Qual o objetivo principal em criar um programa específico para tratar da Saúde do Homem?

Introdu��o

    Lan�ada pelo Minist�rio da Sa�de do Brasil, a Pol�tica Nacional de Aten��o Integral a Sa�de do Homem (PNAISH), veio com o objetivo de ampliar e facilitar o atendimento de homens entre 20 e 59 anos de idade, nos servi�os de aten��o prim�ria a sa�de, reduzindo as causas de morbimortalidade. Com esta iniciativa o governo pretende investir em v�rios eixos da aten��o b�sica estruturando-as. Dentre os diversos investimentos pretende-se intensificar os servi�os de: promo��o a sa�de, qualifica��o de equipes multiprofissionais e estrutura��o da �rea f�sica. Ser�o investidos mais de 600 milh�es de reais repassados para a aten��o b�sica, incluindo procedimentos como planejamento familiar e ultrassonografia (US) de pr�stata. � um grande desafio para os profissionais por se tratar de um grupo de indiv�duos que raramente procuram o servi�o de sa�de da aten��o prim�ria, por diversas quest�es, sendo elas: culturais, sociais e pessoais que se embasam na id�ia de que o homem � forte e inabal�vel e a doen�a n�o se encaixa nesses padr�es estabelecidos pela sociedade (BRASIL, 2008; LEAL et al., 2012).

    O governo federal anseia que em m�dia 2,5 milh�es de homens na faixa et�ria de 20 a 59 anos procurem o servi�o de sa�de ao menos uma vez por ano. O intuito com estes investimentos e mecanismos � melhorar a assist�ncia oferecida � popula��o masculina promovendo uma mudan�a cultural. A PNAISH destaca o Brasil como pioneiro neste tipo de assist�ncia na Am�rica latina, ficando atr�s apenas do Canad� que foi o primeiro pa�s do continente americano e do mundo a instituir uma pol�tica de sa�de com foco exclusivo no Homem (BRASIL, 2008; LEAL et al.,2012).

    A principal porta de entrada do Sistema �nico de Sa�de (SUS) � a Estrat�gia Sa�de da Fam�lia (ESF), por esse motivo os profissionais da ESF ser�o os principais alvos na qualifica��o que ter� enfoque e demonstrar� meios de como envolver o Homem, na promo��o a sa�de, planejamento reprodutivo, cuidado familiar, bem como elaborar parcerias com a comunidade em geral, promovendo sa�de dos mesmos (BRASIL, 2008; COUTO et al., 2010).

    Dentre os eixos definidos pelo pacto pela vida est� a sa�de do homem, embora a expectativa de vida da popula��o Brasileira tenha aumentado nos �ltimos anos, o homem vive em m�dia 07 anos menos que a mulher, esta diferen�a demonstra claramente que a��es voltadas para a sa�de do homem precisam ser desenvolvidas e constitui um grave problema de sa�de p�blica (BRASIL, 2008; FIGUEIREDO, SCHRAIBER, 2011).

    O principal objetivo deste estudo � conhecer e descrever, a partir de uma revis�o de literatura, a vis�o do homem, usu�rio do servi�o de sa�de na aten��o prim�ria, sobre a assist�ncia prestada e se justifica pelo anseio da sociedade em que o homem veja no servi�o de sa�de um local acolhedor, com equipe multiprofissional capacitada e que possa expor seus problemas de sa�de e obter �xito na resolu��o dos mesmos.

Metodologia

    A pesquisa do material bibliogr�fico realizou-se em quatro etapas (Figura 1). Na primeira etapa, foi definida a base de dados da Biblioteca Virtual de Sa�de (BVS) para identificar e selecionar os artigos. A segunda etapa consistiu-se na defini��o dos descritores inseridos na busca dos mesmos e dos crit�rios de inclus�o (VASCONCELOS et al., 2011). Os termos utilizados na busca foram delimitados a partir das palavras-chave presentes em artigos adequados ao tema, lidos previamente de forma n�o sistem�tica e por meio de consulta �s cole��es de termos da respectiva base de dados e Descritores em Ci�ncias da Sa�de (DeCS). Os descritores utilizados foram: Sa�de do Homem, Sexualidade Masculina e Sa�de P�blica. A busca se restringiu a artigos publicados em portugu�s no per�odo compreendido entre 2003 e Mar�o de 2013.

