Como era homenagear os vencedores dos Jogos Olímpicos na Grécia Antiga?

Considerado o maior evento esportivo do planeta, os Jogos Olímpicos têm como objetivo estimular a competição sadia entre os povos dos cinco continentes. Como já dizia o Barão de Coubertin (Pierre de Coubertin), considerado o fundador dos Jogos Olímpicos da Era Moderna, “o importante não é vencer, mas competir. E com dignidade”.

História

De acordo com a mitologia grega, o herói Hércules criou as Olimpíadas por volta de 2.500 a.C., na Grécia antiga, para homenagear o pai dele, Zeus. Contudo, os primeiros registros históricos das Olimpíadas são de 776 a.C., quando os atletas vencedores começaram a ter seus nomes registrados.

Nessa época, os reis de Ilia, de Esparta e de Pissa aliaram-se para que, durante os jogos, houvesse trégua sagrada em toda a Grécia. A aliança foi realizada no templo de Hera, localizado no santuário de Olímpia. Essa é a origem do termo “Olimpíadas”.

Era Moderna

Atenas foi a cidade que sediou a primeira olimpíada da Era Moderna, em abril de 1896, com delegações de 14 países. Ao todo, 241 atletas competiram em nove modalidades.

Desde essa época, os Jogos Olímpicos passaram a ser realizados de quatro em quatro anos, à exceção de 1914 e 1918 e 1939 e 1945, quando ocorreram a Primeira e Segunda Guerra Mundial, respectivamente.

Como era homenagear os vencedores dos Jogos Olímpicos na Grécia Antiga?

Monumento em homenagem a Pierre de Coubertin em Atlanta, sede das Olimpíadas de 1996*

Medalhas

Estados Unidos é o país com maior número de medalhas, 2.399 até a Olimpíada de Londres, em 2012, sendo 976 de ouro. O Brasil ocupa a 37ª posição, com 108 medalhas, sendo 23 de ouro.

Recordistas

O maior recordista da história dos jogos olímpicos é o nadador norte-americano Michael Phelps, com 21 medalhas (18 de ouro, 2 de prata e 2 de bronze). Já a mulher com mais medalhas é a ginasta ucraniana Larissa Latynia. Ao todo são 18, sendo 9 de ouro, 5 de prata e 4 de bronze.

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Curiosidades das Olimpíadas

  • 1908, em Londres: nesse ano, os atletas passaram a entrar de forma organizada na cerimônia de abertura. Essa também foi a olimpíada mais longa da história, de 27 de abril a 31 de outubro;

  • 1913: a bandeira olímpica é criada pelo Barão de Coubertin;

  • 1920, em Antuérpia, na Bélgica:

    → a bandeira é hasteada pela primeira vez;

    → com 72 anos, Oscar Swahn é o atleta que ganhou uma medalha com mais idade na história das olimpíadas;

    → Guilherme Paranaense, atleta do tiro, conquista a primeira medalha de ouro do Brasil.

  • 1928, Amsterdã, na Holanda: o fogo olímpico é usado pela primeira vez;

  • 1932, Los Angeles, Estados Unidos:

    → o hino dos países dos atletas vencedores começou a ser tocado no momento da entrega das medalhas;

    → nessa edição também tivemos a primeira mulher brasileira a participar de uma Olimpíada, a nadadora Maria Lenk.

  • 1948, em Londres: as provas de natação passaram a ser realizadas em piscinas;

  • 1964, em Tóquio: as olimpíadas passaram a ser transmitidas via satélite pela televisão;

  • 1976, em Montreal: o Canadá é o único país-sede que não ganhou medalhas de ouro.

Jogos Olímpicos de Inverno

O evento esportivo começou a ser realizado em 1924 como “Semana Internacional dos Desportos de Inverno”. Dois anos depois, ganhou o status de Jogos Olímpicos. Eles também ocorrem a cada quatro anos, mas são contemplados apenas esportes que envolvem gelo ou neve, tais como Biathlon, Curling, Hóquei no gelo, Esqui e Patinação.

Números 2016

Os Jogos Olímpicos de 2016 serão realizados no Brasil, na cidade do Rio de Janeiro, entre os dias 5 e 21 de agosto. Uma curiosidade é que, depois de muitos anos, o Rugby e o Golfe voltaram ao quadro de esportes.

Confira alguns números dessa edição:

41 esportes
37 arenas
206 países
306 provas diferentes
136 modalidades femininas
161 masculinas

*Créditos da imagem: Shutterstock.com / lazyllama

**Créditos da imagem: Shutterstock.com / f11photo

– Hoje em dia, os vencedores nos Jogos Olímpicos recebem medalhas de ouro, prata e bronze. Quais eram os prêmios recebidos nas competições da Antiguidade? – perguntou Augusto.

  – Não havia maior glória para um grego do que ser vencedor nos Jogos Olímpicos – explicou Andréas. A vitória garantia ao atleta o que os gregos mais valorizavam: a fama, que conferia uma espécie de imortalidade. Após a morte, o atleta seria lembrado como um motivo de orgulho para seus descendentes, amigos e toda a cidade. Esse era o bem maior que os atletas perseguiam.

