Quais atividades econômicas passaram a ser desenvolvidas no século XVIII?

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No Brasil, uma das primeiras atividades desenvolvidas foi a mineração, por parte dos europeus que quando aqui chegaram já conheciam as técnicas deste ofício, e ao verem tanta terra inexplorada encontraram a oportunidade de lucrar bastante com a extração dos recursos naturais.

A partir do século XVI, expedições portuguesas partiam da Bahia para o interior do país, com o objetivo de encontrar minas de prata. No século seguinte, Fernão Dias foi de São Paulo a Sabará, em busca de prata e esmeraldas. Já no final do século XVII foram encontradas as minas de ouro na região da atual Minas Gerais. A atividade de mineração viria a crescer e ser ainda mais valorizada na segunda década do século XVIII, quando foram descobertas as minas de diamante. A partir de então, a mineração passou a ser a atividade econômica mais importante da colônia. Foram descobertas minas de ouro também em Mato Grosso e em Goiás, ainda na primeira metade do século XVIII.

Nesta época, a economia estava abalada por conta do declínio do açúcar, o que fez com que o governo iniciasse a procura por ouro no sertão. Com a notícia de que tais minas haviam sido encontradas, chegavam pessoas de Portugal, do sul do Brasil e de outras regiões em busca de ouro. Os paulistas e os forasteiros iniciaram, então, uma verdadeira disputa pelo ouro, o que resultou na “Guerra dos Emboabas”, entre 1708 e 1709.

O governo controlava rigidamente a exploração do ouro, e retinha parte do ouro encontrado: a quinta parte de todo o outro produzido nas minas era destinada ao governo. Este imposto ficou conhecido como “o Quinto”. A mineração tomou o lugar do açúcar, era o ciclo do ouro! Portugal encontrou uma nova fonte de recursos, porém acabou perdendo boa parte desta riqueza para a Inglaterra.

No país, o eixo da economia mudava, e assim também a capital, que se transferia da Bahia para o Rio de Janeiro. A sociedade mineradora, diferente da açucareira, era um povo mais urbano e diversificado, composto pelos donos das minas, pelos funcionários da Coroa, pelos chamados homens livres (profissões de prestígio como advogados, médicos, religiosos e militares), pela classe dos trabalhadores (profissões mais populares como sapateiros, alfaiates, etc.) e pelos escravos.

A região das Minas ficou repleta de índios, escravos, bandeirantes, colonos, dentre outras pessoas. Os negros escravos escondiam o ouro e compravam sua liberdade, ou então fugiam rumo aos quilombos.

Na segunda metade do século XVIII as minas começaram a se esgotar e a mineração iniciou sua decadência no Brasil. Novas técnicas foram trazidas, em busca de modernizar a mineração, porém o investimento trouxe apenas prejuízos. E eis que o ciclo do ouro chegaria ao seu fim, já no século XIX, o que resultou em uma grave crise econômica para o país, que só foi interrompida com a atividade de exportação do café.

Fontes:
http://www12.senado.gov.br/noticias/materias/2013/08/09/ci-promove-terceiro-painel-de-ciclo-sobre-mineracao
http://www.clickescolar.com.br/ciclo-da-mineracao.htm
http://prof-ferdinando.blogspot.com.br/2012/10/ciclo-da-mineracao-no-brasil.html
http://dorasiqueira.files.wordpress.com/2013/03/o-ciclo-da-minerac3a7c3a3o-e-a-sociedade-mineradora.pdf
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ciclo_do_ouro
http://pt.wikipedia.org/wiki/Minera%C3%A7%C3%A3o_no_Brasil

Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/historia/ciclo-da-mineracao-no-brasil/

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Este artigo é sobre a atividade humana. Para a ciência social que a estuda, ver Economia.

Quais atividades econômicas passaram a ser desenvolvidas no século XVIII?

A atividade econômica (português brasileiro) ou atividade económica (português europeu) gera riqueza mediante a extração, transformação e distribuição de recursos naturais, bens e serviços, tendo como finalidade a satisfação de necessidades humanas, como educação, alimentação, segurança, entre outros.

