Qual a importância do movimento para a construção do ser humano integral?

Qual a importância do movimento para a construção do ser humano integral?

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Trabalho

Qual a importância do movimento para a construção do ser humano integral?

Qual a importância do movimento para a construção do ser humano integral?
Qual a importância do movimento para a construção do ser humano integral?

Entre a psicomotricidade e o desenvolvimento humano: 

a import�ncia da Educa��o F�sica na Educa��o Infantil

Entre la psicomotricidad y el desarrollo humano: la importancia de la Educaci�n F�sica en la Educaci�n Inicial

Qual a importância do movimento para a construção do ser humano integral?

 

Facultade de Integrado

Campo Mour�o, Paran�

(Brasil)

Fayson Rodrigo Merege Barbosa

 

Resumo

          Considerando que o movimento, a corporeidade e o l�dico s�o de suma import�ncia para o desenvolvimento da crian�a e que a Educa��o F�sica � parte do processo de cultura e humaniza��o da mesma, o presente estudo busca construir e consolidar uma parceria entre a Pedagogia e a Educa��o F�sica na Educa��o Infantil. Pela import�ncia que a inf�ncia representa na forma��o da personalidade do indiv�duo, buscam-se respaldos por uma �nova pr�xis pedag�gica� que leve a uma organiza��o did�tica. Com esse princ�pio mostraremos a import�ncia do profissional de Educa��o F�sica atuando na Educa��o Infantil auxiliando a crian�a em seu desenvolvimento integral e aprendizagem a partir das brincadeiras, jogos e o l�dico.

          Unitermos:

Educa��o F�sica. Educa��o Infantil. Desenvolvimento motor. Psicomotricidade.  
Qual a importância do movimento para a construção do ser humano integral?
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires - A�o 17 - N� 169 - Junio de 2012. http://www.efdeportes.com/

Qual a importância do movimento para a construção do ser humano integral?

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Introdu��o

    O principal instrumento da educa��o f�sica � o movimento, por ser o denominador comum de diversos campos sensoriais. Se a Educa��o F�sica pretende atender as reais necessidades e expectativas da crian�a, necessita-se antes de qualquer coisa compreender que o desenvolvimento humano se d� a partir da integra��o entre a motricidade, a emo��o e o pensamento.

    Busca-se uma Cultura Corporal de Movimento que n�o se paute em um modelo �escolarizante� influenciada pelo modelo do esporte de rendimento, mas uma pr�tica pedag�gica da Educa��o F�sica na Educa��o Infantil que venha a contribuir para a amplia��o das linguagens, das intera��es e da leitura de mundo por parte das crian�as.

    Diante dessa situa��o esperam-se uma Educa��o F�sica comprometida com os interesses, necessidades e direitos das crian�as aos lhes permitir que os mesmos desempenhem um papel mais ativo em seus movimentos, e assim respeitando suas reais expectativas, j� que nesta faixa et�ria s� pode se caracterizar pela brincadeira, pelo jogo e pela ludicidade a amplia��o das pr�prias culturas infantis de movimento.

    GO Tani (1989, p. 150) ressalta que:

    Se existe uma seq��ncia normal nos processos de crescimento, de desenvolvimento e de aprendizagem motora, isto significa que as crian�as necessitam ser orientadas de acordo com estas caracter�sticas, visto que, s� assim, as suas reais necessidades e expectativas ser�o alcan�adas.

    O papel fundamental da Educa��o F�sica na Educa��o Infantil � para o desenvolvimento integral da crian�a, de modo que o aluno venha a progredir em seus conhecimentos e habilidades. Isso proporciona que a crian�a venha a vivenciar diversas experi�ncias f�sicas e culturais, construindo assim, um conhecimento a respeito do mundo que a cerca, por meio da aprendizagem e o desenvolvimento que est�o inter-relacionados a partir do seu contato com o mundo.

1.     A brincadeira, os jogos e o l�dico como a��o pedag�gica

    O ato de brincar possibilita o processo de aprendizagem da crian�a, pois � uma importante forma de comunica��o da mesma entre o mundo da fantasia e da imagina��o. A brincadeira facilita a constru��o da reflex�o, da autonomia e da criatividade numa rela��o entre jogo e brincadeira.

