George Washington (em destaque na pintura) foi um dos líderes da independência dos EUA (Foto: Reprodução) Show
Também chamada de Revolução Americana, a guerra da independência dos Estados Unidos foi um conflito armado que durou quase uma década, entre 1775 e 1783. Durante ele, as 13 colônias britânicas na América do Norte lutaram contra o Império Britânico por sua independência política. Entenda: Causas Mas a coroa britânica tinha outros planos: não só não daria as novas terras aos colonos, como tiraria deles os custos da guerra, através do aumento de impostos. Um dos estopins foi o imposto sobre o chá. Em 1770, a guarda inglesa disparou tiros contra uma multidão que protestava contra a nova lei em Boston e matou cinco pessoas, o que deu início a uma onda de boicotes. Em 1773, alguns colonos se disfarçaram de índios e invadiram o porto de Boston para jogar o chá da Companhia das Índias Ocidentais no mar. A afronta ficou conhecida como Festa do Chá de Boston. "A Festa do Chá de Boston", um dos estopins da independência (Foto: Reprodução) O estopim em Boston Declaração da independência A assinatura de independência dos Estados Unidos (Foto: Reprodução) As muitas batalhas Leia também: Tratado de Paris Acompanha tudo da GALILEU? Agora você pode ler as edições e matérias exclusivas no Globo Mais, o app com conteúdo para todos os momentos do seu dia. Baixe agora! A Guerra dos Sete Anos (1756 a 1763) foi um conflito ocorrido entre a Inglaterra e França por terras na América do Norte e no continente asiático. Envolveu também a Prússia, Áustria, Portugal e Espanha. A guerra se espalhou por três continentes e foi travada tanto na Europa como na América e Ásia. Por isso é considerada como o primeiro conflito mundial. Como consequência desta guerra, a França perde seus territórios coloniais, a Prússia emerge como potência europeia e a Inglaterra, vencedora do conflito, torna-se o país mais poderoso do mundo. Países envolvidos na Guerra dos Sete AnosHavia duas frentes principais de guerra: a primeira frente, na Europa, entre a Prússia e a Áustria. Essas duas nações ainda não tinham resolvido suas diferenças territoriais após a Guerra da Sucessão Austríaca (1740-1748) e voltaram a se enfrentar. A segunda frente do conflito aconteceu na América e na Índia e está relacionada à rivalidade colonial entre a Grã-Bretanha, França e Espanha. Desde 1754, França e Inglaterra se enfrentavam na América pelo controle do Vale de Ohio e, nesta ocasião, os franceses foram apoiados por várias tribos indígenas, contra os ingleses. Por sua parte, a Espanha apoiava a França, enquanto Portugal mantinha-se neutro. Os espanhóis aproveitam para atacar e ocupar a Colônia do Sacramento, na América do Sul, que na época pertencia aos portugueses. Linha do Tempo da Guerra dos Sete AnosCausas da Guerra dos Sete AnosA Guerra dos Sete Anos ocorreu por causa das disputas territoriais tanto na América como na Europa. No continente americano lutaram Inglaterra, França e Espanha; na Europa, estes mesmos país, mais Áustria, Prússia, Império Sueco, Império Russo e Espanha. França e Inglaterra queriam aumentar suas possessões na América e como não havia fronteiras definidas, os atritos eram constantes. Por seu lado, a França queria garantir sua hegemonia no continente europeu, algo que sempre deixava a Inglaterra inquieta, pois uma França forte, significava uma Inglaterra fraca. A contenda começa em agosto de 1756, quando o rei Frederico II, da Prússia, invade e derrota a Saxônia. Em reposta, em janeiro de 1757, o Sacro Império Romano-Germânico, liderado pela imperatriz Maria Teresa de Habsburgo, declara guerra à Prússia. No Caribe, ocorrem batalhas navais entre a Marinha Real Inglesa contra a Espanhola e a Francesa. Enquanto isso, na América do Norte, os franceses perdiam o Quebec e sofriam uma derrota na região dos Grandes Lagos, para os ingleses. Houve intensas batalhas nas regiões fronteiriças entre a Prússia e Áustria como a Silésia, Boêmia e Saxônia. Leia também: As Treze Colônias e a Formação dos Estados Unidos Fim e consequências da Guerra dos Sete AnosA França foi a grande derrotada na Guerra dos Sete Anos e a Inglaterra, a vencedora incontestável. Na Europa, também a Prússia se fortalece como um poderoso Estado frente à Áustria. Dois tratados puseram fim ao conflito em 1763: o Tratado de Paris e o de Hubertusburgo. O Tratado de Paris determinou a organização territorial da América do Norte e Central entre França, Inglaterra e Espanha:
Já pelo Tratado de Hubertusburgo, a Áustria reconhecia a soberania da Prússia sobre regiões conquistadas anteriormente. Independência dos Estados UnidosA Inglaterra saiu vencedora do conflito, mas enfrentou uma grave crise financeira. Por este motivo, intensifica os impostos sobre as 13 Colônias, a fim de cobrir os gastos gerados pela batalha na América. A participação nas batalhas e a rejeição à novas taxas, contudo, fortalecem a formação militar e a consciência política das colônias, que passam a lutar contra as leis inglesas e articulam o movimento que culminaria na independência nos Estados Unidos. Bacharelada e Licenciada em História, pela PUC-RJ. Especialista em Relações Internacionais, pelo Unilasalle-RJ. Mestre em História da América Latina e União Europeia pela Universidade de Alcalá, Espanha. Porque a França participou da luta pela independência dos Estados Unidos?O envolvimento francês na Guerra de Independência dos Estados Unidos aconteceu porque os franceses tinham o interesse em enfraquecer os britânicos na América.
Como a Revolução Francesa influenciou a independência dos Estados Unidos?A Revolução Americana foi importante também por um motivo simbólico: fortalecer no imaginário dos franceses os ideais de liberdade e de igualdade entre cidadãos, em sintonia com o pensamento iluminista da época.
O que motivou o processo de independência dos Estados Unidos?A independência dos Estados Unidos foi resultado do choque de interesses entre Inglaterra e Treze Colônias. Os ingleses aumentaram sensivelmente a cobrança de impostos e se tornaram mais rígidos no cumprimento das leis. A insatisfação dos colonos motivou protestos e conflitos com os ingleses.
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