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O Mandato Britânico da Palestina[1] foi uma entidade geopolítica sob administração britânica que foi criada com a Partilha do Império Otomano após o final da Primeira Guerra Mundial. A administração civil britânica na Palestina operou de 1920 a 1948. Durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), uma rebelião árabe e a Força expedicionária egípcia do Império Britânico sob o comando do general Edmund Allenby expulsaram os turcos do Levante durante a Campanha do Sinai e Palestina.[2] O Reino Unido concordou com a Correspondência Hussein-McMahon que honraria a independência árabe se eles rebelassem contra o Império Otomano, mas os dois lados tiveram diferentes interpretações deste acordo e, no final, o Reino Unido e a França dividiram a área por meio do Acordo Sykes-Picot — um ato de traição aos olhos dos árabes. Para confundir ainda mais a questão surge a Declaração de Balfour de 1917, prometendo o apoio britânico a um "lar nacional" judaico na Palestina. No final da guerra, os britânicos e franceses criaram um condomínio, a "Administração do Território do Inimigo Ocupado" no que havia sido a Síria otomana. Os britânicos obtiveram legitimidade para o seu controle continuado, obtendo um mandato da Liga das Nações em junho de 1922. O objetivo formal do sistema de mandatos da Liga das Nações era administrar partes do extinto Império Otomano, que tinha controlado o Oriente Médio desde o século XVI, "até o momento em que eles fossem capazes de se administrar sozinho".[3] A administração do mandato civil foi formalizada com o consentimento da Liga das Nações em 1923 sob o Mandato Britânico da Palestina, que abrangeu duas áreas administrativas. A terra a oeste do rio Jordão, conhecida como Palestina, permaneceu sob administração britânica direta até 1948. A terra a leste do Jordão, uma região semiautônoma conhecida como Transjordânia, sob o domínio da família Hachemitas do Hejaz, ganhou independência em 1946.[4] As tendências divergentes em relação à natureza e finalidade do mandato já são visíveis nas discussões sobre o nome dessa nova entidade. De acordo com a ata da nona sessão da Comissão de mandato permanente da Liga das Nações:
Durante o período do mandato britânico, a área experimentou a ascensão de dois grandes movimentos nacionalistas, um entre os judeus e outro entre os árabes. Os interesses nacionais concorrentes das populações árabes e judaicas da Palestina um contra o outro e contra as autoridades britânicas governantes resultaram na Revolta árabe de 1936–1939 e a insurreição judaica na Palestina antes de culminar na Guerra Civil de 1947–1948. O rescaldo da Guerra Civil e a consequente Guerra árabe-israelense de 1948 levaram ao estabelecimento do acordo de cessar-fogo de 1949, com a partilha do antigo mandato da Palestina entre o recém-criado estado de Israel com uma maioria judaica, a árabe Cisjordânia foi anexada pelo Reino da Jordânia e um governo árabe palestino na Faixa de Gaza sob protetorado do Egito. Altos comissários britânicos da Palestina[editar | editar código-fonte]
Ver também[editar | editar código-fonte]
Referências
Ligações externas[editar | editar código-fonte]
Como a Inglaterra se tornou responsável pela Palestina?O Mandato Britânico da Palestina foi uma entidade geopolítica sob administração britânica que foi criada com a Partilha do Império Otomano após o final da Primeira Guerra Mundial. A administração civil britânica na Palestina operou de 1920 a 1948.
Qual foi o papel da Inglaterra na disputa de terra entre judeus e palestinos?Os ingleses, que eram a autoridade colonial da região, abriram mão de seu domínio e entregaram a disputa de palestinos e judeus para a Organização das Nações Unidas.
Em que ano a Palestina foi ocupada pelos ingleses?De 1917 até 1920, a região foi ocupada por tropas britânicas. Em 1920, oficializou-se a criação da Palestina Britânica. Os atuais problemas entre árabes e israelenses surgiram nesse período.
Por que os palestinos e judeus se odeiam?O confronto entre judeus e palestinos começou nos anos 40, quando o Reino Unido, com a criação de um "lar nacional", na Palestina, para o povo judeu no fim da 2ª Guerra Mundial, logo após o que ficou conhecido como Holocausto, que foi o assassinato em massa de milhões de judeus - além de homossexuais, ciganos e outras ...
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