    N�o se pode roubar a espontaneidade das crian�as, e se faz necess�rio olhar sob uma nova �tica as brincadeiras sem restringi-las somente como �fun��o pedag�gica�, pois assim limitamos suas possibilidades e impedimos que as crian�as criem e recriem as suas formas de brincar e se expressar. A import�ncia do brincar para o desenvolvimento integral da crian�a � por auxiliar nos aspectos f�sico, social, cultural, afetivo, emocional e cognitivo.

    Para Kishmoto (2002, p. 148) o �brincar tamb�m contribui para a aprendizagem da linguagem�. Para ser capaz de falar sobre o mundo, a crian�a precisa saber brincar com o mundo com a mesma desenvoltura que caracteriza a a��o l�dica. A utiliza��o combinat�ria da linguagem funciona como instrumento de pensamento e a��o. A brincadeira � alguma forma de divertimento t�pico na inf�ncia, ou seja, � natural da crian�a. Brincando a crian�a se diverte, faz exerc�cios, constr�i seu conhecimento e aprende a conviver com seus amigos.

    De acordo com Oliveira (2000) o brincar n�o significa apenas recrear, mas sim desenvolver-se integralmente. Atrav�s do brincar a crian�a pode desenvolver �reas da personalidade como afetividade, motricidade, intelig�ncia, criatividade al�m de capacidades importantes como aten��o, mem�ria, a imita��o e a imagina��o.

    Gallahue (2005, p. 204) ressalta que:

    As brincadeiras s�o o modo b�sico pelo qual elas tomam consci�ncia de seus corpos e deus capacidades motoras. Brincar tamb�m serve como importante facilitador do crescimento cognitivo e afetivo da crian�a pequena, bem como importante meio de desenvolver tanto habilidades motoras como rudimentares.

    Toda crian�a segundo Broug�re (2002, p. 26/27) adquire, constr�i sua cultura l�dica brincando, e esta como toda cultura � o produto da intera��o social que lan�a suas ra�zes, na intera��o precoce entre a m�e e o beb�.

    Para Piaget (1976) a atividade l�dica � o ber�o obrigat�rio das atividades intelectuais da crian�a. Estas n�o s�o apenas uma forma de desafogo ou entretenimento para gastar energia das crian�as, mas meios que contribuem e enriquecem o desenvolvimento intelectual. Ele afirma

    O jogo �, portanto, sob as suas duas formas essenciais de exerc�cio sens�rio-motor e de simbolismo, uma assimila��o da real � atividade pr�pria, fornecendo a esta seu alimento necess�rio e transformando o real em fun��o das necessidades m�ltiplas do eu. Por isso, os m�todos ativos de educa��o das crian�as exigem todos que se forne�a �s crian�as um material conveniente, a fim de que, jogando, elas cheguem a assimilar as realidades intelectuais que, sem isso, permanecem exteriores � intelig�ncia infantil.

    Os jogos tamb�m s�o importantes no desenvolvimento das crian�as, adolescentes e jovens, pois o que caracteriza o jogo � a possibilidade de agir, adquirir iniciativa e confian�a, proporcionando o desenvolvimento da linguagem, do pensamento e da concentra��o. Para Broug�re (2002, p. 22)

    A crian�a aprende a compreender algumas caracter�sticas do jogo: o aspecto fict�cio, pois o corpo n�o desaparece de verdade, trata-se de um faz de conta; a invers�o dos pap�is; a repeti��o que mostra que a brincadeira n�o modifica a realidade, j� que se pode sempre voltar ao inicio (...)

    O jogo para Tezani (2004) n�o � simplesmente um �passatempo�, � atrav�s dele que a crian�a pode brincar naturalmente sendo criativa em descoberta do seu pr�rioprio eu. O jogo se torna essencial para que a crian�a manifeste sua criatividade, utilizando suas potencialidades de maneira integral. As crian�as ficam mais motivadas a jogar bem, esfor�am-se para superar obst�culos tanto cognitivos como emocionais. Piaget (1967) elucida que o jogo n�o pode ser visto apenas como divertimento, pois ele favorece o desenvolvimento f�sico, cognitivo, afetivo e moral.

