Quantos bitcoins são comercializados na china por dia

O CEO da BTC.TOP, Jiang Zhuoer, utilizou suas redes sociais para explicar as recentes decisões tomadas pelo governo chinês em relação às atividades envolvendo o Bitcoin (BTC) no país.

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Numa série de publicações feitas no Twitter nesta segunda-feira (24), Zhuoer, que lidera uma das maiores mineradoras de Bitcoin na China, discorreu sobre as recentes proibições feitas no país.

A BTC.TOP teve que suspender suas atividades de mineração devido às medidas realizadas pelo governo chinês na semana passada, que também deve afetar operações de trade no país. Alguns dias antes, o governo já tinha reiterado a proibição imposta a bancos e empresas de pagamentos para oferecer serviços envolvendo a criptomoeda.

Apesar de as medidas gerarem uma onda de preocupação em todo o mercado de criptoativos, refletindo negativamente no preço do BTC e de outras moedas, Jiang Zhuoer afirma que a situação não é tão “séria como se pensa”.

Mineração individual

Logo em seus primeiros posts, o CEO da mineradora explica que o principal ponto das novas medidas de restrição é prevenir e controlar os riscos financeiros envolvendo este setor. No entanto, isso impactaria apenas empresas que realizam essas atividades, e não pessoas físicas.

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“Em outras palavras, a mineração individual é e sempre foi permitida, desde que você seja responsável por seus próprios riscos e lucros, enquanto a mineração operada pelo capital financeiro pode ser proibida”.

In other words, individual mining is and has always been allowed as long as you're responsible for your own risks and profits, whilst the mining operated by financial capital might be forbiddend.

— 江卓尔 Jiang Zhuoer BTC.TOP (@JiangZhuoer) May 24, 2021

Dessa forma, apesar de grandes empresas de mineração sofrerem perdas significativas com as atuais medidas, mineradores individuais na China poderiam continuar e até mesmo aumentar as suas atividades, fazendo toda a rede Bitcoin ser “tão resiliente como sempre”.

Zhuoer ainda afirma que pessoas mais experientes neste mercado e com mais capital poderão alugar depósitos e colocar dezenas de máquinas mineradoras para serem integradas à rede.

“Em conclusão, a mineração de #Bicoin existirá normalmente, exceto que a mineração na China será transferida de datacenters de tamanho industrial para mineradores domésticos, mineradores de pequeno ou médio porte. Toda a rede Bitcoin sempre será forte, mesmo com o declínio do hashrate em 50%.”

Influência da China

Por fim, ele fala que a força de mineração desempenhada no país, o “hashpower”, fluirá para o exterior, de maneira parecida ao efeito visto com as exchanges chinesas em 2017.

Para Zhuoer, grandes pools de mineração estabelecidos na Europa e América do Norte passariam a ter um maior poder de mineração em relação às mineradoras chinesas. Entretanto, não haveria mudanças significativas para a rede do Bitcoin em si.

Ainda segundo ele, empresas do país especializadas em produtos para essas atividades, como a Bitmain, focariam em comercializar suas peças para empresas do exterior, e não mais para o mercado chinês.

Todas as informações contidas em nosso site são publicadas de boa fé e apenas para fins de informação geral. Qualquer ação que o leitor tome com base nas informações contidas em nosso site é por sua própria conta e risco.

No ano passado, o Banco Central da China fez uma ofensiva contra as criptomoedas e proibiu o uso do Bitcoin no comércio local, o que derrubou a sua cotação, afinal, tratava-se do maior centro de uso de Bitcoins do mundo. Alguns meses depois, no entanto, o ativo se recuperou e no domingo, 2, bateu um recorde histórico: a taxa de hash atingiu o pico máximo de 203,5 exahashes (um quintilhão de hashes).

Conhecida como “hashrate”, a taxa de hash se trata da quantidade de operações computacionais feitas por mineradores que se dedicam a minerar novas criptomoedas e verificar novas transações.

A segurança e a importância da rede de blockchain se dá justamente quanto mais pessoas a utilizam, portanto uma taxa alta de hash indica que o Bitcoin está mais forte e mais seguro.

