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Na última segunda-feira (27), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu manter no Brasil o comércio de medicamentos emagrecedores que contenham a substância sibutramina.
Desde 2011, quando outros remédios semelhantes foram proibidos no país, a substância se tornou a única droga usada para emagrecer que atua sobre o sistema nervoso.
Em alguns países, como nos Estados Unidos, o produto não é mais vendido. No Brasil, a Anvisa decidiu manter seu uso, depois de monitorar a substância durante um ano. Nesse período, a agência estabeleceu um controle mais rígido sobre a venda, além de medidas de segurança, que vão permanecer por mais dois anos.
Agora, os profissionais de saúde são obrigados a notificar qualquer efeito adverso relacionado ao produto, e a validade das receitas é de até 30 dias. Tire suas dúvidas sobre o medicamento.
O que é a sibutramina?
É uma substância aplicada no tratamento de obesidade, vendida mediante prescrição médica. Criada inicialmente como antidepressivo, a sibutramina age no sistema nervoso central, especialmente sobre dois neurotransmissores, a serotonina e a noradrenalina. Ela provoca no paciente a sensação de saciedade e o controle da fome. A pessoa come menos, mas perder a fome.
Para quem este medicamento é recomendado?
De acordo com endocrinologista Walmir Coutinho, professor de endocrinologia da Pontifícia Universidade Católica (PUC), no Rio de Janeiro, e presidente da Associação Internacional para o Estudo da Obesidade (Iaso, na sigla em inglês), a sibutramina deve ser utilizada por pacientes com grau de obesidade grau 1 (quando o Índice de Massa Corpórea, IMC, está entre 30 e 34,9), grau 2 (quando o IMC, está entre 35 e 39,9) e grau 3 (quando
o IMC está acima de 40).
A sibutramina provoca efeitos colaterais?
Sim. Segundo a endocrinologista Marcia Nery, do Hospital das Clínicas, em São Paulo, por ser um “parente distante dos remédios antidepressivos”, que agem em diversos locais do sistema nervoso central, é possível que ocorram efeitos colaterais.
Quais são os efeitos colaterais?
Aumento da pressão arterial, elevação da frequência cardíaca, dores de cabeça, boca seca,
insônia e prisão de ventre.
Existe alguma contraindicação para utilizar remédios com esta substância?
Sim. Pessoas que sofrem de alguma cardiopatia (doença no coração) ou descontrole na pressão arterial. “No caso delas, o melhor a se fazer é uma dieta balanceada e atividade física, apenas”, explica Márcia.
Se a pressão aumentar enquanto houver o consumo de sibutramina, é possível tomar um remédio para hipertensão e manter o tratamento com
a droga emagrecedora?
O especialista Walmir Coutinho diz que o critério médico deve ser levado em conta nesta decisão. "Se a pessoa tiver pressão alta, mas ela estiver controlada, poderá consumir medicamentos com a substância", explica.
A pessoa que já tomou o remédio alguma vez, parou e agora quer voltar ao tratamento pode utilizar normalmente a substância?
Sim, de acordo com a especialista. No entanto, os efeitos podem não ser os mesmos do primeiro
período de tratamento. “Não é todo mundo que responde ao remédio de forma igual. Se não ocorrer emagrecimento, é melhor suspender a sibutramina", disse Márcia.
Quem parar de usar a sibutramina pode engordar o dobro do peso que perdeu?
Não. Segundo o endocrinologista Walmir Coutinho, qualquer tratamento feito para emagrecer, quando é interrompido, pode proporcionar o ganho de peso. “A questão de engordar o dobro que emagreceu pode ocorrer quando há interrupção do
tratamento de fórmulas com hormônios de tireoide. Tal fenômeno é chamado de 'efeito rebote'."
