Por que o Brasil importa combustíveis se é autossuficiente em petróleo?

Por Eduardo Vidal, Analista Internacional, sócio-fundador da Vértice Consultoria em Importação e Exportação, é formado em Relações Internacionais e possui MBA em Comércio Exterior e Negócios Internacionais, ambos pela PUC/MG

O presente artigo apresenta dados sobre a produção, consumo interno, exportação e importação brasileira de petróleo e seus derivados entre 2000 e 2019, e tem por objetivo identificar os motivos pelos quais o país, grande produtor, também importa esses produtos. Para tanto, buscou-se obter dados relativos à produção mundial e nacional de petróleo, bem como contextualizar sobre a atuação da Petrobras e demais operadores na produção e no refino do petróleo no Brasil.

O Brasil é mundialmente conhecido por seus diversos recursos naturais, renováveis e não renováveis. Segundo o Ministério de Minas e Energia (BRASIL, 2020), as “fontes renováveis de energia, que incluem hidráulica, eólica, solar e bioenergia, chegaram a 46,1% de participação na Matriz da Demanda Total de Energia de 2019 (ou Matriz Energética)”. A representatividade é tanta que o indicador brasileiro é três vezes maior que o mundial. Entretanto, a energia renovável ainda não consegue atender a todas as demandas, e fontes não renováveis seguem sendo bastante utilizadas. Sobretudo o petróleo, o qual o Brasil possui grandes reservas e é um grande produtor e exportador, mas ainda assim importador. De acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o Brasil foi o décimo maior produtor mundial de petróleo em 2019, com um market share de 3,02% do total. 1 O petróleo, além de servir como matéria-prima para combustíveis (como óleo diesel e gasolina), serve também como base para produção de polímeros plásticos, borracha sintética, óleos lubrificantes, produtos de limpeza, insumos para produção de remédios e cosméticos, entre outros.

PRODUÇÃO MUNDIAL DE PETRÓLEO

Em termos de produção mundial de petróleo bruto, o Brasil aparece atrás de Estados Unidos (17,91% do total em 2019), Arábia Saudita (12,43%), Rússia (12,12%), Canadá (5,94%), Iraque (5,02%), Emirados Árabes Unidos (4,20%), China (4,03%), Irã (3,71%) e Kuwait (3,15%) (ANP, 2020). Na América Latina, portanto, o Brasil é o principal produtor – o México aparece na 13ª posição (2,02%) e a Venezuela na 21ª (0,96%). O Brasil manteve a posição de 2018 e, segundo o Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), o país possui potencial para se posicionar ainda melhor no ranking nos próximos anos devido ao pré-sal e aos leilões que estão em andamento (IBP, 2020). Em 2019, somente o pré-sal foi responsável pela produção de 633,980 milhões de barris (ANP, 2020).> Em 2019, conforme dados do BP Statistical Review of World Energy , o país produziu uma média de 2,877 2 milhões de barris 3 de petróleo por dia.

PRODUÇÃO POR ESTADO E POR BACIA

Segundo a ANP, a quantidade total de barris produzidos em 2019 chegou a 1,018 bilhão, representando um aumento de 7,38% em relação a 2018 – ano em que foram produzidos 944,117 milhões de barris (ANP, 2020). Foi a primeira vez que o Brasil superou a marca de 1 bilhão de barris em um único ano. O Rio de Janeiro é o estado brasileiro que mais produz petróleo, com 2.448.356 bbl/d 4 seguido por São Paulo e Espírito Santo. Juntos, representam mais de 95% da produção nacional. Em relação às bacias, a de Santos lidera, seguida pela bacia de Campos (veja tabelas 1 e 2).

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PRODUÇÃO POR OPERADOR

Apesar dos números altos, a produção de petróleo no Brasil está concentrada nas mãos da Petrobras, 5 que divide o mercado de produção com mais 33 empresas operadoras. 6 A produção da estatal em 2019 foi de 2.918.209 barris de petróleo por dia, representando um market share de quase 95% (ver Gráfico 2).

