Qual foi o primeiro elemento que Henry descobriu quais foram as primeiras pesquisas?

O Hidrogênio, em latim Hidrogenyum, é um elemento químico que foi descoberto no ano de 1766 pelo físico-químico francês Henry Cavendish. Trata-se de um elemento com características únicas, ou seja, não se assemelha a nenhum outro elemento químico conhecido pelo ser humano, não sendo nem metal nem ametal.

O Hidrogênio apresenta massa atômica igual a 1 g/mol e número atômico igual a 1, número atômico esse que resulta da seguinte distribuição eletrônica:

1s1

Ele está posicionado no primeiro período da família IA (metais alcalinos) da Tabela Periódica, mas não faz parte dela, já que não apresenta características físicas e químicas semelhantes aos elementos dessa família. Foi incluído nela por se assemelhar em relação ao subnível mais externo (s1).

De uma forma geral, o Hidrogênio é o elemento mais abundante de todo o universo (sendo o combustível de milhares de estrelas, como o sol) e o quarto elemento mais abundante no planeta Terra.

Formas em que o hidrogênio é encontrado na natureza

  • Faz parte da composição química de diversas substâncias orgânicas (proteínas, carboidratos, vitaminas, lipídios etc.) e inorgânicas (ácidos, bases, sais e hidretos);

  • No ar atmosférico em sua forma molecular, a partir de ligação covalente entre dois átomos (H2).

Características do Hidrogênio atômico

  • Possui três isótopos (átomos de mesmo número atômico e diferentes números de massa), sendo eles o prótio (1H1), deutério (1H2) e o trítio (1H3);

  • Apresenta apenas um nível eletrônico;

  • Possui um único próton em seu núcleo;

  • Possui apenas um elétron em seu nível eletrônico;

  • O número de nêutrons depende do isótopo: prótio (0 nêutrons), deutério (1 nêutron) e trítio (2 nêutrons);

  • Possui um dos menores raios atômicos da Tabela Periódica;

  • Possui maior eletronegatividade que qualquer elemento metálico;

  • Possui maior potencial de ionização que qualquer elemento metálico;

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  • É um átomo capaz de se transformar em um cátion (H+) ou um ânion(H-).

Características do Hidrogênio molecular

  • Em temperatura ambiente, é sempre encontrado no estado gasoso;

  • É um gás inflamável;

  • Seu ponto de fusão é de -259,2oC;

  • Seu ponto de ebulição é de -252,9oC;

  • Possui massa molar igual a 2 g/mol, sendo o gás mais leve;

  • Apresenta uma ligação covalente sigma, tipo s-s, entre os dois átomos de hidrogênio envolvidos;

  • Entre os átomos, existe compartilhamento de dois elétrons;

  • Possui geometria molecular do tipo linear;

  • Suas moléculas são apolares;

  • Suas moléculas interagem por meio de forças dipolo induzido.

Formas de obtenção do Hidrogênio molecular (H2)

a) Método físico

O hidrogênio molecular pode ser obtido a partir do ar atmosférico, já que é um dos gases presentes nessa mistura. Para tal, é necessário submeter o ar atmosférico ao método de liquefação fracionada e, em seguida, à destilação fracionada.

b) Método químico

O hidrogênio molecular pode ser obtido por meio de reações químicas específicas, como:

  • Simples troca: reação na qual um metal não nobre (Me) desloca o hidrogênio presente em um ácido inorgânico (HX), formando um sal qualquer (MeX) e o hidrogênio molecular (H2).

Me + HX → MeX + H2

  • Hidratação do carvão coque (subproduto do carvão mineral): nessa reação o carbono (C) do carvão interage com o oxigênio da água (H2O), formando monóxido de carbono e o gás hidrogênio

C + H2O → CO + H2

  • Eletrólise da água: quando a água é submetida ao processo da eletrólise, ocorre a formação dos gases oxigênio e hidrogênio.

H2O(l) → H2(g) + O2(g)

Principais utilizações do hidrogênio

  • Reagente de diversas reações orgânicas;

  • Combustível de foguetes e veículos automotivos;

  • Reagente em reações de formação de ácidos e hidretos inorgânicos;

  • Maçaricos específicos para o corte de metais.

Licenciatura Plena em Química (Universidade de Cruz Alta, 2004)
Mestrado em Química Inorgânica (Universidade Federal de Santa Maria, 2007)

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Mendeleev e Meyer listaram os elementos químicos conhecidos em ordem crescente de massa atômica. Entretanto, tal classificação conferia alguns problemas à tabela de Mendeleev, o que se caracterizava pela impressão de que alguns elementos pareciam estar fora de lugar. Um exemplo foi o argônio que, quando isolado, não parecia ter massa correta que justificasse sua posição. Sua massa atômica relativa de 40 é a mesma que a do cálcio, mas estes apresentavam consideráveis diferenças: enquanto o argônio é um gás inerte, o cálcio é um metal bastante reativo. Anomalias como essas levaram os cientistas a questionarem-se quanto ao uso das massas atômicas relativas como base definitiva de um padrão de organização dos elementos.