    A consulta a base de dados foi realizada em Mar�o de 2013. Na terceira etapa, realizou-se uma leitura dos artigos selecionados a fim de identificar os trabalhos que se identificavam com o tema proposto e ainda respeitavam os seguintes crit�rios de inclus�o: 1) Abordassem Sa�de do Homem e sua relev�ncia; 2) Descrevesse a Pol�tica Nacional de Aten��o Integral a Sa�de do Homem; 3) Abordagem descritiva sobre sexualidade masculina; 4) Sentidos que atribu�sse a Sa�de do Homem como usu�rio da aten��o b�sica. Como crit�rio de exclus�o utilizou-se artigos incompletos, teses, disserta��es, resumos e artigos em ingl�s e espanhol que foram agrupados como amostra inadequada. Na quarta etapa se referiu � an�lise dos artigos selecionados que culminaram no estabelecimento de categorias anal�ticas e subcategorias, baseadas nos objetivos dos artigos pesquisados, para facilitar a compreens�o do tema proposto neste estudo, a saber: Categoria 1 � A vis�o do homem, usu�rio do servi�o de sa�de na aten��o primaria; Subcategoria A � A aten��o b�sica � sa�de do homem sob a �tica do usu�rio; Subcategoria B� Aten��o � sa�de do homem na vis�o dos enfermeiros; Subcategoria C � Rela��o homem x sa�de; Subcategoria D � Demanda de homens nos servi�os de aten��o b�sica; Subcategoria E � PNAISH, formula��o e implanta��o.

Qual o objetivo principal em criar um programa específico para tratar da Saúde do Homem?

Figura 1. Fluxograma do processo de revis�o de literatura baseado no estudo de Vasconcelos et al. (2011)

Resultados e discuss�o

    Segue apresenta��o dos resultados obtidos na pesquisa, divididos em categoria e subcategorias, para melhor exemplific�-los.

Qual o objetivo principal em criar um programa específico para tratar da Saúde do Homem?

Figura 2. Esquema de divis�o das subcategorias da categoria tem�tica conceitual, baseada no objetivo do estudo

    Categoria 1 �

A vis�o do homem, usu�rio do servi�o de sa�de na aten��o prim�ria, sobre a assist�ncia prestada.

Subcategoria A �

A aten��o b�sica � sa�de do homem sob a �tica do usu�rio.

    Para Gomes et al. (2011) os principais fatores que levam os usu�rios ao servi�o de aten��o prim�ria a sa�de s�o doen�as cr�nicas, ou complica��es causadas pelas mesmas. Nessa �tica existe uma correla��o com a hipertens�o arterial sist�mica e diabetes mellitus, destaque para homes entre 40 e 60 anos de idade. O homem visualiza no servi�o de sa�de, bem como sua assist�ncia, caracter�sticas de um trabalho voltado para a��es curativas e n�o preventivas e quando � atendido por uma equipe multiprofissional, o acolhimento, a aten��o e o carinho s�o indispens�veis. � neste momento que o homem avalia o atendimento prestado e v� como base o profissional m�dico, que in�meras vezes n�o suplanta suas expectativas; a afetividade se torna um elo de liga��o entre ambas as partes, uma rela��o interpessoal. Nesse mesmo contexto, o homem usu�rio se sente resignado a somente escutar as orienta��es passadas pelo profissional de sa�de, onde na verdade o que ele deseja � ser ouvido.

