Quem foi Piet Mondrian e qual a importância do seu trabalho para a arte?

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Quem foi Piet Mondrian e qual a importância do seu trabalho para a arte?
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Quem foi Piet Mondrian e qual a importância do seu trabalho para a arte?

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Piet Mondrian

Quem foi Piet Mondrian e qual a importância do seu trabalho para a arte?

Piet Mondrian, 1924
Nome completo Pieter Cornelis Mondrian
Nascimento 7 de março de 1872
Amersfoort
Morte 1 de fevereiro de 1944 (71 anos)
Nova Iorque
Nacionalidade Países Baixos
Alma mater Academia Real de Arte
Ocupação Pintor
Magnum opus Victory Boogie-Woogie, Broadway Boogie-Woogie, Composição II em Vermelho, Azul e Amarelo
Movimento estético Neoplasticismo, Cubismo e Abstracionismo

Pieter Cornelis Mondrian, geralmente conhecido por Piet Mondrian (Amersfoort, 7 de março de 1872 - Nova Iorque, 1 de fevereiro de 1944) foi um pintor neerlandês modernista. Criou o movimento artístico neoplasticismo e colaborou com a revista De Stijl e depois com as formas da pintura concreta.

História[editar | editar código-fonte]

Nascido em ambiente rural com clima de fazenda e sítio, Pieter Cornelis Mondrian era de uma família neerlandesa extremamente religiosa. Seu pai, um pastor neerlandês, desejava que o filho seguisse a carreira policial. A religião marcou o jovem Piet e o sentimento metafísico iria permear sua obra durante toda a vida, em maior ou menor grau.[1]

Tendo um tio que trabalhava com pintura, interessou-se pela carreira artística, mas foi obrigado a enfrentar a visão ortodoxa da família, que via na arte um caminho para o pecado. Vê, porém, na possibilidade de dar aulas uma resolução ao seu dilema: prometeu ao pai estudar artes para se tornar um professor.

Insatisfeito com o magistério, Mondrian sentia a necessidade de libertar-se e estabelecer-se como pintor, mas temia enfrentar ao pai (que até então desaprovava a ideia) e a si mesmo, tal o peso de sua formação religiosa. Quando entrou em contato com a [teosofia], porém, encontra em seu ideário uma resolução para o problema: a doutrina pregava o trilhar de um caminho evolutivo pessoal e a arte encaixava-se neste caminho. O contato com a teosofia irá manifestar-se no trabalho de Mondrian e marcará sua vida profundamente daí em diante.

Piet Mondrian começou a sua carreira como pintor ao mesmo tempo em que trabalhava como professor. A maior parte do seu trabalho deste período é influenciada pelo naturalismo e o impressionismo. No museu Gemeente, em Haia, estão expostos vários trabalhos deste período, incluindo exemplares pós-impressionistas tais como "O Moinho Vermelho" e "Árvores ao andar". (O museu também tem exemplos do seu trabalho geométrico posterior).

Após entrar em contato com a teosofia, Mondrian passa por um breve período simbolista, que lhe será fundamental para que atinja a abstração. Este período costuma-se confundir com a radical abstração que caracterizaria o resto de sua obra, já revelando uma certa tendência à geometrização e à síntese da realidade. Além do pensamento espiritual calcado na busca de uma essência matemática e racional para a existência que caracteriza a teosofia, Mondrian também exibiu um interesse quase obsessivo pelo jazz – pela identificação de sua alegria contagiante com o ritmo irregular que, ele também, possuiria um fundamento matemático.

A abordagem sequencial de três telas com árvores (A árvore vermelha - 1908, A árvore cinzenta - 1912 e Macieira em Flor - 1912), mostra como se processou a desconstrução figurativista de sua obra.[2]

Em 1911,[3] visitou uma exposição cubista em Amsterdã que o marcou profundamente e teve grande influência no seu trabalho posterior.

A partir de 1917 até a década de 1940 desenvolve sua grande obra neoplástica.