    Antunes (2003) analisando o jogo pelo ponto de vista educacional tem-se perdido sua caracter�stica de divertimento, brincadeira e �passatempo� e aponta que em nossa cultura o termo jogo � confundido com competi��o. O jogo em sua suas diversas formas, auxilia no processo ensino-aprendizagem.

    Principalmente na Educa��o Infantil o brincar � uma �tima ferramenta de aprendizagem, visto que permite atrav�s do l�dico vivenciar a aprendizagem como processo social. Para Vygotsky (1998) o educador poder� fazer o uso de jogos, brincadeiras, hist�rias e outros para que de forma l�dica a crian�a seja desafiada a criar e recriar seu �mundo�.

    A ludicidade, t�o importante para a sa�de mental do ser humano � um espa�o que merece aten��o dos pais e educadores. O l�dico apresenta valores espec�ficos para todas as fases da vida humana. Todavia, tanto na idade infantil como na adolesc�ncia a finalidade � essencialmente pedag�gica. Santos (2002, p. 12) relata sobre a ludicidade como sendo:

    "uma necessidade do ser humano em qualquer idade e n�o pode ser vista apenas como divers�o. O desenvolvimento do aspecto l�dico facilita a aprendizagem, o desenvolvimento pessoal, social e cultural, colabora para uma boa sa�de mental, prepara para um estado interior f�rtil, facilita os processos de socializa��o, comunica��o, express�o e constru��o de conhecimento."

    De acordo com o Referencial Curricular Nacional da Educa��o Infantil (1998) a partir da import�ncia da ludicidade que o professor dever� contemplar jogos, brinquedos e brincadeiras, como princ�pio norteador das atividades did�tico-pedag�gicos, possibilitando � crian�a uma aprendizagem prazerosa. Como diz Arantes; Cruz; Hora; Cardoso (2001, p.81) �parece estar sendo necess�rio ser revivido e avaliado� o processo de ensino, objetivo, finalidade da educa��o f�sica, o movimento, a corporeidade, na educa��o das crian�as.

2.     O Processo de forma��o humana: o desenvolvimento global da crian�a

2.1     Desenvolvimento Motor

    Odom�nio motor refere-se aos movimentos. Um comportamento observ�vel (externo) e ao mesmo tempo � o produto de todo um processo interno. � a a��o motora, realizada de maneira volunt�ria (GALLAHUE, 1989).

    O comportamento motor do ser humano � permeado por in�meras mudan�as. Estas, por sua vez, t�m sido os pontos centrais para muitas defini��es dos conceitos de aprendizagem motora e desenvolvimento motor. Acredita-se que neste processo de mudan�as cont�nuas h� um progresso de movimentos simples e n�o organizados para a realiza��o de habilidades altamente complexas. Pensando-se que se inicia na concep��o e se prolonga at� a morte, o desenvolvimento motor � visto como um procedimento que se baseia nas mudan�as comportamentais observadas. Preocupa-se em entender o processo que leve a essas mudan�as, considerando que a seq��ncia resultaria de mudan�as na capacidade de controlar movimentos. (FLINCHUM 1981).

    Mesmo nas brincadeiras, na escola e em casa, as crian�as s�o representadas por toda e qualquer atividade corporal, assim levando-as �s experi�ncias motoras presentes no dia-a-dia. At� algum tempo atr�s, as experi�ncias motoras vivenciadas espontaneamente pela crian�a e suas atividades di�rias eram suficientes para que adquirisse as habilidades motoras e formasse uma base para o aprendizado de habilidades mais complexas.

    O desenvolvimento motor pode ser visto progressivamente pelas habilidades de movimento, ou seja, a abertura para o desenvolvimento motor � dada atrav�s do comportamento de movimento observ�vel do sujeito (Gallahue & Ozmun, 1995; 2001).

