Anfíbios ao contrário dos peixes, têm pálpebras e glândulas lacrimais

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Anfíbios ao contrário dos peixes, têm pálpebras e glândulas lacrimais

Anfíbios ao contrário dos peixes, têm pálpebras e glândulas lacrimais

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necessárias para adaptá-los ao uso da atmosfera. 
Glândulas lacrimais e pálpebras evoluíram para manter os olhos úmidos, 
livres de poeira e protegidos de danos. Como a córnea é exposta ao ar, é 
uma importante superfície de refração, substituindo em grande parte o 
cristalino na função de refletir os raios luminosos e focar a imagem na 
retina. Como nos peixes, a focalização (o ajuste do foco para objetos 
próximos distantes) é conseguida por meio do movimento do cristalino. Ao 
contrario dos olhos da maioria dos peixes, os olhos dos anfíbios são 
ajustados em descanso para objetos distantes, e o cristalino é movido para 
diante para focalizar objetos próximos. 
A retina contém cones e bastonetes, os primeiros sendo 
responsáveis pela visão de cores dos sapos. A íris contém músculos 
circulares e radiais bem desenvolvidos, podendo rapidamente expandir ou 
contrair sua abertura (pupila) para ajustar-se às mudanças na iluminação. A 
pálpebra superior do olho é fixa, mas a inferior dobra-se em uma 
membrana nictante transparente, capaz de mover-se sobre a superfície 
ocular. Geralmente possuem uma boa visão, uma característica de 
importância crucial para animais que dependem de uma fuga rápida, 
paraevitar seus numerosos predadores, e de movimentos precisos, para 
capturar presas de movimentos rápidos. 
Outros receptores sensoriais incluem receptores táteis e químicos na 
pele, papilas gustativas na língua e no palato, e um bem desenvolvido 
epitélio olfativo revestindo a cavidade nasal (FIGURA 27). 
 
 
 
 
Ariane Furtado de Lima 
Mestrado em Recursos Pesqueiros e Engenharia de Pesca- Unioeste 
Apostila: Classe Anfíbia/ Estágio de docência- Biologia dos Vertebrados Aquáticos-2012 
 
Resumo 
Órgãos dos sentidos incluem olhos protegidos por pálpebras móveis e glândulas lacrimais (protegendo o 
olho num meio seco e cheio de partículas estranhas como é o terrestre), ouvidos com columela 
(desenvolvida a partir de ossos mandibulares dos peixes) e tímpano externo (sapos e rãs), permitindo 
uma ampliação dos fracos sons transmitidos pelo ar. 
Com excepção das cecílias, cujo modo de vida obriga a utilizar o olfato, a maioria dos anfíbios utiliza a 
visão para detectar as presas, mesmo de noite. 
 
 
Figura 26: Cérebro e células nervosas dos anfíbios. 
 
Figura 27: ouvido dos anfíbios. 
 
 
 
Ariane Furtado de Lima 
Mestrado em Recursos Pesqueiros e Engenharia de Pesca- Unioeste 
Apostila: Classe Anfíbia/ Estágio de docência- Biologia dos Vertebrados Aquáticos-2012 
 
Reprodução e Desenvolvimento 
 
Durante o período reprodutivo, muitos deles, especialmente os machos, são 
bastante barulhentos (Vídeo 1 ). Cada macho normalmente toma posse de 
um posto determinado, próximo à água, onde pode permanecer por horas 
ou mesmo dias, tentando atrair uma fêmea para aquele local. Em outros 
períodos, os sapos são bastante silenciosos, e sua presença não é detectada 
até que sejam perturbados. 
 
 
Como sapos e rãs são ectotérmicos, reproduzem-se, alimentam-se e 
crescem apenas durante as estações quentes do ano. Um dos primeiros 
instintos após o período de dormência é a reprodução. Na primavera, os 
machos vocalizam cuidadosamente para atrair as fêmeas. Quando seus 
óvulos estão maduros, as fêmeas entram na água e são seguras pelos 
machos em um processo chamado amplexo. Enquanto a fêmea libera seus 
óvulos o macho elimina espermatozoides sobre eles para fecunda-los. Após 
a fecundação, as camadas gelatinosas absorvem água e incham. Os ovos 
são postos em grandes massas, geralmente ancorados na vegetação. 
Um óvulo fecundado (zigoto) inicia seu desenvolvimento quase 
imediatamente. Por meio da divisão, repetida (clivagem), um ovo é 
convertido em uma massa oca de células (blástula). A blástula sofre 
gastrulação e continua a diferenciar-se para formar um embrião com um 
primórdio de cauda. Entre seis e nove dias, dependendo da temperatura, um 
girino emerge da camada gelatinosa protetora que circundou o ovo original 
(FIGURA 28). 
No momento da eclosão, o girino possui cabeça e corpo distintos, 
com uma cauda comprimida. Sua boca localiza-se na parte ventral da 
cabeça e é equipada com maxilas cornificadas para se alimentar raspando a 
vegetação de objetos duros. Atrás da boca situa-se um disco adesivo ventral 
para aderir a objetos. Na frente da boca existem duas depressões profundas, 
que posteriormente desenvolvem-se em narinas. 
Protuberâncias de cada lado da cabeça tornam-se brânquias externas 
que, porteriormente, se transformam em brânquias internas, sendo 
recobertas por uma dobra de (opérculo) de cada lado. Do lado direito, o 
opérculo, funde-se completamente com a parede do corpo, mas do lado 
esquerdo, uma pequena abertura, o espiráculo (L. spiraculum, buraco de 
ar), permanece. A água flui através do espiráculo após penetrar na boca e 
atravessar as brânquias internas. Os membros posteriores aparecem 
primeiro durante a metamorfose, enquanto os membros anteriores 
 