    O espa�o de servi�o da aten��o prim�ria a sa�de � visto como feminilizado, comprovado em diversas a��es de promo��o e educa��o em sa�de que somente a mulher � freq�ente, e onde deveria o homem compor tal grupo. A Estrat�gia Sa�de da Fam�lia (ESF) � a principal porta de entrada dos servi�os de sa�de e notadamente existe uma defici�ncia profissional no acolhimento e entendimento do usu�rio homem, dificultando a ess�ncia deste servi�o que � a corresponsabilidade, baseada numa cultura de qu� o homem � naturalmente forte, e diante de um procedimento ou necessidade que exija expressar sentimento de dor ou ang�stia, sua masculinidade � colocada em quest�o e criticada. O homem deseja ver na aten��o prim�ria n�o somente um profissional lhe prestando um servi�o, mas um amigo, onde ele possa relatar suas angustias, anseios, preocupa��es e necessidades. (COUTO et al., 2010).

Subcategoria B �

Aten��o � sa�de do homem na vis�o dos enfermeiros.

    O enfermeiro faz parte de um sistema onde partes se completam e um depende da outro para funcionar, para que a pr�tica de gest�o de pessoas e organizacional seja aplicada e o servi�o de sa�de seja um ambiente que consiga contemplar a popula��o masculina, com estrutura f�sica e profissional, a Pol�tica Nacional de Aten��o Integral a Sa�de do Homem deve ser colocada em pr�tica, o que n�o acontece na realidade brasileira. Para desenvolver a��es e atividades que acolham o p�blico masculino, profissionais devem ser capacitados e se interar do objetivo da PNAISH. Muitos profissionais n�o t�m conhecimento do que se trata tal pol�tica o que demonstra a fragilidade do Sistema �nico de Sa�de (SILVA et al., 2012; KNAUTH et al.,2012).

    De acordo com Santana et al. (2011), o enfermeiro compreende que, o usu�rio do g�nero masculino quando procura o servi�o de sa�de, h� uma certa impaci�ncia na espera por atendimento, qualidade essa verificada na popula��o feminina; os homens procuram diretamente a farm�cia no intuito de obter um medicamento para resolver sua enfermidade o mais r�pido poss�vel, n�o se importando com orienta��es e informa��es a serem dadas, dizem n�o terem tempo a perder. Verifica-se tamb�m que os homens chegam � frente da Unidade de Sa�de, param, pensam e decidem se v�o entrar ou n�o, observam se h� profissionais do sexo masculino; se houver entram e ocupam lugares pr�ximos a sa�da. Na vis�o dos profissionais de sa�de, os homens utilizam o servi�o de sa�de para a��es que contemplem medidas curativas ao contr�rio das mulheres que procuram por medidas preventivas; seguindo essa linha de racioc�nio os profissionais de sa�de indagam que as pr�ticas profissionais ainda s�o direcionadas exclusivamente para sa�de da crian�a, do adolescente, da mulher e do Idoso, ficando o homem adulto desprovido de assist�ncia a sa�de. Muitas defici�ncias ainda est�o na forma��o profissional, visto que o Enfermeiro entende e visualiza o problema, mas a fragilidade de estrutura f�sica e organizacional se torna um obst�culo no desenvolvimento de a��es/atendimento direcionado ao p�blico masculino, criar um v�nculo entre homem e sa�de est� cada vez mais longe na realidade do Brasil (SILVA et al., 2012).

Subcategoria C

Rela��o homem x sa�de.

    O termo sa�de do Homem come�ou a ser tratado em meados dos anos 90, quando a Organiza��o Mundial de Sa�de come�a a promover debates a cerca do assunto; preocupa��o da �poca era em rela��o � forma como o jovem vivia em sociedade. Atualmente o que relaciona o homem com a sa�de � a sexualidade, doen�as sexualmente transmiss�veis, sa�de reprodutiva e viol�ncia. As doen�as sexualmente transmiss�veis s�o mais comuns entre os homens, como pode ser observado em um estudo realizado na Espanha que indicou uma maior incid�ncia do v�rus HIV na popula��o masculina, em torno de 6% e 3% na feminina. Em outro estudo foi indicado que o homem se protege menos que as mulheres e est�o mais vulner�veis a contrair o v�rus da AIDS (GOMES, NASCIMENTO, 2006; SCHWARZ et al., 2012).

