O que aconteceu no século 19 e 20?

O Brasil entrou no século 19 com grande aspiração de autonomia, no embalo da Inconfidência Mineira (1789) e da Conjuração Baiana (1798). A América Lusitana estava dividida em três estados portugueses: o Estado do Brasil (propriamente dito), com capital no Rio de Janeiro, o Estado do Grão Pará e Rio Negro, com capital em Belém, e o Estado do Maranhão e Piauí, com capital em São Luís. Apesar de habitarem estados portugueses, os brasileiros não tinham as mesmas oportunidades que os portugueses de Portugal.

Eram quatro capitais. Além das capitais dos estados: Rio de Janeiro, Belém e São Luís, Salvador era a capital jurídica da parte norte da América Lusitana e capital eclesiástica de todos os três estados. A religião católica era oficial. Todas as dioceses da América Lusitana eram sufragâneas da Arquidiocese de São Salvador da Bahia, até 1892, quando foi criada uma segunda província eclesiástica no Rio de Janeiro.

No começo do século, 19 a população brasileira tinha cerca de três milhões de habitantes. Salvador, a cidade mais populosa, tinha mais de 70 mil habitantes (fonte). O Rio de Janeiro tinha cerca de 50 mil habitantes. Ouro Preto, que alcançara 30 mil em meados do século 18, possuía apenas cerca 20 mil habitantes. Cuiabá, Belém e São Luís tinham cerca de 10 mil habitantes. Entretanto, os dados populacionais da época são imprecisos e geralmente têm base em recenseamentos parciais eclesiásticos ou em simples estimativas. Em comparação, Nova York tinha, então, pouco mais de 60 mil habitantes e era a maior cidade dos Estados Unidos.

Com a decadência das Minas Gerais, a Bahia entrou no século 19 como a Capitania mais rica do Brasil. Salvador era o maior porto do Hemisfério Sul e a segunda maior cidade do Império Lusitano, atrás apenas de Lisboa.

Em 1807, a Capitania do Rio Grande de São Pedro do Sul foi desanexada da Capitania do Rio de Janeiro e elevada à condição de capitania-geral, com o nome de Capitania de São Pedro. Seu território abrangia as terras ao sul da Capitania de São Paulo e ilhas adjacente. Incluía o comando da Ilha de Santa Catarina.

Com a chegada da Família Real, em 1808, o Brasil ganhou novo status, passando a sede da Coroa Portuguesa. Em 1815 foi elevado a Reino. Em 1821, o Reino Unido Lusitano foi transformado em uma Monarquia Parlamentar, governado pelas Cortes de Lisboa. Esse processo resultou na Guerra da Independência do Brasil.

Continuação do século 19:

● 1808, Família Real no Brasil

● 1815, Reino do Brasil

● 1821, Brasil na Monarquia Parlamentar Portuguesa

● 1822-1824, Independência do Brasil

Império do Brasil

● 1839, República Juliana

1840-1889, Dom Pedro II

Ciclos da Borracha

● 1864-1870, Guerra do Paraguay

● 1889, República

● 1896, Guerra de Canudos

Salvador, a maior cidade do Brasil no início do século 19, recebeu o Príncipe Regente Dom João vindo de Lisboa em 1808, transformando-se na primeira sede da Coroa Portuguesa fora de Portugal. Dom João ficou na antiga capital do Brasil por 35 dias, onde autorizou a abertura dos portos às nações amigas. Não por acaso, a decisão foi comunicada num dos maiores portos da América, na época.

Índios bororenos preparados para o ataque. Em parte do Sul do País, eram chamados de bugres. Costumavam atacar e incendiar propriedades rurais à noite (Aquarela Chef des bororenos, J.B Debret, 1822).

O desfile de Dois de Julho é o maior evento cívico da Bahia, sempre enfatizando a decisiva participação dos caboclos nas lutas pela Independência.

M. Pereira

Após conquistar sua independência no final do século XVIII, os Estados Unidos da América consolidaram-se como Estado-nação e passaram por grandes transformações durante o século XIX. Entre as mudanças ocorridas, destacou-se a grande expansão territorial que o país sofreu, seja pela compra de territórios, seja pela guerra.

Expansão territorial

Ao conquistar sua independência – oficialmente declarada em 1776, mas somente reconhecida pela Inglaterra em 1783 –, os Estados Unidos estabeleceram-se como uma república, adotando o sistema federalista que estipulava a autonomia dos estados americanos. Os primeiros presidentes da história norte-americana atuaram visando, principalmente, à consolidação política dessa nação.

No processo de independência, os Estados Unidos garantiram, a partir do Tratado de Paris de 1783, a posse das regiões a oeste dos Montes Apalaches. A ocupação dessas regiões foi motivo de atrito entre colonos e britânicos, pois a Coroa inglesa havia proibido a apropriação desses locais para evitar conflitos com as nações indígenas.

Com a independência e o fim da proibição inglesa, os americanos iniciaram uma intensa migração para ocupar esses locais. O território americano passou por outras alterações, como a compra da Luisiana dos franceses em 1803, a compra da Flórida dos espanhóis em 1819 e a compra do Alasca em 1867.

