Por Show Nesta quarta-feira, 26 de outubro, o ciclo de conferências Repensar o Brasil, promovido pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP em comemoração aos seus 70 anos, apresentou o tema “A desigualdade no Brasil”. Diversos gráficos e estatísticas apresentados pelo professor ilustram o movimento dos grandes polos de desenvolvimento econômico no Brasil ao longo das décadas. Na maioria das situações, eles se mantiveram na Região Sudeste, expandindo para o Norte em determinado momento graças, principalmente, à atividade na
Zona Franca de Manaus e também para o Centro-Oeste, graças à presença de Brasília e à importância do agronegócio na região; somente no início dos anos 2000 a curva teve uma leve inclinação ao Nordeste, com o incentivo das políticas sociais adotadas no período. No geral, porém, é amplo o domínio do Sudeste, e o Nordeste se mostra a região com menos expressividade nesse aspecto ao longo do século passado. Baseado nisso, Menezes apresentou dados sobre a educação no Brasil no decorrer do século passado para indicar que o cenário de desigualdade atual é fruto da demora para que se iniciassem os investimentos em
políticas educacionais no País. “Na década de 1950, 40% dos brasileiros eram analfabetos. De 1907 a 1960, a escolaridade em regiões do Brasil como o Sudeste e o Nordeste cresceu muito, porém em ritmos diferentes. Com mais investimentos em educação no Nordeste, talvez a desigualdade hoje fosse menor entre essas regiões”, analisa. Como a educação nos ajuda a superar os preconceitos e desigualdades explique?Nesse sentido, a escola se torna responsável pela socialização de valores pertinentes ao reconhecimento e respeito às diferenças dentro da sociedade, pois é tida como o local de excelência para a apreciação das diversas formas.
Como a educação ajuda na desigualdade social?“A educação é uma das poucas áreas que promovem avanços nas frentes social e econômica ao mesmo tempo: investindo em educação, melhora tanto o crescimento econômico quando a justiça social. Educação é fundamental para reduzir a desigualdade”, afirma.
Como a educação pode mudar a desigualdade social?Quem estuda também ganha mais: o salário de um pós-graduado é 544% maior do que aquele recebido pelos analfabetos (FGV). Se todos os estudantes em países de renda baixa deixassem a escola sabendo ler, 71 milhões de pessoas poderiam sair da pobreza. Cada ano extra de escolaridade aumenta a renda individual em até 10%.
O que fazer para diminuir a desigualdade na educação?Devemos valorizar a profissão que forma todas as outras profissões. A retomada da educação necessita de um plano customizado de recuperação, com aulas de reforço personalizadas para cada caso. Será necessário revisitar as principais lacunas para minimizar as perdas.
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