Por que costuma se deixar espaços vazios entre os trilhos de metal de uma ferrovia?

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Uma ferrovia (chamada também de via férrea, caminho de ferro (português europeu) ou estrada de ferro (português brasileiro)) é um sistema de transporte baseado em trens (comboio) correndo sobre trilhos (carris) previamente dispostos. O transporte ferroviário é predominante em regiões altamente industrializadas, como a Europa, o extremo leste da Ásia e ainda em locais altamente populosos como a Índia. As ferrovias são o meio de transporte terrestre com maior capacidade de transporte de carga e de passageiros. Em muitos países em desenvolvimento da África e da América Latina, as ferrovias foram preteridas pelas rodovias como tipo de transporte predominante. Exceto no Reino Unido onde foi inventado esse sistema, todos os países do mundo tiveram que ter o Estado patrocinando a criação de ferrovias.[1]

Vias-férreas[editar | editar código-fonte]

Por que costuma se deixar espaços vazios entre os trilhos de metal de uma ferrovia?

Por que costuma se deixar espaços vazios entre os trilhos de metal de uma ferrovia?

Ferrovia.

Linha de carris ou trilhos.

As vias-férreas são compostas por dois carris (português europeu) ou trilhos (português brasileiro) paralelos destinados à circulação de veículos especialmente projetados para tal, como trens(pt-BR) ou comboios(pt-PT?), bondes(pt-BR) ou elétricos(pt-PT?), automotoras (português europeu) ou litorinas (português brasileiro), montanhas-russas, etc.

No caso de tráfego de comboios ou trens a vias denominam-se ferrovias ou caminhos de ferro. A distância entre as faces internas da cabeça dos trilhos de uma via-férrea é denominada bitola.

Há vias-férreas com bitolas mistas ou vias algaliadas, contendo duas, ou três bitolas diferentes. Neste caso, usam-se três trilhos: um lateral, comum a ambas as bitolas, um interior para a bitola de 1 m ou outra, e o outro lateral para a bitola larga. Também existem vias-férreas algaliadas com quatro trilhos.

Brasil[editar | editar código-fonte]

As bitolas mais comuns no Brasil são a bitola métrica (1 000 mm de largura) e a bitola irlandesa (1 600 mm de largura). A bitola internacional com (1 435 mm de largura) representa atualmente uma parte mínima das ferrovias existentes mas será a bitola do projeto preliminar será a utilizada no TAV.

No Brasil não existem trilhos de bitola mista em que uma das bitolas é a padrão (1 435 mm), pois este sistema constitui uma linha isolada, a Estrada de Ferro Amapá. No Brasil também existiram sistemas de 600 mm, 760 mm e 1 100 mm, mas atualmente ou não são operacionais ou totalizam menos de 30 km.

Portugal[editar | editar código-fonte]

Em Portugal existem a bitola ibérica, utilizada pela Infraestruturas de Portugal (IP), com 1 668 mm de largura; a bitola internacional, com 1 435 mm de largura, utilizada pelo Metropolitano de Lisboa, pelo Metro do Porto, pelo Elevador do Bom Jesus em Braga, e pelos elétricos do Porto; a bitola métrica, com 1 000 mm de largura, existe em linhas de montanha no norte de Portugal, também pertencentes à IP; e a bitola dos elétricos de Lisboa, com novecentos mm de largura, utilizada pela Companhia de Carris de Ferro de Lisboa.

No norte de Portugal existem algumas vias vias algaliadas, com a bitola ibérica e a bitola métrica.

Engenharia Ferroviária[editar | editar código-fonte]

A maioria das linhas-férreas é formada por dois carris paralelos geralmente feitos de aço, dispostos perpendicularmente sobre travessas (pt) / dormentes (br) de madeira ou concreto (br) / betão (pt) assentes em balastro. As rodas dos trens ou comboios se encaixam nos trilhos, mantidos a uma distância específica constante, chamada bitola. A função das travessas é manter os carris na mesma bitola, para evitar distâncias irregulares. Acidentes provocados pela saída das rodas dos carris são chamados descarrilamentos.

O percurso das ferrovias é pontuado por estações, gares, ou terminais, dispostos em locais estratégicos, como concentrações populacionais (cidades, vilas, povoados) ou de produção (fazendas, indústrias, portos).

Túneis e pontes ferroviárias[editar | editar código-fonte]

Devido o peso do trem e sua carga as ferrovias não possuem condições de subir e descer montanhas como os caminhões fazem nas rodovias, com isso a única solução é a criação de túneis e pontes de grande altura.[2]

Ver também[editar | editar código-fonte]

  • Acidente ferroviário
  • Carros
  • Comboio
  • Interrail
  • Locomotiva
  • Locomotiva a vapor
  • Locomotiva com turbina a vapor
  • Maglev
  • Metropolitano
  • Monotrilho
  • Museu Ferroviário
  • Transporte
  • Comboios de alta velocidade

Referências

  1. Maurice Dobb, Studies in the Development of Capitalism. London: Routledge & Kegan Paul Ltd., 1946.
  2. MESQUITA, Felipe. «Ponte Ferroviária e Rodoviária». Consultado em 23 de setembro de 2013

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Por que costuma se deixar espaços vazios entre os trilhos de metal de uma ferrovia?

  • A Estrada de Ferro Sorocabana e seus Trabalhadores
  • História e imagens da Companhia Mogiana de Estradas de Ferro
  • Inventário das estações brasileiras
  • Infraestruturas de Portugal — Empresa gestora das infraestruturas ferroviárias portuguesas
  • Sítio dos Comboios de Portugal, empresa operadora de caminhos de ferro de Portugal
  • Alves, António. Carris de ferro em Portugal, Abril de 2009.

Porque os trilhos de ferrovias possuem espaçamentos?

Os trilhos de trem contam com pequenos espaços entre suas barras, chamados juntas de expansão, usados para diminuir os efeitos da dilatação térmica. Dilatação térmica é um fenômeno físico decorrente do aumento da temperatura de um corpo.

Por que os trilhos do metrô ao contrário dos trilhos ferroviários não tem folgas para acomodar a dilatação dos metais?

“Os trilhos com folgas para a dilatação exigem muito trabalho de manutenção e provocam desconforto para os passageiros, porque causam mais ruído e trepidação”, explica o engenheiro Kyioshi Hiraoka, da Companhia Metropolitana de São Paulo. Por isso também as ferrovias estão deixando de usar esse sistema.

Por que alguns trilhos de trem entortam?

Esse problema ocorre quando a pressão exercida pelas rodas dos trem passa por essa estrutura curvada e, cada vez que isso ocorre, faz com que o material sofra pequenas modificações que podem, inclusive, resultar na quebra do trilho.

O que ocorre com as moléculas que compõem o trilho?

Durante o processo de dilatação as moléculas que compõe o trilho aumentam a distância entre si quando as temperaturas do ambiente se elevam.