A composição de uma dada economia é inseparável da evolução tecnológica, da história da civilização e da organização social, assim como da geografia e da ecologia do planeta Terra, e.g. eco-regiões que representam diferentes oportunidades de extração de recursos e de agricultura, entre outros fatores. A economia se refere também à medida de como um país ou região está progredindo em termos de produção.

Origem e Etimologia[editar | editar código-fonte]

A palavra "economia" pode ser traçada de volta à palavra grega οικονομία, "aquele que administra um lar", derivada de οικος, "casa", e νέμω, "distribuir (especialmente administrar)". De οικονόμος derivou-se οικονομία, que tinha não apenas o sentido de "administração de um lar ou família" mas também de "frugalidade", "direção", "administração", "acordo", e "renda pública de um Estado". O primeiro registro do significado da palavra "economia", encontrado em um trabalho possivelmente composto em 1440, é "a gestão de assuntos econômicos", nesse caso, de um mosteiro. 'Economia' é também registrada com outras acepções compartilhadas com οικονομία em grego, inclusive "frugalidade" e "administração". O uso atual mais frequente, "o sistema econômico de um país ou área", não parece ter se desenvolvido até o séc. XIX ou XX.

Setores econômicos[editar | editar código-fonte]

A economia inclui diversos setores, que se desenvolveram em fases sucessivasː

  • A economia antiga era baseada principalmente na agricultura de subsistência;
  • A Revolução Industrial diminuiu o papel da a agricultura de subsistência, convertendo-a ao processo capitalista de produção, de forma que as fazendas passaram a ser mais extensas e monocultoras nos últimos três séculos. O crescimento econômico se deu na maior parte na mineração, na construção civil e na indústria manufatureira;
  • Nas economias contemporâneas uma parcela cada vez maior da economia corresponde ao setor de serviços, o que compreende o setor financeiro e de tecnologia - componentes da chamada economia do conhecimento.

Nas economias modernas há três setores principais de atividade econômica:

  • Setor primário: Compreende a extração e produção de materiais crus, como milho, carvão, madeira e ferro; (Um mineiro e um pescador seriam trabalhadores do setor primário.)
  • Setor secundário: Compreende a transformação de materiais crus ou em grau de processamento intermediário em bens de produção ou de consumo, por exemplo, aço em carros, ou tecidos em roupas; (Um pedreiro e uma estilista seriam trabalhadores do setor secundário.)
  • Setor terciário: Compreende o fornecimento de serviços para as empresas e para os consumidores, como creches, cinemas e casas lotéricas. (Um vendedor de shopping e um contador seriam trabalhadores do setor terciário.)

No entanto essa não é a única forma de se classificar uma economia em setores. Também pode-se usar a uma divisão mais social ou jurídica como aquela que distingue o setor público do privado, ou ainda uma classificação mais moderno entre "primeiro setor", o governo; "segundo setor", empresas que visam o lucro; e o "Terceiro Setor, as chamadas organizações não-governamentais.

Mais detalhes sobre as várias fases de desenvolvimento econômico se seguem. Como esse processo estava longe de ser homogêneo geograficamente, a proporção entre esses setores varia muito entre as regiões do mundo, podendo ser uma forma para se examinar a desigualdade econômica.

História[editar | editar código-fonte]

Se considerarmos a História da Economia colocando em perspectiva o aumento da complexidade e eficiência da atividade econômica, os seguintes marcos cronológicos em geral serão destacados:

Atividade Econômica Familiar[editar | editar código-fonte]

Nas famílias primitivas se observaram atividades econômicas rudimentares: caça, pesca e agricultura. Os chefes da família cuidavam do planejamento e da distribuição e todos consumiam o que era produzido. Em sociedades mais complexas como a do Império Romano, se observou nas famílias as primeiras manifestações da divisão do trabalho [1].

Atividade Econômica Urbana[editar | editar código-fonte]

Quais atividades econômicas passaram a ser desenvolvidas no século XVIII?

