O atendimento educacional especializado foi criado para dar suporte para os alunos

Conte�do de autoria de Mara L�cia Sartoretto e Rita Bersch �2022. O conte�do deste site pode ser livremente reproduzido, no todo ou em parte, desde que citada a fonte.

O que � uma Sala de Recursos Multifuncionais - SRMF?

S�o espa�os f�sicos localizados nas escolas p�blicas onde se realiza o Atendimento Educacional Especializado - AEE.

As SRMF possuem mobili�rio, materiais did�ticos e pedag�gicos, recursos de acessibilidade e equipamentos espec�ficos para o atendimento dos alunos que s�o p�blico alvo da Educa��o Especial e que necessitam do AEE no contraturno escolar.

A organiza��o e a administra��o deste espa�o s�o de responsabilidade da gest�o escolar e o professor que atua neste servi�o educacional deve ter forma��o para o exerc�cio do magist�rio de n�vel b�sico e conhecimentos espec�ficos de Educa��o Especial, adquiridos em cursos de aperfei�oamento e de especializa��o.

O atendimento educacional especializado foi criado para dar suporte para os alunos

O que � o atendimento educacional especializado (AEE)?

O atendimento educacional especializado (AEE) � um servi�o da educa��o especial que identifica, elabora, e organiza recursos pedag�gicos e de acessibilidade, que eliminem as barreiras para a plena participa��o dos alunos, considerando suas necessidades espec�ficas" (SEESP/MEC, 2008).

O ensino oferecido no atendimento educacional especializado � necessariamente diferente do ensino escolar e n�o pode caracterizar-se como um espa�o de refor�o escolar ou complementa��o das atividades escolares. S�o exemplos pr�ticos de atendimento educacional especializado: o ensino da L�ngua Brasileira de Sinais (LIBRAS) e do c�digo BRAILLE, a introdu��o e forma��o do aluno na utiliza��o de recursos de tecnologia assistiva, como a comunica��o alternativa e os recursos de acessibilidade ao computador, a orienta��o e mobilidade, a prepara��o e disponibiliza��o ao aluno de material pedag�gico acess�vel, entre outros.

O atendimento educacional especializado foi criado para dar suporte para os alunos

O que � tecnologia assistiva e que rela��o ela tem com a Sala de Recursos Multifuncional ?

De acordo com a defini��o proposta pelo Comit� de Ajudas T�cnicas (CAT), tecnologia assistiva "� uma �rea do conhecimento, de caracter�stica interdisciplinar, que engloba produtos, recursos, metodologias, estrat�gias, pr�ticas e servi�os que objetivam promover a funcionalidade, relacionada � atividade e participa��o, de pessoas com defici�ncia, incapacidades ou mobilidade reduzida, visando sua autonomia, independ�ncia, qualidade de vida e inclus�o social. (CAT, 2007)

A tecnologia assistiva � um recurso ou uma estrat�gia utilizada para ampliar ou possibilitar a execu��o de uma atividade necess�ria e pretendida por uma pessoa com defici�ncia. Na perspectiva da educa��o inclusiva, a tecnologia assistiva � voltada a favorecer a participa��o do aluno com defici�ncia nas diversas atividades do cotidiano escolar, vinculadas aos objetivos educacionais comuns. S�o exemplos de tecnologia assistiva na escola os materiais escolares e pedag�gicos acess�veis, a comunica��o alternativa, os recursos de acessibilidade ao computador, os recursos para mobilidade, localiza��o, a sinaliza��o, o mobili�rio que atenda �s necessidades posturais, entre outros.

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Como se organiza o servi�o de tecnologia assistiva na perspectiva da educa��o inclusiva?

No atendimento educacional especializado, o professor far�, junto com o aluno, a identifica��o das barreiras que ele enfrenta no contexto educacional comum e que o impedem ou o limitam de participar dos desafios de aprendizagem na escola. Identificando esses "problemas" e tamb�m identificando as "habilidades do aluno", o professor pesquisar� e implementar� recursos ou estrat�gias que o auxiliar�o, promovendo ou ampliando suas possibilidades de participa��o e atua��o nas atividades, nas rela��es, na comunica��o e nos espa�os da escola.

A sala de recursos multifuncional ser� o local apropriado para o aluno aprender a utiliza��o das ferramentas de tecnologia assistiva, tendo em vista o desenvolvimento da autonomia. N�o poderemos manter o recurso de tecnologia assistiva exclusivamente na sala multifuncional para que somente ali o aluno possa utiliz�-lo.

A tecnologia assistiva encontra sentido quando segue com o aluno, no contexto escolar comum, apoiando a sua escolariza��o. Portanto, o trabalho na sala se destina a avaliar a melhor alternativa de tecnologia assistiva, produzir material para o aluno e encaminhar estes recursos e materiais produzidos, para que eles sirvam ao aluno na escola comum, junto com a fam�lia e nos demais espa�os que frequenta.

S�o focos importantes do trabalho de tecnologia assistiva na perspectiva da educa��o inclusiva:

  • a tecnologia assistiva numa proposi��o de educa��o para autonomia,

  • a tecnologia assistiva como conhecimento aplicado para resolu��o de problemas funcionais enfrentados pelos alunos, e

  • a tecnologia assistiva promovendo a ruptura de barreiras que impedem ou limitam a participa��o destes alunos nos desafios educacionais.

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A tecnologia assistiva � uma �rea de atua��o da educa��o ou � exclusiva da �rea cl�nica?

