Como funciona uma termoelétrica quais as fontes de energia utiliza?

O que é: produção de eletricidade a partir da energia térmica, ou seja, a transformação da energia térmica em elétrica. A geração termelétrica pode ser obtida por meio da combustão a partir da queima de combustíveis ou pela fissão nuclear, que transforma energia térmica em cinética (movimento de vapor) e depois em eletricidade.

Como funciona: a transferência de energia na forma de calor é resultado da diferença de temperatura entre dois corpos. Na geração termelétrica, utiliza-se a queima de um combustível para aquecer a água em uma caldeira até se tornar vapor que, associada a alta pressão, faz girar uma turbina, acoplada a um gerador, onde é gerada a eletricidade.

No Brasil, a geração termelétrica possui papel complementar, com operação determinada quando há necessidade de reduzir a produção hidrelétrica a fim de preservar o armazenamento dos reservatórios.

O desafio do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), neste caso, é o de equilibrar a geração termelétrica com a hidrelétrica, evitando vertimento de água dos reservatórios, com acionamento desnecessário de térmicas, cujo custo de combustível onera os consumidores, e racionamento de energia, por ausência do despacho termelétrico.

Histórico: As primeiras usinas termelétricas no Brasil surgiram no século XIX. Em 1883, por exemplo, em Campos dos Goytacazes, foi inaugurada uma termelétrica dotada de três dínamos, com 52 kW para abastecer a iluminação pública – a cidade foi a primeira a contar com iluminação pública como serviço público. Na década de 1920, o país possuía capacidade instalada da ordem de 355 MW, pertencente a 300 empresas, e do total gerado, 78% era proveniente de hidrelétricas e 22% de termelétricas, utilizadas para complementar o suprimento da hidroeletricidade.

Apesar da predominância hídrica no país ao longo dos anos, o Brasil apostou no desenvolvimento de projetos termelétricos como forma de explorar a potencialidade dos recursos fósseis disponíveis (especialmente carvão mineral) e suprir a demanda não coberta pelas hidrelétricas. Em 1940, o governo regulamentou a situação das usinas térmicas, integrando-as à disposição do Código de Águas, criado em 1934.

No caso do carvão mineral, por exemplo, a termelétrica movida a esse combustível mais antiga do país é a usina São Jerônimo, que teve as obras iniciadas em 1948 e inaugurada em 1955, segundo dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). As atividades da usina foram encerradas no fim de 2013, por determinação de órgão ambiental.

Usinas como o Complexo Termelétrico Presidente Médici (Candiota), também saíram do papel na década de 50, quando tiveram início as primeiras pesquisas sobre o aproveitamento do carvão mineral para geração de energia. Candiota I foi inaugurada em 1961. Jorge Lacerda, hoje da Engie Brasil Energia, teve as primeiras unidades geradoras (I e II) entre 1965 e 1967.

Já o uso de combustíveis fósseis líquidos para a geração de energia é menos expressiva na matriz energética. O óleo combustível e óleo diesel foram a base do atendimento aos Sistemas Isolados, no Norte do país, onde até a década de 2010 a maior parte da região estava excluída do Sistema Interligado Nacional (SIN). Esses combustíveis também são utilizados no atendimento à demanda de pico do sistema elétrico, com o uso de motogeradores – em geral por consumidores comerciais, industriais e edifícios.

Em 1954, entrou em operação a térmica Piratininga, a primeira usina a óleo combustível de grande porte do país. Outras usinas a óleo foram sendo implementadas no país, como as térmicas Campos e Santa Cruz, ambas no Rio de Janeiro.

Durante décadas, o atendimento à Amazônia também foi feito por usinas a óleo combustível e diesel, cujo custo é mais elevado em comparação com outras fontes. A região Norte sempre foi caracterizada pelas grandes dimensões territoriais, ocupadas pela Floresta Amazônica, baixa densidade demográfica, dificuldade de acesso a inúmeras localidades, e baixo índice de desenvolvimento econômico.

A redução da dependência da geração a óleo foi intensificada em etapas. Uma delas se deu com a construção de algumas hidrelétricas, como Tucuruí, entre as décadas de 1970 e 1980. A partir de 2003, o governo implantou o programa Luz para Todos, que teve incluído o estudo de alternativas para a substituição da geração fóssil por renovável.

Outra etapa foi a partir da interligação por linhas de transmissão – em 2009, por meio do sistema Acre-Rondônia, e depois, em 2013, por meio da linha Tucuruí – Manaus – Macapá. A conversão de parte das usinas em bicombustíveis, a fim de permitir o uso do gás natural produzido na Amazônia, também tem relação com o movimento.

Por outro lado, o salto das reservas de óleo e gás ocorrido na década de 1980 começou a abrir espaço para o uso do gás natural como fonte de geração de energia elétrica, com a exploração mais intensiva das reservas marítimas da Bacia de Campos, no Rio de Janeiro, e depois em outras regiões, como a Amazônia e o Nordeste. Em 1999, entra em operação o Gasoduto Brasil-Bolívia (Gasbol), com capacidade de transportar 30 milhões de metros cúbicos por dia, volume este distribuído por vários estados do país.

