Quanto tempo depois da cesárea a barriga volta ao normal

Período pode durar até 60 dias com algum tipo de desconforto físico e emocional. Dieta saudável e atenção a alguns sinais podem fazer com que o processo seja mais ameno 

Puerpério é o período que se inicia logo após o parto. Entre 45 e 60 dias, o corpo da mulher passa por transformações para retomar ao seu estado anterior, antes das transformações causadas pela gestação. Esse tempo pode ser mais longo em mulheres que amamentam por um período maior. Essas transformações envolvem não apenas questões físicas, mas também endocrinológicas (hormonais) e emocionais. 

Um bom exemplo do esforço que o organismo precisa fazer para voltar ao estágio anterior ao da gravidez é o do útero: na gestação, o útero chega a 32 centímetros e a 1,5 quilo. No puerpério, volta ao seu tamanho considerado normal, de 7 centímetros e 60 gramas, perdendo cerca de 1 centímetro por dia. O processo é chamado de renovação uterina e pode gerar cólicas desconfortáveis.

Nas primeiras 24 horas da involução realizada pelo corpo da mulher, o organismo concentra todos os esforços na produção de leite e na retração uterina. A amamentação colabora para o retorno da forma física, já que na sucção do leite pelo bebê, o organismo libera ocitocina de forma mais fácil. O hormônio é responsável pela retomada da forma anterior à gestação.

Baby blues e dieta saudável

Nesse processo de retomada da forma anterior, o organismo reduz a produção do estrogênio e da progesterona. Essa mudança hormonal colabora para a depressão pós-parto e para o chamado ‘baby blues’ durante o puerpério. Casos de depressão precisam de acompanhamento médico, para evitar que ela evolua para algo mais grave. Já o baby blues, aquela tristeza sem motivo aparente, e que fica mais clara quando a mãe percebe algumas dificuldades no primeiro mês de vida do bebê, costuma durar duas semanas.

Assim, em um momento de mudanças físicas e também emocionais, é importante que a mãe adote cuidados para que esse período seja o menos doloroso possível.

É importante manter-se saudável, com a reposição de nutrientes e o uso de vitaminas, somado ao sulfato ferroso indicados no pré-natal até seis semanas depois do parto, ou enquanto durar a amamentação exclusivamente no peito. 

Enriqueça o cardápio com alimentos ricos em água, sobretudo frutas, proteínas e alimentos ricos em vitamina C. Em média, a alimentação no pós-parto precisa ter 400 calorias a mais do que a habitual antes da gestação. Energia e alimentos saudáveis vão ajudar a mãe a garantir uma produção de leite com qualidade nutricional para a criança. É importante, no entanto, evitar excessos, já que os nutrientes consumidos pela mulher chegarão ao bebê via amamentação. É por esse mesmo motivo que remédios devem ser evitados, ou ingeridos apenas sob orientação médica.

Exercícios são também um bom aliado da mulher durante o puerpério. É importante que ele sejam retomados seis semanas após o parto, e que comecem de forma leve e gradual. A reposição da vitamina D ao caminhar sob o sol pode servir para auxiliar no processo de recuperação do organismo. Além de contribuir para a absorção de cálcio pelo organismo, a vitamina D atua no sistema imunológico, protegendo órgãos vitais como o cérebro e o coração. E ao agir como hormônio,  mantém o fósforo e o cálcio presentes no sangue em quantidades adequadas.

E sempre que sair ao sol, não se esqueça de filtro solar para cuidar da pele. Manchas escuras que costumam aparecer na barriga e no rosto durante a gravidez tendem a sumir depois de 40 dias do parto, mais ou menos.

Para descansar, opte por chás que acalmam e reduzem o estresse, já que o momento é de tensão, em virtude dos cuidados necessários com um bebê que, no primeiro momento, não consegue diferenciar o dia da noite. E também de incômodo, já que o corpo está trabalhando para voltar ao que era antes.

Chás de camomila, melissa ou cidreira, capim-limão, alecrim e maracujá são uteis para acalmar e ajudar, por exemplo, a reduzir problemas de estômago, cólicas menstruais, digestão e até proteção contra problemas cardiovasculares. Medicação, apenas com a orientação de um médico. 

A Rede de Farmácias Nissei oferece uma gama de produtos para auxiliar a mulher em todos os seus estágios, com produtos selecionados para cuidar da mente e do corpo. Chás, suplementos e produtos naturais estão à disposição para te oferecer uma dieta saudável, rica em nutrientes, vitaminas e itens para te manter descansada e disposta. Para conhecer, visite uma de nossas lojas ou acesse nosso site. 

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Depois do parto a atenção está toda no bebê. Afinal, ele precisa de cuidados e carinho para crescer de forma saudável. E isso exige a presença ativa da mãe 24h por dia. Mas não dá para esquecer que a mulher também vive um momento transformador – o de se tornar mãe – e passou uma grande experiência – o parto –, e precisa de cuidados também.

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Por isso, as consultas com o médico são tão importantes depois do parto. Confira as principais mudanças que a mulher passa durante essa fase:

Diminuição do tamanho do útero: no primeiro dia após o nascimento do bebê, o fundo do útero está na altura do umbigo, quando apalpado. Após uma semana, ele pode ser sentido logo acima da sínfise púbica (osso da região anterior da bacia), e na segunda semana, não é mais sentido no abdome. Ele demora de seis a oito semanas para retornar ao seu tamanho de antes da gravidez. Durante esse período, seu peso diminui de 1.000 g para 60 g.

