora do contexto e proibiu ser citado por ela. Na The Kingdom Interlinear Translation of the Greek Scriptures, edição de 1985, não aparece mais o texto do Dr. J. R. Mantey.

7. João 1.18
"Nenhum homem jamais viu a Deus; o deus unigênito, que está na posição junto ao seio do Pai, é quem o tem explicado" (TNM). Ninguém discorda que tal referência é a Deus Pai, Jeová; já os mesmos atributos são atribuídos a Jesus em 1 Timóteo 6.16: "O único que tem imortalidade, que mora em luz inacessível, a quem nenhum dos homens tem visto nem pode ver. A ele seja a honra e o poderio eterno. Amém" (TNM).
As Testemunhas de Jeová concordam que este texto (1 Tm 6.16) se refere a Jesus, como declaram em seu livro Ajuda ao Entendimento da Bíblia, p. 775: "Jesus se distingue de todos os outros reis e senhores no sentido de que é o único que tem imortalidade".
Se não há diferença entre o Pai e o Filho — os atributos dirigidos ao Pai em João são os mesmos atribuídos ao Filho em Timóteo —, podemos declarar enfaticamente a deidade de Jesus.
O contra-argumento das Testemunhas de Jeová baseia-se num entendimento errado da Bíblia. Em Atos 7.55-56 se diz de Estevão: "Mas ele, estando cheio do Espírito Santo e fixando os olhos no céu, viu a glória de Deus e Jesus, que estava à direita de Deus, e disse: Eis que vejo os céus abertos e o Filho do homem, que está em pé à mão direita de Deus". A quem Estevão viu? Segundo o texto, ele viu o próprio Jesus. Como interpretar João 1.18 e 1 Timóteo 6.16, onde se diz que ninguém viu a Deus (tanto o Pai, como o Filho), considerando, ao mesmo tempo, Atos 7.56, onde se julga afirmar que Estevão viu a ambos?
Já vimos na seção IV, "Perguntas dos Leitores", item 3, que uma coisa é ver a glória de Deus, outra é vê-lo em toda sua glória (Moisés, quando desceu do monte tinha o rosto envolvido a tal ponto pela glória divina que não podiam olhar para ele - que dizer, então, do Deus "que mora em luz inacessível"?). Diversas pessoas tiveram uma visão especial - uma revelação - de Deus (Gn 17.1; 18.1-13,17,21,26,33); não que o vissem diretamente, mas vislumbraram sua glória.
Por outro lado, quando diz que ninguém "jamais viu a Deus", o texto bíblico expressa a incapacidade da criatura humana de conhecê-lo plenamente fora dos canais que o próprio Deus determina; fora de Cristo, não há como conhecê-lo. A pessoa do Verbo é a imagem do próprio Deus (Hb 1.3). Em 2 Crônicas 6.18, Salomão afirma que os céus não podem conter a Deus (quanto menos a casa que ele construíra). O homem, por ser limitado, não pode ver a Deus em sua natureza e essência.

8. João 4.23,24
"Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; por¬que o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é espírito, e importa que os que o adoram, o adorem em espírito e em verdade".
Analisando João 5.23, onde está escrito que o Pai quer que "todos honrem o Filho, como honram o Pai", (primeira parte do versículo) concluimos que a adoração ao Pai desconsiderando-se o Filho, é vã, pois "quem não honra o Filho, não honra o Pai" (parte final).
compare os seguintes textos: Atos 9.14-21 e 1 Coríntios 1.2. Aí se diz que os cristãos primitivos invocavam o nome de Jesus, da mesma form que os patriarcas invocavam a Jeová (Sl 105.1).