Para se ter ideia, em abril de 2021 a taxa estava em 190 exahashes por segundo, mas após a repressão da China caiu para 61 exahashes por segundo, em junho de 2021. O recorde recente é fruto também do êxodo dos mineradores chineses para outros países para conseguirem manter suas atividades.

A cotação do Bitcoin, por sua vez, continua sem grandes novidades nos últimos dias e desde o início de 2022 oscila entre 46 mil e 47 mil dólares.


A China segue controlando a maior parte do poder de mineração do bitcoin desde 2016, apesar de proibir o comércio de criptomoedas e os ICOs em 2018 e ameaçar reprimir os mineradores em 2019.

Como os mineradores de criptomoedas são diretamente encarregados de proteger a rede Bitcoin, qualquer entidade com o controle majoritário do hashrate (poder de mineração) também tem uma forte influência sobre o mercado.

De acordo com um mapa produzido pelo Centro de Finanças Alternativas da Universidade de Cambridge, as mineradoras na China atualmente controlam cerca de 65% da média mensal do hashrate do Bitcoin. Isso é significativamente maior do que nos três concorrentes mais próximos da China: Estados Unidos, Rússia e Cazaquistão – cada um dos quais atualmente controla apenas 6-7% do hashrate.

China também domina a produção das máquinas

E isso já acontece faz tempo. A China domina o setor de mineração de Bitcoin desde seus primeiros dias, já que Bitmain e Canaan Creative – dois dos pioneiros na indústria de mineração ASIC – começaram na China.

Por esse motivo, a barreira de entrada para mineração na China sempre foi muito menor do que no resto do mundo. Os consumidores chineses são capazes de evitar os impostos e taxas que acompanham as remessas de unidades ASIC para o exterior, além de se beneficiarem do acesso antecipado aos hardwares de mineração de nova geração quando são lançados.

Combinado com custos de energia comparativamente baixos na China, não é difícil entender porque a china se tornou uma potência no bitcoin nos dias de hoje.

Os mineradores chineses poderiam fazer um ataque de 51% ao Bitcoin?

Como as mineradoras chinesas controlam quase dois terços da taxa de hash do Bitcoin, é seguro dizer que eles têm controle majoritário sobre cerca de dois terços dos novos Bitcoins minerados. Por esse motivo, se quase todas as mineradoras que operam na China decidissem fazer um ataque de 51% contra a rede Bitcoin, as chances seriam altas de ser bem-sucedido. No entanto, isso exigiria um feito extraordinário de conluio entre os mineradores e provavelmente seria menos lucrativo do que simplesmente continuar minerando.

No entanto, esse controle sobre a taxa de hash do Bitcoin dá à China um certo poder de controle no preço. Cerca de 900 novos BTCs são minerados todos os dias, e cerca de 65% disso é destinado a mineradoras chinesas – que podem controlar como e quando cerca de US$ 5,5 milhões em BTC (diariamente) serão vendidos ao mercado.

No entanto, como a hashrate do Bitcoin na China é formada pelas contribuições de potencialmente dezenas de milhares de mineradores individuais, é improvável que ocorra qualquer conluio em larga escala para manipular o preço do Bitcoin.

Controlar como 65% dos bitcoins recém-minerados chegam ao mercado coloca a China em uma posição de poder numa escala global – mas não é uma posição de controle absoluto. Afinal, mesmo que 100% de todo o BTC recém-minerado fosse despejado em bolsas de valores todos os dias, ele normalmente constituiria menos de 1% do volume total de negociação de Bitcoin naquele dia – o suficiente para talvez diminuir brevemente o preço, mas não influenciaria no longo prazo.

Com o governo chinês agora procurando lançar sua própria moeda digital apoiada pelo banco central, pode não demorar muito até a China tomar uma posição mais firme contra criptomoedas como o Bitcoin. Isso, mais do que as atividades dos mineradores da China, pode ter sérias ramificações para a rede Bitcoin, o hashrate e, finalmente, seu preço.

