Qual é a primeira etapa básica para a prestação dos primeiros socorros?

Teclas de Atalhos

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Banca: AMEOSC - Associação dos Municípios do Extremo Oeste de Santa Catarina - AMEOSC

Prova: AMEOSC - Prefeitura - Auxiliar de Serviços Gerais - 2017

Qual é a primeira etapa básica na prestação de primeiros socorros?

A

Verificação do estado de dilatação e simetria entre as pupilas.

B

Verificação do estado de consciência da vítima.

C

Avaliação do local do acidente.

D

Observação e sensação de tato na face e extremidades da vítima, para verificação da temperatura do corpo.

As ações iniciais dos primeiros socorros em uma situação de emergência são essenciais para que a vítima mantenha-se estabilizada. O ideal é que algumas etapas sejam seguidas para que haja melhor organização do atendimento. Assim, o socorrista garantirá resultados mais eficazes no procedimento.

Autocontrole

O primeiro passo pode parecer óbvio, mas diante de um acidente ou ocorrência grave, é natural que o estado emocional dos presentes seja abalado. Porém, a prestação dos primeiros socorros exige calma para que seja bem realizada. Assim, manter o controle emocional é imprescindível para conseguir manter a vida do acidentado.

Avaliação do local do acidente

Antes de iniciar os primeiros socorros, é necessário avaliar o local do acidente. Isso incluir procurar a colaboração de outros presentes, se houver, além de manter os curiosos afastados para evitar confusão e facilitar o atendimento. Agilidade e perspicácia são fundamentais para extinguir maiores perigos para o socorrista e vítima.

Verifique se há fios soltos e desencapados, tráfego de veículos, riscos de andaimes, vazamento de gás, máquinas funcionando, corrente elétrica, chamas, faíscas, fagulhas, enfim, qualquer elemento externo que possa tornar o atendimento arriscado. Em seguida, sinalize o local com cones, fitas, triângulos ou galhos de árvore.

Na falta de qualquer recurso, peça que alguém apenas sinalize com os braços, desde que a certa distância do local do acidente. O importante é marcar o ponto da ocorrência, evitando maiores acidentes. Tomadas as devidas precauções, todas bastante rápidas, é hora de iniciar o atendimento a vítima.

Avaliação do acidentado

A avaliação do estado geral do acidentado é a próxima etapa na prestação dos primeiros socorros. As ações devem ser realizadas simultânea ou imediatamente após a proteção do acidentado. Neste momento, se faz necessário realizar dois exames básicos: o Exame Primário e o Exame Secundário.

O exame primário consiste em verificar as seguintes condições:

  1. Se a vítima está consciente (avaliação de respostas lógicas, como nome, idade, etc)

  2. Se a vítima está respirando (observação dos movimentos torácicos e abdominais com a devida entrada e saída de ar pelas narinas ou boca)

  3. Se as vias aéreas estão desobstruídas

  4. Verificar se há hemorragia (quantidade, volume e se o sangue perdido é arterial ou venoso)

Este exame deve ser realizado em no máximo dois minutos. Se a vítima não estiver respirando, mas apresentar batimentos cardíacos (pulso), iniciar a respiração artificial e, caso não haja mais pulso, a Recuperação Cardiopulmonar.

O exame secundário, por sua vez, consta da verificação das seguintes condições:

  1. Avaliar os 5 sinais vitais:

  • pulso

  • respiração

  • pressão arterial (PA), quando possível

  • temperatura (sensação de tato na face e extremidades)

  • dor

  1. Avaliar os 3 Sinais Diagnósticos:

  • tamanho das pupilas (estado de dilatação e simetria - igualdade entre as pupilas)

  • enchimento capilar (perfusão sanguíneas das extremidades)

  • cor da pele – cianose (a coloração azulada indica pouco oxigênio)

  1. Avaliar o nível de consciência. Realizado apenas por profissionais da área

  2. Escala de Coma de Glasgow. Realizado apenas por profissionais da área

Caso o acidentado esteja consciente, pergunte pelas áreas dolorosas no corpo (peça para indicar onde dói) e possíveis incapacidades funcionais de mobilização (movimentar as mãos, pés, etc). Nesse momento, é preciso tranquilizar a vítima e transmitir-lhe segurança e conforto, pois medo e ansiedade podem piorar o seu quadro geral.