Nos três primeiros dias depois do nascimento, as contrações uterinas provocam cólicas abdominais, principalmente ao amamentar. Isso é resultado da liberação de um hormônio chamado oxitocina, que entre outras funções, estimula a contração do útero para diminuir o sangramento do puerpério.

Sangramento vaginal após o parto (loquiação): é o resultado da cicatrização e regeneração do local em que estava inserida a placenta dentro do útero.

Num primeiro momento, ocorre a saída de sangue avermelhado, que dura aproximadamente uma semana. O volume de sangramento tende a diminuir diariamente. É comum ter eventos de saída abrupta, mas com intervalos cada vez maiores. Conforme ocorre a diminuição do sangramento, ele se torna mais escurecido, com cor amarronzada, seguida por uma cor amarelada e finalmente mais esbranquiçada. Costuma cessar seis semanas após o parto.

Mamas: nos primeiros dois a três dias após o parto as mamas produzem o colostro, um precursor do leite materno, rico em minerais, proteínas, vitamina A e imunoglobulinas. No terceiro ou quarto dia ocorre a apojadura, que é a formação do leite materno para a amamentação. A mulher sentirá suas mamas crescerem, ficarem quentes e pesadas. Pode ser acompanhada de fraqueza, cansaço, mal-estar e, eventualmente, febre baixa.

Intestino: Após o parto o intestino da mulher fica mais lento e o aumento do volume da barriga é decorrente do acúmulo de gases. Esse acúmulo é intensificado caso a via de parto tenha sido cesárea, pois além das alterações hormonais, há o trauma da cirurgia propiciando uma lentidão acentuada do trânsito intestinal. Isso costuma melhorar bastante após uma semana e o intestino volta ao normal em seis a oito semanas. 

O hábito intestinal deve ser semelhante ao hábito que a mulher tinha durante a gestação, que costuma ser um intestino mais obstipado. Para melhorar, uma boa dica é a caminhar e se movimentar para estimular o intestino a funcionar. Massagens na barriga, ter uma dieta rica em fibras e tomar muita água também ajuda.

Inchaço: Quando o útero contrai e diminui de tamanho, todo o sangue que estava dentro dele volta para corrente sanguínea. Desta forma, pode haver inchaço das extremidades (pés e mãos) principalmente na primeira semana depois do parto, voltando ao normal em seis a oito semanas.

Sono: A privação de sono é uma realidade para quem tem um recém-nascido em casa. A criança ainda depende da mãe para tudo. É preciso estabelecer prioridades. Os cuidados com o bebê estão em primeiro lugar. Outras questões de seu cotidiano, como os filhos mais velhos, cuidar da casa etc., ficam em segundo plano e devem ser compartilhados com o pai ou outra pessoa da família.

O cansaço crônico pode interferir na produção de leite e aumenta a chance de depressão pós-parto. Por isso, toda ajuda é bem-vinda para melhorar o bem-estar da mãe e do bebê. Fazer exercícios ajuda o organismo voltar ao normal e dá ânimo para a mãe. No primeiro mês após o parto o ideal é fazer exercícios leves como alongamentos, ioga e caminhadas.

Cuidados especiais para quem passou por uma cesárea

O cuidado mais essencial é a higiene no local da cicatriz: lavar o local do corte e deixá-lo sempre seco. Nos primeiros dias após o parto é natural que haja dor no local, por isso a paciente recebe analgésicos para o controle dessa dor. Caso o corte comece a ficar avermelhado, inchado e com saída de secreção, com piora da dor local, um médico deverá examinar para verificar presença de complicação no local.

Quanto tempo leva para desinchar a barriga depois de uma cesária?

O inchaço no pós parto deve durar até 8 dias, reduzindo dia após dia. Caso o inchaço esteja mais presente ou dure mais tempo, deve procurar ajuda médica, porque pode ser preciso avaliar a pressão arterial e verificar se existe alguma alteração importante no coração, rins ou fígado.

O que fazer para perder a barriga depois da cesárea?

Para perder barriga no pós-parto rapidamente é importante amamentar, se for possível, e além disso beber bastante água e não consumir bolachas recheadas ou frituras, contribuindo para um emagrecimento gradual e natural, entre 300 e 500 gramas por semana, que garantem o bem estar e a saúde.

Quantos meses depois da cesárea a barriga volta ao normal?

No entanto, especialistas apontam que cerca de dois meses são necessários para que o corpo comece a ter a aparência antes da gestação, afinal, só o útero leva cerca de 45 dias para voltar ao tamanho normal. Ao mesmo tempo, muitos fatores podem influenciar no processo de perda de peso no pós-parto.

Quanto tempo demora para cicatrizar a cesárea por dentro?

A cesariana tem um tempo médio de recuperação de 060dias. Sendo que a recuperaçõa também fica a depender dos fios utilizados no procedimentos que variam a força de tensão entre 30 - 90dias, que ficam a critério da experiência e rotina de cada cirurgião e hospital.