Um breve resumo sobre as principais ideais desse livro da Robin Williams. Show Embora a quarentena não esteja sendo tão tranquila, nem tampouco ociosa pra mim, tenho tentado aproveitar bastante os momentos em que eu perdia me deslocando pela cidade [moro longe dos centros comerciais] pra dormir [sim, muito!], mas principalmente pra ler e escrever, já que são atividades que requerem tempo e concentração. E esse livro da Robin Williams, “Design para quem não é design” tem sido um dos meus companheiros de cabeceira junto da minha garrafa de água, do meu notebook e dos meus fones de ouvido. Sobre o livroA primeira publicação desse livro foi em 1994 [sim, ele tem praticamente a mesma idade que eu], esse versão que tenho é a 8a edição. Então, não espere um livro sobre as últimas tendências de design nem sobre quais as tecnologias que os unicôrnios andam utilizando. Mas ele traz conteúdos atemporais e conceitos que são fundamentais ao design inclusive hoje com produtos digitais. E pra nós entusiastas, porém iniciantes, é um livro que certamente tem muito a acrescentar. A escritora, Robin Williams, tem uma produção bastante extensa com cerca de 70 livros publicados, além de ser uma estudiosa da obra de ninguém mais que William Shakespeare. Nesse texto, eu vou focar nos primeiros 5 capítulos do livro que falam sobre os 4 princípios básicos do design. O restante do conteúdo eu vou guardar pra um próximo texto ;) Os quatro princípios básicosProximidadeSegundo esse princípio, o próprio livro diz de forma bem resumida:
A primeira imagem temos formas que não são correlacionadas colocadas uma ao lado da outra. Já a segunda imagem vemos uma organização muito mais clara. Para uma mensagem clara, num contexto em que você “não pode errar em comunicar”, nem pode perder o tempo precioso do leitor com abstrações, a segunda imagem vai certamente ser a mais assertiva no princípio de aproximidade. AlinhamentoO alinhamento é quase que um refinamento do conceito de aproximidade. Uma vez que a aproximadade liga com a coesão do conteúdo que são colocados num local que faça sentido pra que essa coesão de conteúdo ocorra, o alinhamento da estrutura desse conteúdo é a cereja do bolo. A estética precisa ter consistência. Seguir uma linha estrutural é importante pra dar essa conscistência. Todas aquelas regras da ABNT [sim, aquelas chatas do TCC]. Chatas, porém importantes, já que um dos itens principais das regras é justamente o alinhamento, cujo mais indicado é o de texto justificado. Os tipos mais comuns de alinhamento são: centralizado, justificado, à esquerda e à direita. Dentro do design, de um modo geral, não existem um consenso quanto a qual é o melhor e em qual momento usar. Pra isso, tudo vai depender da peça/contexto em que você vai colocar um determinado conteúdo e, principalmente, definir padrões na hora de usar. Não pode existir aleatoriedade. Como veremos o exemplo abaixo: RepetiçãoInteressante nesses princípios, é que ao mesmo tempo que são distintos entre si, eles são também complementares. E, retomando o as aspecto da não-aleatoriedade que falamos no princípio anterior, a repetição reforça que seguir um padrão de aspectos que você escolha no design é muito importante pra comprensão da pessoa que vai consumir o seu conteúdo, e ajuda, e muito, pra que ela se identifique com aquilo que ela está consumindo. A sua tipografia, uma forma geométrica, relações espaciais, cores, layout são elementos que podem ser repetidos ao longo do seu produto e que vão ajudar nessa linha editorial. Não é à toa que criamos assets de branding de uma empresa pra serem aplicados e usados por todos de modo padrão. Isso não só facilita o processo no dia-a-dia [já que pensar numa nova linha editorial todas as vezes que fosse fazer um ppt pra um cliente, por exemplo, levaria a compania à falência em pouco tempo haha], como também a ajuda a manter a identidade daquele produto pro mundo externo. Repetição é também reconhecimento, e reconhecimento rápido de algo ou alguém. Sabe aquela música sertaneja que mesmo que você não goste dela você sabe cantar? Então, a repetição daquela música na rádio, no streaming e nos comerciais do YouTube contribuíram pra isso. hahaha. Peças de campanhas diferentes do Itaú, mas que seguem um padrão/repetição estética com as cores e tipografia que na hora nos remetem à identidade da marca.ContrasteTalvez de todos os princípios, esse seja o mais aparente e gritante pra mundo externo que recebe um conteúdo. Ele tem o poder de chamar a atenção e guiar o leitor pra onde é necessário. Formas de se conseguir contraste:
Como é possível notar, contraste é ousadia. Mas uma ousadia consciente e muito bem cronometrada. O Senac faz essa aplicação de contraste muito bem na sua logo. E percebam que existe uma lógica pra variação de contraste.Não seja tímidoNão, esse não faz parte dos 4 princípios do design. Mas a autora destaca esse fator como sendo fundamental pra que você chegue na excelência dos outros princípios. Pra isso, ela orienta:
Mais uma vez o design me encorajando na vida[e espero que a você também]! E com esse ensinamento precioso eu fecho esse texto com chave de ouro, e me despeço. Até mais com a continuação dos conteúdos desse livro que ainda vai continuar na minha cabeceira até depois da quarentena. o/ Para quem não e designer?Robin Williams, de maneira clara e didática, ensina que qualquer pessoa pode elaborar páginas com uma estética melhor. Por ser um livro de design para leigos, a autora dá dicas e ensina truques para as mais variadas situações do dia a dia, que vão desde a elaboração de um simples panfleto até a elaboração de um jornal.
Porque design não e arte?Enquanto a arte propõe uma interpretação subjetiva de suas obras, o design propõe algo objetivo, onde as pessoas serão capazes de entender e podem vir a comprar o produto e/ou serviço apresentado ou aderindo a uma ideia, no caso de uma propaganda.
Quais os melhores livros de design?Princípios Universais do Design — William Lidwell. ... . Pensar com tipos: guia para designers, escritores, editores e estudantes — Ellen Lupton. ... . Fundamentos Essenciais da Ilustração — Andrew Hall. ... . A Psicologia das Cores — Eva Heller. ... . Manual de Identidade Visual — Daniella Munhoz. ... . O Design do Dia a Dia — Donald Norman.. O que não fazer no design?Para te ajudar, separamos alguns erros que você deve evitar se quiser se tornar um grande designer gráfico.. 1 - Falta de cuidado com as fontes. ... . 2 - Erros ortográficos. ... . 3 - Confundir RGB e CMYK. ... . 4 - Plágio. ... . 5 - Excesso de informações. ... . 6 - Bagunça estética. ... . 7 - Desalinhamento. ... . 8 - Não pensar no público.. |