    O modelo te�rico de Gallahue refere-se ao desenvolvimento motor apresentado atrav�s das fases dos movimentos reflexos, rudimentares, fundamentais e especializados. Para maior compreens�o de cada fase estaremos explicando a seguir.

Fase motora reflexa

    Os primeiros movimentos do feto s�o reflexos, que s�o movimentos involunt�rios, controlados subcorticalmente e formam a base para o desenvolvimento motor.

    O beb�, a partir da atividade reflexa, obt�m informa��es sobre o ambiente imediato; as rea��es do beb� � luz, ao toque, a sons e a altera��es na press�o provocam atividade motora involunt�ria,os reflexos.

    Os reflexos podem ser classificados em primitivos e posturais. Os �Reflexos Primitivos� s�o a 1� forma de movimento involunt�rio. S�o classificados como: agrupadores de informa��es, ca�adores de alimentos e rea��es protetoras.

    S�o agrupadores de informa��es, pois auxiliam a estimular a atividade cortical e o desenvolvimento; s�o ca�adores de alimenta��o e protetores porque h� evid�ncias de que sejam filogen�ticos, ou seja, evolutivos; os reflexos de sugar e o de procura pelo olfato, por ex, s�o considerados mecanismos de sobreviv�ncia primitivos e sem eles o RN seria incapaz de obter alimento.

    Os �Reflexos Posturais� s�o a 2� forma de movimento involunt�rios e muito similares, na apar�ncia a comportamentos volunt�rios posteriores, mas s�o inteiramente involunt�rios; parecem servir como equipamentos de teste neuromotor para mecanismos estabilizadores, locomotores e manipulativos que ser�o usados mais tarde com controle consciente; o reflexo prim�rio de caminhar e o reflexo de arrastar-se, relembram intimamente os comportamentos volunt�rios posteriores de caminhar e de engatinhar.

a.     Est�gio de codifica��o de informa��es

    Neste est�gio, os centros cerebrais inferiores s�o mais desenvolvidos que o c�rtex motor e est�o essencialmente no comando do movimento fetal e neonatal; o est�gio de codifica��o (agrupamento) de informa��es � caracterizado por atividade motora involunt�ria que se observa do per�odo fetal at� ao redor do 4� m�s do per�odo p�s-natal.

b.     Est�gio de decodifica��o de informa��es

    Este est�gio come�a ao redor do 4� m�s de vida e � um �processamento� de informa��es da fase reflexa de codifica��o; neste momento acontece uma gradual inibi��o de muitos reflexos e os centros cerebrais superiores continuam a se desenvolver; com isso os reflexos cedem lugar � atividade motora volunt�ria, mediada pela �rea motora do c�rtex cerebral; o desenvolvimento do controle volunt�rio dos movimentos reflexos do beb� envolve o processamento de est�mulos sensoriais com informa��es armazenadas, n�o simplesmente rea��es aos est�mulos.

Fase de movimentos rudimentares

    As primeiras formas de movimentos volunt�rios s�o os movimentos rudimentares, observados do nascimento at� os dois anos de idade; s�o determinados pela matura��o (filogen�tico) e t�m uma seq��ncia de aparecimento altamente previs�vel, resistente a altera��es em condi��es normais; o ritmo com que essas altera��es aparecem varia de crian�a a crian�a e depende de fatores biol�gicos, ambientais e da tarefa; no beb� representam as formas mais b�sicas de movimento volunt�rio que s�o necess�rias para a sobreviv�ncia; envolvem: movimentos estabilizadores (controle da cabe�a, pesco�o e dos m�sculos do tronco), as manipulativas (alcan�ar, agarrar e soltar) e locomotoras (arrastar-se, engatinhar e caminhar).