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A PETROBRAS, O MONOPÓLIO E A ANP

>A Petrobras foi fundada em 1953 pelo governo federal do Brasil, durante o governo de Getúlio Vargas, e obteve o monopólio de atividades ligadas ao petróleo até 1997. A Lei nº 2.004, de 1953, que fundou a Petrobras, estabeleceu, em seus artigos 1º e 2º, que:>

Art. 1º Constituem monopólio da União:

  1. a pesquisa e a lavra das jazidas de petróleo e outros hidrocarbonetos fluidos e gases raros, existentes no território nacional;
  2. a refinação do petróleo nacional ou estrangeiro;
  3. o transporte marítimo do petróleo bruto de origem nacional ou de derivados de petróleo produzidos no país, e bem assim o transporte, por meio de condutos, de petróleo bruto e seus derivados, assim como de gases raros de qualquer origem.

Art. 2º A União exercerá o monopólio estabelecido no artigo anterior:

  1. por meio do Conselho Nacional do Petróleo, como órgão de orientação e fiscalização;
  2. por meio da sociedade por ações Petróleo Brasileiro S. A. e das suas subsidiárias, constituídas na forma da presente lei, como órgãos de execução. (BRASIL, 1953, Art. 1º e Art. 2º).

Era de direito e cabia à Petrobras, portanto, “explorar, em caráter monopolista, diretamente ou por meio de subsidiárias, todas as etapas da indústria petrolífera, menos a distribuição” (ANP, 2020). Esse monopólio, entretanto, acabou em 1997, com a lei nº 9.478, de 1997, que estabeleceu 7 a Agência Nacional do Petróleo – nomeada de Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis pela Lei nº 11.097, de 2005. Conhecida também como Lei do Petróleo, a Lei nº 9.478 permitiu a entrada de outras empresas nas atividades anteriormente exercidas somente pela Petrobras. Segundo o artigo 4º da lei, o monopólio ainda existe, contudo, conforme artigo 5º, as atividades podem ser exercidas por outras empresas constituídas sob as leis brasileiras, sediadas e administradas no país:

Art. 4º Constituem monopólio da União, nos termos do art. 177 da Constituição Federal, as seguintes atividades:

  1. a pesquisa e lavra das jazidas de petróleo e gás natural e outros hidrocarbonetos fluidos;
  2. a refinação de petróleo nacional ou estrangeiro;>
  3. a importação e exportação dos produtos e derivados básicos resultantes das atividades previstas nos incisos anteriores;
  4. o transporte marítimo do petróleo bruto de origem nacional ou de derivados básicos de petróleo produzidos no país, bem como o transporte, por meio de conduto, de petróleo bruto, seus derivados e de gás natural.

Art. 5º As atividades econômicas de que trata o art. 4º desta Lei serão reguladas e fiscalizadas pela União e poderão ser exercidas, mediante concessão, autorização ou contratação sob o regime de partilha de produção, por empresas constituídas sob as leis brasileiras, com sede e administração no país. (BRASIL, 1997, Art. 4º e Art. 5º).

Dessa forma, as companhias estrangeiras que quisessem atuar no Brasil deveriam constituir empresas sob as leis brasileiras, com sede e administração no Brasil. Caberia à ANP, então, regular, contratar e fiscalizar todas as atividades relacionadas à indústria petrolífera do Brasil:

Regular: Estabelecer regras para o funcionamento das indústrias e do comércio de óleo, gás e biocombustíveis;

Contratar: Promover licitações e assinar contratos em nome da União com os concessionários em atividades de exploração, desenvolvimento e produção de petróleo e gás natural, e autorizar as atividades das indústrias reguladas;

Fiscalizar: Fazer cumprir as normas nas atividades das indústrias reguladas, diretamente ou mediante convênios com outros órgãos públicos. (ANP, 2020).

Desde então, nomes conhecidos como Shell, Petroil, Newo, Repsol, Petronas e Chevron começaram a operar no país em atividades ligadas à cadeia de produção e distribuição do petróleo. Contudo, a produção de petróleo permaneceu altamente concentrada nas mãos da estatal Petrobras, que já possuía estruturas estabelecidas quando a Lei 9.478 foi aprovada, em 1997.

REFINARIAS

Se a produção está concentrada, não é diferente para as atividades de refino. 8 De acordo com a ANP, o Brasil é o oitavo maior parque refinador do mundo – primeiro na América Latina. Das 17 refinarias existentes hoje no país, 13 9 são da Petrobras 10, 11 (ANP, 2018). As refinarias não Petrobras são a Dax Oil, na Bahia, a Univen, em São Paulo, a Manguinhos, no Rio de Janeiro e a Rio Grandense, no Rio Grande do Sul. Juntas, não representam mais que 2% do refino brasileiro (ANP, 2017).