A geração termelétrica, de forma geral, começou a ganhar mais espaço no Brasil a partir dos anos 2000, com a proximidade de um racionamento de energia. O Programa Prioritário de Termelétricas (PPT) foi lançado em fevereiro de 2000 pelo então ministro de Minas e Energia Rodolpho Tourinho (1941-2015), para incentivar a construção de termelétricas a gás e carvão num prazo de 24 meses, inferior aos cinco anos, em média, exigidos por hidrelétricas, de modo que esses empreendimentos pudessem entrar em operação entre 2001 e 2003.

O programa não avançou como esperado e resultou numa segunda iniciativa: o Programa Emergencial de Termelétricas, que resultou na construção de 21 termelétricas, sendo que grande parte delas iniciou operação comercial a partir de 2002, após o racionamento de 2001.

O Novo Modelo do Setor Elétrico, que resultou no marco regulatório em vigor desde 2004, criou condições para a expansão da geração termelétrica, com a criação dos leilões de energia nova. No entanto, em setembro de 2006, um grupo de termelétricas da Petrobras estavam paradas por falta de gás e quando o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) determinada o despacho térmico, as usinas não produziam energia alegando falta de combustível. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) determinou a realização de testes de desempenho em que atestou geração abaixo da determinada – 13 usinas foram testadas e foi constatado um déficit total de 3.624,55 MW médios.

Com isso, a Aneel firmou termo de compromisso com a Petrobras a fim de elevar a oferta de gás natural para atendimento das termelétricas entre os anos de 2007 e 2011, sob risco de penalidades.

Entre 2007 e 2008, com a falta de projetos hidrelétricos e a ausência de gás para novos projetos, termelétricas a óleo tiveram expansão mais acelerada na matriz energética. Parte desses projetos, desenvolvida pela Bertin, que totalizou aproximadamente 6 GW, não saiu do papel, deixando distribuidoras de energia contratualmente descobertas. Alguns projetos foram adquiridos por outros empreendedores, enquanto outros foram revogados.

Com a crescente pressão pela redução das emissões de gases de efeito estufa, que culminaram no Acordo de Paris, e com custos variáveis unitários mais elevados, usinas a carvão mineral e a óleo combustível passaram a ser substituídos por usinas renováveis. No entanto, o gás natural passou a ser considerado na expansão da oferta, especialmente com o aumento da oferta motivado pela exploração de reservas localizadas no Pré-Sal brasileiro.

Confira a MegaBase de Dados para acessar informações sobre a geração termelétrica brasileira.

É bom saber também: 

  • com a assinatura do termo de compromisso entre a Aneel e a Petrobras, o Brasil passou a contar com terminais de regaseificação de gás natural liquefeito (GNL), nos estados do Rio de Janeiro, Bahia e Ceará. Os terminais abriram espaço para a importação de gás, além do oriundo da Bolívia, e criou uma possibilidade de expansão da oferta. Os três terminais possuem capacidade de regaseificar 41 milhões de m³/dia de gás natural.
  • além dos combustíveis fósseis, é possível gerar energia térmica a biomassa, especialmente a partir do bagaço de cana-de-açúcar. O conceito é o mesmo, mas em vez da queima de combustível fóssil, é possível utilizar resíduos da cana, tipos de capim, cavaco de madeira e lixo urbano, entre outros tipos. No caso da biomassa, a geração termelétrica pode ser comercializada como fonte incentivada, a depender do montante de energia injetado no SIN.

Como funciona uma usina termelétrica e quais as fontes de energia que podem ser utilizadas nesse tipo de usina?

Como funciona a usina termoelétrica As usinas termoelétricas produzem energia elétrica por meio do aquecimento da água e consequente movimentação de pás dos geradores em caldeiras, onde se queimam produtos altamente combustíveis, como carvão mineral, madeira, gás natural, óleo diesel e outros.

Como é uma termoelétrica como ela funciona?

Usinas termelétricas produzem energia a partir da queima de carvão, óleo combustível e gás natural em uma caldeira, ou pela fissão de material radioativo (como o urânio). O calor gerado a partir destes elementos transforma em vapor a água presente em tubos localizados nas paredes da caldeira.

Quais as possíveis fontes de energia poderiam ser utilizadas em uma usina termoelétrica?

As usinas termelétricas (UTE) produzem energia por meio da queima de combustíveis fósseis como petróleo, carvão mineral e gás natural, ou também pelo processo chamado de fissão, que envolve o uso de material radioativo.

Qual é a fonte de energia utilizada pela termelétrica essa fonte renovável ou não renovável?

Em geral as fontes de energia utilizadas pelas termoelétricas não são renováveis,sendo a maioria de origem fóssil.