Implantar um programa de qualidade de vida no trabalho permite que empresas e funcionários usufruam de vários benefícios. Além disso, essa mudança positiva traz resultados duradouros e bom retorno para os negócios.
Afinal, ter um ambiente laboral saudável e saber valorizar os colaboradores ajuda a proporcionar um equilíbrio na vida pessoal e profissional de todos. Consequentemente, há mais produtividade e eficiência, gerando maior lucratividade.
Desse modo, entenda a relevância desse programa nas organizações brasileiras. Veja a seguir!
O que é um programa de qualidade de vida no trabalho?
O programa de qualidade de vida no trabalho são ações específicas realizadas para atender às necessidades pessoais e profissionais dos funcionários de uma empresa. Dessa forma, promove-se a satisfação deles, o bem-estar e a promoção da sua saúde no ambiente laboral.
Assim, a organização se torna mais humanizada. Porém, para implementá-lo, é necessário avaliar os impactos positivos e negativos que influenciarão o processo, como a cultura e o clima organizacional, a infraestrutura ambiental, de maquinários e equipamentos, as políticas de gestão de pessoas, dentre outros.
Quais são seus principais objetivos e fases?
Um dos principais objetivos é reduzir os gaps e capacitar os talentos para atender às demandas e obter alto desempenho dos profissionais, mas sempre valorizando a atuação de cada um deles.
A empresa entende que deve cuidar dos colaboradores devido à sua importância para os negócios. Sendo assim, um QVT, para ser desenvolvido, passa pelas fases de sensibilização, planejamento, diagnóstico, execução, implementação do plano de ação, avaliação e manutenção.
Quais são os principais benefícios de ter um programa de qualidade de vida na empresa?
Este programa, além de aumentar a produtividade e os resultados, também possibilita a humanização da empresa e melhores condições de trabalho para todos os envolvidos, trazendo inúmeras vantagens, como algumas que você conhecerá agora.
Diminuição de custos com o absenteísmo
Uma vez que o trabalho proporciona qualidade de vida, pela lógica, há mais satisfação dos funcionários e maior produtividade. Dessa maneira, ocorre uma redução de absenteísmo dentro da organização porque os colaboradores terão menos doenças.
Como resultado, os afastamentos são reduzidos, bem como os custos deles, aliviando a sobrecarga da estrutura organizacional.
Aumento da produtividade
Já que os empregados estão gostando da empresa e de sua função, há mais dedicação por parte deles na execução das tarefas. É um ganho indireto e subjetivo, mas que pode ser mensurado comparando a produtividade entre períodos anteriores e posteriores.
Um detalhe é que esses índices são relevantes para o departamento de recursos humanos, pois eles indicam o caminho do programa de qualidade de vida.
Maior engajamento
É certo que, quanto mais alto for o cargo, há mais pressão para obter resultados positivos – portanto, mais estresse profissional. Contudo, quando um funcionário trabalha em uma organização que investe nesse sistema, ele se sente confiante e tranquilo em sua função, porque ele se engaja mais sabendo que terá respaldo.
Redução de doenças
Como a saúde dos trabalhadores são relevantes para a organização, ela precisa oferecer condições para que todos estejam saudáveis e satisfeitos com o ambiente laboral.
Todavia, para isto, deve-se ultrapassar a esfera financeira dos benefícios e salários. Integrando e estimulando a saúde em diversos aspectos e a qualidade de vida no trabalho.
Melhores relacionamentos interpessoais
Fazendo a junção de tudo isto, cria-se um clima organizacional tranquilo e agradável, porque auxilia na melhoria das relações interpessoais, no diálogo interno, evita-se os conflitos e aumenta a segurança e interação entre as equipes.
Para finalizar, o programa de qualidade de vida no trabalho pode ser implementado de maneira simples ou complexa, porém isso dependerá do tamanho e da área de atuação da organização.
Dessa forma, você pode inserir treinamento e promoção do desenvolvimento intelectual, feedback e avaliação de desempenho, flexibilização do horário de trabalho, além de outras ferramentas, como dia de folga no aniversário do colaborador, ginástica e massagem laboral, terapias alternativas, dentre outros.
Agora, que você entendeu mais sobre o conceito de programa de qualidade de vida, veja sobre outro assunto: que tal saber sobre ecologia humana?
De acordo com tipologia delineada pela equipe de estudos sobre a Qualidade de Vida no Trabalho, Canadá (JOHNSTON, C.; ALEXANDER, M. e ROBIN, 1981), são relacionados às seguintes fases no desenvolvimento de experiências de QVT:
a) Sensibilização – é a fase em que representantes da organização do sindicato e consultores trocam suas respectivas visões sobre o conjunto das condições de trabalho e seus efeitos sobre
o funcionamento da organização, e buscam juntos os meios de modificá-las.
b) Preparação – é a fase onde são selecionados os mecanismos institucionais necessários à condução da experiência, formando-se equipe do projeto, estruturando os modelos e os instrumentos a serem utilizados.
c) Diagnóstico – compreendo dois aspectos: a coleta de informações sobre a natureza e funcionamento do sistema técnico, e o levantamento do sistema social em termos de satisfação que os trabalhadores envolvidos
experimentam sobre suas condições de trabalho.
d) Concepção e implantação do projeto – à luz das informações colhidas na etapa precedente, a equipe do projeto dispondo de um perfil bastante preciso da situação, estabelece as prioridades e um cronograma de implantação da mudança relativa a aspectos que mostraram passíveis de melhorias em termos de tecnologia, novas formas de organização do trabalho, métodos de gestão, práticas e políticas de pessoal e ambiente físico.
e) Avaliação e
difusão – embora a avaliação imediata de tais projetos constituase em tarefa difícil pela dificuldade de informações confiáveis, é necessária para prosseguir a implantação das mudanças além do grupo experimental.
Para (FERNANDES, 1996, p. 61), dificilmente um programa de QVT será efetivo sem o apoio de uma nova filosofia gerencial, e em organizações cujo estágio organizacional seja pouco desenvolvido e sem o aval e apoio da alta cúpula das empresas.
fonte://www.opet.com.br/faculdade/revista-cc-adm/pdf/n5/QUALIDADE-DE-VIDA-DO-TRABALHO-NO-S%C3%89CULO-XXI-QVT.pdf