Com o Plano Marshall, os países da Europa ocidental conseguiram os recursos necessários para sua recuperação econômica. Show
Cartaz do Plano Marshall feito pela Administração de Cooperação Econômica, simbolizando o avanço dos países europeus Por Me. Tales Pinto Após o fim da Segunda Guerra Mundial, os EUA e os países aliados vencedores, os localizados na Europa Ocidental, necessitavam de reconstruir a economia europeia devastada pelos longos anos de conflito a que estiveram submetidos. Era ainda necessário a esses países conter a ameça de expansão da influência soviética. Nesse contexto de reconstrução econômica e de Guerra Fria, foi lançado, em 1947, o Plano Marshall. O Plano Marshall (oficialmente European Recovery Program, ou Programa de Recuperação Europeia) recebeu esse nome graças a seu idealizador, o general George Catlett Marshall, antigo Chefe do Estado-Maior do Exército dos EUA e, à época do lançamento do plano, secretário de Estado do presidente estadunidense Henry Truman. O Plano Marshal foi um ambicioso projeto de empréstimos e doações financeiras realizados pelos EUA e seus capitalistas aos países europeus devastados pela Segunda Guerra Mundial. A União Soviética havia saído prestigiada do conflito mundial em decorrência da vitória sobre os nazistas, dos milhões de mortos que caíram em combate e dos ataques das tropas alemãs. Havia ainda o fato de que durante a década de 1930, quando grande parte da economia do mundo ocidental estava em profunda crise, iniciada em 1929, a economia planificada soviética alcançava níveis altíssimos de crescimento. Além do mais, em países como a Itália e a França, os Partidos Comunistas alinhados a Moscou demonstravam bastante força. Na Alemanha destruída e dividida em duas zonas de influência, fazia-se necessária uma rápida ação para conter os soviéticos, que mantinham seus exércitos ainda mobilizados. A solução pensada com o Plano Marshall era fazer uma campanha contra o comunismo a partir da reconstrução econômica dos países, reestruturando suas indústrias e aumentando rapidamente o nível de consumo de suas populações. Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;) Entre 1948, ano em que entrou em vigor o Plano Marshall, e 1951, ano em que foi encerrado, cerca de 18 bilhões de dólares foram entregues aos países europeus aderentes ao plano através de doações e empréstimos. Para executar o plano, os EUA criaram a Administração da Cooperação Econômica (Economic Cooperation Administration, ECA, na sigla em inglês.) A oferta de ajuda econômica também foi oferecida à URSS, mas foi recusada já que Stalin pretendia reestruturar as economias de sua zona de influência sem o apoio do capitalismo ocidental. Frente a isso, os países europeus criaram, em 1948, a Organização Europeia de Organização Econômica (OECE), embrião do que viria a ser a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Dessas iniciativas surgiriam ainda o Mercado Comum Europeu e, posteriormente, a União Europeia. Com os créditos oriundos do Plano Marshal, foi possível a todos os países europeus ocidentais (exceto a Espanha de Franco e a Finlândia, vizinha da URSS) comprarem alimentos, produtos agrícolas, produtos industrializados e combustíveis, em sua maior parte dos EUA. O Plano Marshall serviu ainda para a constituição do que viria a ser conhecido como o Estado de Bem-Estar Social, em que parte dos serviços necessários à população (saúde, educação, seguro-desemprego etc.) era oferecida pelo Estado. Dessa forma, os capitalistas ocidentais enfrentavam a influência soviética com a melhoria das condições econômicas da população. Por outro lado, o Plano Marshall representou um dos primeiros esforços no sentido da internacionalização dos capitais e dos capitalistas no mundo. Através de um plano econômico e social, as fronteiras nacionais foram superadas pelo capitalismo, que poucos anos antes foram motivo de um conflito bélico que resultou na marca de mais de 50 milhões de pessoas mortas. Por Tales Pinto A Segunda Guerra Mundial foi o maior confronto do século XX, com o número de vítimas mais alto da história da humanidade. Essa guerra ficou marcada por uma série de acontecimentos impactantes, como o Massacre de Katyn, o Holocausto, o Massacre de Babi Yar e o lançamento das bombas atômicas sobre Hiroshima e Nagasaki. Todos esses fatos, que aconteceram entre os anos de 1939 e 1945, mudaram o curso da história e trouxeram consequências para o mundo todo. Neste artigo, falaremos mais sobre o pós Segunda Guerra Mundial, apresentando as principais implicações desse conflito. Esse é um conteúdo que costuma aparecer de forma frequente na prova de história do Enem. Ou seja, é essencial incluí-lo em seu plano de estudos!
