Como era dividida a sociedade romana cite e apresente características de cada grupo?

A instauração da República em Roma, provavelmente em 509 a.C., fez com que o poder político se mantivesse nas mãos dos patrícios. O fortalecimento do Senado e o exercício do poder executivo pelos magistrados reproduziram a exclusão dos plebeus da vida política romana. Essa exclusão política e a exploração econômica resultaram em inúmeros conflitos sociais em Roma, opondo patrícios e plebeus.

Os plebeus eram um grupo social composto por artesãos, comerciantes e camponeses, que constituíam, assim, a imensa maioria da população romana. Com o desenvolvimento da sociedade e o enriquecimento dos patrícios, os plebeus começaram a se organizar para tentar superar a situação social em que viviam. Inúmeras rebeliões plebeias ocorreram na República. Vamos conhecer algumas das mais importantes?

O fato de a sociedade romana estar em constante guerra com seus vizinhos levou os patrícios a convocarem os plebeus para serem soldados de seus exércitos. Além disso, os impostos cobrados dos plebeus aumentavam, garantindo a riqueza dos patrícios. Por outro lado, aumentava o endividamento de muitos plebeus, o que acarretava a mudança de situação social, passando a serem escravos de seus credores. Conscientes de sua importância militar e buscando superar a exclusão política e a exploração econômica, os plebeus resolveram se rebelar.

Em 494 a.C., os plebeus retiraram-se para um dos sete de Roma, o monte Aventino, recusando-se a defender a cidade enquanto não fossem cedidos direitos políticos a eles. Sabendo que não poderiam se defender sem a participação dos plebeus, os patrícios resolveram ceder à pressão e criaram o Concilium Plebis, o Tribunato da Plebe.

O Concilium Plebis era formado por dois magistrados (tribunos) representantes dos plebeus, que tinham o poder de vetar ou de se opor às decisões dos cônsules e do Senado que poderiam prejudicar a plebe. Caso uma decisão fosse vetada, não poderia mais ser colocada em prática. Em 471 a.C., o número de magistrados plebeus aumentou para dez. Sua função consistia também em receber as reclamações dos plebeus que se sentissem injustiçados, o que fazia com que suas casas ficassem abertas aos que os procuravam.

Mas as rebeliões plebeias não acabaram quando foi instituído o Concilium Plebis. Em 450 a.C., após novas revoltas, os patrícios decidiram instituir a Lei das Doze Tábuas. Tal medida visava transformar em leis escritas as leis que anteriormente eram transmitidas e conhecidas apenas oralmente. Era o primeiro código de leis escritas em Roma e foi redigido por dez juristas, conhecidos como decênviros. A lei escrita dificultava que os patrícios interpretassem as leis de acordo com suas conveniências, constituindo-se, assim, como uma vitória para os plebeus.

Outra conquista dos plebeus com a Lei das Doze Tábuas foi o fim da escravidão por dívidas. Mas em vez de fazer com que a vida dos plebeus melhorasse, as leis escritas acabaram favorecendo a República dos patrícios, dos grandes proprietários de terras e dos grandes comerciantes, que continuaram a explorar os plebeus.

Novas leis surgiram como consequência dos conflitos sociais entre patrícios e plebeus. Em 445 a.C., pela Lei Canuleia, foi legalizado o casamento entre patrícios e plebeus. Em 367 a.C., com as Leis Licínias, foi possibilitado aos plebeus a partilha das terras conquistadas, sendo ainda estabelecido que um dos cônsules seria de origem plebeia.

Conseguiram ainda formar suas próprias assembleias, decidindo sobre os assuntos de seus interesses. A partir de 287 a.C., as decisões das assembleias plebeias tornar-se-iam leis, dando origem ao termo plebiscito.

Apesar de uma maior participação política e de uma menor distinção social, as diferenças econômicas, entre ricos e pobres, e também as militares, entre os oficiais de alta patente e os soldados, mantiveram-se. Aos poucos a camada mais rica dos plebeus, os nobilitas, passou a se assimilar à camada mais pobre dos patrícios. Dessa forma, os Tribunos da Plebe acabaram se aproximando mais dos interesses patrícios que plebeus.


Por Tales Pinto
Mestre em História

A sociedade romana foi formada e estruturada com base em quatro grupos sociais, os patrícios, plebeus, clientes e escravos.

O desenvolvimento da sociedade romana aconteceu na região conhecida como Lácio, na Península Itálica, em meados de 750 a.C.

Um dos fatores que marcou a evolução desse povo foi a estrutura social que teve como principal base a constituição de quatro grupos principais: patrícios, plebeus, clientes e os escravos.

Os quatros principais grupos que contribuíram para o desenvolvimento da sociedade romana, estiveram presente durante o período monárquico, que durou de 753 a 509 a. C

Origem de Roma

A península itálica já era habitada por diferentes povos, entre meados de 700 a.C. Em suma, cada povo tinha suas próprias características e culturas.

Exemplificando, a divisão era feita entre os militaristas etruscos que habitavam ao norte, os sabinos e latinos que se concentravam no centro, além dos gregos que estabeleceram suas colônias na costa sul da península.

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Outro fator importante para o surgimento da sociedade romana, foi a formação desses povos às margens do rio Tibre, uma vez que as terras ao redor favoreciam o plantio e o desenvolvimento dos povos que ali habitavam.

