O que acontece quando a pessoa toma remédio vencido?

Ao pensar em tomar medicamentos vencidos, sempre surgem dúvidas sobre reações adversas. Entre os riscos de tomar remédio com a data de validade expirada estão: ineficácia, intoxicação, vômitos, diarreia ou reação intensa dos efeitos adversos da bula, conforme informado pela médica Amélia Leão Fernandes.

“O maior risco principalmente é a ineficácia, a pessoa tomar o remédio e não adiantar nada, não fazer o efeito esperado”, explica. 

Por exemplo, ingerir medicamentos vencidos para tratar hipertensão é perigoso, pois a doença crônica não será combatida de maneira eficaz e poderá evoluir para casos mais graves, como acidente vascular cerebral (AVC) ou infarto.

Portanto, o melhor a se fazer é conferir a data de validade de remédios, ter nas mãos um medicamento que esteja dentro do prazo de validade e não abusar da sorte.

De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), as datas de fabricação e de validade precisam estar estampadas nas embalagens, seja ele controlado ou de venda livre. 

Com isso, o fabricante é obrigado a deixar claro ao consumidor data de fabricação, validade e lote do medicamento.

O Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078/90) considera impróprio o uso e consumo de produtos que estejam com prazos de validade vencidos.

A estudante do curso de Direito, Cassiana Galvão, passou mal ao ingerir o analgésico “Buscopan”, que estava vencido. “Me deu muita muita dor no estômago mesmo e muita náusea também”.

“Eu viajei e acabei levando remédios na mala. Foi uma dor terrível, eu não conseguia nem ficar sentada, só deitada. Achei que era até algo no rim”, detalhou.

Remédios vencidos jamais devem ser descartados no lixo comum de residência. Medicamentos fora do prazo de validade devem ser entregues em farmácias para que os estabelecimentos façam o descarte correto.

Crime

O consumidor que verificar produto vencido à venda tem direito de receber e exigir produto similar dentro do prazo de validade, de acordo com o Projeto de Lei 1386/19.

A multa é de R$3 mil por autuação e deve ser aplicada pelo Procon de cada cidade ou Estado.

A Superintendência para Orientação e Defesa do Consumidor (Procon/MS) fiscalizou 14 farmácias em março de 2022 e encontrou irregularidades, como a venda de remédios vencidos.

As farmácias multadas foram Drogaria Freire, Farmácia Pague Menos, Farmácia Mais Popular, Droga Raia, Drogaria Nova Vida – Mais Popular, Drogasil, Ultra Popular e Orgânica Farmácia de Manipulação. A multa total foi de R$ 181,9 mil.

Com objetivo de evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da Dengue, Zika e Chykungunia, nesta quinta-feira(17), haverá em Campo Grande uma megaoperação de combate a dengue.

Intitulado como “Mosquito Zero”, este Dia D de combate está em sua segunda etapa, reunindo mais de 300 servidores da prefeitura no Parque Ayrton Senna, a partir das 08h30.

As equipes da força-tarefa ficarão dez dias, apartir de amanhã, na região do Anhanduizinho, realizando inspeções em residências, e checando descarte de materiais que possam virar criadouros do mosquito.

Os servidores estarão passando orientações para população sobre como evitar a proliferação deste inseto em seus terrenos. 

“Durante a ação, os agentes de endemias visitarão os imóveis da região para identificar criadouros do mosquito e eliminar os depósitos, sempre orientando os moradores sobre os cuidados e quais os principais sintomas da dengue”, explica o secretário municipal de saúde, José Mauro Filho. 

Cerca de 2.407 imóveis foram inspecionados durante a primeira etapa da operação, pelas equipes da coordenadoria de combate a endemias vetoriais (CCEV) da Sesau, 1.911 depósitos que poderiam virar criadouros do mosquito foram eliminados e 80 focos exterminados.

Descarte de Materiais

Enquanto estiver acontecendo a megaoperação, no quadrilátero das ruas Prímula, Engenheiro Lutero Lopes, Gerbera e Piracanta serão recolhidos móveis velhos para descarte, como: eletrônicos, geladeiras e fogões, pias e vasos sanitários, carcaças de televisões e de computadores, tanques de lavar roupa, armários de aço e pneus. 

“É importante lembrar que devem ser depositados apenas materiais que possam acumular água, ou seja, entulhos e restos de construções, podas de árvores, animais mortos, lixo doméstico e madeira, por exemplo, não devem ser descartados no local”, reforça o coordenador do CCEV, Vagner Ricardo. 

Alerta de Epidemia

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde Pública (Sesau), existe um alerta em Campo Grande para o risco de uma epidemia da dengue no próximo ano.

“Já estamos em alerta para o risco de epidemia no próximo ano, visto que o período de chuvas está recomeçando e, nesta época, é comum o número de casos notificados começar a subir em decorrência do crescimento do número de depósitos de água e criadouros do mosquito Aedes aegypti”, informou a Sesau por meio de nota.

Em relação ao projeto Wolbachia, que impede que os vírus da dengue, da zika, da chikungunya e da febre amarela se desenvolvam dentro do inseto modificado, a Sesau informou que atualmente o método está implementado em 64 bairros.

“Estima-se que entre dezembro e janeiro seja iniciada a última etapa de soltura dos mosquitos, quando serão contemplados mais 10 bairros, fazendo de Campo Grande a primeira cidade com 100% de seu território com a presença do wolbito”, disse a nota.

O ‘Saúde com Agente’, maior programa nacional de formação técnica na área da saúde no formato híbrido, está recebendo indicação de novos preceptores até o dia 18 de novembro.

São 889 vagas em diversos municípios do Brasil, e 16 destinadas ao Mato Grosso do Sul, para a função de preceptores dos cursos técnicos para Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Combate às Endemias. As indicações precisam ser feitas diretamente pelo sistema e-Gestor.

A função exige dedicação de 15 horas semanais e os preceptores receberão bolsa mensal de R$ 1.000,00, durante oito meses, prazo que pode ser prorrogado. A previsão é de que as atividades tenham início em dezembro. 

Deverão ser indicados profissionais de nível superior, vinculados ao SUS e com atuação e experiência mínima de seis meses na Atenção Primária à Saúde. Além disso, os gestores dos municípios que já têm preceptores selecionados devem indicar novos profissionais para compor o cadastro reserva.

Saúde com Agente

Iniciativa do Ministério da Saúde (MS), em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), o ‘Saúde com Agente’ é o maior programa do País de formação técnica na área da saúde no formato híbrido.

Com investimento de mais de R$ 388 milhões, o Programa foi criado em atenção as leis que ampliaram as atribuições dos Agentes Comunitários de Saúde e dos Agentes de Combate às Endemias, objetivando oferecer qualificação técnica para 200 mil agentes de saúde em todo o Brasil.

A formação é no formato semipresencial, com carga horária de 1.275 horas e duração mínima de 10 meses. A iniciativa visa melhorar os indicadores de saúde, a qualidade e a resolutividade dos serviços da Atenção Primária aos brasileiros. Também reforça a valorização dos Agentes, que desempenham papel relevante como educadores para a cidadania na Saúde, por meio de maior atuação na prevenção e no cuidado das pessoas. O intuito é que esses profissionais tenham um olhar apurado sobre informações coletadas nas residências e saibam melhor orientar os pacientes que necessitam de atendimento.
 

Mais informações pelo telefone 136 (ligação gratuita), ou e-mail: [email protected]