O que é a deflação?
Deflação é o termo utilizado para definir um cenário econômico de queda generalizada dos preços. Ao contrário dos períodos de alta inflação, por exemplo, em que os consumidores vão ao supermercado e se deparam com produtos cada dia mais caros, na deflação uma grande gama se torna continuamente mais barata.
A deflação é uma conjuntura que decorre de desequilíbrios nas relações de consumo - ou seja, a oferta de bens e serviços no mercado se torna maior do que o número de clientes demandando por ele. À primeira vista, isso é ótimo, não? Apostamos que você adoraria ir às compras hoje e encontrar os seus itens avaliados com preços menores. Contudo, na prática, deflação não costuma ser comemorada.
A verdade é que períodos deflacionários atuam como resultado de situações críticas na economia, em especial de sérias recessões. Afinal, alguns dos motivos para que a demanda caia de forma generalizada são o desemprego e a retração de investimentos empresariais - uma queda forçada no consumo pela queda da renda.
Na economia brasileira, a deflação é extremamente pontual (sendo apontada pelo IPCA e outros índices em alguns meses específicos). Ao redor do mundo, no entanto, ela já se prolongou durante grandes crises - inclusive durante a Grande Depressão de 1929.
Como funciona a deflação?
Como te contamos na seção anterior, a deflação não é lá tão positiva quanto imagina-se. Pelo contrário, os elementos negativos atrelados à ela estão presentes em suas causas e em seus efeitos.
No que tange às causas, há um conjunto de fatos econômicos que levam os preços a caírem. Para entendê-los, vamos visualizar como as relações de consumo acontecem de forma comum.
Primeiro, o produtor identifica uma necessidade dos clientes e se questiona se há como fornecer a solução para saciá-la. Em seguida, realiza um levantamento para descobrir quanto às pessoas estariam dispostas a pagar por esse produto. Pela lógica, quanto mais necessários e exclusivos esses itens são, maior é o seu preço.
E a sua “exclusividade” não diz respeito apenas à capacidade produtiva daquele produtor, mas também de quantos outros o oferecem no mercado formando a concorrência.
Se o número de pessoas procurando pelo produto é maior do que a quantidade ofertada, os produtores têm mais liberdade para se impor na precificação. Contudo, quando a procura cai, eles são obrigados a diminuir o valor cobrado como uma tentativa de atrair o cliente e evitar a acumulação de estoque.
Quando essa diminuição de preços atinge vários itens e por um período prolongado, a deflação aparece. Mas você já parou para pensar no porquê das pessoas e das companhias deixarem de comprar? Isso acontece, em geral, por uma diminuição na sua própria renda, seja no salário, seja no faturamento. Elas se tornam mais controladas e mais conservadoras com o próprio dinheiro, visto que têm menos dele em sua posse.
Ainda assim, com a deflação instaurada, novos desafios surgem - são os tais “efeitos deflacionários”. Sabendo que os preços estão caindo, os consumidores se sentem compelidos a deixar de comprar agora e esperar que eles caiam ainda mais no futuro. Essa tática derruba os preços continuamente e incentiva a acentuação da desaceleração econômica, em um ciclo deflacionário.
Qual é a diferença entre deflação, inflação e desinflação?
Além da deflação, existem mais dois processos comuns no comportamento dos preços: a inflação e a desinflação.
Essa primeira já é conhecida até mesmo do consumidor médio brasileiro. A inflação nada mais é do que um aumento generalizado nos valores praticados no mercado de bens e serviços, atuando como um oposto da deflação.
A desinflação, por outro lado, é uma incógnita para muitos, mas a sua definição é bem simples. A desinflação é um processo de desaceleração no aumento dos preços. Preste atenção! Não se trata de deflação, pois nesse caso o aumento ainda ocorre: ele é apenas menos acelerado quando comparado à tendência seguida previamente pelo movimento inflacionário.
Para você entender o que é deflação, pense no sentido contrário da inflação. Isso mesmo! Resumidamente, podemos definir a deflação como a queda no preço dos produtos e serviços, enquanto a inflação é o aumento de valor.
Mas a deflação é boa ou ruim? Isso vai depender de determinadas situações, o que mostra que nem sempre ela é favorável para a economia brasileira.
Quer saber mais? Ao longo deste artigo, vamos explicar o que significa deflação e como ela afeta a vida do consumidor.
Continue com a gente!
O que é inflação?
Em primeiro lugar, vamos entender o que significa inflação para ter uma visão mais ampla sobre a deflação.
A inflação indica o aumento generalizado dos preços de uma série de itens importantes no dia a dia, como:
- alimentação;
- saúde;
- educação;
- habitação;
- transporte.
Assim, tais produtos e serviços dessas áreas são chamados de “cesta de produtos”, com o valor sendo medido mensalmente para indicar a inflação da economia geral.