PREÇOS

Para precificação do petróleo, a ANP utiliza o Preço de Referência do Petróleo (PRP), que é calculado pela média mensal do preço do petróleo tipo Brent 12 (US$/ bbl 13). A unidade de medida utilizada pela ANP, contudo, é reais por metro cúbico 14 (R$/m³) (ANP, 2020). Segundo a série histórica da BP, obtida via S&P Global Platts, 2020, o preço médio do barril de petróleo (tipo Brent) em 2019 foi US$ 64,21 – queda de 9,95% em relação ao ano anterior.

A expectativa da U.S. Energy Information Administration (EIA), de que o preço médio do barril de petróleo tipoBrent seria drasticamente reduzido em 2020, devido à queda na demanda internacional ocasionada pela pandemia (EIA, 2020), se concretizou. Segundo o Statistical Review of World Energy (2021), da BP, o preço do barril de petróleo (tipo Brent) fechou o ano em US$41,84. Entretanto, a queda na demanda fez com que os produtores diminuíssem a produção. Houve, portanto, equilíbrio entre oferta e demanda e, consequentemente, de preço.

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PRODUÇÃO NACIONAL, IMPORTAÇÃO, EXPORTAÇÃO E CONSUMO NO MERCADO INTERNO – PETRÓLEO E DERIVADOS

Historicamente, a produção nacional de petróleo e derivados15de petróleo é majoritariamente consumida no mercado interno. Entretanto, as exportações brasileiras de petróleo bruto têm crescido acentuadamente desde 2014, na medida em que a produção nacional também cresce. Aqui, portanto, a curva de exportação acompanha a curva de produção nacional, demonstrando que o excedente produzido é destinado para o mercado exter-no em vez de ser consumido internamente. Evidencia-se uma relação bem estabelecida de oferta nacional e demanda externa: à medida que se produz mais, exporta-se mais (veja Gráfico 3, acima).

Ainda assim o país importa regularmente algumas quantidades de petróleo, sobretudo da África e do Oriente Médio,16que são mais leves. Das 13 refinarias de petróleo operadas pela Petrobras, 11 foram criadas, ou incorporadas, entre 1953 e 1980 (Petrobras, 2020). À época, foram estabelecidas com tecnologia para refinar petróleo leve, uma vez que grande parte do volume de petróleo presente no país era importado. Essas importações, portanto, se devem à necessidade de algumas refinarias ainda precisarem de umblend17de petróleo para conseguir refinar, ou seja, uma mistura do petróleo brasileiro, mais pesado, e do petróleo importado, mais leve.

Para os derivados de petróleo, a realidade é um tanto diferente. A curva da produção nacional consumida no mercado interno é a que acompanha a curva da produção nacional, evidenciando uma relação bem estabelecida da oferta nacional e da demanda pelo produto nacional. Quando se produz mais, se consome mais e quando se produz menos, se consome menos dessa produção internamente (veja o Gráfico 4).

Cabe destacar que o que é importado também é consumido internamente e que o consumo interno total (produção nacional consumida no MI + importação) supera a produção nacional. Portanto, há uma demanda excedente que é suprida com a oferta internacional. Essas importações são realizadas por comercializadoras que, após a importação, revendem os produtos para distribuidores e postos, ou mesmo pela própria Petrobras, com vistas a complementar seu estoque e fornecimento.

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CONCLUSÃO

As exportações brasileiras de petróleo bruto continuarão a crescer enquanto houver demanda internacional pelo produto, e a dependência de importações de petróleo e de derivados continuará existindo enquanto o país não alcançar a autossuficiência na cadeia de produção do petróleo. Ser autossuficiente, todavia, não significa parar de importar, mas sim deixar de depender dessas importações para conseguir produzir ou comercializar produtos melhores.

Para alcançar essestatus, o país precisará investir em tecnologia nas refinarias estatais, fazer boas privatizações ou mesmo terceirizar a operação destas por meio de parcerias público-privadas. As refinarias bem estruturadas trariam, inclusive, ganhos para as exportações de derivados de petróleo, que há décadas estão estagnadas. Além disso, possibilitariam ganhos de competitividade e tornariam o país menos vulnerável à volatilidade de preços internacionais.