A Guerra FriaApós a Segunda Guerra Mundial, a Europa entrou em declínio. Afinal, durante os combates, cidades, fábricas, portos, estradas e ferrovias foram bombardeados e destruídos. Nesse contexto de ruína da Europa, os EUA e a antiga URSS se consolidaram como principais potências do mundo. Esses países se caracterizavam pelas suas diferenças ideológicas — os EUA se identificava como capitalista, e a URSS como socialista. Foi essa diferença entre os países que deu início a Guerra Fria. Esse confronto ficou assim conhecido porque ambos os países nunca se enfrentaram diretamente em um conflito bélico. Ou seja, foi uma batalha essencialmente político-ideológica. A Guerra Fria teve início após a Segunda Guerra Mundial, mais precisamente em 1947, quando o presidente americano Henry Truman fez um discurso afirmando que os Estados Unidos poderia intervir em governos não democráticos. O avanço do socialismo no leste europeu e em outros países representava uma ameaça às intenções dos EUA. Assim, as rivalidades entre norte-americanos e soviéticos se acirraram na disputa por áreas de influência. A Guerra Fria se estendeu de 1947 a 1991 e algumas características desse período podem ser destacadas:
Além disso, durante a Guerra Fria, se formaram duas alianças político-militares:
A OTAN, fundada em 1949, era composta inicialmente por Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, França, Bélgica, Países Baixos, Luxemburgo, Dinamarca, Noruega, Finlândia, Portugal e Itália. Mais tarde, juntaram-se Alemanha Ocidental, Grécia e Turquia. Em 1955, em represália, a União Soviética criou o Pacto de Varsóvia, para impedir o avanço capitalista na sua área de influência. Faziam parte URSS, Albânia, Alemanha Oriental, Bulgária, Tchecoslováquia, Hungria, Polônia e Romênia. A Guerra Fria só terminou com a Queda do Muro de Berlim, em 1989, e o fim da União Soviética, em 1991. >>> Leia mais: Os símbolos da Revolução Francesa [História no Enem] A criação da ONUAs consequências da Segunda Guerra Mundial foram devastadoras. Foram mais de 30 milhões de feridos e pelo menos 50 milhões de mortos distribuídos em inúmeras cidades. Nações como França, Inglaterra e Alemanha foram algumas das mais arrasadas. A Polônia perdera seis milhões de habitantes, e o Japão, 1,5 milhão em decorrência das bombas atômicas lançadas em Hiroshima e em Nagasaki. 6 milhões de judeus também foram assassinados nos campos de concentração nazistas. Além de toda essa devastação, com o fim da Segunda Guerra, o mundo estava se dividindo politicamente entre capitalistas e socialistas, como vimos anteriormente. Era o começo da Guerra Fria, um período de incerteza e insegurança. Frente a esse cenário, tornou-se essencial que fosse criado um órgão para manter a paz e a segurança internacional, bem como desenvolver a cooperação entre os povos. Nesse contexto, surgiu então a Organização das Nações Unidas (ONU), em 24 de outubro de 1945. Seu objetivo central era e ainda é solucionar os problemas sociais, humanitários, culturais e econômicos, promovendo o respeito às liberdades fundamentais e aos direitos humanos. Atualmente, a ONU é a principal organização internacional, com 193 países membros. A instituição se envolve em várias missões de paz ao redor do mundo e age através de sanções diplomáticas, econômicas, desportivas e políticas para punir os países que ameaçam a paz mundial. >>> Leia mais: O pioneirismo inglês na Revolução Industrial [História no Enem] A descolonização da África e da ÁsiaEntre 1945 e 1970, os territórios africanos e asiáticos — que constituíam parte dos impérios europeus — passaram por um processo de descolonização (independência política). Isso se deu, principalmente, pelo enfraquecimento das potências europeias após a Segunda Guerra Mundial. As populações dos países africanos e asiáticos foram convocadas para participar do esforço de guerra e