Essa fase de sua obra, a mais popularmente difundida, se caracteriza por pinturas cujas estruturas são definidas por linhas pretas ortogonais (o uso de diagonais induziria a percepção a ver profundidade na tela e motivou o rompimento de sua amizade com Theo Van Doesburg, posteriormente). Essas linhas definem espaços que se relacionam de diferentes modos com os limites da pintura, e que podem ou não serem preenchidos com uma cor primária: amarelo, azul e vermelho, decisão que mostra sua estreita relação com as teorias estéticas da Bauhaus e da Escola de Ulm, e que definem pesos visuais diferentes para esses espaços. Os blocos de cor pintados de modo fosco e distribuídos assimetricamente reforçam a ideia de um movimento superficial que se estende perpetuamente, indicando que o pintor investia na percepção de sua obra como uma abstração materialista e sem profundidade, criticando a pintura histórica enquanto produzia uma abstração racionalista, espiritualista e sobretudo concreta do mundo.

Sua obra, muitas vezes copiada, continua a inspirar a arte, o design, a moda e a publicidade que a apropriam como design, sem necessariamente levar em conta sua fundamental e filosófica recusa à imagem.

Em 1930, Lola Prusac, estilista da Casa Hermès, criou uma linha completa de bolsas e malas que são inspiradas diretamente nas obras de Mondrian com cortes vermelhos, amarelos e azuis.[4]

O seu quadro Broadway Boogie-Woogie, que pode ser visto no Museu de Arte Moderna de Nova Iorque-MoMa, pertence à fase posterior ao Neoplasticismo, quando Mondrian se liberta das regras que ele próprio se impôs.

Obras[editar | editar código-fonte]

Algumas das seguintes obras referem-se a nomes genéricos repetidos exaustivamente por Mondrian.

  • Árvores a luz da Lua - 1908
  • A Árvore Vermelha - 1908
  • Paisagem - 1909
  • A Igreja de Domburg - 1910
  • O Moinho Vermelho - 1910
  • Evolução - 1911
  • A Árvore Cinzenta - 1912
  • Macieira em flor - 1912
  • Composição (árvore) - 1913
  • Composição com cores B - 1917
  • Composição em tabuleiro de damas com cores claras - 1919
  • Composição com vermelho, amarelo e azul - 1921
  • Composição II em Vermelho, Azul e Amarelo - 1929
  • Composição com amarelo - 1930
  • Broadway Boogie-Woogie - 1942

Ver também[editar | editar código-fonte]

  • Neoplasticismo
  • Arte moderna
  • Arquitetura moderna
  • Cubismo
  • Arte Abstrata

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Quem foi Piet Mondrian e qual a importância do seu trabalho para a arte?

  • (em inglês) mondriantrust.com
  • (em inglês) web.archive.org - artmuseums.harvard.edu/mondrian/
  • «ArtChive» (em inglês)

Referências

  1. SHAPIRO, Meyer; Mondrian - a dimensão humana da pintura abstrata; São Paulo: Cosac e Naify, 2001; ISBN 857503077
  2. LAMBERT, Rosemary - Cambridge Introduction to the history of art: The twentieth century. Cambridge University Press, 1981, p. 32.
  3. LAMBERT, Rosemary - Cambridge Introduction to the history of art: The twentieth century. Cambridge University Press, 1981, p. 33.
  4. Jean-R. Guerrand Souvenirs cousus sellier Un demi-siècle chez Hermès Editions Olivier Orban Paris 1987 ISBN 9782855653778

Quem foi Piet Mondrian e qual a importância do seu trabalho para arte?

Piet Mondrian (1872-1944) foi um artista holandês de destaque no movimento modernista europeu no início do século XX. Responsável por um trabalho no qual buscava refletir as leis matemáticas universais, seu nome está relacionado à corrente da arte denominada neoplasticismo.

Como Piet Mondrian influenciou o mundo da arte?

O estilo peculiar de Mondrian em utilizar figuras geométricas abstratas coloridas, influenciou o desenvolvimento do Modernismo e do Minimalismo na arte. Ele também teve uma influência substancial muito além do mundo da arte. Em 1965, Yves Saint Laurent criou vestidos ao estilo Mondrian para sua coleção de outono.

Qual é o papel do artista para Mondrian?

Segundo Mondrian, cada coisa, seja uma casa, seja uma árvore ou uma paisagem, possui uma essência que está por trás de sua aparência. E as coisas, em sua essência, estão em harmonia no universo. O papel do artista, para ele, seria revelar essa essência oculta e essa harmonia universal.

Como o artista Piet Mondrian desenvolveu o significado abstrato do seu estilo artístico?

O que motivou Mondrian para a arte abstrata era algo muito mais místico que o de Picasso e Braque. Em suas palavras, ele queria “articular uma concepção mística de harmonia cósmica que se esconderia na superfície da realidade”.