Por outro lado, o pré-sal ainda deve ser visto como o personagem capaz de protagonizar a mudança de perfil do atual Brasil petrolífero. A camada localizada no litoral sudeste do país é composta por grandes acumulações de óleo leve, de qualidade e de alto valor comercial (Petrobras, 2020). Desde que o Brasil mantenha grandes níveis da produção para refino no mercado interno e posterior exportação de derivados, há a possibilidade de ganhos mais expressivos com produtos de maior valor agregado, ao mesmo tempo que possibilita que as refinarias se desenvolvam tecnologicamente para melhorar o refino de petróleo pesado.

NOTAS

  1. Dados obtidos por meio doBP Statistical Review of World Energy 2020, elaborado pela BP.
  2. A própria ANP apresenta uma divergência nos números. O Anuário Estatístico da entidade informa 2,877 milhões de barris por dia, enquanto o Boletim da Produção de Petróleo e Gás, da mesma entidade, informa 2,787 milhões de barris por dia. Optamos por seguir com os dados do Anuário Estatístico.
  3. Cada barril tem capacidade para 158,98 litros.
  4. Barris por dia.
  5. Petróleo Brasileiro S.A
  6. Equinor Brasil, Eneva, Shell Brasil, Total E&P do Brasil, Enauta Energia S.A., Petro Rio Jaguar, Petro Rio O&G, Dommo Energia, Potiguar, Maha
    Energy, SHB, Imetame, Petrosynergy, Nova Petróleo, Partex Brasil, Petrogal Brasil, Geopark Brasil, Re côncavo E&P, Phoenix Óleo & Gás, Santana, Petroborn (somente gás natural em 2019), Newo, Perícia, Vipetro, EPG Brasil, Alvopetro, Central Resources, Ubuntu Engenharia, Nord, Guto & Cacal, Leros, Energizzi Energias, Petroil.
  7. A implantação da Agência se deu posteriormente pelo Decreto nº 2.455, de 14 de janeiro de 1998.
  8. As refinarias transformam o óleo bruto, extraído dos campos, em diversos produtos utilizados diariamente, como a gasolina (Petrobras, 2020).
  9. Refinaria Abreu e Lima – PE, Refinaria Potiguar Clara Camarão (RPCC) – RN, Refinaria Landulpho Alves (RLAM) – BA, Refinaria Lubrificantes e Derivados do Nordeste (Lubnor) – CE, Refinaria Capuava (Recap) – SP, Refinaria Duque de Caxias (Reduc) – RJ, Refinaria Alb erto Pasqualini (Refap) – RS, Refinaria Gabriel Passos (Regap) – MG, Refinaria Isaac Sabbá (Reman) – AM, Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar) – PR, Refinaria Presidente Bernardes (RPBC) – SP, Refinaria de Paulínia (Replan) – SP e Refinaria Henrique Lage (Revap) – SP.
  10. Existem, ainda, a Unidade de Industrialização do Xisto (SIX), no Paraná, e o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), ainda em implantação em 2020.
  11. A Petrobras iniciou processo de venda das refinarias: Refinaria Isaac Sabbá (Reman) no Amazonas; Lubrificantes e Derivados de Petróleo do Nordeste (Lubnor), no Ceará; e Unidade de Industrialização do Xisto (SIX) no Paraná; assim como seus ativos logísticos correspondentes. Processo ainda em andamento quando da elaboração deste artigo.
  12. Além da Petrobras, o Brent é a referência utilizada pelo mercado europeu, asiático e Opep. Além do Brent $/bbl, a S&P Global Platts calcula a média de preços do Dubai $/bbl, do Nigerian Forcados $/bbl e do West Texas Intermediate $/bbl, sendo este último a principal referência do mercado estadunidense.
  13. Barril.
  14. 1 m³ corresponde a aproximadamente 6,289 barris. Um barril corresponde a aproximadamente 0,158 m³.
  15. Inclui: Asfalto, coque, gasolina A, gasolina de aviação, GLP, lubrificante, nafta, óleo combustível, óleo diesel, parafina, querosene de aviação, querosene iluminante, solvente, outros derivados energéticos, outros derivados não energéticos
  16. Dados do MDIC (BRASIL, 2020). Das importações brasileiras de petróleo bruto em 2019, 33% foram provenientes da Arábia Saudita, 24% da Argélia, 15% da Nigéria, 5% do Iraque e 2% da Líbia.
  17. Mistura.