muitos lutaram em diversas batalhas. Assim, ao terminar o confronto, diversos países afro-asiáticos imaginaram que teriam mais autonomia, porém não foi isso que aconteceu. O colonialismo continuou como antes da guerra. Essa situação fortaleceu os movimentos nacionalistas emergentes. Além disso, a insatisfação das colônias foi reforçada pela Carta das Nações Unidas, que considerava a autodeterminação dos povos um direito básico. Dessa forma, a independência política se tornou inevitável nos países africanos e asiáticos. >>> Leia mais: O Brasil nos tempos de D. Pedro II: Segundo Reinado no Enem Os golpes militares na América LatinaNo século XX, uma série de ditaduras, sobretudo militares, desenvolveram-se na América Latina. Diferentes países como Brasil, Paraguai, Uruguai, Argentina, Chile, Peru, Bolívia, Guatemala e República Dominicana, entre outros, contaram com ditaduras conservadoras, conduzidas em sua maioria por militares. A implantação dessas ditaduras está diretamente associada ao cenário de disputas da Guerra Fria, ou seja, ao pós Segunda Guerra Mundial. Depois da Segunda Guerra Mundial, a rivalidade entre Estados Unidos e União Soviética ganhou dimensão planetária e a disputa por influência aumentou consideravelmente. Em um primeiro momento, os Estados Unidos focaram seus esforços para evitar o crescimento da influência soviética na Europa e na Ásia. Contudo, a partir do final da década de 1950, o governo norte-americano percebeu a necessidade de aumentar sua influência sobre o próprio continente, e isso deu início às ações em países latino-americanos. O objetivo era enfraquecer os movimentos de esquerda por meio da instauração de ditaduras militares de viés conservador. Assim, os EUA passaram a apoiar as diversas ditaduras militares que se instauraram por toda a América Latina. >>> Leia mais: Grécia e Roma: resumo para se dar bem no Enem Questões do Enem sobre o pós Segunda Guerra MundialAbaixo, reunimos algumas questões do Enem sobre o mundo pós Segunda Guerra Mundial. Confira:
O texto indica que durante a Guerra Fria as relações internas em um mesmo bloco foram marcadas pelo(a) a) Busca da neutralidade política. Gabarito: C >>> Leia mais: O que foi o Antigo Regime [História no Enem]
Levando-se em conta o contexto em que foi criada, a referida operação tinha como objetivo coordenar a a) Modificação de
limites territoriais. Gabarito: D
O que a Convenção representou para o cenário geopolítico mundial? a) Esgotamento dos pactos bélicos multilaterais. Gabarito: B O que aconteceu após o término da Segunda Guerra Mundial?Após a Segunda Guerra Mundial, a Europa entrou em declínio. Afinal, durante os combates, cidades, fábricas, portos, estradas e ferrovias foram bombardeados e destruídos. Nesse contexto de ruína da Europa, os EUA e a antiga URSS se consolidaram como principais potências do mundo.
Como estava a situação da Europa no PósO final da Primeira Grande Guerra mergulhou a Europa num estado caótico, ao terem sido destruídos não só alguns dos mais poderosos impérios (austro-húngaro, alemão, turco, russo) e dos mais relevantes países (Itália, França, Bélgica) como as suas estruturas sociais, económicas e políticas.
Como a Segunda Guerra Mundial afetou a Europa?Após a Segunda Guerra Mundial novos países surgiram e alguns tiveram suas fronteiras redesenhadas. A Áustria, que havia sido anexada pela Alemanha em 1938, ressurge como país independente. Itália, Hungria, Bulgária, Romênia e Iugoslávia depõem a monarquia e a substituem pelo regime republicano.
O que aconteceu com a economia da Europa após o final da Segunda Guerra Mundial?Durante esse tempo, houve crescimento económico elevado em todo o mundo; Europa Ocidental e países da Ásia Oriental, em particular com um crescimento anormalmente elevado e sustentado, juntamente com o pleno emprego.
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