Elaborado por: Daiane Martins Show
Existem tipos diferentes de entrevista e, para cada um deles, instrumentos específicos (roteiros) poderão ser construídos para apoiar a coleta de dados. Sabendo disso, vamos entender como é a construção de uma entrevista para a pesquisa científica. Construção Sobre especificar o que se pretende alcançar, estamos nos referindo à importância de elaborar um roteiro de entrevista que tenha relação com o problema de pesquisa. Sabe o que isso significa? Que os objetivos definidos no seu estudo não podem ser declarados de forma ampla, mas específica.¹ Outro ponto, quando estiver formulando as perguntas que deseja aplicar na entrevista, faça algumas reflexões:¹ a) os aspectos inseridos nas perguntas são realmente importantes e permitem alcançar os objetivos? Esses aspectos, entre outros, como, apresentar no instrumento uma introdução com breve apresentação do objetivo da pesquisa e descrever as instruções sobre como será conduzida a entrevista, são cuidados similares ao de um questionário de pesquisa científica, conforme apresentado no nosso último post “Construção, validação e aplicação de questionário”. Mas algo particular do roteiro de entrevista é que ele pode assumir diferentes formatos, o que o torna mais flexível e pode variar de acordo com o que o pesquisador pretende alcançar. Confira alguns formatos:² Roteiro de entrevista estruturada: o roteiro para a entrevista estruturada é previamente estabelecido. Para esse tipo de entrevista, o pesquisador precisará segui-lo, fazendo questionamentos predeterminados ao
entrevistado, sem a possibilidade de alteração das perguntas. Testagem Não podemos esquecer: todo instrumento de pesquisa precisa passar pela fase de pré-teste. É a partir desse teste, uma aplicação preliminar do roteiro, que o instrumento estará validado para que aconteça a fase de levantamento de dados. Concordamos que ir a campo pode gerar uma maior curiosidade, afinal, é o momento de entrar em contato com o universo da sua pesquisa. Porém, não pule etapas! A função do pré-teste é garantir que o pesquisador mensure, de forma mais assertiva, o que busca analisar. Ou seja, uma avaliação do seu instrumento de coleta.¹ Aplicação Testou o instrumento? Fez os ajustes necessários? Se testou, agora sim poderá ir a campo realizar as entrevistas. Primeiro ponto, neste tipo de coleta, diferentemente da survey, o pesquisador estará sempre presente, o que é um aspecto positivo, pois poderá auxiliar o entrevistado nas possíveis dúvidas que ele tiver sobre a pesquisa. Por outro lado, tome os devidos cuidados na condução para não inibi-lo ou constrangê-lo. Outros aspectos importantes:²
Para encerrar, não se esqueça que, antes de tudo é preciso ter o consentimento do entrevistado para a realização da entrevista, como será registrada, para o que será utilizada e como as informações serão compartilhadas. Gostou dessa dica e gostaria de ficar por dentro de outras sobre pesquisa científica? Então acompanhe os próximos conteúdos aqui no Blog Lapei e no nosso Instagram @lapeiufg. Nota: Fontes das informações apresentadas Como se faz uma entrevista científica?Formule o roteiro das pesquisas com as questões importantes. Atente-se a cumprir o objetivo da pesquisa. Organize uma ordem e tenha cuidado para não elaborar perguntas absurdas, ambíguas ou tendenciosas. E lembre-se que perguntas claras favorecem respostas claras.
Como fazer uma entrevista para projeto de pesquisa?A entrevista precisa ser devidamente pensada com antecedência. É preciso, por exemplo, ter certeza de que a ordem das perguntas é a ideal. Um questionamento precisa conduzir ao outro e permitir uma boa contextualização para que as respostas façam sentido.
O que perguntar em uma entrevista de pesquisa?10 perguntas comuns em entrevistas acadêmicas. Quais seus atuais interesses de pesquisa? ... . Por que você escolheu essa área? ... . Como esta posição se encaixa em seu plano de carreira? ... . Descreva o melhor e o pior chefe que você já teve. ... . O que seus colegas de trabalho diriam sobre você?. O que é uma entrevista científica?A entrevista como coleta de dados sobre um determinado tema científico é a técnica mais utilizada no processo de trabalho de campo. Através dela os pesquisadores buscam obter informações, ou seja, coletar dados objetivos e subjetivos.
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