  – No momento da vitória, o atleta recebia uma fita com a qual cingia-se a cabeça. Depois, em uma cerimônia, era feito o coroamento. Nos Jogos Olímpicos o prêmio era uma coroa de ramos de oliveira, que representava a imortalidade conquistada pelo atleta. Além de viver muitíssimo tempo e produzir a oliva, com a qual era feito o azeite, de um velho tronco de oliveira, abatido pelo tempo e decadente, é possível brotar uma nova árvore, que criará novas raízes. Essas seriam as possíveis razões de o ramo de oliveira ser utilizado. Existem, no entanto, outras explicações, como, por exemplo, a de que teria sido o próprio Hércules quem trouxera de suas expedições a planta para Olímpia ou a que prefere reconhecer no ramo de oliveira a representação da força vital das plantas. Essa última interpretação concorda com o fato de que cada cidade tinha sua forma de coroamento dos vencedores: em Delfos, nos Jogos Píticos, os vitoriosos eram coroados com ramos de louro; em Corinto, nos Jogos Ístmicos, com ramos de aipo.

  – Atualmente os vencedores dos Jogos Olímpicos são recebidos com festividades e homenagens pelo mesmo motivo que na Antiguidade: porque honraram sua pátria e mostraram para o mundo que aquele país, aquela cidade, foi capaz de criar pessoas valorosas, as melhores em suas modalidades.

  – Na Antiguidade, os vencedores ganhavam o direito de erigir estátuas em suas cidades, como reconhecimento por sua vitória em Olímpia. Havia leis aprovadas que recompensavam os vencedores olímpicos com prêmios substanciais em dinheiro, isenções fiscais e até mesmo com cargos públicos honorários. Várias ânforas que vimos nesta exposição eram prêmios recebidos pelos atletas que se sagraram vencedores em competições. Em Atenas, os vencedores recebiam um certo número de ânforas cheias de azeite, coletado entre os cidadãos sob a forma de imposto.

  – Tal era a alegria e o entusiasmo com que os vencedores eram recebidos em suas cidades que algumas chegavam a derrubar parte de suas muralhas para receber os vencedores. Com essa mesma honra recebiam os exércitos vitoriosos quando regressavam. Foi desse costume que se originou o hábito de erigir os “arcos de triunfo” para celebrar uma importante vitória.

  – As estátuas, esculpidas e erigidas em espaços públicos, eram numerosas. Elas eram custeadas pela família do vencedor, por seus amigos ou pela própria cidade. O mesmo era feito com um tipo específico de poemas, chamados epinícios, encomendados para homenagear os vitoriosos. O famoso poeta Píndaro recebia muitas encomendas para compor esse tipo de poesia. Um detalhe curioso é que os poetas não cobravam menos por um poema do que um escultor para confeccionar uma estátua.

  – Podemos imaginar a grande quantidade de estátuas que foram erigidas ao longo de séculos de Jogos Olímpicos. Infelizmente, o fanatismo religioso e a pobreza cultural que se seguiu com o fim da Antiguidade clássica foram os principais responsáveis pela destruição de incontáveis obras de arte de grande beleza.

  – Essa linda estátua, achada em Delos, mostra um jovem amarrando, em sua cabeça, uma fita característica dos vencedores. Os estudiosos apontam esta estátua do século I a.C. como uma réplica de excelente qualidade da feita por Policleto no século V a.C. Não há unanimidade quanto a quem ela representa: uns dizem que é Apolo, outros que é Alexandre. O que é importante observar é a beleza, a delicadeza dos traços e da expressão, o movimento, a complexidade do corpo humano e da estrutura muscular captados pelo artista.

  – No cemitério de Atenas foram encontradas lápides de atletas que morreram jovens. Seus familiares as encomendavam para que as imagens atléticas dos jovens se perpetuassem para a posteridade.

* Artigo foi extraido do livro Uma viagem à Grécia: os jogos olímpicos e os deuses, de Stylianos Tsirakis.

Como era a premiação dos Jogos Olímpicos na Grécia Antiga?

Os vencedores dos jogos recebiam apenas uma coroa (de oliveira em Olímpia, de louro em Delfos…). O maior prémio para os atletas não era material, mas simbólico: representavam a excelência grega.

Como eram recebidos os vencedores dos Jogos Olímpicos?

Nos Jogos Olímpicos da Grécia Antiga, apenas os campeões eram premiados e recebiam uma coroa de louros.

O que acontecia com os vencedores dos Jogos Olímpicos da antiguidade?

Somente no último dia de provas, os vencedores recebiam seus prêmios em clima de comemoração. Após mudar suas crenças para o cristianismo, Teodósio I, imperador romano, anulou todas as tradições gregas no ano de 393 d.C., pondo fim a Era Antiga dos Jogos Olímpicos.

Como eram os Jogos Olímpicos em homenagem aos deuses?

Na Era Antiga, os gregos celebravam o final da colheita louvando os deuses. Os festejos poderiam durar dias e incluíam teatro, dança e esportes. Em cada cidade, as disputas eram dedicadas a uma divindade específica. Em Atenas, naturalmente, em homenagem à deusa Atena; em Delfos, a Apolo; e em Corinto, a Poseidon.