Qual a importância da cidadania na Educação Física?

A recente notícia de que a disciplina de Educação Física vai voltar a contar para a média permite validar, ainda mais, a importância que o desporto tem na prossecução de uma vida activa bem como na criação de hábitos de vida saudável e do desenvolvimento de competências sociais inerentes à cidadania.

Paralelamente, esta é uma medida que permite acentuar a importância do investimento nas condições para a prática de actividade física, no desporto escolar e no desporto amador, para que sejam tratados como prioritários nas nossas escolas e no país em geral.

Nunca fui um aluno com grandes resultados desportivos, mas sempre fui um aluno empenhado e esforçado e, aliás, fui valorizado por isso, o que acabou por ser uma boa aprendizagem: a dedicação e o empenho devem estar sempre presentes em todas as áreas e seremos (ou deveremos ser) valorizados por isso. Aprendi também, através do desporto escolar, a importância de respeitar regras e o impacto que uma má conduta minha (por exemplo, durante um jogo) tem na restante equipa.

Mente sã em corpo são

A velha máxima “mente sã em corpo são” ajuda a compreender como, desde há muito tempo, a prática de desporto é tida em conta para o desenvolvimento integral da pessoa e permite estabelecer a importância da complementaridade entre o corpo e a mente.

Ao centrarmos o debate na questão da média, voltamos a reduzir o sistema de ensino a uma questão de médias e de competências individuais quando, cada vez mais, necessitamos de um sistema abrangente e lato. A disciplina de Educação Física permite o desenvolvimento de competências de sociabilidade, de trabalho em equipa, do respeito mútuo ou da importância de se cumprirem regras e formas de conduta. Para além do contributo que esta disciplina tem no combate à indisciplina.

Dir-me-ão que tais competências poderiam ser desenvolvidas na mesma sem que a disciplina contasse para a média, mas corremos o risco de assistir a duas situações. Primeiro, o “desinteresse” dos alunos pela disciplina e consequente desinvestimento destes e, depois, uma desvalorização da prática de actividade física ao longo da vida. Em todo o caso, volto a repetir, promover a disciplina de Educação Física é valorizar o importante contributo das competências que falei para a cidadania.

Educando para a Cidadania
Os Direitos Humanos no Curr�culo Escolar

Qual a importância da cidadania na Educação Física?

EDUCA��O F�SICA E CIDADANIA

O professor de Educa��o F�sica encontra pela frente muitos desafios em seu trabalho e no abrangente campo de atua��o por que passa sua atua��o profissional. Apesar de acumular experi�ncias, principalmente no in�cio de carreira, em v�rios setores (normalmente o privado), com clubes, academias, jardins de inf�ncia e firmas, entre outros, acaba definindo seu v�nculo profissional em um col�gio de 1� ou 2� grau da rede estadual ou municipal de ensino, ou ent�o na rede particular.

No setor da Educa��o b�sica (Educa��o Infantil, Fundamental e M�dia) � que se encontram a maioria das matr�culas de crian�as e adolescentes, �vidos por receberem os ensinamentos de seus mestres, concretizando, quem sabe, o sonho de aprender a ler, escrever, falar, descobrir os sentimentos de emo��o, da paix�o, da amizade, do medo, da tristeza, enfim, tudo o que o dia-a-dia da escola pode lhe oferecer.

Os mestres, dentro desse �espa�o� chamado escola, possuem uma parcela significativa da responsabilidade na rela��o professor-aluno, que � capaz de cristalizar a atua��o do professor e marcar na mem�ria da inf�ncia dias inesquec�veis pelos alunos ao longo do tempo.

Estar�o os professores preparados para executar tarefa humana t�o fundamental na sociedade brasileira atual? Ou melhor, estar� o curso superior, que os habilita atrav�s de suas cadeiras, aptos a fornecer toda a gama necess�ria de ensinamentos, tendo em vista a forma��o de professores inseridos no contexto atual? Estar�o as disciplinas inseridas neste contexto?

Queremos chamar a aten��o para os ajustes que se fazem necess�rios aos curr�culos das Escolas Superiores de Educa��o F�sica. Reconhecemos a import�ncia de estar contemplada no curr�culo a hist�ria da Educa��o F�sica, mas contestamos a excessiva �nfase dedicada a esse aspecto, que aborda, preferencialmente, a Educa��o F�sica sob a �tica militar e como fator de Seguran�a nacional.

