O que eu faço é uma gota no meio de um oceano mas sem ela o oceano será menor Madre Teresa de Calcutá?

Muitas vezes me pego refletindo sobre a condição humana de altruísmo. Até onde os indivíduos conseguem ser humanos, na mais pura acepção do termo? A globalização, que proporcionou uma corrida diária e desenfreada, tornou-nos frios e calculistas; capazes apenas de enxergar o que se encontra a poucos centímetros do nosso próprio nariz.

Fazer o bem deveria ser um dom inato de todos nós. Teríamos nossas atitudes dignas enraizadas em nosso âmago e não nos preocuparíamos apenas em subtrair para nós mesmos os frutos dos nossos anseios. Não haveria necessidade de nos tornarmos Gandhis ou Madres Teresas de Calcutá, mas pelo menos seguirmos o exemplo deles, fazendo um pouquinho a partir do legado deixado.

A inversão de valores é algo pertinente a ser analisado. A juventude moderna, óbvio que uma parte, não tem nenhuma perspectiva de futuro. Acredita que o hoje deve ser “aproveitado sem pudor ou de forma inconsequente”. A tecnologia, que deveria servir como braço de apoio para nossa evolução, por momentos se passa como facilitadora de atos inconvenientes.

Os celulares nas mãos de muitos tornaram-se ferramentas de desaforos e futilidades. A tecnologia é usada para a depreciação do caráter. Quantas vezes soubemos que meninas e meninos trocaram fotos e vídeos deles completamente nus ou mesmo praticando atos libidinosos? Os pais, que não têm controle da situação, perdem seus filhos para um aparelho com inteligência artificial. Estamos sendo dominados.

Dificilmente notamos alguém que usa a mesma ferramenta para a bondade e filantropia. Mas não precisamos parar nesse tema. Ainda que não tivéssemos evoluído tanto nesse quesito tecnológico, mesmo assim a bondade não estaria em primeiro plano.

Não sou referência para ninguém, aliás nem pretendo. Porém, gostaria de deixar meu legado, pois qualquer um de nós tem muito mais do que precisa. Se fizermos um pouquinho, melhoraremos outras vidas. Sigo sempre uma frase atribuída à Madre Teresa de Calcutá: “O que eu faço é uma gota no meio do oceano. Mas sem ela o oceano será menor”. Para refletir!

Miguel Júnior é mestre em Linguística, jornalista e professor universitário

Ela deixou os jornalistas de boca aberta ao responder e desafiar um deles

Um dos mais célebres conselhos da Madre Teresa de Calcutá é este:

Seja apenas uma gota no meio do oceano, mas uma gota limpa.

Em 1979, ao voltar da Noruega após o recebimento do Prêmio Nobel da Paz, a Madre Teresa de Calcutá passou pela casa humilde das Missionárias da Caridade em Roma, onde um jornalista lhe fez uma pergunta provocadora:

– Madre, a senhora tem setenta anos. Quando a senhora morrer, o mundo vai ser como antes. O que mudou depois de tanto esforço?

A Madre Teresa então lhe respondeu:

– Veja, eu nunca pensei que poderia mudar o mundo. Eu só tentei ser uma gota de água limpa em que pudesse brilhar o amor de Deus. Você acha pouco?

O repórter não conseguiu responder. No silêncio de escuta e emoção que tinha surgido, a Madre Teresa retomou a palavra e pediu ao repórter:

– Tente ser você também uma gota limpa e, assim, seremos dois. Você é casado?

– Sim, madre.

– Peça também à sua esposa, e assim seremos três. Tem filhos?

– Três filhos, madre.

– Peça também aos seus três filhos e assim seremos seis.

É uma lição extremamente simples e prática. Para torná-la realidade, basta a vontade.

O que eu faço é uma gota no meio de um oceano mas sem ela o oceano será menor Madre Teresa de Calcutá?

Para 17 de Dezembro de 2020

  • P A R T I L H A
  • T P C:  Textos de Apoio partindo de alguns pontos propostos pelo papa Francisco, 

4. Deterioração da qualidade de vida humana e degradação social

43. Tendo em conta que o ser humano também é uma criatura deste mundo, que tem direito a viver e ser feliz e, além disso, possui uma dignidade especial, não podemos deixar de considerar os efeitos da degradação ambiental, do modelo actual de desenvolvimento e da cultura do descarte sobre a vida das pessoas.