Atente-se para mobilizá-lo apenas se houver segurança para evitar traumas de maior extensão. O ideal é deixar a vítima de costas enquanto é examinada e até que os danos sofridos sejam conhecidos. Se, do contrário, o acidentado estiver inconsciente, coloque sua cabeça em posição lateral antes de proceder com qualquer avaliação de seu estado geral.  

Manobras iniciais

  1. Manobras de avaliação

Sem deixar de verificar o estado de consciência e respiração do acidentado, apalpe (cuidadosamente) o crânio para checar se há hemorragias, fraturas ou depressão óssea. A mesma manobra deve ser feita com o pescoço, verificando o pulso da carótida e observando ritmo, frequência e amplitude cardíacas.

Corra os dedos pela coluna cervical, no caminho da base do crânio até os ombros, atentando-se para qualquer irregularidade. Na coluna dorsal, corra a mão pela espinha do acidentado, desde a nuca até o sacro. Caso haja dor, a suspeita é da presença de lesão na coluna cervical.

Verifique se há lesão no tórax, se a vítima sente dor ao respirar ou quando o tórax é levemente comprimido. Mediante a indicação de dor por parte do acidentado, localize a região e procure algum edema ou deformação. Se houver dor abdominal, cheque a presença de algum ferimento, qualquer que seja sua extensão.

Aperte, de forma cuidadosa, os lados da região da bacia para identificar alguma lesão. Peça que a vítima tente mover as pernas no intuito de avaliar a capacidade funcional. Em casos de traumas violentos ou choque elétrico, não permita que a vítima se levante de forma brusca, como se nada tivesse acontecido.

Ela deve ser imobilizada, ao menos para os exames iniciais rápidos, preferencialmente de costas ou na posição mais confortável. A situação torna-se um pouco mais complicada com vítimas inconscientes, a partir do momento em que há poucas informações sobre seu estado e outras complicações podem surgir.

A primeira coisa a fazer é manter as vias respiratórias desimpedidas fazendo a extensão da cabeça ou mantendo-a em posição lateral. Isso é feito para impedir sufocamento por vômitos. Tente, ainda, limpar a cavidade bucal. Os primeiros cuidados com o inconsciente devem ser redobrados com atenção máxima para alterações nos seguintes sinais:

  • pulso ausente

  • falta de respiração

  • hemorragia abundante

  • perda dos sentidos

Como será visto no próximo item, é de fundamental importância manter a oxigenação corporal. Por isso, alguns quadros merecem cuidados redobrados, especialmente em vítimas de mal súbito, como. Logo, acelere o atendimento de primeiros socorros a vítimas dos seguintes casos:

  • obstrução das vias aéreas superiores; ­

  • parada cárdio-respiratória; ­

  • hemorragia;

  • estado de choque;

  • coma (perda da consciência); ­

  • convulsões (agitações psicomotoras); ­

  • envenenamento (intoxicações exógenas); ­

  • diabetes mellitus (comas hiper e hipoglicêmicos); ­

  • infarto do miocárdio;  

  • queimaduras extensas.

Afrouxe as vestes da vítima e retire os sapatos, mas cubra-a o mais rápido possível para evitar hipotermia.

  1. Manobras de liberação das vias aéreas

A liberação das vias aéreas é fundamental pela necessidade de oxigenação. O oxigênio é distribuído por todas as células corporais através do sangue impulsionado pelo coração. Alguns órgãos sobrevivem algum tempo sem ar e outros podem ser seriamente afetados. As células nervosas do cérebro, por exemplo, morrem com três minutos sem oxigênio.

