Como fazer para melhorar a segurança na administração de medicamentos?

O que é?

As práticas para melhorar a segurança na prescrição e administração de medicamentos envolvem a padronização de procedimentos para garantir a segurança de armazenamento, distribuição, preparo e administração.

Melhorias na qualidade e na acessibilidade à informação sobre medicamentos de alto risco e que possuem nome, grafia e aparência semelhantes, prevenindo a ocorrência de uma administração inadequada.

O que medimos?

Taxa de avaliação de erro na prescrição de medicamentos;
Taxa de reconciliação medicamentosa;
Taxa de eventos adversos relacionando a medicação.

O que fazer para melhorar esse processo?

1- Realizar procedimentos de dupla checagem dos medicamentos na dispensação e administração;
2- Envolver o paciente e familiares no processo de cuidado, esclarecendo todas as suas dúvidas;

A administração de medicamentos é uma das maiores responsabilidades do enfermeiro. Isso porque o erro na dosagem, a leitura equivocada das prescrições médicas e a falta de atenção podem trazer sérias consequências para o paciente — desde efeitos colaterais agudos até o óbito por falha profissional.

Diante da importância desse tema, muitos enfermeiros recém-formados ficam com dúvidas sobre como realizar a administração correta de fármacos. No entanto, você não precisa se preocupar: o lado bom dessa carreira é que existem diversas técnicas para o cotidiano de trabalho.

Neste artigo, separamos 5 atitudes que você deve tomar para evitar falhas na administração de medicamentos nos seus pacientes e conquistar uma carreira de sucesso. Vamos lá?

1. Siga a regra dos 9 certos

Uma das principais dicas para evitar que os pacientes sejam prejudicados é seguir a regra dos 9 certos. Com a rotina corrida das clínicas e hospitais, esquecer de conferir fichas, analisar identificações e confirmar registros são atitudes comuns.

Acontece que esses são passos fundamentais e que não podem ser deixados de lado, uma vez que qualquer erro — ainda que de atenção — pode provocar sofrimento para o seu paciente. Então, como garantir que isso não aconteça?

Na verdade, é muito simples: basta utilizar a regra dos 9 certos como checklist. Nos próximos tópicos, explicamos cada passo para ajudá-lo a atuar de forma responsável. Veja!

Paciente certo

A primeira regra dos 9 certos é a do paciente. Você precisa verificar se a medicação está sendo aplicada na pessoa certa e, para isso, é necessário utilizar seus marcadores de identidade (nome e data de nascimento), bem como questioná-la sobre o seu quadro, caso esteja consciente.

Medicamento certo

Se na primeira regra você tinha que prestar atenção no paciente, agora, deve conferir se o medicamento administrado é o correto — ou seja, analisar se o remédio que está nas suas mãos é realmente o prescrito. Caso tenha dúvidas, verificar com o médico responsável para confirmar é a melhor opção.

Via certa

Em seguida, avalie se a via de administração prescrita é a recomendada para aplicar o medicamento em questão, tendo em vista que existem diversas vias utilizadas nos mais variados fármacos. Isso pode ser feito a partir do seu conhecimento técnico e confirmado pela identificação da embalagem.

Hora certa

Você já deve ter estudado que os horários são importantes para a administração de remédios, não é mesmo? Aplicar o fármaco na hora prescrita faz com que o quadro clínico do paciente não se agrave, aumentando o seu período de estabilidade. O ideal é conferir a prescrição e sempre conversar com a equipe.

Dose certa

Indo além, outra regra dos 9 certos é a dose correta. Prestar atenção nos números escritos faz toda a diferença para a manutenção da vida do paciente. Isso porque, muitas vezes, a vírgula pode estar apagada — e o que antes eram 15 doses, se tornam 150. Em casos de dúvidas, não tenha medo de conferir com a equipe e observar a identificação do medicamento, ok?

Registro correto da administração

O trabalho em hospitais ocorre de forma multidisciplinar. Registrar corretamente todas as ocorrências da administração de medicamentos garante não só a segurança dos pacientes, como também assegura a sua ética profissional. Por isso, procure sempre registrar qual fármaco foi aplicado, a dosagem, o horário e as desistências, caso tenham acontecido, para que os outros profissionais tenham acesso.

Orientação correta

A sétima regra se refere à orientação correta, tanto ao enfermo quanto ao profissional. Nesse sentido, todas as dúvidas precisam ser esclarecidas antes da aplicação acontecer, e você tem a responsabilidade ética de responder qualquer questionamento do seu paciente.

Forma certa

Outra atitude crucial é prestar atenção na forma farmacêutica em que o medicamento é administrado, observando se ela está de acordo com a via de administração.

