A região Sul é a menor do Brasil em extensão territorial e a segunda mais povoada do País. Formada por três estados – Paraná (PR), Santa Catarina (SC) e Rio Grande do Sul (RS) –, a região tem uma economia influente no País, distribuída em vários setores, tais como agropecuária, indústria, extrativismo, turismo, entre outros.
O relevo da região Sul é caracterizado, em sua maior parte, pelo planalto (Planalto Atlântico e Planalto Meridional), que se localiza mais ao norte da região, onde é possível encontrar uma formação vegetal típica chamada de Mata das Araucárias, que são árvores de grande porte da família dos pinheiros e se encontram, principalmente, no Estado do Paraná. Ao sul da região, encontram-se formações de relevo mais plano, conhecidas como planície dos Pampas. A formação dos Pampas também dá nome ao tipo de vegetação rasteira, de gramíneas, mais encontrada no Rio Grande do Sul.
O clima predominante é o subtropical. Caracteriza-se por ter as estações do ano bem diferenciadas, com grandes variações de temperatura. É a região mais fria do País, onde, durante o inverno, ocorrem geadas e até neve em alguns lugares.
Em termos de recursos hídricos, a região Sul é importante para a produção de energia elétrica do Brasil, pois possui duas grandes bacias hidrográficas: a bacia do Rio Paraná, onde está instalada a Usina Hidroelétrica de Itaipu, uma das maiores do mundo, e a bacia do Rio Uruguai.
A população da região tem uma grande influência europeia, por causa da chegada de imigrantes no século XIX e início do XX, principalmente alemães, italianos e açorianos. Outros povos também foram para o Sul, como ucranianos, poloneses, russos, entre outros, introduzindo seus costumes na cultura, na culinária, na arquitetura e até no idioma. Também se deve aos imigrantes europeus o desenvolvimento da economia baseada na pequena e média propriedade rural de policultura (cultivo de vários produtos agrícolas).
Existem sete Unidades de Pesquisa da Embrapa localizadas na Região Sul: duas no Paraná (Embrapa Florestas, em Colombo, e Embrapa Soja, em Londrina); uma em Santa Catarina (Embrapa Suínos e Aves, em Concórdia); e quatro no Rio Grande do Sul (Embrapa Clima Temperado, em Pelotas, Embrapa Pecuária Sul, em Bagé, Embrapa Trigo, em Passo Fundo, e Embrapa Uva e Vinho, em Bento Gonçalves).
Geografia no contexto
7. Com base no mapa abaixo, responda às questões no caderno.
Figura 39
Agropecuária da região Sul
N
O L
S
0 125 km
OCEANO ATLÂNTICO
Trópico de Capricórnio
25° S
50° O
MS SP PR SC RS
Porto Alegre
Florianópolis
Curitiba
Londrina
Maringá
Foz do Iguaçu
Criciúma
Chapecó
Lages
Passo Fundo
Lajeado
Rio do Sul
Guarapuava
Terra Rica
São Miguel do Oeste
Telêmaco
Borba
Umuarama
Jacarezinho
Bagé
Alegrete
São José dos Ausentes
Atividade agropecuária predominante
Pecuária intensiva
Pecuária intensiva e policultura
Pecuária intensiva e policultura comercial
Pecuária intensiva e grãos
Extrativismo vegetal
Capital
Cidades principais
E. Cavalcante
Fonte: Gisele Girardi; Jussara Vaz Rosa. Atlas geográfico do estudante. São Paulo: FTD, 2011. p. 30.
a) Qual atividade agropecuária predomina no estado do Rio Grande do Sul?
Pecuária intensiva e cultivo de grãos.
b) Escreva qual atividade agropecuária se destaca na porção norte do estado do Paraná.
Pecuária intensiva e policultura comercial.
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A economia da região Norte do Brasil é constituída basicamente por atividades ligadas ao setor primário, destaque para o extrativismo (vegetal, animal e mineral) e agropecuária.
A região é considerada uma fronteira agrícola do Brasil, nela são produzidos desde produtos tradicionais, como mandioca, milho e arroz, até de exportação, como a soja, que tem sido uma cultura bastante difundida na região e ao mesmo tempo a que mais provoca desmatamento da floresta Amazônica, sem contar que áreas cobertas por soja tendem a provocar a diminuição dos índices pluviométricos em cerca de 15%. As pastagens provocam uma redução inferior, aproximadamente 3,9%. Talvez pareça pouco, mas é preocupante, pois a expansão agropecuária ocorre de forma geométrica, se a ocupação para essa atividade continuar nesse ritmo, em pouco tempo o clima característico da região (quente e úmido) se alterará, comprometendo todo o ecossistema.
Nessa porção do Brasil são cultivados produtos tradicionais, como a juta e a pimenta-do-reino, introduzidos na região por imigrantes, sobretudo, japoneses. Porém, o cultivo atualmente é desenvolvido por descentes. O Estado do Pará é o maior produtor da região e do país, respondendo por 80% ou 27 toneladas ao ano. As plantações se encontram concentradas em áreas periféricas de Belém. Já a produção da juta, planta da qual se obtém fibras, tem como maior produtor o Estado do Amazonas.
O cultivo de produtos alimentícios ocorre, especialmente, em propriedades rurais de pequeno porte, nas quais são desenvolvidas plantações por meio de mão-de-obra familiar e aplicação de técnicas rudimentares, fatores que resultam em uma baixa produtividade. Dentre os produtos estão a mandioca, arroz, feijão e milho, esses produtos têm como destino o abastecimento da família do produtor e a comercialização no mercado local. Em geral, os índices de produtividade da agricultura nortista são baixos se comparados a outras regiões do país.
A atividade pecuária também tem crescido na região Norte, modificando a paisagem de forma significativa, pois a vegetação da floresta Amazônica é substituída pela pastagem. Geralmente essa atividade rural é desenvolvida de maneira tradicional ou extensiva, os animais são criados soltos, sem receber maiores cuidados, resultando em baixa produtividade. As principais criações são de bovinos e bubalinos, desses a região possui o maior rebanho do Brasil.
A produção agropecuária na região Norte gera uma grande preocupação ambiental, pelo fato de abrigar a maior floresta equatorial do mundo. É bom lembrar também que o solo amazônico é pobre em nutrientes, desse modo, se retirada a cobertura vegetal a área se transforma praticamente em um deserto.