Qual é a função do retículo endoplasmático

Bacharel em Ciências Biológicas (UNITAU, 2012)
Pós-graduação Lato Sensu em Perícia Criminal (Grupo Educacional Verbo Jurídico, 2014)

Ouça este artigo:

O retículo endoplasmático é uma organela membranosa que, muito provavelmente, surgiu à partir da invaginação da membrana plasmática e está presente em todas as células eucariontes. Ela se trata de um complexo e extenso sistema interconectado de membranas, contínuo ao envelope nuclear, podendo se estender por toda a célula. Esse sistema está disposto de maneira a se dobrar diversas vezes formando algo semelhante a canais e/ou sacos que são denominados cisternas.

É possível observar dois tipos distintos de retículo endoplasmático nas células dos eucariotas: o retículo endoplasmático liso e o rugoso. Muito embora se tratem de estruturas diferentes, pode-se dizer que, de maneira geral, suas funções estão relacionadas ao processamento e transporte de moléculas. O processamento ocorre por meio das enzimas ali existentes que realizarão transformações nas moléculas, como, por exemplo, as modificações pós-traducionais das proteínas. Por outro lado, o transporte ocorre justamente pelo fato dessas organelas se tratarem de um sistema interconectado que se espalha pelo citoplasma, podendo endereçar esses “produtos” de um lugar a outro.

Retículo Endoplasmático Rugoso

O retículo endoplasmático rugoso, também conhecido como granular, se comunica diretamente com a membrana do núcleo da célula, isso é, se tratam de estruturas contínuas. A membrana dessa estrutura está associada com diversos ribossomos que têm o aspecto de grãos ou rugas responsáveis pelo nome da organela. Esses ribossomos sintetizam as proteínas que serão transportadas pelo retículo ou processadas e transformadas por enzimas do interior das cisternas, como ocorre na formação de algumas glicoproteínas, por exemplo. O tamanho do retículo endoplasmático rugoso é variável de acordo com a função da célula. Algo que ilustra muito bem isso é o fato dessa organela ser bastante desenvolvida em algumas células secretoras de proteínas, como é o caso das células do pâncreas.

Retículo Endoplasmático Liso

O retículo endoplasmático liso, podendo também ser denominado de agranular, se estende a partir do anteriormente citado e se dispõe de uma maneira mais cilíndrica, tomando a forma de tubos. Ele não possui ribossomos em sua membrana, o que dá a aparência de ser liso. Por essa razão, esse não tem como produto proteína alguma, entretanto também são processadas moléculas de extrema importância. Assim, é aqui que são produzidos fosfolipídeos, gorduras e esteróides. Outro exemplo de processos que ocorrem no retículo endoplasmático liso é modificação de algumas moléculas visando facilitar a sua excreção. Com relação ao tamanho dessa estrutura, também se trata de algo bastante variável, exemplos disso são as células produtoras de hormônios, como a testosterona, possuírem essa organela bem desenvolvida.

Por fim, os retículos endoplasmáticos se tratam de estruturas distintas, mas complementares e bastante relacionadas. Isso se dá por se comunicarem e por terem funções de transporte e processamento.

Bibliografia:
Junqueira, L. C. & Carneiro, J. Biologia Celular e Molecular. 9ª Edição. Editora Guanabara Koogan. 338 páginas. 2012.

Koeppen, B.M. & Stanton, B.A. Berne & Levi - Fisiologia. 6ª Edição. Editora Elsevier. 864 páginas. 2009.

Guyton, A.C. & Hall, J.E. Tratado de Fisiologia Médica. 11ª Edição. Editora Elsevier. 1115 páginas. 2006.

Lopes, S. Bio – Volume Único. 1ª Edição. São Paulo: Editora Saraiva. 606 páginas. 2004.

Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/citologia/reticulo-endoplasmatico-liso-rugoso/

Qual é a função do retículo endoplasmático

É formado por canais delimitados por membranas. Esses canais comunicam-se com o envoltório nuclear (carioteca). Ele pode ser considerado uma rede de distribuição, levando material de que a célula necessita de um ponto qualquer até seu ponto de utilização. O retículo endoplasmático, portanto, tem função de transporte servindo como canal de comunicação entre o núcleo e o citoplasma.
Reconhecem-se dois tipos de retículo endoplasmático: liso e rugoso.

Qual é a função do retículo endoplasmático

  • Retículo endoplasmático liso (REL): também chamado de agranular, é formado por sistemas de túbulos cilíndricos e sem ribossomos aderidos à membrana. A membrana do REL é contínua com a do retículo rugoso, embora exista diferença entre as moléculas que constituem essas duas variedades de membrana. O REL participa de diversos processos funcionais de acordo com o tipo de célula. Por exemplo, nas células que produzem esteroides, como as da glândula adrenal, ele ocupa grande parte do citoplasma e contém alguma das enzimas necessárias para a síntese destes hormônios. O REL é abundante também nas células do fígado, onde é responsável pelos processos de conjugação, oxidação e metilação, das quais as células lançam mão para inativar certos hormônios e neutralizar substâncias nocivas e tóxicas, como os barbitúricos e várias outras drogas (fármacos).