A feira livre é o local tradicional onde se encontram pequenos produtores, comerciantes e compradores em busca de produtos de consumo, conseguidos atualmente através de trocas por moedas e pagamento de custos e lucros para financiamento e continuidade das atividades econômicas

Nas cidades surgiram os primeiros mercados e a moeda para facilitação das trocas de mercadorias, a solução natural para a falta ou excesso de produção. Também o intercâmbio e os contatos com outros lugares provocados pelas guerras, que em tempos de paz era dificultado pela carência de transportes, ajudaram nas atividades precursoras do comércio. Cidades prósperas e poderosas se formaram com o surgimento das civilizações da Mesopotâmia, Fenícia, Judeia, Grécia e Roma por volta do ano 3 000 A.C. e possibilitaram intenso comércio e as fundações dos primeiros bancos.[1]

Atividade Econômica Feudal[editar | editar código-fonte]

Com o colapso do Império Romano Ocidental, houve a reorganização da sociedade europeia em feudos, quando parcelas da população se viram sob a proteção e influência dos senhores feudais, nobres que detinham o poder político e econômico sobre os vassalos. Os tributos, pedágios e alfândegas e a intensa atividade artesanal, além da falta de interesse no desenvolvimento dos transportes e comunicação através de melhorias da eficiência e segurança em estradas ou da navegação, se tornaram características predominantes da atividade econômica desse período.[1]

Atividade Econômica Inter-regional[editar | editar código-fonte]

As cidades voltaram a se desenvolver do século XII ao século XV. Os antigos vassalos começara a migrar para os grandes centros urbanos europeus em busca de melhores condições de segurança, alimentação e habitação. Com o aumento da população, surgem as feiras e mercados. Atividades como a pesca, extração mineral, metalurgia, indústria de alimentos, vestuários, construção e armamentos eram lucrativas e conseguiram manter economicamente bem um grande número de pessoas. Nessa época, os interesses dos nobres pelas especiarias, madeiras, metais e pedras existentes em territórios recém-descobertos com as grandes navegações, motivaram um expressivo aumento no número de investimentos e aventureiros. Surgiu a Imprensa, que causaria grandes facilidades para a divulgação de conhecimento inclusive industrial e tecnológico. Os primeiros monopólios dos governos surgiriam na fabricação de objetos de luxo e armamentos.[1]

Revolução Industrial[editar | editar código-fonte]

Quais atividades econômicas passaram a ser desenvolvidas no século XVIII?

As chaminés industriais se tornaram comuns nos centros urbanos a partir do século XIX e características marcantes da realização de atividades fabris químicas, a vapor e nucleares

Nos séculos XVIII e XIX se observa um grande surto inovador da atividade econômica das principais sociedades. Surgem a máquina a vapor e mais tarde a energia elétrica, o telégrafo, o rádio, o automóvel e a locomotiva. A organização empresarial substituiu o antigo feudo[1] e o liberalismo burguês se impõe como opção de governo ao antigo poder absolutista dos monarcas.

Revolução tecnológica[editar | editar código-fonte]

Quais atividades econômicas passaram a ser desenvolvidas no século XVIII?

No século XX, depois da conturbada primeira metade que viu a eclosão de duas guerras mundiais devastadoras, houve um novo surto de inovação na Economia. Tecnologias surgidas e desenvolvidas ainda na época da guerra, nos campos da energia, transportes, comunicação e armamentos tais como a do avião a hélice e depois a jato, o radar e a energia atômica, se tornaram apenas o limiar de outras igualmente ou ainda mais poderosas tais como as dos computadores, espacial e transístores. A Economia se tornou globalizada e as principais empresas passaram a ser gigantescas multinacionais e transnacionais. A Internet apareceu e se popularizou nas últimas duas décadas do século, oferecendo novas oportunidades de grandes lucros e investimentos no setor de serviços. Cada uma das grandes inovações no período de pós-guerra e início do século XXI levaram a criação de novos mercados e atividades com oportunidades de empregos mas também causaram a formação de muitas bolhas especulativas e mudanças radicais nas sociedades, o que desequilibrou o sistema político e econômico mundial com sucessivos períodos de crises e prosperidades.