a.     Est�gio de inibi��o de reflexos

    Inicia-se ao nascimento e estende-se at� ao redor de um ano; o desenvolvimento do c�rtex e a diminui��o de restri��es do ambiente fazem com que v�rios reflexos sejam inibidos e gradualmente desapare�am; os reflexos primitivos e posturais s�o substitu�dos por comportamentos motores volunt�rios; como o aparato neuromotor do beb� ainda est� em est�gio rudimentar, o movimento volunt�rio n�o � muito diferenciado, e os movimentos embora intencionais pare�am descontrolados e grosseiros; se o beb� deseja entrar em contato com um objeto, haver� movimenta��o de toda a m�o, pulso, ombro e at� do tronco; o processo de movimentar a m�o, apesar de volunt�rio apresenta falta de controle.

b.     Est�gio de pr�-controle

    Ao redor de um ano as crian�as t�m mais precis�o e controle sobre seus movimentos; acontece uma maior integra��o de informa��es motoras e perceptivas com mais significado e coer�ncia; o r�pido desenvolvimento dos processos cognitivos* superiores e dos processos motores encoraja r�pidos ganhos nas habilidades motoras rudimentares; aprendem a obter e manter o equil�brio, a manipular objetos e a locomover-se pelo ambiente com controle e certa destreza.

Fase de movimentos fundamentais

    S�o conseq��ncia da fase de movimentos rudimentares do per�odo neonatal; estas crian�as est�o envolvidas de forma ativa na explora��o e experimenta��o das capacidades motoras de seus corpos; � um per�odo para descobrir como desempenhar uma variedade de movimentos estabilizadores, locomotores e manipulativos, isoladamente e de modo combinado; est�o aprendendo a agir com controle motor e compet�ncia a v�rios est�mulos; atividades locomotoras (correr e pular), manipulativas (arremessar e apanhar) e estabilizadoras (andar com firmeza e equil�brio em um p� s�) s�o exemplos de movimentos fundamentais que devem ser desenvolvidos nos primeiros anos da inf�ncia.

    Segundo Gallahue (2005) � uma concep��o errada a no��o de que estas habilidades de movimentos fundamentais s�o determinadas unicamente pela maturidade da crian�a (filogen�tica) e n�o sofre influ�ncias do ambiente (ontogen�tica), tais como oportunidade para a pr�tica, encorajamento, instru��o e o cen�rio; o ambiente e o est�mulo desempenham papel fundamental no aprendizado.

a.     Est�gio inicial

    Representa as primeiras tentativas da crian�a de superar as limita��es decorrentes da fase rudimentar; os movimentos apresentam uma seq��ncia impr�pria, movimentos que faltam, uso limitado ou exagerado do corpo e coordena��o Insuficiente; os movimentos locomotores, estabilizadores e manipulativos est�o no n�vel inicial.

b.     Est�gio elementar

    Maior controle e melhor coordena��o r�tmica dos movimentos fundamentais; h� um aprimoramento na sincroniza��o dos elementos temporais e espaciais do movimento, mas ainda os movimentos s�o restritos ou exagerados; normalmente crian�as de intelig�ncia e atividade f�sica normais tendem a chegar neste est�gio s� pelo processo de matura��o, mas muitos indiv�duos adultos n�o ultrapassam o est�gio elementar em muitos padr�es de movimento.

c.     Est�gio maduro

    Maior desempenho nos movimentos mecanicamente eficientes, coordenados e controlados; as crian�as atingem geralmente este est�gio maduro ao redor de 5 a 6 anos de idade; embora algumas crian�as possam atingir este est�gio basicamente pela matura��o (gen�tica) e com um m�nimo de influ�ncias ambientais, a grande maioria precisa de oportunidades para a pr�tica, o encorajamento e a instru��o em um ambiente que promova o aprendizado.