    Segundo Gomes et al. (2012), a rela��o homem-sa�de est� dentro de um contexto e tem relev�ncia mais ampla, essa classe deve ser inclu�da nas a��es e planejamentos da ESF, dentro da vis�o de que proferir a PNAISH � um processo concomitante. H� de se levar em considera��o que existem duas vis�es distintas sobre a PNAISH; a primeira relata que tal pol�tica j� deveria ter sido inserida anteriormente, para que a sociedade contempor�nea j� estivesse usufruindo dos benef�cios; a segunda linha de pensamento baseia-se nos profissionais, pois os mesmos j� atendem uma demanda superior �s suas atribui��es, e com uma somat�ria de indiv�duos homens que ir�o procurar os servi�os de sa�de, associado �s m�s condi��es de trabalho, desvaloriza��o profissional, faz com que n�o se tenha est�mulo para alavancar tal pol�tica, tendo em vista que a soma de todos os fatores incidem sobre a promo��o da sa�de, busca ativa e corresponsabilidade homem/sa�de (GOMES, NASCIMENTO, 2006; GOMES, 2003).

Subcategoria D

Demanda de homens nos servi�os de aten��o b�sica.

    Os atendimentos dos homens nos tr�s n�veis de aten��o a sa�de chegam a 30% em m�dia, Isso se deve e baseia-se constantemente na cultura de cada ser, e tem influencia do meio social em que vive. A id�ia de que homens s�o fortes, inabal�veis, n�o choram e n�o se intimidam frente a qualquer dor ou desconforto ainda persiste nos dias atuais, procurar algum tipo de suporte para amenizar o seu sofrimento ou mesmo tirar duvidas sobre algo que o acomete seria uma demonstra��o de fraqueza de vulnerabilidade, esse �ltimo sendo considerada a barreira primordial para atingir a popula��o masculina (GOMES et al.,2007).

    A pouca procura dos homens ao servi�o de aten��o prim�ria, segundo, Figueiredo, Schraiber (2011), fundamenta- se no que o homem representa no seio familiar; ele � visto, e se autodenomina como o pilar central da fam�lia e n�o pode fraquejar nunca, nesta situa��o um acometimento comprometeria toda a estrutura familiar.Os homens v�em certa defici�ncia nos hor�rios de atendimento, sendo que existe incompatibilidade com o trabalho di�rio, pois na maioria das situa��es o homem � o provedor da fam�lia, ficando impossibilitado de deslocar-se ao local de atendimento, o que faz com que atitudes de buscar a aten��o prim�ria para sanar um problema e voltar para casa rapidamente seja frustrada, tal experi�ncia faz com que esse indiv�duo acabe gerando uma sobrecarga na aten��o terci�ria, quando comparado em n�veis de prioridade trabalho e sa�de, o primeiro se sobressai (MACHADO et al., 2012).

    H� relatos de profissionais da ESF que obt�m informa��es sobre homens de sua �rea de abrang�ncia somente atrav�s de mulheres (esposa, filhas, parentes em geral), pois o mesmo raramente est� em casa, devido ao trabalho. O servi�o de sa�de se torna falho no acolhimento desse p�blico na quest�o do hor�rio de funcionamento, deve-se formular a��es de planejamento individual para o bem coletivo; estas devem ser repensadas urgentemente, fazendo com que o cliente aproxime do servi�o de sa�de atrav�s da aten��o prim�ria e a PNAISH seja efetivamente colocada em pr�tica (MACHADO et al., 2012).

Subcategoria E

PNAISH, formula��o e implanta��o.

    Lan�ada oficialmente pelo minist�rio da sa�de em 2009 a Pol�tica Nacional de Aten��o Integral a Sa�de do Homem, tem o objetivo de facilitar e ampliar o acesso da popula��o masculina aos servi�os de sa�de. O plano � investir em torno de R$ 613,2 milh�es de reais, num total de oito eixos de a��o, entre eles de comunica��o, promo��o � sa�de, expans�o dos servi�os, qualifica��o de profissionais e investimento na estrutura da rede p�blica. Os subs�dios eram repassados �s unidades de sa�de para intensificar os procedimentos urol�gicos, planejamento familiar e a amplia��o em at� 20% no n�mero de Ultrassom de pr�stata (BRASIL, 2009; LEAL et al., 2012; MEDRADO et al., 2012).