47. A isto vêm juntar-se as dinâmicas dos mass-media e do mundo digital, que, quando se tornam omnipresentes, não favorecem o desenvolvimento duma capacidade de viver com sabedoria, pensar em profundidade, amar com generosidade. Neste contexto, os grandes sábios do passado correriam o risco de ver sufocada a sua sabedoria no meio do ruído dispersivo da informação. Isto exige de nós um esforço para que esses meios se traduzam num novo desenvolvimento cultural da humanidade, e não numa deterioração da sua riqueza mais profunda. A verdadeira sabedoria, fruto da reflexão, do diálogo e do encontro generoso entre as pessoas, não se adquire com uma mera acumulação de dados, que, numa espécie de poluição mental, acabam por saturar e confundir. Ao mesmo tempo tendem a substituir as relações reais com os outros, com todos os desafios que implicam, por um tipo de comunicação mediada pela internet. Isto permite seleccionar ou eliminar a nosso arbítrio as relações e, deste modo, frequentemente gera-se um novo tipo de emoções artificiais, que têm a ver mais com dispositivos e monitores do que com as pessoas e a natureza. Os meios actuais permitem-nos comunicar e partilhar conhecimentos e afectos. Mas, às vezes, também nos impedem de tomar contacto directo com a angústia, a trepidação, a alegria do outro e com a complexidade da sua experiência pessoal. Por isso, não deveria surpreender-nos o facto de, a par da oferta sufocante destes produtos, ir crescendo uma profunda e melancólica insatisfação nas relações interpessoais ou um nocivo isolamento.

6. A fraqueza das reacções

53. Estas situações provocam os gemidos da irmã terra, que se unem aos gemidos dos abandonados do mundo, com um lamento que reclama de nós outro rumo. Nunca maltratámos e ferimos a nossa casa comum como nos últimos dois séculos. Mas somos chamados a tornar-nos os instrumentos de Deus Pai para que o nosso planeta seja o que Ele sonhou ao criá-lo e corresponda ao seu projecto de paz, beleza e plenitude. O problema é que não dispomos ainda da cultura necessária para enfrentar esta crise e há necessidade de construir lideranças que tracem caminhos, procurando dar resposta às necessidades das gerações actuais, todos incluídos, sem prejudicar as gerações futuras. Torna-se indispensável criar um sistema normativo que inclua limites invioláveis e assegure a protecção dos ecossistemas, antes que as novas formas de poder derivadas do paradigma tecno-económico acabem por arrasá-los não só com a política, mas também com a liberdade e a justiça.

55. Pouco a pouco alguns países podem mostrar progressos significativos, o desenvolvimento de controles mais eficientes e uma luta mais sincera contra a corrupção. Cresceu a sensibilidade ecológica das populações, mas é ainda insuficiente para mudar os hábitos nocivos de consumo, que não parecem diminuir; antes, expandem-se e desenvolvem-se. É o que acontece – só para dar um exemplo simples – com o crescente aumento do uso e intensidade dos condicionadores de ar: os mercados, apostando num ganho imediato, estimulam ainda mais a procura. Se alguém observasse de fora a sociedade planetária, maravilhar-se-ia com tal comportamento que às vezes parece suicida.

58. Nalguns países, há exemplos positivos de resultados na melhoria do ambiente, (…). Como foi criado para amar, no meio dos seus limites germinam inevitavelmente gestos de generosidade, solidariedade e desvelo.

Pistas para rezarmos estes pontos:

  • Com a consciência de que fomos criados para ser felizes. Vamos procurar olhar para a nossa vida com um olhar agradecido e perceber como Jesus se faz presente em momentos concretos nestes 15 dias.
  • Qual a minha relação com o mundo digital e a ação que têm em mim. Como é que isso me afasta ou como é que isso me aproxima de Deus? Como posso utilizar estes meios para contribuir para um mundo melhor?
  • Neste tempo de Advento é-nos proposto que nos aproximemos do outro. É nos sugerido, por vários vias, gestos de solidariedade, de generosidade. Neste ano tão diferente, em que entre outros grandes desafios, está o afastamento fisico de pessoas que nos são queridas. Como  é que Eu posso fazer a diferença. Como posso ser a gota no oceano de que fala a madre Teresa de Calcutá?

“O que eu faço é uma gota no meio de um oceano. Mas sem ela, o oceano será menor.” Madre Teresa de Calcutá

  • Avaliação

O que eu faço é uma gota no meio de um oceano mas sem ela o oceano seria menor Madre Teresa de Calcutá?

Estas são algumas das frases mais emblemáticas da fundadora das Missionárias da Caridade: "O que nós fazemos pelos pobres é uma gota de água no oceano: mas se o não fizéssemos, se não deitássemos no oceano essa gota, ao oceano faltaria algo, faltar-lhe-ia essa gota."

Sou uma gota de água no meio do oceano?

O que eu faço é uma gota no meio de um oceano. Mas sem ela, o oceano será menor.

O que seria do oceano se lhe faltasse uma gota?

Por vezes sentimos que aquilo que fazemos não é senão uma gota de água no mar. Mas o mar seria menor se lhe faltasse uma gota. – Madre Teresa de Calcutá

O que sabemos é uma gota no oceano?

Frase do matemático do Isaac Newton "o que sabemos é uma gota, o que ignoramos é um oceano"