Medições econômicas[editar | editar código-fonte]

Existem muitas maneiras de se medir a atividade econômica de uma nação, inclusive:

  • Taxa de câmbio
  • Produto interno bruto
  • PIB per capita
  • Produto Nacional Bruto
  • Taxa de juros
  • Dívida nacional
  • Taxa de Inflação
  • Desemprego
  • Balança comercial

Algumas ferramentas historicamente inovadoras da atividade econômica[editar | editar código-fonte]

  • Agricultura: enxada, arado, colhedeira, irrigação
  • Transportes: roda, tração animal, tração mecânica, tração a vapor, tração a diesel, motor a jato
  • Artesanato: máquinas de fiar, fornos,
  • Energia: Captadores de energia humana (remos, bicicletas, trenós), energia eólica (velas de embarcação, moinhos de vento), energia térmica (fornos), energia hidrocinética (turbinas hidroelétricas), energia a vapor (caldeiras), energia fóssil ou química (motores a explosão), energia elétrica (lâmpada elétrica, geradores), energia atômica (usinas nucleares)
  • Comunicações: correio, telégrafo, rádio, satélites artificiais, televisão, Internet
  • Serviços: imprensa, computadores, internet

Ver também[editar | editar código-fonte]

  • Economia ecológica
  • Economia
  • Economista
  • Economia social
  • Economia azul
  • Sistema econômico
  • Geografia econômica
  • Setor quaternário
  • Setor primário
  • Setor secundário
  • Setor terciário

Referências

  1. a b c d e RAMOS, José Nabantino - Sistema brasileiro de Direito Econômico - Editora Resenha Tributária - 1977 - São Paulo - Pgs.14-15-16-17

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Aristotle, Politics, Book I-IIX, translated by Benjamin Jowett [1]
  • Barnes, Peter, Capitalism 3.0, A Guide to Reclaiming the Commons, San Francisco 2006 [2]
  • Dill, Alexander, Reclaiming the Hidden Assets, Towards a Global Freeware Index, Global Freeware Research Paper 01-07, 2007 [3]
  • Fehr Ernst, Schmidt, Klaus M., The Economics Of Fairness, Reciprocity and Altruism - experimental Evidence and new Theories, 2005, Discussion PAPER 2005-20, Munich Economics [4]
  • Marx, Karl, Engels, Friedrich, 1848, The Communist Manifesto [5]·
  • Stiglitz, Joseph E., Global public goods and global finance: does global governance ensure that the global public interest is served? In: Advancing Public Goods, Jean-Philippe Touffut, (ed.), Paris 2006, pp. 149/164. [6]
  • Where is the Wealth of Nations? Measuring Capital for the 21st Century. Wealth of Nations Report 2006, Ian Johnson and Francois Bourguignon, World Bank, Washington 2006. [7]

Qual foi a principal atividade econômica do século XVIII?

A produção açucareira foi o principal produto da economia até meados do século XVIII. O cultivo da cana-de-açúcar tinha como finalidade abastecer também o mercado europeu. Assim como o pau-brasil, sua mão de obra era executada principalmente pelos nativos indígenas e pelos negros trazidos do continente africano.

Quais foram as principais atividades econômicas do século XVII?

O cultivo da cana-de-açúcar (que obteve seu auge entre o final do século XVI e meados do século XVII), baseado no sistema colônia-metrópole, estruturou o comércio e o desenvolvimento das cidades nordestinas, principalmente na faixa litorânea.

Quais atividades econômicas passaram a ser desenvolvidas no século XVII xviii?

No decorrer do processo de colonização do Brasil, observamos que a economia baseada no latifúndio, na monocultura, na exportação e na mão-de-obra escrava foi predominante durante todo esse período.

Quais foram as principais atividades econômicas desenvolvidas no Brasil no século XIX?

Já no século XIX, a atividade econômica predominante era a plantação e produção de café. Essa planta asiática foi a locomotiva da economia brasileira nos tempos imperiais, sendo fundamental para o surgimento do setor econômico que se desenvolveria no século passado: o industrial.