Resposta certa

Para concluir, a nona regra se refere à observação do paciente frente ao medicamento aplicado. Para isso, você precisa registrar em um prontuário e notificar o médico responsável sobre todos os efeitos gerados, principalmente os indesejados, informando a intensidade e forma na qual as reações apareceram.

2. Leia cuidadosamente os rótulos e a ficha do paciente

Começamos o artigo falando sobre a regra dos 9 certos, mas, quais são as outras atitudes que você pode tomar para garantir a segurança dos enfermos? Na verdade, existem muitas técnicas que visam tornar o trabalho mais humanizado e oferecer uma experiência melhor para o seu paciente.

Uma delas é a leitura dos rótulos dos medicamentos e da sua ficha, de preferência junto a ele. Isso promove uma aproximação entre vocês, fazendo com que o paciente se sinta mais à vontade sob seus cuidados. Além disso, é possível conferir com mais calma se o que foi prescrito está de acordo com o que ele precisa.

3. Monitore as reações do medicamento

Você se lembra de que uma das nove regras é registrar o que aconteceu depois do tratamento? Pois é, muito antes, é necessário monitorar todas as reações que o enfermo apresentou após ser medicado. Assim, torna-se mais fácil ampliar as formas de atuação com ele e garantir uma melhora significativa no seu quadro.

Além disso, fique de olho em como ele reage de forma emocional e comportamental. Os enfermos com quadros mais graves tendem a se desestabilizar, precisando de um apoio psíquico maior. Tudo isso pode ser repassado à equipe com o objetivo de promover a qualidade de vida do paciente.

4. Tenha um espaço tranquilo para preparar a medicação

Já comentamos que a atenção é uma das características essenciais para evitar falhas médicas. Se você sabe que essa não é a sua habilidade mais forte, fique tranquilo: é possível montar um espaço à parte para preparar a medicação.

Sendo assim, separe uma pequena área para voltar toda a sua atenção no que está sendo feito: a confirmação do paciente, a análise do medicamento, a verificação da via, hora e dose certa e assim por diante.

Isso faz com que você se sinta mais seguro não só para aplicar o fármaco no enfermo, como também para responder todas as dúvidas que ele apresentar em relação ao tratamento — principalmente em casos de dependência química.

5. Organize o espaço de armazenamento

Para concluir nosso artigo, não poderíamos deixar de falar sobre a organização dos seus armários, afinal, qualquer bagunça no meio médico pode levar a sérias consequências. Para combater a administração equivocada de fármacos, organize o seu armazenamento por meio de categorias.

De nada adianta, por exemplo, deixar duas medicações contrárias na mesma prateleira. Na correria do dia a dia, você pode se confundir e administrar o fármaco errado para o paciente.

Por isso, procure classificar cada medicamento e colocá-los em regiões específicas do seu armário para evitar essa confusão. Além de fornecer uma experiência mais agradável para o enfermo, você otimiza o seu tempo de procura do remédio correto.

Errar na administração de medicamentos não precisa mais ser um desafio na sua profissão. Seguindo as dicas que separamos, é possível garantir a segurança do paciente ao longo do tratamento — inclusive, de dependência química —, bem como assegurar sua responsabilidade profissional e obter mais reconhecimento.

Gostou das dicas? Então, aproveite que está aqui e confira nosso post com os principais termos técnicos que você precisa conhecer para atuar na Enfermagem!

O que fazer para melhorar a segurança da administração de medicamentos?

Siga a regra dos 9 acertos.
Paciente certo. Em primeiro lugar, é necessário verificar se a medicação será aplicada na pessoa certa. ... .
Medicamento certo. ... .
Via certa. ... .
Hora certa. ... .
Dose certa. ... .
Registro correto da administração. ... .
Orientação correta. ... .
Forma certa..

O que fazer para evitar erros na administração de medicamentos?

Como barreiras de prevenção para minimizar o risco de erros na administração de medicamentos, podemos citar: padronização desde a compra seguida do cadastro e prescrição do medicamento, restrição de acesso aos medicamentos, rótulos e alertas automatizados e verificação em dupla checagem por profissionais diferentes ...

O que podemos fazer para garantir a segurança e eficácia dos medicamentos?

O processo para garantir a qualidade, a segurança e a eficácia dos medicamentos fundamenta-se no cumprimento da regulamentação sanitária, destacando-se as atividades de inspeção e fiscalização, com as quais é feita a verificação regular e sistemática.

Como melhorar a segurança na prescrição no uso e na administração de medicamentos?

Recomenda-se que as doses prescritas sejam conferidas pelo prescritor. Para medicamentos cujas doses são dependentes de peso, superfície corporal e clearance de creatinina, recomenda-se que o prescritor anote tais informações na prescrição, para facilitar a análise farmacêutica e a assistência de enfermagem.