Para realização da liberação das vias aéreas o socorrista deve realizar os seguintes passos:

• 1º passo: Inspecione a boca e certifique-se que não existe nenhuma obstrução por prótese, vômito, sangue e outros. Se presentes, retirar o corpo estranho com dedos enluvados ou aspirando aos líquidos.

• 2º passo: Na ausência de suspeita de trauma (vítimas clínicas), realize a manobra de hiperextensão do pescoço, de maneira que a base da língua não obstrua a parte superior da traqueia. Ao suspeitar de eventos traumáticos, realize manobras de elevação da mandíbula ou tração do mento (Chin Lift e Jaw Trust).

Na elevação da mandíbula, o socorrista permanece de pé ou de joelhos, junto à cabeça do paciente, e agarra os arcos da mandíbula com as pontas dos dedos, enquanto coloca as mãos nos lados da face do paciente. A mandíbula é levantada para frente e a posição dos cotovelos na maca ou na prancha deve ser a mais confortável possível para o socorrista.

Manobra de Chin-Lift e Manobra de Jaw-Thrust

A Manobra de Chin-Lift, realizada para o controle de vias aéreas, consiste em posicionar os dedos de uma das mãos do examinador sob o mento, que é levemente tracionado para cima e para frente, enquanto o polegar da mesma mão deprime o lábio inferior, para abrir a boca; a outra mão é posicionada na região frontal para fixar a cabeça da vítima.

Qual é a primeira etapa básica para a prestação dos primeiros socorros?

A Manobra de Jaw-Thrust é a elevação da mandíbula. Consiste na utilização das duas mãos do examinador posicionando os dedos médios e indicadores no ângulo da mandíbula, projetando-a para frente. Os polegares deprimem o lábio inferior, abrindo a boca e permitindo verificar corpos estranhos e tudo que possa obstruir as vias aéreas superiores.

Qual é a primeira etapa básica para a prestação dos primeiros socorros?

  1. Manobras de ventilação

Uma das manobras de ventilação mais comuns é a respiração boca-a-boca. Veja, com atenção, o passo a passo para realizar esse procedimento da forma adequada.

  • deite a vítima com a cabeça inclinada e o queixo elevado;

  • pressione a narina da vítima com o polegar e o indicador da mesma mão usada para inclinar a cabeça, e passe a outra mão por trás do pescoço, para dar apoio ;

  • retire da boca as próteses e alimentos;

  • coloque sua boca sobre a da vítima e faça duas ventilações (sopros para dentro da boca da vítima), até notar que o peito se levanta. Para que isto aconteça, é preciso soprar com bastante força. Cada ventilação deve durar, em média, de um segundo a um segundo e meio;

  • em crianças, as ventilações devem durar quatro segundos e, nos recém-nascidos, três segundos. A boca do socorrista cobre a boca e o nariz da criança ao mesmo tempo, por ser impossível fazer da mesma forma que com os adultos;

  • permita que a vítima expire livremente;

  • repita o movimento quinze vezes por minuto

Entretanto, manuais mais recentes afirmam que a respiração boca a boca reduz as chances de sobrevivência, especialmente se feita por leigos. Por isso, recomenda-se a realização de massagem cardíaca ou reanimação cardiopulmonar (RCP). Trata-se do conjunto de manobras destinadas a garantir a oxigenação dos órgãos sem a falta de circulação.

A RCP será executada se o adulto não estiver respondendo e nem respirando ou não respirando normalmente. As manobras começam com compressões, conforme será visto no passo a passo a seguir:

  • identifique o ponto de compressão da seguinte forma: localize o fim do osso esterno (o osso do tórax, abaixo do estômago), dê a distância de um palmo e mais duas polpas digitais; imediatamente acima deste nível, coloque as mãos para iniciar a massagem cardíaca.

Qual é a primeira etapa básica para a prestação dos primeiros socorros?