9. João 14.28
"Ouvistes o que eu vos disse: vou e venho para vós. Se me amásseis, certamente, exultaríeis por ter dito: vou para o Pai, porque o Pai é maior do que eu".
Este versículo é o texto preferido das Testemunhas de Jeová contra a deidade de Jesus. Deve ser lembrado que as palavras de Jesus foram pronunciadas quando Ele estava no estado de esvaziamento que se registra em Filipenses 2.6,7: "Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus. Mas aniquilou-se [ou despojou-se... como consta do rodapé] a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens". Naturalmente, então. Cristo podia falar do Pai como sendo maior do que ele. Pela sua encarnação, o Filho havia sido feito "menor do que os anjos" (Hb 2.9). Deve-se ter em conta que somente Deus pode comparar-se a Deus. O ensino da passagem pode ser visto em Hebreus 1.4. O vocábulo usado em João 14.28 é meizon (grande). O vocábulo usado em Hebreus 1.4 é kreitton, descrevendo Jesus como melhor do que os anjos. Em João 14.28, Cristo, o Deus homem que havia se humilhado (Fp 2.6,7), abandonando as prerrogativas da deidade, podia dizer: "O Pai é maior do que eu". O contraste estabelecido é de posição, e não de natureza. Já em Hebreus 1.4 a palavra grega kreitton é empregada para efeito comparativo quanto à natureza - Cristo é "melhor" do que os anjos em natureza.

10. João 17.3
"E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti só como único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste".
As Testemunhas de Jeová usam o texto para negar a deidade de Cristo. Falam que Jesus chamou o Pai "único Deus verdadeiro" e fez distinção entre Ele e o Deus verdadeiro. Se Jesus, ao referir-se ao Pai como "único Deus verdadeiro", estivesse se excluindo, poderíamos interpretar, pelo mesmo princípio, em Judas 4, que Jesus é o único Senhor verdadeiro, pois nesta passagem exclui-se o Pai: "Homens ímpios, que convertem em dissolução a graça de Deus e negam a Deus, único dominador e Senhor nosso, Jesus Cristo".
O uso da expressão "único Deus verdadeiro", emprega¬da para o Pai, não exclui o Filho e nem o Espírito Santo (2 Co 3.17), pois os três são chamados Senhor, assim como são chamados pessoalmente Deus e Jeová (Jr 23.5,6; Jo 20.28; At 5.3,4; 2 Co 3.17).

11. João 20.17
"Disse-lhes Jesus: Não me detenhas, porque ainda não subi para meu Pai, mas vai para meus irmãos e dize-lhes que eu subo para meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus".
As Testemunhas de Jeová afirmam que o fato de Jesus usar a expressão "Pai" e "meu Deus" indica que Ele era menor que o Pai. Entretanto, o Pai igualmente usa tanto a expressão "Filho", quanto "Deus", em referência a Jesus: "Mas do Filho diz: O Deus, o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos" (Hb 1.8); "Tu és meu Filho amado, em ti me tenho comprazido" (Lc 3.22).

Não há perda maior do que apartarmo-nos de Deus, nem maior ganho do que nos voltarmos para Ele (Francisco de Quevedo)

Qual a diferença de Deus é Jeová?

O que é Jeová: Jeová, também chamado de Javé, é o nome de Deus na Bíblia hebraica, e é um termo de origem do hebraico. Os judeus não reconhecem mais o termo, e evitam inclusive utilizá-lo, e atualmente Jeová é ligado a uma outra religião, conhecidos como Testemunhas de Jeová.

Porque Deus é chamado de Jeová?

Jeová é uma das transliterações para língua portuguesa (além de Javé, Iehovah, Iavé ou até Yahweh) do Tetragrama YHVH, ou seja, a designação das quatro consoantes que compõem o nome de Deus em hebraico.

Qual é o verdadeiro nome de Deus?

O nome do Deus bíblico Após o livro de Êxodo, no livro de Samuel, Deus é conhecido pelo nome de "Yahweh Teva-ot" ou "Ele traz as hostes à existência". As hostes possivelmente se referem à corte celestial ou a Israel. O nome pessoal de Deus era provavelmente conhecido antes da época de Moisés.

Que religião chama Deus de Jeová?

O movimento religioso conhecido como Testemunhas de Jeová é uma religião cristã. Seus adeptos seguem Jesus Cristo e adoram exclusivamente a Jeová. O nome “Testemunhas de Jeová” apoia-se em um trecho bíblico no qual Jeová pede aos fiéis que sejam suas testemunhas e que preguem suas doutrinas.