BIBLIOGRAFIA

ANP – Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis. 2019. Boletim da Produção de Petróleo e Gás Natural. Dezembro.

_____. 2021.Anuário Estatístico Brasileiro do Petróleo e do Gás Natural 2020.

BP.Statistical Review of World Energy 2020.69ª Edição. 2020. Disponível em: <https://www.bp.com/content/dam/bp/business-sites/en/global/corporate/pdfs/energy-economics/statistical-review/bp-stats-review-2020-full-report.pdf>.

BP.Statistical Review of World Energy 2021.70ª Edição. 2021. Disponível em: <https://www.bp.com/content/dam/bp/business-sites/en/global/corporate/pdfs/energy-economics/statistical-review/bp-stats-review-2021-full-report.pdf>.

BRASIL.Lei nº 2.004 de 03 de outubro de 1953. Disponível em: <https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1950-1959/lei-2004-3-outubro-1953-366242-publicacaooriginal-1-pl.html>.

BRASIL. Lei nº 9.478 de 06 de agosto de 1997. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9478.htm#art83.

BRASIL. Lei nº 11.097 de 13 de janeiro de 2005. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11097.htm#art5>.

Websites Consultados

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_____. O refino no Brasil.

_____. 2020. Preço de referência do petróleo.

_____. 2020. Dados Estatísticos.

BRASIL. Ministério da Economia. MDIC: Comexstat. Importações brasileiras. Disponível em: <http://come-xstat.mdic.gov.br/pt/home>

BRASIL. Ministério de Minas e Energia. Resenha Energética Brasileira – Edição 2020.

CRUZ, Adelino Novaes; MOREIRA, Regina da Luz; SARMENTO, Carlos Eduardo Barbosa. A Petrobras e a auto-suficiência na produção de petróleo.Website: <https://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/FatosImagens/PetrobrasAutoSuficiencia>

EIA – U.S. Energy Information Administration. Short-term Energy Outlook. 2020. Website: <https://www.eia.gov/outlooks/steo/report/prices.php>

IBP – Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis. 2020. Maiores produtores mundiais de petróleo em 2019.

Petrobras Petróleo Brasileiro S.A. Pré-sal. Website: <https://petrobras.com.br/pt/nossas-atividades/areas-de-atuacao/exploracao-e-producao-de-petroleo-e-gas/pre-sal/>

_____. Petrobras inicia fase vinculante da venda de refinarias. Website: <https://petrobras.com.br/pt/nossas-atividades/principais-operacoes/refinarias/>

_____. Refinarias. Website: <https://petrobras.com.br/pt/nossas-atividades/principais-operacoes/refinarias/>

Por que o Brasil importa combustível se é autossuficiente em petróleo?

Isso acontece porque o petróleo nacional, mais denso e mais barato, o torna ideal e muito utilizado para fabricar asfaltos no exterior. Assim, a Petrobras exporta o petróleo excedente e importa o óleo leve para fazer a mistura.

Porque o Brasil precisa importar combustíveis?

É mais vantagem exportar nosso óleo pesado e usá-lo para fins menos lucrativos, como asfaltar ruas. Da mesma forma, é melhor importar óleo leve, cuja produção nacional é de apenas 5%. Tudo isso significa que sim, o Brasil precisa importar petróleo e combustível.

Por que o Brasil não refina o seu próprio petróleo?

Motivos para menos investimentos Isso acontece porque o processamento dos combustíveis é uma atividade de menor risco que a exploração de petróleo. Uma refinaria é uma operação industrial, planejada a partir de uma demanda de mercado que é conhecida.

Porque o Brasil não é autossuficiente em combustível?

Isso ocorreu porque a produção de óleo e o consumo cresceram mais rápidos do que nossa capacidade de refino. A solução para reduzir este déficit comercial está na ampliação da nossa capacidade de produção daqueles derivados em que somos deficitários (GLP, gasolina, nafta petroquímica e diesel, especialmente).