Fase de movimentos especializados

    As habilidades motoras especializadas s�o resultados da fase de movimentos fundamentais; nesta fase o movimento torna-se uma ferramenta aplic�vel a muitas atividades motoras complexas presentes na vida di�ria, na recrea��o e nos esportes. � um per�odo em que as habilidades estabilizadoras, locomotoras e manipulativas fundamentais s�o progressivamente refinadas, combinadas e elaboradas para uso em situa��es cada vez mais exigentes; o ritmo e o n�vel atingido nesta fase dependem da tarefa, do fator individual e do ambiente. Apresenta-se 3 etapas:

a.     Est�gio transit�rio

    Se inicia ao redor dos 7 ou 8 anos de idade; a crian�a come�a a combinar e aplicar habilidades motoras fundamentais ao desempenho de habilidades especializadas no seu dia-a-dia, por ex, caminhar numa ponte de cordas, pular corda e jogar bola; estes movimentos cont�m os mesmos elementos que os motores fundamentais s� que com forma, precis�o e controle maiores,ou seja, as habilidades transit�rias s�o simplesmente aplica��es de padr�es de movimentos fundamentais em formas mais espec�ficas e mais complexas.

b.     Est�gio de aplica��o

    Inicia-se ao redor dos 11 aos 13 anos e mudan�as interessantes acontecem no indiv�duo; no est�gio anterior, as habilidades cognitivas limitadas da crian�a, as habilidades afetivas e as experi�ncias combinadas com a avidez natural de este ser ativo tornaram o foco normal (sem interfer�ncia do adulto) sobre o movimento amplo e generalizado a �todas as atividades�. Nesta fase o indiv�duo, com a sofistica��o cognitiva crescente e mais experi�ncia, torna-se capaz de tomar numerosas decis�es de aprendizado e participa��o em atividades mais complexas; o indiv�duo come�a a tomar decis�es conscientes a favor ou contra a sua participa��o em certas atividades; essas decis�es fundamentam-se, no geral, no modo pelo qual a crian�a percebe at� que ponto os fatores inerentes � tarefa, a si mesma e ao ambiente, aumentam ou inibem a probabilidade de ela obter satisfa��o ou sucesso; o embate entre for�as e fraquezas, oportunidades e restri��es limita as escolhas; neste est�gio as crian�as come�am a buscar ou a evitar a participa��o em atividades espec�ficas; � a �poca para refinar e usar habilidades mais complexas em jogos avan�ados, atividades de lideran�a e em esportes escolhidos.

c.     Est�gio de utiliza��o permanente

    Inicia-se por volta dos 14 anos de idade e continua por toda a vida adulta; representa o auge do processo de desenvolvimento motor e � caracterizado pelo uso do repert�rio de movimentos adquiridos pelo indiv�duo por toda a vida.

    Isto nos permite pensar que est�gios e idades n�o t�m regras fixas e que partir disso os princ�pios de desenvolvimento tem grande import�ncia; assim, devem-se considerar alguns como os da individualidade, atestando que o ser humano apresenta capacidades e limita��es. Mudan�as que ocorrem no desenvolvimento ocorrido no mesmo permitem identificar a seq��ncia de fases do processo de desenvolvimento motor e princ�pio da continuidade e que o ser humano passa por uma s�rie de mudan�as cont�nuas ao longo de sua vida. (DEVAL 2001).

    O aprender a mover-se envolve atividades como tentar, praticar, pensar, no qual a aprendizagem, atrav�s do movimento, implica usar movimentos como meio para chegar a um fim. A partir e atrav�s disso � que a crian�a pode aprender mais sobre si mesma, conhecendo o seu meio ambiente e construindo o seu mundo.

    Esses padr�es constituem a primeira forma de a��o volunt�ria no controle de movimento e podem ser definidos como o conjunto de caracter�sticas b�sicas. O desenvolvimento dos padr�es fundamentais segue uma seq��ncia de est�gios, representando n�veis graduais de profici�ncia e de controle motor. (ROBERTON, 1982)

Dom�nio cognitivo

    O dom�nio cognitivo envolve o que chamamos de atividades intelectuais, opera��es mentais como a descoberta ou reconhecimento de informa��o, a reten��o ou armazenamento de informa��es, a gera��o de informa��es a partir de certos dados e tomadas de decis�o, ou de julgamentos acerca de informa��o (MAGILL, 1980).

    Vygotsky aponta que, no processo de desenvolvimento, a crian�a come�a usando as mesmas formas de comportamento que outras pessoas inicialmente usaram em rela��o a ela. Isso ocorre porque, desde os primeiros dias de vida, as atividades da crian�a adquirem um significado pr�prio num sistema de comportamento social, retratadas atrav�s de seu ambiente humano, que auxilia a atender seus objetivos. Isto vai envolver comunica��o, ou seja: a fala.

