A necessidade de mudança nos hábitos alimentares do brasileiro redação

TEXTO I

Para evitar pandemias futuras, cadeia global de alimentos deve ser revista

"O que ocorre hoje não é uma novidade", diz ao TAB o engenheiro químico Luiz Gustavo Lacerda, professor e pesquisador de alimentos na Universidade Estadual de Ponta Grossa, no Paraná. "Há muito é acompanhada a associação de animais a enfermidades. A gripe aviária, por exemplo, surgiu em frangos contaminados com vírus presentes nas fezes de animais da gaiola de cima. A intervenção humana acaba alterando a saúde dos animais", conclui.

A pesquisadora Marion Nestle, professora de nutrição, alimentação e saúde pública na Universidade de Nova York (EUA) pensa parecido. "Estamos observando o resultado da perda de habitats de animais selvagens, o uso de animais selvagens para alimentação humana, vendas destes em feiras e mercados [de produtos frescos] e a abundância de animais criados de modo intensivo para alimentação", explica. Ela é autora de, entre outros, "Uma Verdade Indigesta", em que discute como empresas de alimentos, bebidas e suplementos priorizam o lucro em detrimento da segurança alimentar. "A soma de tudo isso facilita a disseminação de doenças bacterianas e virais entre os animais — e aumenta o risco de que essas doenças cheguem aos seres humanos", analisa.

De acordo com nota divulgada pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente no início do mês, as doenças transmitidas de animais para seres humanos estão em ascensão e pioram à medida que habitats selvagens são destruídos pela atividade humana. "Cientistas sugerem que habitats degradados podem incitar processos evolutivos mais rápidos e diversificar doenças, já que os patógenos se espalham facilmente para rebanhos e seres humanos", ressalta o texto.

Se crises são momentos de redefinições, talvez seja uma boa hora para a humanidade aproveitar a quarentena e repensar a sustentabilidade da cadeia global de alimentos.

Fonte: https://tab.uol.com.br/noticias/redacao/2020/03/31/para-evitar-pandemias-futuras-cadeia-global-de-alimentos-deve-ser-revista.htm

TEXTO II

Novas epidemias podem estar associadas ao desmatamento, alertam FAO e ONU

Um informe publicado nesta manhã pela ONU e pela FAO sobre o status das florestas no mundo não deixa dúvidas: o desmatamento continua a uma taxa alarmante. As entidades estimam ainda que a perda de cobertura florestal pode estar relacionada com o avanço de novas doenças, inclusive a covid-19.

"A maioria das novas doenças infecciosas que afetam os seres humanos, incluindo o vírus SRA-CoV2 que causou a atual pandemia de covid-19, são zoonóticas e seu surgimento pode estar ligado à perda de habitat devido à mudança de área florestal e à expansão das populações humanas em áreas florestais, o que aumenta a exposição humana à vida selvagem", alertam as entidades.

Fonte: https://noticias.uol.com.br/colunas/jamil-chade/2020/05/22/novas-epidemias-podem-estar-associadas-ao-desmatamento-alertam-fao-e-onu.htm

TEXTO III

Como os hábitos humanos influenciam o surgimento de pandemias?

Mas… Como surge uma pandemia?

Ao longo dos anos observamos um aumento considerável na manifestação de doenças zoonóticas, ou seja, oriundas dos animais e que migraram para o ser humano. Estima-se, por exemplo, segundo relatório divulgado pela Organização das Nações Unidas (ONU), que 70% das novas doenças em humanos tiveram origem animal.

Isso ocorre, basicamente, devido às mudanças no comportamento humano e a forma que tratamos a natureza. Cada vez mais os seres humanos invadem os espaços que abrigam variadas espécies de animais – e, consequentemente, vários vírus desconhecidos. Com isso, doenças infecciosas que antes eram restritas à natureza conseguem se espalhar mais facilmente, e sem o hospedeiro natural – geralmente os animais – os vírus buscam novos hospedeiros, aspecto que deixa o ser humano mais vulnerável à contaminação.

Inclusive, apesar da origem do novo coronavírus (SARS-CoV-2) ainda não ter sido encontrada, existem algumas evidências de que a doença é derivada do coronavírus dos morcegos, que supostamente atingiu um animal intermediário ainda desconhecido. Todavia, apesar da doença ser proveniente dos morcegos, eles não são os responsáveis pela contaminação, haja vista que são os humanos que invadem o habitat deles e possibilitam a migração do vírus.

Fonte: https://www.politize.com.br/pandemias-e-habitos-humanos/

TEXTO IV

ALIMENTAÇÃO, DESMATAMENTO E PANDEMIA: QUAL É A RELAÇÃO?