A região do Tibre era estratégica, já que se expandia o acesso ao mar, se tornando uma ponte que favorecia o fluxo de mercadorias para os povos da África e da Ásia.

Em consequência da localização do rio Tibre, e por sua posição estratégica de plantio e de rotas comerciais, os povos que habitavam o centro da península construíram uma fortaleza para se defenderem dos ataques e invasões realizadas pelos povos Etruscos.

Sendo assim, foi a partir dessa união, em torno da fortaleza, que nasceu a sociedade romana.

Por outro lado, a consolidação da sociedade romana só se deu a partir da conquista dos Etruscos sobre a fortaleza construída pelo povo do centro. Estes haviam fundado na região do Lácio a cidade de Roma, que era comandada pelo rei Rômulo.

A lenda por trás da monarquia romana

Em síntese, não existem registros históricos que confirmem a fundação de Roma. Dessa forma, a história sobre como se constituiu a monarquia romana são baseadas em mitos.

O mito relata a história dos irmãos gêmeos, Remo e Rômulo. Eles seriam descendentes do herói de Troia, Enéias e filhos do deus Marte com a humana Reia Sílvia, filha de Numitor, rei de Alba Longa.

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Mitos e Lendas

Ainda segundo o mito, os gêmeos teriam sido jogados no rio Tibre pelo tirano Amúlio, irmão do rei Numitor. Eles teriam sido encontrados por uma loba que os amamentou e os cuidou.

Os irmãos cresceram e Remo teria sido levado por pastores até o rei Amúlio, que o aprisionou. Rômulo teria descoberto toda a história sobre o seu nascimento e ido até o palácio, matando Amúlio e libertando o irmão e o avô, Numitor.

Como forma de recompensa, Numitor teria concedido aos netos fundar uma cidade às margens do Tibre. Remo foi até o Aventino onde viu seis abutres sobrevoando o monte.

Em seguida, Rômulo teria ido até Palatino e avistado doze aves, fez então um sulco por volta da colina, demarcando como um recinto sagrado da cidade. Remo, tomado pela inveja, atravessou o sulco sendo morto por Rômulo.

Sociedade romana

A sociedade passou, ao longo dos anos em que existiu, por várias configurações, como o período Monárquico, Republicano e o Império Romano.

Nesse ínterim, uma das características que constituíram a formação da sociedade romana, foi a divisão entre os grupos que se dividia entre patrícios, plebeus, clientes e os escravos.

Patrícios e Plebeus

Basicamente, os patrícios faziam parte da nobreza, eram detentores de propriedades e terras, além de pertencerem a linhagem dos clãs que fundaram a cidade de Roma.

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Blog de apontamentos escolares

Outra característica desse grupo foi a estruturação do governo, isto porque os patrícios eram os únicos que desfrutavam dos benefícios políticos de Roma.

Do outro lado estavam os plebeus, estes nãos faziam parte da descendência fundadora de Roma. Ou seja, eram pequenos proprietários, comerciantes ou artesãos.

Em suma, os plebeus tinham pouca representatividade política, o que acabou ocasionando tensões e crises na sociedade romana.

Sociedade Romana – Clientes e escravos

Os clientes eram o grupo que estavam entre os ricos e os pobres. Eles eram protegidos pelos patrícios e se destacavam em consequência da prestação de favores e tarefas, como o militarismo.

Porém, embora fossem livres, eram dependentes da classe que serviam.

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Por fim, estavam os escravos, isto é, os miseráveis da sociedade romana. Eles eram os bens de posse de quem os comprava.

Em suma, os escravos eram estrangeiros capturados durante a guerra em outras regiões ou membros da sociedade que passavam a dever outros cidadãos mais ricos e tinham que servir quem estavam devendo.

Em conclusão, esses quatro grupos constituíram a base principal e a formação da sociedade romana.

Dessa forma, a configuração do povo romano estava classificada entre as classes altas e as classes subalternas. Afinal, ambas classes viviam as constantes desigualdades que, basicamente, recaia em que era, ou não, livre.

E aí, gostou de saber mais sobre a formação da sociedade romana? Confira também nosso conteúdo sobre Roma Antiga: costumes, política e a vida no maior império da História.

Fonte: Incrível História, História do mundo, Mundo educação e Info escola

Imagens: Blog de apontamentos escolares, Mitos e Lendas,  Info Escola e Educa Mais Brasil

Como era dividida a sociedade romana caracterize os grupos?

Nessa época, a sociedade romana estava dividida, basicamente, em três camadas: os patrícios, ricos proprietários de terra; os clientes, parentes pobres ou serviçais desses proprietários; os plebeus, homens livres sem direitos políticos.

Quais são as características dos principais grupos romanos?

Basicamente, os patrícios faziam parte da nobreza, eram detentores de propriedades e terras, além de pertencerem a linhagem dos clãs que fundaram a cidade de Roma. Outra característica desse grupo foi a estruturação do governo, isto porque os patrícios eram os únicos que desfrutavam dos benefícios políticos de Roma.

Quais eram os 4 grupos da sociedade romana?

No período da Monarquia, que vai desde 753 a 509 a. C., a sociedade da Roma Antiga era constituída por quatro grupos principais: patrícios, plebeus, clientes e os escravizados. Outra classe que formava a Roma Antiga era a dos plebeus. Esses, por sua vez, eram camponeses, artesãos e comerciantes.

Como era dividida a sociedade romana Brainly?

A sociedade era dividida em patrícios, plebeus, clientes e escravos.