Durante esse processo expansionista, os grandes perdedores foram os nativos americanos que habitavam as terras a oeste das Treze Colônias originais. Os americanos, na busca desenfreada para ocupar essa região, dizimaram milhares de indígenas, apossaram-se de suas terras e destruíram seu modo de vida.

Um dos grandes exemplos dessa dizimação foi o Massacre de Sand Creek, no qual mais de 150 indígenas do povo cheyenne foram mortos por tropas do exército americano. Entre os mortos, havia um grande número de mulheres e crianças. Outros povos como os sioux e apaches também foram vítimas da expansão territorial do “homem branco”.

Além desses meios usados para atingir o aumento do território, os Estados Unidos entraram em guerra com o México pela disputa da região do Texas, no período entre 1846 e 1848. Durante a chamada Guerra Mexicano-Americana, o México foi derrotado e obrigado a ceder territórios que hoje correspondem ao Texas, Novo México, Arizona, Califórnia, Colorado, Utah e Idaho.

Essa expansão territorial americana, durante o século XIX, foi justificada por uma ideologia conhecida como Destino Manifesto. Formulada a partir do artigo de um jornalista chamado John O’Sullivan, essa concepção defendia a ideia de que os Estados Unidos eram uma nação predestinada por Deus para realizar as conquistas de novos territórios e formar uma grandiosa nação. Essa ideologia legitimava ainda a violência cometida contra os indígenas no oeste.

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A ocupação do oeste americano coincidiu com a descoberta de ouro em locais como a Califórnia e Dakota do Sul. Esse acontecimento deu início a uma verdadeira corrida pelo ouro, e milhares de pessoas mudaram-se à procura de enriquecimento pela mineração. Em muitos casos, essas ocupações levaram a conflitos com os indígenas.

O governo americano incentivava esse processo migratório com ações como a Lei do Povoamento (Homestead Act), de 1862, a qual tinha a intenção de garantir a posse do oeste para a população branca. Essa lei definia que qualquer cidadão americano a partir de 21 anos poderia comprar terras nessa região por um preço baixíssimo, desde que habitasse a terra durante cinco anos.

Guerra de Secessão

O século XIX, na história dos Estados Unidos, também foi marcado pela Guerra de Secessão que aconteceu entre 1861 e 1865. Os Estados do Norte e do Sul do país possuíam características e interesses totalmente distintos, que se chocavam, por exemplo, na questão do uso da mão de obra escrava. Esse desentendimento ampliou-se com a ocupação do oeste americano.

Os estados sulistas queriam estender o uso da mão de obra escrava para os novos territórios, enquanto os nortistas eram contrários a essa proposta. Isso levou a combates localizados no estado do Kansas, por exemplo, e, quando Abraham Lincoln – considerado um abolicionista pelos sulistas – foi eleito presidente, os sulistas optaram pelo separatismo.

Em dezembro de 1860, o primeiro estado sulista declarou a secessão e foi acompanhado por outros estados. A guerra começou quando as tropas confederadas (sulistas) atacaram as tropas da União (nortistas) em abril de 1861, em Fort Sumter. Esse conflito estendeu-se até 1865 e encerrou-se com a derrota e reintegração dos sulistas à União. O saldo da guerra foi de 600 mil mortos.

Uma das grandes transformações que a Guerra da Secessão trouxe aos Estados Unidos foi a abolição da escravidão no país, por meio da determinação do presidente Abraham Lincoln, em 1863, com a guerra ainda em curso. A abolição da escravidão nos Estados Unidos foi ratificada em 1865, quando a 13ª Emenda Constitucional proibiu oficialmente o uso de escravos nos Estados Unidos.

Após a guerra, os estados sulistas passaram pela reconstrução, devido a toda a destruição causada pela guerra, e foram gradativamente recuperando seus direitos políticos nos Estados Unidos. A sociedade sulista reagiu com indignação ao fim do trabalho escravo, e isso levou ao surgimento de grupos segregacionistas, como o Ku Klux Klan, que perseguiam a população afro-americana.

O que aconteceu entre o século 19 e 20?

A Segunda Revolução Industrial aconteceu entre meados do século XIX e a primeira metade do século XX até o início da Segunda Guerra Mundial; Abrangeu mais países, como Alemanha, França, Bélgica, Itália, Holanda, Japão e Estados Unidos.

O que aconteceu na passagem do século 19 para o século 20?

O contexto da virada do século XIX para o século XX foi o escolhido por ser um período histórico multifacetado, em que a Europa estava dominando o mundo, impondo suas regras imperialistas e lucrando com a exploração de pessoas e mercadorias.

O que aconteceu no Brasil no século 19 e 20?

Já no Brasil, nós tivemos a Revolução de 1848 e a Proclamação da República, em 1889. Além disso, no século XIX viveram muitos filósofos e pensadores que criaram teorias e reflexões responsáveis por mudar vários padrões da sociedade da época. O século XIX também foi importante para as artes no geral.

O que aconteceu no final do século 19 e no decorrer do século 20?

Entre o final do século XIX e o início do século XX, trabalhadores dos EUA e da Europa intensificaram a sua organização e realizaram greves e protestos por melhores condições de vida. Era um período de “modernização” e crescimento dos centros industriais.