Sabemos que as for�as militares muito contribu�ram para a evolu��o da Educa��o F�sica, atrav�s dos ensinamentos e divulga��o dos seus m�todos e da forma��o de um n�mero significativo de professores na Escola Superior de Educa��o F�sica do Ex�rcito. Por�m, � preciso priorizar mat�rias human�sticas nos curr�culos das ESEFS, para que tornem o professor apto a atender a demanda dos anseios dos alunos que freq�entam, principalmente, o 1� e o 2� graus.

� um direito do acad�mico de Educa��o F�sica ter um curso superior que o habilite a trabalhar com uma realidade social carente e que sua a��o contemple aspectos fundamentais do processo ensino-aprendizagem, tornando-o eficaz no sentido de alcan�ar a seguran�a interdisciplinar, capazes de sensibilizar o professor para as necessidades e a import�ncia dos setores populares, dos moradores na periferia das cidades, nas vilas, nos bairros, de forma que possam aprender a exercitar-se coletivamente, em din�mica espont�nea ou dirigida.

A exclus�o das camadas pobres da popula��o do acesso � pr�tica de esportes e tamb�m da iniciativa privada, mesmo que de maneira assistencial, a programar atividades coletivas de recrea��o, tais como: Rua de Lazer, Gin�stica na Praia, no Parque, na Pra�a, Passeio Cicl�stico, R�sticas, etc.

Tamb�m os setores discriminados da sociedade, como os idosos e os deficientes f�sicos, j� demonstraram, tanto no �mbito pessoal como no coletivo, a vontade de buscar no lazer e esporte a reintegra��o social necess�ria, que pode e deve ser alcan�ada fora das institui��es escolares.

O professor de Educa��o F�sica, nestas ocasi�es, torna-se refer�ncia para as pessoas diretamente envolvidas. Ele precisar� ser capaz de dirigir e motivar o p�blico para usufruir todo o direito de lazer, mesmo num per�odo reduzido de tempo em final de semana. Reciclar a pr�tica de Educa��o F�sica, colocando-a a servi�o do campo social, � o fato novo a que cursos e professores devem estar atentos, buscando inclu�-los nos seus programas.

Os oper�rios, inseridos no mercado de trabalho formal nos v�rios segmentos da ind�stria, do com�rcio e outros e que, sob a influ�ncia da automa��o, passam a ter uma vida sedent�ria, com poucos movimentos naturais do corpo, como caminhar, saltar, transportar, etc., n�o exercitam-se no local de trabalho r fora dele por absoluta falta de oportunidade.

Na integra��o pedag�gica escolar, o professor deve utilizar as aulas de Educa��o F�sica como um momento privilegiado de adapta��o dos alunos � escola. Mesmo nos per�odos de f�rias e recesso escolar, interrompe-se o andamento das rela��es correntes entre os alunos. muitos deles, ao retornarem, precisam de um outro tempo de adapta��o � rotina escolar. Algumas s�o reprovadas ou trocadas de turma e, por conseq��ncia, encontram outros grupos de colegas, precisando criar ou refazer la�os de amizade.

A realidade, infelizmente, por absoluta falta de lucidez de governos que n�o investem em educa��o, submete as escolas a sucessivas greves, ano ap�s ano, e de longa dura��o. Isto faz com que as rela��es interpessoais, que vinham sendo trabalhadas na solidifica��o e abrang�ncia, sejam mais uma vez prejudicadas com o afastamento dos alunos do seu conv�vio di�rio. Ao t�rmino das paralisa��es � necess�ria uma retomada de todo o processo.

Um pa�s de dimens�es continentais como o Brasil, mergulhado na mais profunda crise econ�mica de sua hist�ria, sem justi�a agr�ria ou urbana, em processo recessivo, com falta de moradias, alto �ndice de desemprego e arrocho salarial, ao desamparar os aspectos sociais, atinge diretamente a estabilidade das fam�lias de menor poder aquisitivo. Isto faz com que as pessoas, constantemente, tenham que mudar de resid�ncia, para bairros mais distantes, outras cidades e at� outros estados. A crise social � tamb�m fator de ruptura nas rela��es entre as crian�as e jovens, que deixam nas escolas seus amigos e partem. Por for�a das circunst�ncias, s�o obrigados a fazer novas amizades, sem saber por quanto tempo, pois a instabilidade econ�mica pode for��-los novamente, a qualquer momento, a uma mudan�a indesejada.