    "A afetividade e o desenvolvimento da intelig�ncia est�o indiciadas e integradas, no desenvolvimento psicol�gico, n�o sendo poss�vel ter duas psicologias, uma da afetividade e outra da intelig�ncia para explicar o comportamento." (PIAGET, apud ARANTES, 2003, p.56).

    Para Piaget e Vygotsky a intelig�ncia � a capacidade de aprender sempre e renovar o conhecimento com base em novos conceitos, assim, superando as novas situa��es.

    Para muitos o conv�vio social proporcionado pela escola oferece possibilidades que a fam�lia raras vezes tem condi��es de propiciar. As atividades programadas n�o podem perder de vista ent�o, as necessidades e os interesses das crian�as que est�o prontas para explorar, experimentar, colecionar, perguntar e aprender. Ao ingressar na vida escolar, a crian�a transp�e a vida familiar e passa a conviver com pessoas de sua idade, descobrindo � sua maneira, novos valores, experi�ncias, que v�m enriquecer a sua pr�pria experi�ncia com a qual passa a se compactuar. Essa socializa��o transmite para a crian�a a confian�a em si, adaptabilidade e rendimento intelectual. (FERREIA & CALDAS 2002)

As fases de desenvolvimento cognitivo segundo Piaget

  • Sens�rio motor ou pr�tico

(0 � 2 anos): a crian�a conhece o mundo atrav�s das a��es que ela exerce sobre determinados objetos e observa a rea��o destes. As a��es s�o reflexos ou manipula��es.
  • Pr�-operat�rio ou intuitivo

  • (2 � 6 anos): aparecimento da linguagem que representa imagens e objetos. O pensamento � intuitivo e egoc�ntrico.
  • Operat�rio-concreto

  • (7 � 11 anos): ainda necessita do concreto para fazer a abstra��o de seu pensamento.
  • Operacional-formal ou abstrato

  • (11 anos): A opera��o se realiza atrav�s da linguagem. O racioc�nio acontece com o levantamento de hip�teses e poss�veis solu��es.

        Vygotsky (apud ARANTES, 2003, p. 21) ressalta que o desenvolvimento cognitivo � interno e cont�nuo, acontece desde os primeiros dias at� o fim de nossas vidas. O pensamento do beb� vai se desenvolvendo de acordo com suas estruturas, partindo do motor para o l�gico e abstrato. Para que este desenvolvimento aconte�a de forma natural e saud�vel � preciso que a crian�a seja estimulada constantemente atrav�s de percep��es t�teis, auditivas, visuais, motoras e afetivas.

        A partir do momento que a crian�a est� inserida na escola, isso lhe acarreta mudan�as emocionais, pois a mesma necessita separar-se do seio familiar e fazer novas amizades, de modo que se adapte a novos ambientes. E ao longo deste per�odo entre os 3 anos e os 6 anos que a crian�a fortalece suas capacidades motoras e psicol�gicas j� adquiridas, iniciando o seu processo de socializa��o.

        Portanto, Piaget aponta que a ordem � invari�vel do desenvolvimento, pois a intelig�ncia constr�i-se progressivamente ao longo do tempo, por est�gios ou etapas constantes e seq�enciais.

    Dom�nio afetivo

        Dom�nio afetivo refere-se � emo��o ou sentimentos, s�o envolvidos numa situa��o real de ensino-aprendizagem, visto que aspectos como motiva��o, interesse, responsabilidade, coopera��o e respeito ao pr�ximo est�o sempre presentes e devem ser trabalhados adequadamente (GO TANI, 1988).

        O aspecto afetivo literalmente tem influ�ncia sobre o desenvolvimento intelectual, visto que ele pode acelerar ou diminuir o ritmo de desenvolvimento. O processo de forma��o e enriquecimento afetivo da crian�a nos faz perceber que esse processo afetivo � continuo e inovador, onde a forma��o de sentimentos esta diretamente ligada aos valores e evolu��o da sociedade, ou seja, os sentimentos inter-individuais s�o constru�dos com a coopera��o do outro e os intra-individuais s�o elaborados com a ajuda do outro, sendo a troca intra-pessoal.