Outra função importante do REL é a síntese de fosfolipídios para todas as membranas celulares. As moléculas de fosfolipídios são transferidas para outras membranas, por meio de vesículas que se destacam e são movidas por proteínas motoras, ao longo dos microtúbulos, por comunicação direta com o retículo endoplasmático rugoso; e por meio das proteínas transportadoras de fosfolipídios.

Graças à enzima glicose-6-fosfatase, presente em suas membranas, o REL, participa da hidrólise do glicogênio, produzindo glicose para o metabolismo energético. Essa enzima também é encontrada no retículo endoplasmático rugoso, mostrando que essas duas organelas embora diferentes, têm alguns aspectos funcionais em comum.

Nas células musculares estriadas, o retículo endoplasmático liso recebe o nome de retículo sarcoplasmático e toma parte no processo de contração muscular. Esta forma especializada do retículo é capaz de acumular e liberar íons cálcio, o que regula a contração muscular.

  • Retículo endoplasmático rugoso (RER): é formado por sistemas de túbulos achatados e ribossomos aderidos à membrana, o que lhe confere aspecto granular. Tem como função segregar do citosol proteínas destinadas à exportação, ou para uso intracelular em organelas como os lisossomos, por exemplo. Outras funções são: a glicosilação inicial das glicoproteínas, síntese de fosfolipídios, a montagem de moléculas protéicas com múltiplas cadeias polipeptídicas e a proteólise da sequência de aminoácidos, que é o sinal para a introdução das proteínas nas cisternas do retículo endoplasmático.

Toda a síntese de proteínas começa com polirribossomos livres no citosol. O RNAm das proteínas destinadas à segregação no retículo endoplasmático contém uma sequência adicional de suas bases na sua extremidade 5 que codifica uma sequência de 20-25 aminoácidos, quase todos hidrofóbicos, chamada sequência sinal. Quando penetra na cisterna do retículo endoplasmático rugoso, a sequência sinal é removida por uma enzima específica, a peptidase do sinal, localizada na superfície interna da membrana do retículo. A tradução da proteína continua, seguida pelas modificações que ocorrem no interior das cisternas, como hidroxilações, glicosilações, sulfatações e fosforilações. Essas modificações continuam no complexo de Golgi, até o seu endereçamento pelas vesículas secretoriais.

O retículo endoplasmático rugoso é também chamado de ergastoplasma, palavra originada do grego ergozomai, que significa “elaborar, sintetizar”. Esse tipo de retículo é muito desenvolvido em células com função secretora. É o caso, por exemplo, das células do pâncreas, que secretam enzimas digestivas, e também o caso das células caliciformes da parede do intestino, que secretam muco. Em suma, o RER apresenta funções de aumentar à superfície interna a célula, o que amplia o campo de atividade das enzimas, facilitando a ocorrência de reações químicas necessárias ao metabolismo celular, síntese de proteínas (sua principal função) e armazenamento. Graças ao ribossomo aderido às suas membranas, ele atua na produção de certas proteínas celulares, como o colágeno, que é uma proteína produzida pelo RER do fibroblasto.

Qual é a função do retículo endoplasmático

Quais são as funções do retículo endoplasmático?

O retículo endoplasmático está relacionado com diversas funções na célula. Dentre elas, podemos citar a produção de lipídios e proteínas que ocorre na membrana dessas organelas. Além disso, essa estrutura armazena cálcio, servindo como uma fonte de armazenamento intracelular.

O que é retículo endoplasmático e qual sua função?

É responsável pelo transporte das substâncias na célula O retículo endoplasmático (RE) são organelas citoplasmáticas membranosas. Estas membranas formam uma complexa rede achatada que estão interligadas com o invólucro nuclear (carioteca). O RE só ocorre nas células eucariontes.

Qual é a função do retículo endoplasmático rugoso?

Além da segregação de proteínas, o retículo endoplasmático rugoso participa de processos como produção de fosfolipídios, síntese de proteínas de membrana, glicosilação (adição de açúcares às proteínas) inicial das glicoproteínas e montagem de moléculas proteicas formadas por várias cadeias polipeptídicas.

O que o retículo transporta?

O retículo endoplasmático é um conjunto de membranas que têm função de síntese e transporte de várias substâncias. Há dois tipos de retículo endoplasmático: rugoso ou granular, e liso ou agranular.