Usada somente sob orientação médica, a Sibutramina é um inibidor de apetite que ajuda pessoas obesas a terem uma melhor qualidade de vida A obesidade é um distúrbio que envolve excesso de gordura corporal, aumentando o risco de problemas de saúde. De acordo com a
Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2019, a obesidade entre pessoas com 20 anos ou mais passou de 12,2% para 26,8% entre 2002/2003 e 2019 e 61,7% da população adulta brasileira estava com excesso de peso. Entre 2002 e 2003, esse percentual era, então, de 43,3%. Uso racional de alguns fármacos
ajudam essas pessoas obesas a terem uma melhora na qualidade de vida, assim, mantendo seu peso ou emagrecendo, como é o caso da sibutramina. Nos parágrafos abaixo vamos conhecer mais sobre o medicamento. Homens e
mulheres entre 40 e 59 anos sofrem mais com sobrepeso e obesidade Também conhecido pelo nome comercial Reductil, a sibutramina é um inibidor de apetitedisponível no mercado brasileiro desde 1997, para
auxiliar no tratamento para a obesidade. Por poder interferir em sistemas importantes do corpo humano, já que auxilia na perda de peso por agir diretamente sob neurotransmissores cerebrais responsáveis pela sensação de saciedade, entre eles, a serotonina, a dopamina e
a noradrenalina, ajudando, assim, a reduzir o apetite. Contudo, a sibutramina é receitada somente sob orientação de um profissional de saúde, geralmente, um endocrinologista. Além disso, a sibutramina também previne a redução do gasto calórico que costuma acontecer quando o paciente perde peso, aumentando a chance do paciente manter-se mais magro. A indicação clássica é para os pacientes: Orlistate: o que é, contraindicações e como tomar A sibutramina não deve ser tomada por pacientes nas seguintes condições: Os efeitos colaterais mais comuns do tratamento com sibutramina são: A Sibutramina deve ser tomada uma vez por dia, de preferência sempre no mesmo horário. Entretanto, não é necessário estar em jejum. Contudo, se esquecer de tomar o remédio é indicado tomar dois comprimidos no dia seguinte tentando compensar a dose perdida.Para o que serve?
Contraindicações
Efeitos colaterais da sibutramina
Como
tomar?
A dose inicial usual é de 10 mg por dia, podendo ser elevada até o máximo de 15 mg, se após 4 semanas de tratamento não houver resposta satisfatória. Isso porque o objetivo é perder pelo menos 2 kg no primeiro mês.
No entanto, nos casos em que o aumento da dose seja necessária, o indicado é que deve-se antes levar em consideração a frequência cardíaca e a pressão arterial do paciente.
Os pacientes podem perder, em média 10 a 15% do peso nos primeiros 6 meses. Contudo, a partir deste ponto, o peso tende a estabilizar-se. Desse modo, em geral, o medicamento pode ser tomado por até 2 anos.
O tratamento deve ser descontinuado em pacientes que após 3 meses não tenham conseguido perder pelo menos 5% do peso inicial.
Além disso, o medicamento também deve ser interrompido nos pacientes que inicialmente tiveram boa resposta, mas acabaram por voltar a engordar pelo menos 3 kg durante o tratamento.
Contudo, somente o médico é capaz de realizar essas mudanças.
Para medicamentos terem mais eficácia, é necessário seguir algumas dicas
Sibutramina emagrece?
Por ser um medicamento indicado para auxiliar na perda de peso em pessoas obesas com índice de massa corporal acima de 30 kg/m2, aumenta a saciedade, fazendo com que a pessoa consuma menos alimentos, e aumenta o metabolismo, facilitando, assim, a perda de peso.
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É perigoso?
Por volta de 2011, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a sibutramina passou por uma reavaliação para demonstrar, sem deixar dúvidas, que seu benefício era maior do que qualquer tipo de risco. Desde que utilizada adequadamente e para determinados perfis de pacientes.
Então, o controle sobre a sibutramina foi reforçado com a criação de uma receita especial para prescrição e comercialização do produto.
Por isso o tratamento não pode ser interrompido sem o consentimento do médico.
O exodus interage com a sibutramina? Há risco tomar os dois juntos?
Quanto custa?
O preço varia de acordo com a marca, a dosagem e o número de comprimidos contidos na caixa e também da localização da farmácia, podendo chegar a custar por volta de R$100,00.
Precisa de receita?
Sim, pois é classificado como psicotrópico anorexígeno (fármacos que podem provocar anorexia, redução ou perda de apetite). Desse modo, uma cópia da receita médica fica retida com o farmacêutico.
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Conclusão
Sibutramina é um medicamento usado para auxiliar as pessoas obesas a emagrecer, diminuindo a fome e aumentando a sensação de saciedade, assim, satisfazendo o apetite com pouco alimento.
Prescrita por médicos para que a pessoa faça corretamente uma reeducação alimentar, acompanhada, se possível, de atividades físicas para que se obtenha um melhor qualidade de vida.
Isso porque a automedicação nunca é indicada.
Fontes:
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)
Conselho Federal de Medicina (CFM)
Consumidor RS
MD.Saúde
Hospital Vi Valle
Fonte: Guia da Farmácia
Fotos: Shutterstock
Não se automedique, consulte um profissional de saúde.