*Traduzido e republicado com autorização da Decrypt.co

O bitcoin é uma moeda que foi pensada para não depender de mercados ou governos, graças à sua infraestrutura computacional descentralizada. Mesmo assim, alguns países negociam e mineram mais moedas digitais do que outros. É o caso da China, que tem um peso enorme no mercado de bitcoins. As principais casas de câmbio do país são responsáveis por mais de 90% das transações envolvendo a moeda digital, e as máquinas dedicadas à mineração impressionam.

Quer saber o que leva tantos chineses a aplicarem seu dinheiro em bitcoins? Leia este artigo e descubra!

Qual é a participação da China no mercado de bitcoins?

Muito se fala sobre a importância da China no mercado de bitcoins. Entretanto, o quanto isso representa? Entre 31 de agosto de 2016 e 31 de janeiro de 2017, OKCoin, BTC China e Huobi, as três maiores casas de câmbio de bitcoins, foram responsáveis por 96,94% do market share, transacionando, ao todo, pouco mais de 600 milhões de bitcoins. Não se esqueça de que o total em circulação da moeda está pouco acima dos 16 milhões, e que ela está limitada, por definição, a 21 milhões. Ou seja, o que passa pelas casas chinesas é muita coisa.

Tamanha quantidade de moeda digital sendo comercializada tem chamado a atenção do governo chinês e levado as próprias casas de câmbio a tomar iniciativas, como taxar em 0,2% as transações realizadas — uma forma de diminuir a volatilidade dos preços.

Por que os chineses tem tanto interesse pelo bitcoin?

Já vimos que o volume de bitcoins negociados na China é expressivo, para dizer o mínimo. Mas por que os chineses procuram tanto a moeda? A explicação está na cultura e na economia.

Gosto por especulação

Chineses gostam de investir e especular. Eles não costumam ter medo dos grandes riscos — tanto que jogos de azar também são bastante populares no país.
Como destaca o jornal Epoch Times, os investidores do país gostam de comprar qualquer coisa que tenha uma alta no preço. Pensando nisso, não chega a ser uma surpresa a procura por uma moeda de alta volatilidade e grande valorização.

Fatores macroeconômicos

A economia chinesa é um dos motivos que explicam a grande busca por bitcoins no país. Em 2016, a moeda local (yuan) teve uma desvalorização de 6,6% frente ao dólar, o pior desempenho desde 1994.
Com isso, os chineses mais ricos e de renda mais alta têm procurado formas de se proteger da desvalorização da moeda e da inflação. Uma forma encontrada por muitos é usar o bitcoin como intermediário, comprando a moeda digital e, logo em seguida, trocando-a por uma moeda estrangeira.

Predomínio na mineração

Além do gosto pelo risco e da situação econômica do país, a China é o lar de uma parte considerável das máquinas responsáveis pela mineração dos novos bitcoins.
F2Pool e Antpool são duas dessas “piscinas” de mineração. A capacidade delas é impressionante: juntas, são responsáveis por metade dos novos bitcoins minerados diariamente — número que fica ainda mais impressionante quando se leva em conta que toda a infraestrutura computacional da moeda digital tem uma capacidade de processamento 300 vezes maior que a do Google.

A influência chinesa é um domínio absoluto sobre o bitcoin?

Com tamanho peso no mercado, você pode estar se perguntando: quer dizer, então, que a China domina o bitcoin? A resposta é não. O bitcoin foi desenvolvido para ser descentralizado: as transações são feitas por meio de uma rede peer-to-peer, semelhante à do torrent, por exemplo. Isso impede que qualquer país ou governo tenha domínio sobre a moeda, já que a rede é, por definição, distribuída e não dependente de um único computador ou servidor. Como vimos, os chineses já entenderam a importância do bitcoin como moeda digital do futuro e suas vantagens como investimento — e você pode aproveitar esses diferenciais aqui no Brasil.

Se você não tem problemas com a volatilidade do preço da moeda e procura um ativo de alto risco para agregar à sua carteira de investimentos de longo prazo, entrar no mercado de bitcoins pode ser uma ótima opção.


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