� nas aulas de Educa��o F�sica que se encontram os melhores momentos para proporcionar, de forma livre e descontra�da, a adapta��o do aluno � escola e � comunidade. Na nova escola ou nos per�odos que reiniciam, � necess�ria a integra��o do aluno � nova turma de colegas.

Atividades f�sicas que propiciam a integra��o s�o de fundamental import�ncia. Exerc�cios f�sicos coletivos s�o um triunfo que o professor deve trabalhar, em contraposi��o ao individualismo, � competi��o e ao ego�smo. O desporto coletivo, observado as regras, contribui para o h�bito de trabalhar em grupo. � outra forma de envolver os alunos com a coopera��o e amizade.

A visita a outras escolas, pra�as ou outros centros comunit�rios para disputar uma partida de futebol, v�lei ou basquete, � uma experi�ncia desafiadora. Receber a equipe advers�ria �em sua casa�, ou enfrentar a desvantagem de jogar �fora de casa�, em local desconhecido, s�o desafios e experi�ncias com elevado est�mulo socializante para o grupo.

O aprendizado, na pr�tica, das regras esportivas, o respeito �s mesmas e ao �rbitro, a sauda��o � equipe advers�ria, o abra�o fraterno ao final da disputa, s�o gestos solid�rios que o jovem atleta iniciante jamais esquecer�. A justi�a no esporte prevalece � lei da for�a.

N�o podemos desconsiderar a forma��o pessoal que a pr�tica da Educa��o F�sica pode desenvolver. Os h�bitos higi�nicos, os cuidados com o corpo, o vestu�rio e a apar�ncia, nas diversas faixas et�rias, s�o vitais para a sa�de.

As atividades ao ar livre e o contato com a natureza estimulam naturalmente o zelo pelas plantas e animais, adquirindo o sentido ecol�gico de preservar e ser solid�rio.

O Educador precisa explicitar este compromisso com a vida, n�o se atendo ao mero tecnicismo, mas refletindo sobre esse contato espont�neo com o meio natural. Por exemplo: os passeios, caminhadas, escaladas significam uma possibilidade de desbravar o ambiente, descortinar novos horizontes, de perceb�-los harmoniosos ou n�o no contexto, comprometendo-se com sua preserva��o e utiliza��o socialmente correta. Experi�ncias como esta proporcionar�o situa��es de aprendizado e solidariedade grupal.

A necessidade de adapta��o, da integra��o e da forma��o pessoal contribui para que o aluno, de forma l�cida, assimile, interiorize e internalize as habilidades mentais e f�sicas do curr�culo, principalmente nas s�ries iniciais. � um direito do mesmo ter um professor de Educa��o F�sica, habilitado em curso superior, voltado e adaptado � realidade social e educacional brasileira. O projeto que cria uma nova Lei de Diretrizes e Bases da Educa��o F�sica (FDB) prop�e, no seu artigo 36, a Educa��o F�sica como componente curricular obrigat�rio na educa��o b�sica, integrada � proposta pedag�gica da escola.

Por�m, nossa disciplina � pouco explorada, apesar de possuir, embutida em seus m�todos, toda uma criatividade natural e tangente � integra��o pedag�gica com os conte�dos e habilidades mentais desenvolvidos em outras disciplinas. Citemos um exemplo, para ilustrar: na matem�tica, no momento em que se trabalha com o tema �conjuntos�, a Educa��o F�sica pode, atrav�s de exerc�cios concretos, auxiliar na memoriza��o do conte�do e relacionar com os alunos o trabalho desenvolvido em sala de aula.

Sabemos, no entanto, que h�, historicamente, um certo preconceito para com a disciplina Educa��o F�sica. No entender de muitos, essa seria uma atividade educativa diferenciada do conjunto das demais disciplinas, especialmente no que toca a forma��o intelectual dos alunos. trata-se como algo alheio ao processo normal de ensino-aprendizagem.

A consagra��o em leis dos direitos p�blicos, estendidos para toda a popula��o, s� ter� alguma conseq��ncia se forem atendidas as necessidades b�sicas em quest�o. Na educa��o, tanto na escola p�blica como na privada, o excessivo n�mero de alunos em sala de aula prejudica qualquer tipo de ensino que pretenda ser de boa qualidade. � comum nas aulas pr�ticas de Educa��o F�sica a jun��o de turmas para ocuparem o mesmo per�odo de aula, sobrecarregando ainda mais o trabalho de um �nico professor. Exemplo: juntar uma turma de 35 alunos, da 5� s�rie, com outra de 35 alunos de outra s�rie.