Ariane Furtado de Lima 
Mestrado em Recursos Pesqueiros e Engenharia de Pesca- Unioeste 
Apostila: Classe Anfíbia/ Estágio de docência- Biologia dos Vertebrados Aquáticos-2012 
 
permanecem temporariamente escondidos por dobras do opérculo. A cauda 
é reabsorvida, o intestino torna-se mais curto, a boca sofre uma 
transformação para a condição adulta, os pulmões desenvolvem-se e as 
brânquias são reabsorvidas. As rãs-leopardo usualmente completam sua 
metamorfose em três meses, enquanto as rãs-touro levam dois ou três anos 
para completar o processo. 
A migração de sapos e rãs está correlacionada, com seus hábitos 
reprodutivos. Os machos normalmente retornam para um lago ou riacho 
antes das fêmeas, que eles atraem por meio das vocalizações. 
Algumas salamandras possuem um forte instinto para retornar ao 
local de seu nascimento, voltando a cada ano para se reproduzir no mesmo 
lago, para o qual são guiadas por sinais olfativos. O estímulo inicial para a 
migração, em muitos casos é atribuível a um ciclo estacional das gônadas, 
juntamente com mudanças hormonais que aumentam a sensibilidade dos 
sapos às variações de temperatura e umidade. 
Já os Hilídeos (pererecas) depositam seus ovos em uma variedade de 
diferentes lugares, dependendo da espécie. Muitas usam lagoas, outros 
usam poças d'água, buracos de árvores capazes de acumular água, enquanto 
outros usam as bromélias plantas de retenção de água. Outras espécies 
colocam seus ovos sobre as folhas de vegetação emergente da água, 
permitindo que os girinos cair na lagoa quando chocam. 
Algumas espécies utilizam correntes rápidas de águas, unindo os 
seus ovos firmemente ao substrato. Os girinos destas espécies têm otários 
que lhes permitem agarrar pedras depois que chocam. Outra incomum 
adaptação é encontrada em alguns hilídeos da América do Sul, que cria os 
ovos nas costas da fêmea. Os girinos da maioria das espécies de hilídeos 
têm colocado lateralmente os olhos, e com uma larga cauda estreita, de 
ponta, filamentosas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ariane Furtado de Lima 
Mestrado em Recursos Pesqueiros e Engenharia de Pesca- Unioeste 
Apostila: Classe Anfíbia/ Estágio de docência- Biologia dos Vertebrados Aquáticos-2012 
 
Figura 28- Ciclo de desenvolvimento do sapo. 
 
Grupos de valor comercial 
 
A produção de rãs em cativeiro (ranicultura) é uma atividade 
relativamente nova. A cadeia produtiva compreende: a criação de rãs 
(ranários), a indústria de abate e processamento e a comercialização dos 
produtos oriundos da ranicultura. A espécie cultivada no Brasil é a rã-touro 
(Rana catesbeiana), nativa dos Estados Unidos. 
Durante os anos 1980 foram feitas tentativas

Qual a diferença entre anfíbios e peixes?

Já os anfíbios, diferentemente dos peixes, têm vida dupla, passam parte dela na terra e outra na água. Essa diferenciação entre água e terra ocorre principalmente entre a juventude e a fase adulta.

Qual a classe dos anfíbios?

Todos os anfíbios pertencem à classe Lissamphibi, que é dividida em: Urodela, Anura e Gymnophiona. Gostou? Curta e Compartilhe!

Qual a diferença entre água e anfíbios?

A respiração dos peixes é feita através de suas brânquias ou guelras, para retirarem o oxigênio presente na água. Já os anfíbios, diferentemente dos peixes, têm vida dupla, passam parte dela na terra e outra na água. Essa diferenciação entre água e terra ocorre principalmente entre a juventude e a fase adulta.

Como os peixes vivem na água?

Os peixes são animais aquáticos, vertebrados, que passam a vida toda na água, ou seja, nascem, reproduzem e morrem nela. Seus membros superiores e inferiores são transformados em barbatanas e nadadeiras, para melhor se movimentar na água.

Qual a importância das pálpebras e das glândulas lacrimais dos anfíbios?

Podemos afirmar que a importância das pálpebras e das lagrimas para os anfíbios está relacionada a lubrificação dos olhos. Sabe-se que as lagrimas tem como principal função não deixar que os olhos fiquem ressecados.

Que problemas essa mesma estrutura traz dificultando a sobrevivência dos anfíbios no ambiente terrestre?

b) Que problema essa mesma estrutura traz dificultando a sobrevivência dos anfíbios no ambiente terrestre? A pele necessita, para a respiração cutânea, estar sempre úmida. Ela deve ser, então, fina e permeável, o que leva ao risco de desidratação no ambiente terrestre.