As intervenções na natureza, cada vez mais, trazem à tona o aparecimento de doenças zoonóticas

Pode até soar estranho, mas a relação entre alimentação, desmatamento e pandemia é intimamente estreita, afinal, “você é o que você come” e isso inclui todo o processo por trás da comida até que ela chegue ao seu prato. Isso abre espaço a uma questão urgente trazida pelas respostas climáticas e biológicas do planeta: mudança de hábitos e métodos de consumo.

Zoonoses e o impacto da alimentação

A médica veterinária, especialista em microbiologia pela Universidade de São Paulo, Diana Costa Nascimento, explica que zoonoses são doenças transmitidas entre animais vertebrados, sejam eles silvestres, exóticos ou domésticos, e seres humanos.

Segundo ela, é importante ressaltar que muitas doenças infecciosas existentes são zoonóticas e 71% delas são transmitidas por animais silvestres ou vetores encontrados nas florestas. “Quando estes animais e/ou vetores estão em sua área de origem (nas matas) em equilíbrio, dificilmente passarão para a área urbana, não trazendo, assim, as doenças para perto do ser humano. O problema acontece quando desalojamos esses animais e vetores de suas áreas naturais, seja por queimadas ou desmatamento, pois passam, então, a buscar novos locais para sobreviverem, trazendo consigo doenças que antes eram restritas a áreas e população animal silvestre”, afirma a especialista.

Isso significa que quanto maior o avanço humano em áreas silvestres, maior o contato e mais comuns essas doenças acabarão se tornando.

Além disso, de acordo com Diana, existem alguns fatores que propiciam uma maior transmissão e interação destes agentes patogênicos com os humanos e os animais domésticos, como “a predação ilegal de animais silvestres para venda e consumo; a degradação ambiental por desmatamento, queimadas e avanço da agropecuária; a prática inadequada de medidas básicas de sanidade e higiene, e o aumento da temperatura global que influencia a reprodução de vetores de doenças em diversas áreas.”

E se falamos de avanço da agropecuária e condições inadequadas de higiene, o consumo de carne é outro fator preocupante na transmissão de doenças. “A esmagadora maioria dos animais consumidos por humanos vivem em situações absurdamente críticas durante todo o seu curto período de vida, confinados em lugares extremamente pequenos, sujos, sem condição alguma de ter uma vida livre e feliz, ao contrário dos outdoors e propagandas que as grandes marcas costumam divulgar. Essas condições precárias fazem com que os vírus sejam capazes de mutar e contaminar animais de maneira escalonada, sendo muito difícil de se ter controle da propagação dessas doenças, ainda mais que cada uma possui características diferentes em animais diferentes”, explica a nutricionista Marina Fontana.

De acordo com Marina, estudos e documentários produzidos na última década mostram a relação do consumo de carne com o meio ambiente, com a saúde e a forma como os animais são tratados. Para ela, repensar o consumo, de maneira geral, é extremamente necessário.”“Hoje consumimos muito mais do que o mundo pode nos fornecer, isso fica claro pelo Dia da Sobrecarga da Terra que, neste ano, foi no dia 22 de agosto. Essa data marca o limite de capacidade de regeneração da Terra, é como se a partir desse momento nós começássemos a ‘dever’ para o nosso planeta.”

Fonte: https://harpersbazaar.uol.com.br/bazaar-green/alimentacao-desmatamento-e-pandemia-qual-e-a-relacao/

PROPOSTA DE REDAÇÃO

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema "A relação entre hábitos alimentares e o surgimento de novas epidemias", apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Instruções:

1. O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
2. O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas.
3. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.

Qual a importância de mudar os hábitos alimentares?

Melhorar os hábitos alimentares beneficia a saúde de todo organismo, aumenta a energia durante a rotina, ajuda na perda de peso e até mesmo no cuidado com a mente. Por isso, é importante pensar sempre por objetivos e ir avançando em pequenas etapas.

Que mudanças ocorreram nos hábitos alimentares dos brasileiros?

O aumento significativo no consumo de fast food, pães e refeições instantâneas; a diminuição da ingestão de frutas e vegetais; e o crescimento das refeições noturnas são algumas das mudanças ocorridas nos hábitos alimentares e no estilo de vida dos brasileiros a partir do isolamento social ocasionado pela pandemia da ...

Como começar uma redação sobre alimentação saudável?

Adquirir uma alimentação saudável requer quantidades certas, sem exageros e também sem exclusões, rotina de horários e alimentos que forneçam ao corpo: proteínas, carboidratos, gorduras, fibras, cálcio vitaminas e outros minerais.

Quais são as mudanças dos hábitos alimentares?

Hábitos alimentares Práticas simples como diminuir a gordura no preparo de alimentos, evitar produtos ultraprocessados, consumir mais frutas, verduras e legumes, comer mais devagar e fazer no mínimo quatro refeições por dia são fundamentais para promover esta mudança de hábitos.