Outro agravante s�o as prec�rias instala��es f�sicas e o pouco espa�o dispon�vel para as aulas. Normalmente, s�o �reas sem coberturas, com cal�amento inadequado ou, ent�o, �reas totalmente fechadas e cal�adas, sem ventila��o suficiente e com falta de contato m�nimo em rela��o ao ambiente natural. A maioria dos estabelecimentos de ensino n�o oferecem as m�nimas condi��es, em se tratando de local adequado, � pr�tica de educa��o f�sica. Isto estende-se ao material utilizado: bolas em pouca quantidade e de baixa qualidade; comumente, uma s� rede para durar v�rios anos; aparelhos para gin�stica que raramente existem; colch�es faltando na maioria das escolas; quadras (�s vezes existem at� mais de uma) sem cercados apropriados e sem marca��o; gin�sios de esportes mal iluminados e depredados; piscina... nem pensar, etc.

O uniforme, os materiais, os locais motivam ou afastam as crian�as do desenvolvimento de suas habilidades f�sicas na escola.

O excessivo n�mero de alunos, distribu�dos em uma �rea com poucos metros quadrados, materiais insuficientes e inadequados s�o elementos que ferem o direito constitucional de pleno desenvolvimento da pessoa e n�o garantem o padr�o de qualidade esperado do ensino. N�o custa relembrar que � um direito do aluno ter Escola P�blica de boa qualidade.

No ensino superior, a Educa��o F�sica praticamente inexiste. Os alunos enfrentam todo tipo de contratempo para poderem se manter nos estudos e concluir o curso. Problemas de moradia, transporte, bolsa de estudo, biblioteca, hor�rios, turnos, vagas, etc. � constrangedor para a juventude brasileira! Para n�o nos alongarmos, n�o vamos agora analisar os problemas por que passam os alunos de 3� grau. As institui��es de ensino superior pouco propiciam aos seus alunos, no que se refere a atividades f�sicas coletivas ou individuais no Campus Universit�rio. Todas as universidades deveriam ter gin�sio para a pr�tica de esportes, campos de futebol, pistas de atletismo, parque aqu�tico, vesti�rios, enfim, toda a aparelhagem necess�ria para propiciar momentos de descontra��o e oportunidades de aperfei�oar a atividade esportiva preferida do aluno, assim como elevar o n�vel t�cnico de qualquer esporte de competi��o.

Oportunizar pr�ticas de esportes no hor�rio escolar de 3� grau, em hor�rios extraclasse, beneficiaria os acad�micos, proporcionando horas necess�rias de lazer e entretenimento, dando oportunidade, em se tratando de esportes para jovens e adultos, de competirem com torneios e jogos universit�rios. � direito do universit�rio ter um campus esportivo ao seu alcance, para ser utilizado em qualquer circunst�ncia.

Outra camada da juventude desprovida da pr�tica da Educa��o F�sica s�o os alunos trabalhadores que freq�entam os cursos noturnos. A dispensa da pr�tica desta disciplina, porque o aluno trabalha durante o dia, � muito comum nos col�gios. Os problemas que afetam a falta de qualidade no ensino escolar n�o motivam estes alunos a se organizarem e reivindicarem uma participa��o mais efetiva em aulas de Educa��o F�sica � noite, no pr�prio hor�rio de aula, ou nos fins-de-semana. � um contingente significativo de jovens e adolescentes que perdem a oportunidade de ter os ensinamentos que estas aulas podem proporcionar. Achamos ser prioridade, tanto para a motiva��o como para a integra��o, que exista um hor�rio � noite para a pr�tica opcional. � direito do aluno trabalhador ter escola p�blico com funcionamento noturno e de qualidade.

Os problemas estruturais, que a maioria da popula��o vive, transformam a realidade do dia-a-dia das pessoas num sobreviver cruel e injusto. Apesar do alt�ssimo �ndice de analfabetos no Brasil e de todas as lutas que os trabalhadores em educa��o desenvolveram nos �ltimos anos para exigir mais verbas para a educa��o, ensino p�blico gratuito e escola p�blico de boa qualidade, a educa��o � tratada na base da demagogia. � priorizada nos discursos de campanha eleitoral e sucateada por partidos no poder, descompromissados com o pleno desenvolvimento social.