  • realize 15 compressões torácicas seguidas, com uma freqüência aproximada de 80 por minuto;

  • mantenha a relação de quinze compressões para duas ventilações;

  • examine o pulso após um minuto de reanimação cárdio-pulmonar, e depois, a cada três minutos

  • em crianças com peso inferior a 30kg, deve-se fazer pressão apenas com uma das mãos, e utilizando os dedos, a fim de que não ocorram fraturas ósseas no esterno ou costelas.

Qual é a primeira etapa básica para a prestação dos primeiros socorros?

  1. Manobra de circulação

Se, após os exames iniciais, for identificada a falta de circulação ou parada cardíaca, é necessário proceder com a circulação artificial, ou compressão torácica externa.

  • Posicione a vítima em decúbito dorsal (deitada de costas);

  • Encontre a posição na metade inferior do esterno, entre os mamilos;

  • Coloque a palma de uma mão (com os dedos estendidos) sobre esse local;

  • Coloque a palma da outra mão (com os dedos estendidos) em cima da primeira;

  • Posicione seu corpo diretamente sobre suas mãos. Os ombros devem ficar “olhando” para as mãos;

  • Inicie as compressões;

  • Pelo menos trinta compressões para cada duas ventilações;

  • Realize o ciclo de compressões e ventilações por pelo menos cinco ciclos ininterruptos ou até que o resgate especializado chegue ao local do atendimento.

Os braços do socorrista devem permanecer em extensão com as articulações dos cotovelos fixas, transmitindo ao esterno da vítima a pressão exercida pelo peso dos seus ombros e tronco, reduzindo a fadiga. A pressão deve ser suficiente para deprimir o esterno em até 5cm em pacientes adultos.

A respiração artificial e a compressão torácica externa devem ser feitas de forma simultânea para conseguir a reanimação efetiva. Se estiver sozinho, serão necessárias trinta  compressões para cada duas ventilações. Se em dois socorristas a ideia é a mesma, mas não há a necessidade de parar a massagem para realizar as ventilações.

Após cinco a quatro ciclos de compressão e ventilação (de aproximadamente  um minuto), é aconselhável reavaliar a presença de pulso e respiração espontânea, repetindo as reavaliações a cada três minutos.

  1. Manobras de avaliação neurológica

As manobras de avaliação neurológica consistem no exame rápido de consciência da vítima. Caso ela esteja acordada, faça perguntas pelas quais possa obter e avaliação as seguintes situações:

  • nível de consciência

  • atenção

  • memória

  • humor

  • habilidades de entendimento e julgamento

  • modo de falar e se expressar

A avaliação neurológica também inclui resposta a incentivos, insensibilidade ou formigamentos, permitindo checar se há a lesão dos nervos. Em casos de alguma alteração neurológica, acompanhe sua evolução, seja para melhor ou pior.

Qual é a primeira etapa básica na prestação de primeiros socorros?

A avaliação do local do acidente é a primeira etapa básica na prestação de primeiros socorros.

Quais são as etapas básicas de primeiros socorros?

A (Airway) = Controle cervical e Vias aéreas..
B (Breathing) = Respiração..
C (Circulation) = Circulação/hemorragia..
D (Disability) = Estado neurológico..
E (Exposure) = Exposição da vítima..

Quais os critérios básico para a prestação do atendimento de primeiros socorros?

Para a boa prática do atendimento básico de emergência em primeiros socorros, é necessário atender a três requisitos mínimos: A cena precisa ser segura para o socorrista não se tornar mais uma vítima, o socorrista precisa deter conhecimentos básicos do atendimento de primeiros socorros e o socorrista ainda precisa ...

Qual a ordem do atendimento de primeiros socorros na avaliação primária?

Neste caso, respeita-se a sequência ABC, ou seja, abertura das vias aéreas (Airway), ventilação (Breathing) e circulação e controle de grande sangramentos externos (Circulation).