    Considera��es finais

        A Educa��o F�sica caminhando junto a Pedagogia na Educa��o Infantil pode criar um espa�o onde a crian�a brinque com a linguagem corporal, com o corpo, com o movimento e at� mesmo alfabetizando-se nessa linguagem. Por meio de uma pr�tica pedag�gica, as atividades aplicadas para a educa��o b�sica devem ter o car�ter l�dico como elemento essencial para a a��o educativa.

        � importante ressaltar que n�o h� uma preocupa��o nos cursos de Licenciatura em Educa��o F�sica uma preocupa��o em formar professores para intervirem na educa��o de 0 a 6 anos. Se a Educa��o F�sica pretende atender essas expectativas da primeira inf�ncia h� a necessidade de mudan�a quanto � forma��o dos mesmos, para que n�o haja um �pacote� de atividades de jogos e brincadeiras aplicadas na educa��o infantil sem um objetivo espec�fico.

        O professor sabendo de sua responsabilidade deve levar em conta as caracter�sticas de cada fase e cada aluno que passa por ela, desde as peculiaridades de cada jogo, brincadeira ou esporte que auxiliem o seu desenvolvimento integral. Entende-se que a crian�a tem como caracter�stica principal a intensidade de movimentos, e nesse aspecto � que a Educa��o F�sica � de fundamental import�ncia no desenvolvimento da primeira inf�ncia. Cada fase do desenvolvimento infantil tem suas pr�prias caracter�sticas, assim, exigindo estudos aprofundados sobre os m�todos pedag�gicos, atua��o intencional do professor na aula de Educa��o F�sica na Educa��o Infantil.

        A Educa��o F�sica na Educa��o Infantil � de suma import�ncia visto que, o principal instrumento da mesma � o movimento, por ser o denominador comum de diversos campos sensoriais. O movimento � um dos eixos contemplados nos Referenciais Curriculares Nacionais para a Educa��o Infantil. Quando a integra��o entre motricidade pensamento e emo��o est� ligada entre si, o desenvolvimento humano ocorre de forma global.

        A import�ncia da Educa��o F�sica na Educa��o Infantil partir-se-� no que a inf�ncia representa na forma��o da personalidade do indiv�duo, na qual a aprendizagem e desenvolvimento est�o inter-relacionados desde que a crian�a passa a ter contato com o mundo.

    Refer�ncias bibliogr�ficas

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    Qual a importância do movimento para a construção do ser humano integral?

    Qual a importância do movimento para a construção do ser humano integral?

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    EFDeportes.com, Revista Digital � A�o 17 � N� 169 | Buenos Aires,Junio de 2012  
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    Qual à importância do movimento humano para o desenvolvimento humano?

    O movimento é fundamental para a construção da autonomia, já que contribui para o domínio das habilidades motoras que a criança desenvolve ao longo da primeira infância.

    Qual à importância do movimento para o crescimento é desenvolvimento da criança?

    Resumo: Por meio do movimento a criança aprende de forma significativa, constrói o conhecimento de si mesmo e do contexto em que vive, brinca, apren- de, explora e descobre o mundo utilizando a maior de todas as ferramentas da aprendizagem, ou seja, seu próprio corpo.

    Qual à importância do corpo é movimento na escola?

    O corpo é uma forma da criança expressar a sua individualidade, reconhecer a si mesma e perceber as coisas que a cerca. O movimento, como fora visto e vivenciado, ajuda a criança a adquirir conhecimento do mundo que a rodeia através do seu corpo, de sua percepção e sensações.

    O quê Wallon fala sobre movimento?

    Wallon fala da afetividade e da socialização da criança. Para ele o movimento tem primeiro uma função expressiva. A interação entre o bebê e os adultos se dá por uma intensa troca afetiva comunicada por gestos e expressões faciais.