A fome e a mis�ria transmutam nossas crian�as desde as idades mais tenras. Como querer trabalhar o corpo, se os alunos est�o nas escolas apenas porque lhes � garantida a merenda escolar? Nenhuma pol�tica educacional produzir� resultados se aplicada a crian�as para quem a sa�de e o alimento s�o negados. A desnutri��o est� presente na escola. Os educadores de escolas p�blicas convivem com ela todos os dias. Por outro lado, a pr�pria qualidade da nutri��o � questionada, tendo a� o professor de Educa��o F�sica a oportunidade de trabalhar em car�ter interdisciplinar, por exemplo, com as Ci�ncias Biol�gicas na conscientiza��o dos educandos sobre h�bitos alimentares, composi��o dos alimentos, da �gua, das bebidas consumidas...

ESPORTE AMADOR: em 1992, tivemos mais uma Olimp�ada Mundial, com sede no 1� mundo; Espanha, Europa. � decepcionante o resultado da participa��o dos pa�ses sul-americanos, apesar do Brasil, historicamente, ter equipes competentes em quase todos os jogos, nos diversos esportes praticados. Fica a d�vida: quem s�o os brasileiros que podem praticar esportes de competi��o? Somente os filhos da classe social mais abastada, que disp�em de todos os recursos f�sicos, materiais e culturais, mantidos por investimentos do e no setor privado, em detrimento da �rea p�blica. Os locais p�blicos nos quais se pode praticar esportes n�o oferecem condi��es de desenvolver um trabalho t�cnico de competi��o. Somente nos clubes privados, onde poucos tem acesso, melhoram um pouco as condi��es.

A etiliza��o do esporte, principalmente o amador, impede que as crian�as o pratiquem com dedica��o, na especializa��o e na aquisi��o de experi�ncia, competindo assim com o mesmo n�vel t�cnico de outros pa�ses.

A falta de oportunidade para praticar esporte, realidade da maior parte da juventude brasileira, ajuda a conduzi-la a um estado de vulnerabilidade e marginalidade. O acesso �s drogas e o ingresso precoce no mercado de trabalho como m�o-de-obra barata � destino de milh�es de adolescentes. A Educa��o F�sica tem uma contribui��o importante para evitar esta situa��o, mas � preciso que seus professores saibam refletir � luz dos grandes condicionantes s�cio-pol�tico-econ�micos. N�o podemos esquecer que, se a n�o express�o sadia do corpo impede a socializa��o do indiv�duo, as pol�ticas sociais restringindo a plena capacita��o motora, a pr�tica real do aborto desassistido, o alto �ndice de mortalidade infantil, a subnutri��o, a calamitosa situa��o da previd�ncia e a marginaliza��o do idoso desnudam a cruel realidade brasileira e clamam pela a��o de todos n�s.

Ao n�vel dos governos, faz-se necess�rio priorizar de fato a educa��o, com urg�ncia e sem demagogia. Ao nosso n�vel, de cidad�os-professores, encontrar o elo entre o que fazemos e a forma��o da consci�ncia de nossos cidad�os-alunos.

Jo�o Luiz Stein Steinback
Educador na Escola Estadual Canad� em Viam�o, no Col�gio Anchieta em Porto Alegre e Secret�rio Geral do Sindicato dos ProfessoresParticulares do Estado do RS - SINPRO

O que é cidadania Educação Física?

Na Educação Física Escolar, elegemos a cida- dania como eixo norteador do seu processo de formação, para que os alunos se tornem capazes de participar das atividades corporais mediante atitudes de respeito, dignidade e solidariedade mútuas, além de interagir com a multiplicidade de culturas corporais; entender-se como ...

Qual a importância da cidadania na educação?

A cidadania ensina aos alunos seus direitos e deveres, tornando-os aptos a cumprir princípios éticos e morais necessários para atuar na sociedade de maneira positiva, por meio do diálogo, do respeito e da colaboração.

Qual a importância da Educação Física para o cidadão?

Além de cuidar da saúde física e mental dos indivíduos, a Educação Física contribui para a socialização dos sujeitos. Ela ajuda na formação de uma consciência solidária e cidadã, na qual as diferenças e limites são respeitados.

Como trabalhar cidadania em Educação Física?

A educação é o principal instrumento social para a formação da cidadania, é através da prática pedagógica que o professor deve possibilitar, ao educando, a transposição de um senso comum a um pensamento crítico e comprometido pelo projeto de sociedade na qual está inserida.