    O governo federal prev� que 2,5 milh�es de homens em m�dia, na faixa et�ria de 20 a 59 anos procurem o servi�o de sa�de ao menos uma vez por ano. A meta � otimizar a assist�ncia oferecida a popula��o masculina e de promover uma mudan�a cultural. A nova pol�tica coloca o Brasil na vanguarda das a��es voltadas para a sa�de do homem. O pa�s ser� o primeiro da Am�rica Latina e o segundo do continente americano, o primeiro foi o Canad�, a implementar uma pol�tica de aten��o � sa�de masculina. A PNAISH tem como objetivo geral facilitar e ampliar o acesso da popula��o masculina aos servi�os de sa�de, contribuindo para a redu��o das causas de morbimortalidade, e como objetivos espec�ficos: organizar rede de aten��o � sa�de que garanta uma linha de cuidados integrais no manejo da redu��o da morbimortalidade no homem, com a Estrat�gia de Sa�de da Fam�lia (ESF) como porta de entrada; apoiar a��es e atividades de promo��o de sa�de para facilitar o acesso da popula��o masculina aos servi�os de sa�de; qualificar profissionais de sa�de para o atendimento dos homens; incorporar o homem no planejamento reprodutivo e no compartilhamento aos cuidados da sa�de familiar e construir parcerias com a sociedade civil organizada para promover a sa�de do homem (BRASIL, 2008; MEDRADO et al., 2012).

    Um dos referenciais da PNAISH � o pacto pela vida, que define como um de seus eixos principais a Sa�de do Homem. Embora a expectativa de vida dos homens tenha aumentado de 59,7 para 68,4 anos entre 1980 e 2005, desde 1991 ela vem se mantendo 7,6 anos abaixo da m�dia das mulheres; Em 2005, do total de mortes na faixa et�ria de 20 a 59 anos, 68% ocorreram entre homens. Essas disparidades demandam a��es de sa�de espec�ficas para os homens em todos os n�veis da aten��o (BRASIL, 2008; GOMES et al., 2012; SCHWARZ, EDUARDO; 2012).

Considera��es finais

    Discutir sa�de do homem e a implanta��o da PNAISH � um desafio que vem sendo enfrentado continuamente por pesquisadores, e atrav�s da pratica baseada em evidencias, pretende-se alcan�ar um longo anseio da sociedade em promover a��es de sa�de que atinjam homens com faixa et�ria de 20 a 59 anos de idade. A implementa��o deste projeto depende de fatores que se resumem na pr�tica em: investimento em infra-estrutura, capacita��o e valoriza��o profissional, investimento em tecnologia e aumento de cotas de exames. Fazer com que homens se tornem clientes da aten��o prim�ria � apenas um detalhe proposto pela PNAISH, � maior import�ncia seria torn�-los conhecedores dos seus direitos e deveres, e da sua responsabilidade no desenvolvimento de um projeto impar na sa�de p�blica nacional.

    Para se chegar a um programa de sa�de com excel�ncia deve-se fortalecer um g�nero. Uma proposta de se focalizar a sa�de do homem pode ser v�lida se sustentada a partir de outros prop�sitos, diferentes daqueles que visam fortalecer os direitos das mulheres. A express�o sa�de do homem pode vir ao encontro de uma pol�tica contempor�nea, que preconiza a supera��o do modelo de mulher e sa�de para o de g�nero e sa�de. Tal pol�tica tem sua defici�ncia na implanta��o, pois a atua��o profissional se da no momento em que estruturas j� foram estabelecidas e amadurecidas. H� necessidade de posi��es mais r�gidas por parte dos governantes para colocar realmente em funcionamento o que explicitado na PNAISH, para que se feche esta lacuna que existe na aten��o prim�ria a sa�de no Brasil.

Refer�ncia

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