O tema da tecnologia assistiva nasceu associado � ideia de reabilita��o e era inicialmente vinculado � pr�tica de profissionais da sa�de. A mudan�a de entendimento sobre o que � a defici�ncia e especialmente o novo modelo biopsicossocial e ecol�gico de compreend�-la como o resultado da intera��o do indiv�duo, que possui uma altera��o de estrutura e funcionamento do corpo, com as barreiras que est�o impostas no meio em que vive; mostram-nos que os impedimentos de participa��o em atividades e a exclus�o das pessoas com defici�ncia s�o hoje um problema de ordem social e tecnol�gica e n�o somente um problema m�dico ou de sa�de.

As grandes e mais importantes barreiras est�o, muitas vezes, na falta de conhecimentos, de recursos tecnol�gicos, na n�o aplica��o da legisla��o vigente, na forma como a sociedade est� organizada de forma a ignorar as diferentes demandas de sua popula��o.

Nesse sentido, o conceito e a pr�tica da tecnologia assistiva tamb�m evolui saindo da concep��o de recursos m�dicos ou cl�nicos para um bem de consumo de um usu�rio que busca um apoio tecnol�gico para resolu��o de um problema de ordem pessoal e funcional. Nessa perspectiva, o usu�rio deixa de ser um paciente e assume o papel de quem busca no �mbito da tecnologia assistiva a informa��o sobre o que � mais apropriado para suprir a sua defici�ncia e os recursos dispon�veis para o seu caso espec�fico. A tecnologia assistiva envolve hoje v�rias �reas do conhecimento tais como a sa�de, a reabilita��o, a educa��o, o design, a arquitetura, a engenharia, a inform�tica, entre outras.

A tecnologia assistiva �, acima de tudo, um recurso de seu usu�rio e a equipe coloca seu conhecimento � disposi��o para que ele encontre o recurso ou a estrat�gia que atenda a sua demanda de atuar e participar de tarefas e atividades de seu interesse.

Na pr�tica, em se tratando de crian�as com defici�ncia, o lugar por excel�ncia da atua��o da tecnologia assistiva � a sala de recursos multifuncional, onde se oferece um servi�o que identifica, elabora e disponibiliza recursos que ampliam a participa��o do aluno com defici�ncia nos desafios educacionais propostos pela escola comum.

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Para saber mais: baixe nos links abaixo os livros que lhe ajudar�o entender este tema. Os arquivos est�o em formato PDF, e requerem um leitor de PDF, como o Sumatra (pequeno, f�cil de usar e gratuito):

Textos sobre o Atendimento Educacional Especializado.

  • Pol�tica Nacional de Educa��o Especial na Perspectiva da Educa��o Inclusiva

  • Atendimento Educacional Especializado e Laborat�rios de Aprendizagem: O Que S�o e a Quem se Destinam (80kB)

Livros sobre o Atendimento Educacional Especializado.

  • A Educa��o Especial na Perspectiva da Inclus�o Escolar. O Atendimento Educacional Especializado para Alunos com Defici�ncia Intelectual

  • A Educa��o Especial na Perspectiva da Inclus�o Escolar. Os alunos com defici�ncia visual, baixa vis�o e cegueira

  • A Educa��o Especial na Perspectiva da Inclus�o Escolar. Abordagem Bil�ngue na Escolariza��o de Pessoas com Surdez

  • A Educa��o Especial na Perspectiva da Inclus�o Escolar. Surdocegueira e Defici�ncia M�ltipla

  • A Educa��o Especial na Perspectiva da Inclus�o Escolar. Recursos Pedag�gicos Acess�veis e Comunica��o Aumentativa e Alternativa

  • A Educa��o Especial na Perspectiva da Inclus�o Escolar. Orienta��o e mobilidade, adequa��o postural e acessibilidade espacial

  • A Educa��o Especial na Perspectiva da Inclus�o Escolar. Livro Acess�vel e Inform�tica Acess�vel

  • A Educa��o Especial na Perspectiva da Inclus�o Escolar. Transtornos Globais do Desenvolvimento

  • A Educa��o Especial na Perspectiva da Inclus�o Escolar. Altas Habilidades/Superdota��o

  • AEE - Pessoa com Surdez

  • AEE - Defici�ncia F�sica

  • AEE - Defici�ncia Mental

  • AEE - Defici�ncia Visual

  • Manual de Acessibilidade

  • Portal de Ajudas T�cnicas - Recursos Pedag�gicos Adaptados

  • Portal de Ajudas T�cnicas - Recursos para Comunica��o Alternativa

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Qual é o objetivo do atendimento educacional especializado?

O atendimento educacional especializado - AEE tem como função identificar, elaborar e organizar recursos pedagógicos e de acessibilidade que eliminem as barreiras para a plena participação dos alunos, considerando suas necessidades específicas.

Quanto ao Atendimento educacional Especializado é correto afirmar?

Pergunta 4 0,5 em 0,5 pontos Em relação ao atendimento educacional especializado, é correto afirmar: Resposta Selecionada: d. É oferecido por um profissional habilitado ou especialista na área de educação especial.

Quando iniciou o atendimento educacional especializado no Brasil?

Assim, para garantir o direito à aprendizagem e de acesso ao currículo, o AEE foi criado em 2008 pela Política nacional de educação especial na perspectiva da educação inclusiva.

São objetivos do atendimento educacional especializado exceto?

De acordo com o Art. 3º do Decreto nº 7.611/2011 são objetivos do atendimento educacional especializado, EXCETO: A) Prover condições de acesso, participação e aprendizagem no ensino regular e garantir serviços de apoio especializado de acordo com as necessidades individuais dos estudantes.