No início do século XX, quando Henry Moseley examinou o espectro de raios x dos elementos, descobriu que todos os átomos de um mesmo elemento químico apresentavam a mesma carga nuclear, e portanto, tinham o mesmo número de prótons, que consistem no número atômico do elemento. Rapidamente chegou-se à conclusão que os elementos ficariam em um padrão ainda mais regular quando arranjados em uma tabela em ordem crescente de seu número atômico, ao invés da massa atômica.

“De modo geral, à medida que o número atômico cresce, a massa atômica também cresce. Há apenas quatro casos de elementos consecutivos na tabela periódica em que o de menor número atômico apresenta maior massa atômica. São eles:

  • o argônio (18Ar), cuja massa atômica é 39,9 e vem antes do potássio (19K), cuja massa atômica é 39,1;
  • o cobalto (27Co), cuja massa atômica é 58,9 e vem antes do níquel (28Ni), cuja massa atômica é 58,7;
  • o telúrio (52Te), cuja massa atômica é 127,6 e vem antes do iodo (53I), cuja massa atômica é 126,9;
  • o tório (90Th), cuja massa atômica é 232 e vem antes do protactínio (91Pa), cuja massa atômica é 231”1.

A lei periódica, portanto, estabelece que quando os elementos são listados, sequencialmente, em ordem crescente de seu número atômico (somatório de prótons existentes no núcleo do átomo), é observada uma repetição periódica em suas propriedades.

Desde as primeiras publicações da lei periódica por Dimitri Mendeleev e Lothar Meyer surgiram muitas propostas de tabelas periódicas. A repetição verificada na lei periódica é a base da estrutura da tabela periódica moderna, sendo a versão mais fácil de utilizar até o momento e que possui correlação com as estruturas eletrônicas dos átomos é a forma estendida, onde elementos com propriedades químicas semelhantes são distribuídos em colunas chamadas grupos ou famílias e linhas denominadas períodos ou níveis.

§ PERÍODOS OU NÍVEIS: As fileiras horizontais da tabela periódica são chamadas períodos ou níveis e enumerados com algarismos arábicos, de cima para baixo, de 1 à 7. Os períodos variam muito em número de elementos: o primeiro possui apenas 2, já o sexto consiste em 32 elementos, em parte porque estão incluídos os lantanídeos, que são 14 elementos, do lantânio (Z=57) até o itérbio (Z=70). O sétimo período consiste também em 32 elementos, pois estão incluídos os 14 elementos actinídeos, do actinídio (Z=89) ao nobélio (Z=102). Os lantanídeos e actinídeos são usualmente chamados de elementos de transição interna e mostrados abaixo da tabela principal.

§ GRUPOS OU FAMÍLIAS

Os grupos maiores consistem em cinco ou seis elementos e são chamados grupos representativos, principais ou grupos A. São enumerados de IA até VIIA, mais o grupo 0, que compreende os gases nobres, sendo também chamado de grupo VIIIA. Os elementos desse grupo são conhecidos como elementos representativos. Os menores grupos encontrados na região central da tabela periódica são chamados grupos de transição, subgrupos ou grupos B. São numerados por algarismos romanos e pela letra B. Variam de IB até VIIIB. Os elementos deste grupo são conhecidos como elementos de transição.

Atualmente, a IUPAC recomenda a utilização de algarismos arábicos na determinação dos grupos ou famílias, da esquerda para a direita, sequencialmente, de 1 até 18.

Referências:
1. PERUZZO, Francisco Miragaia (Tito); CANTO, Eduardo Leite; Química na Abordagem do Cotidiano, Ed. Moderna, vol.1, São Paulo/SP- 1998.
ATKINS, Peter; JONES, Loreta; Princípios de Química: questionando a vida moderna e o meio ambiente, Porto Alegre: Bookman, 2001.
FELTRE, Ricardo; Fundamentos da Química, vol. Único, Ed. Moderna, São Paulo/SP – 1990.

Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/quimica/moseley-e-a-tabela-periodica-atual/

Qual foi primeiro elemento que Henry descobriu?

Foi assistente de Ernest Rutherford. Descobriu, em 1913, uma relação entre o espectro de raios X de um elemento químico e seu número atômico. Foi o primeiro a conseguir determinar os números atômicos dos elementos com precisão. ... .

Quais foram os primeiros elementos a serem descobertos e utilizados pelo homem?

Os primeiros elementos químicos foram registrados milênios antes de Cristo, como cobre, chumbo, ouro, prata e ferro. Esses elementos encontrados na natureza foram utilizados em muitas construções e artefatos, mas não existia a noção que temos hoje do que é um elemento químico.

Qual foi o primeiro elemento que Henry descobriu em 1669?

O fósforo, revelado ao mundo em 1669 pelo alquimista alemão Henning Brand.

Qual foi o segundo elemento da tabela periódica a ser descoberto?

Descoberta dos elementos químicos.