O produto conhecido popularmente como “melzinho do amor”, que leva um nome quase inocente e é febre entre os jovens, esconde em sua fórmula uma composição perigosa para a saúde. Show Apesar de as embalagens constar uma composição 100% natural, uma análise do Laboratório de Toxicologia Analítica do Centro de Informação e Assistência Toxicológica da Unicamp (CIATox) detectou a presença de dois fármacos de origem sintética utilizados em medicamentos para disfunção erétil, vendidos somente com prescrição médica. Crédito: Reprodução/CIATox Unicamp Produtos escondem fármacos perigosos para a saúde De acordo com CIATox, sem a devida prescrição e administrados de forma combinada, essas substâncias podem causar efeitos colaterais graves, e até mesmo risco de morte. O problema está na Sildenafila e Tadalafila. De acordo com o coordenador executivo do CIATox, José Luiz Costa, esses princípios ativos poderiam ser usados somente após uma avaliação médica prévia, sobretudo por pessoas que sofrem de problemas de saúde, como cardiopatias e hipertensão descontrolada. A análise da Unicamp também cita o risco de o priapismo prolongado (uma ereção longa e dolorosa com risco de necrose do pênis) e lesão irreversível do membro. Os efeitos colaterais são ainda graves se o melzinho for ingerido junto com álcool ou outros medicamentos. Nesse caso, há riscos de tontura, hipotensão arterial e dores de cabeça. Em pacientes cardiopatas, a Sildenafila e a Tadalafila podem acarretar hipotensão grave, potencialmente fatal. “Quando uma pessoa toma um medicamento com recomendação, o médico sabe quais são seus problemas de saúde. O risco de efeito adverso existe, mas é controlado. Alguém que faz uso desses medicamentos por conta própria pode estar colocando sua saúde em risco sem saber. Apesar do rótulo dizer que na composição constam apenas extratos de plantas, não há nada de natural neles”, afirma José Luiz Costa. Crédito: Reprodução/CIATox UnicampEm uma das amostras, foi encontrada uma combinação de Sildenafila e Tadalafila Venda proibidaDesde maio deste ano, o melzinho do amor é proibido pela Anvisa. A agência diz que desconhece sua composição e não autoriza a comercialização, distribuição, fabricação, publicidade e uso do do produto. Apesar disso, sachês do melzinho são facilmente encontrados em ruas de comércio popular, lojas na internet e em sex shops. Saúde e Bem-estar Já ouviu falar no "melzinho do amor"? O produto faz sucesso e é vendido como estimulante sexual natural, mas pode fazer mal à saúde. Você já ouviu falar no “melzinho do amor“? Sucesso entre jovens brasileiros, o produtos é vendido como um tipo de afrodisíaco, um mel “100% natural” que funciona como estimulante sexual. Mas será que é isso mesmo?
O “mel”, que de tanto sucesso virou até funk, começou a fazer sucesso nas festas clandestinas realizadas durante a pandemia. O produto é vendido em sachês ou caixas com 12 unidades, que podem ser encontrados tanto em adegas, postos de gasolina e sex shops quanto em sites como Mercado Livre, Shopee e até no IFood. Preço de cada sachê varia entre R$ 20 e R$ 80 – e já existem até versões falsificadas por aí. Apesar de conhecido também como “mel árabe”, ele é feito na Malásia. O que é o melzinho do amorA TV Record encomendou a análise do mel para uma reportagem exibida no programa “Domingo Espetacular“. O objetivo era descobrir do que ele é feito. O resultado, segundo a matéria, foi a comprovação da presença de um componente chamado sildenafil no mel – sem estar indicado na embalagem. Para quem não sabe, o Citrato de Sildenafila é o mesmo usado no Viagra – um dos remédios mais poderosos usados por quem tem disfunção erétil. Originalmente criado para tratar hipertensão, o sildenafil tem como efeito secundário a vasodilatação. Por isso acabou sendo empregado em pacientes com disfunção erétil. Por que o mel do amor pode fazer malSegundo os médicos, o Citrato de Sildenafila é contraindicado para mulheres e menores de 18 anos – ou seja, boa parte de quem tem usado o novo produto. Além disso, antes de tomá-lo deve-se conversar com um médico. Caso a pessoa tenha mais de 50 anos, seja fumante ou tenha problemas nos rins, fígado ou coração, ela deve tomar muito cuidado com o componente. E é aí que vem o problema. Ainda de acordo com a Record, uma única embalagem do melzinho do amor tem o dobro do sildenafil do Viagra. A longo prazo, o consumo do produto pode levar à diminuição da pressão arterial se combinado com remédios para diabetes, pressão arterial alta, colesterol elevado ou doenças cardíacas – que costumam conter nitratos. Vale lembrar que o abuso do mel (e do sildenafil) causa também os mesmos efeitos do uso prolongado de Viagra. Sobretudo a dependência psicológica do remédio e a consequente piora da vida sexual do homem. Ou seja, cuidado com as propagandas. Ao contrário do marketing, o tal melzinho é um produto bastante químico que pode prejudicar sua saúde – não tem nada de natural. Felipe BlumenHistoriador, jornalista de lifestyle e fã de foguetes, Corinthians, gibis e outras bagunças. O que o melzinho do amor causa?Quando ingerida com álcool ou outros fármacos, a substância pode intensificar efeitos colaterais, como tontura, hipotensão arterial e dores de cabeça. Em pacientes cardiopatas, tanto homens quanto mulheres, a Sildenafila e a Tadalafila podem levar a um quadro de hipotensão grave, potencialmente mortal.
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Qual é a reação do melzinho do amor?"A utilização sem prescrição desses fármacos pode provocar efeitos indesejados graves, como o priapismo prolongado (uma ereção longa e dolorosa com risco de necrose do pênis) e lesão irreversível do membro. Para mulheres com problemas de saúde, como cardiopatias, também há riscos", alerta o CIATox.
Faz mal tomar melzinho do amor?Porém, mesmo sendo proibido em todo o país, o melzinho do amor continua sendo vendido, o que coloca em risco a saúde e a vida de quem o consome. A intervenção da Vigilância Sanitária deixa claro que o consumo de uma substância não aprovada pelos órgãos competentes pode trazer sérios prejuízos à saúde.
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