Como já abordado aqui no blog da XP Educação, o indicador oficial de inflação no Brasil é o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo).
Para se ter uma ideia, se a inflação de determinado mês for de 2%, isso significa que o aumento médio dos preços dessas categorias no período também foi de 2%.
Então, o que é deflação?
A deflação é o processo oposto à inflação, representando a queda de preços. Diante dessa definição e por conta de, muitas vezes, a inflação ser preocupante para a economia de um país, a deflação segue com a imagem positiva, principalmente, quando se pensa nos consumidores.
Em suma, ela é apenas um indício pontual de que alguma categoria de produto importante ficou mais barata, realmente não tem problema. Porém, também pode indicar que a economia não está bem. Isso acontece quando os preços dos produtos seguem em queda por longos períodos.
O que causa a deflação?
A principal causa da deflação é quando há mais pessoas querendo comprar do que produtos à venda, a verdadeira lei da oferta e da procura.
Outro ponto é a quantidade de moeda em circulação. Isso significa que quanto menos dinheiro em jogo, menos compras, consequentemente, redução dos preços.
Por que a deflação prolongada é ruim?
A deflação prolongada costuma ser um ponto negativo, porque geralmente é um sinal de que a economia está estagnada. Isto é, as pessoas não conseguem comprar os produtos e os comerciantes precisam constantemente baixar os preços.
Nesse cenário, talvez o fator mais preocupante seja mesmo a falta de consumo.
Isso porque ela parece adquirir quase um “nível irreversível” a partir do momento em que as pessoas seguem adiando seus gastos, ou seja, deixando de comprar por se acostumar com os preços caindo a todo momento.
Sem a venda das empresas e a falta de fabricação de produtos, o dinheiro não circula e, assim, a economia geral se retrai.
Quais são os riscos da deflação?
Como vimos, a deflação pode ser ruim quando não há consumo de novos produtos. A partir de agora, veja o exemplo do que é deflação na economia.
Na prática, imaginamos que o proprietário de uma fazenda de laranjas não vende mais sua safra como antigamente. Desse jeito, ele é obrigado a diminuir os preços para fortalecer as vendas e suavizar a instabilidade econômica.
Em consequência, a falta de venda faz com que o proprietário precise demitir os funcionários que, por sua vez, devem reduzir os gastos, deixando de consumir e fazer compras grandes.
Os supermercadistas identificam a queda das vendas. Sequencialmente eles reduzem o pedido de encomendas às indústrias de alimentos para não mexer no faturamento do mercado.
No entanto, já é tarde, e isso faz com que as indústrias reduzam a compra de produtos usados para a fabricação, como, por exemplo, as laranjas para fazer sucos.
Esse círculo vicioso retorna para quem? Para o proprietário da fazenda de laranjas.
Percebeu como o exemplo mostra o que é deflação e como afeta desde os pequenos até os maiores proprietários?
Por essa razão, recomenda-se fazer uma reserva de emergência para suprir momentos de dificuldades financeiras, caso ocorra a deflação.
O que significa hiperinflação?
Como o próprio nome já sugere, a hiperinflação é um contexto de inflação potencializada, com o descontrole de preços de modo que a moeda perde valor rapidamente e os consumidores, o poder de compra.
Essa situação força as pessoas a correrem, por exemplo, ao mercado no dia do pagamento para garantir o poder de compra do valor que receberam antes que haja aumentos descontrolados dos preços.
Aqui, os preços mudam da noite para o dia e as prateleiras de supermercado, vazias, com a falta de muitos itens.
Como evitar a deflação?
Uma boa maneira de evitar os prejuízos causados pela deflação é buscar bons tipos de investimentos, principalmente aqueles que possibilitam bons rendimentos para o seu dinheiro.
A Poupança deixou de ser a melhor opção de investimento devido à sua baixa rentabilidade.
Porém, mesmo com o cenário inflacionário no País, a projeção da Selic para o encerramento de 2002 segue em 13,25%, segundo a parcial do Relatório de Mercado Focus.
Para se ter uma ideia, a remuneração da Poupança é de 0,5% ao mês sempre que a Selic se mantiver acima de 8,5% ao ano. No entanto, quando a taxa básica se encontra abaixo, ou no limite de 8,5%, o rendimento equivale a 70% da Selic.
Tenha em mente que títulos de renda fixa apresentam rendimentos mais adequados, fazendo com que o seu dinheiro valorize e você possa ter um futuro mais estável.
Pensando nisso, indicamos o curso Renda Fixa: ganhos com baixo risco, onde você vai conhecer todos os tipos de produtos (CDB, LCI, LCA, entre outros) e saber qual será o mais apropriado para a sua necessidade.
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