O que as empresas devem fazer para ajudar o meio ambiente?

O que as empresas devem fazer para ajudar o meio ambiente?

A preocupação com o meio ambiente é talvez a pedra-fundamental da discussão hoje em prática sobre o direcionamento do processo produtivo para a gestão responsável dos recursos, e não apenas para a geração de riqueza e consumo. Com diversos exemplos em todo o mundo, é possível afirmar que a evolução dos processos da iniciativa privada em relação à preservação de recursos naturais gera resultados mais favoráveis não somente para a sociedade e para as gerações futuras, mas para as próprias companhias, inclusive com ganhos financeiros.

Além da preocupação com os processos produtivos e a busca por soluções para a substituição de insumos, as empresas têm a capacidade de influenciar o comportamento do consumidor – considerando-se aqui não apenas o cliente final, mas também o consumidor corporativo de bens e serviços e os responsáveis pelas compras públicas.

Há anos, sinaliza-se que a principal causa dos problemas sociais e ambientais são os padrões insustentáveis de produção e consumo. Mas a verdadeira revolução no cenário econômico mundial e o equilíbrio entre o poder produtivo e a preocupação com o impacto no meio ambiente dependem de diversos fatores.

Nesse ponto, temos mais perguntas do que respostas. A primeira questão diz respeito a quem é o responsável por criar novos padrões de consumo: o governo, as empresas ou os consumidores?

Avaliando a condução dessas mudanças, percebe-se que as empresas já trabalham para oferecer aos consumidores produtos sustentáveis e que os próprios consumidores já buscam alternativas aos produtos tradicionais. No entanto, o consumo gera resíduos e sua administração ainda é tema de debates sobre a eficiência das políticas públicas. De um lado, a indústria geradora; do outro, o cliente/consumidor. Quem deve se responsabilizar pela correta destinação dos resíduos sólidos, incluindo embalagens, caixas e restos orgânicos?

A indústria, como principal utilizadora de recursos naturais, já tem oferecido diversas soluções para reintegrar seus resíduos ao processo produtivo. Entretanto, está em discussão a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que traz as diretrizes para a resolução dessa questão, mas pede forte empenho coletivo para sua aplicação. Um caminho viável é a constituição de acordos setoriais que indiquem o percurso mais adequado para cada tipo de resíduo. Com essa experiência será possível aprimorar a legislação, ainda frágil. Para viabilizar a proposta em andamento, é fundamental o comprometimento do poder público, das empresas e da sociedade como um todo.

Levando o debate à origem dos insumos, o respeito pela biodiversidade merece atenção. Essa questão tem preocupado cientistas e estudiosos em todo o mundo. Dados comprovam que as medidas já adotadas para a sua preservação estão aquém da real necessidade de controle da exploração das fontes naturais. Há registros de perda de 35% dos mangues do planeta, de extinção total de florestas em 25 países e de degradação de 50% das áreas úmidas da Terra, bem como de 30% dos recifes de corais, que chegaram a um ponto em que é impossível sua recuperação. A participação da iniciativa privada cresce. Segundo estudo da consultoria McKinsey, 53% dos CEOs das grandes empresas se preocupam com perdas da biodiversidade, o que indica que as organizações devem trabalhar no sentido de identificar seus impactos negativos e como neutralizá-los, gerenciar riscos e mapear oportunidades.

A questão ambiental pede, também, maior atenção de políticas públicas voltadas à conservação das florestas. Ainda é embrionário o processo de harmonização das atividades exploratórias, que pode ser incrementado com mecanismos de compensação, ainda não previstos no Código Florestal Brasileiro, e o desenvolvimento do valor econômico e dos ativos das florestas. Mesmo assim, os especialistas se mostram otimistas, tendo em vista que o Brasil é o país que mais reduziu emissões de carbono relacionadas ao desmatamento e segue com a meta de desmatamento zero até 2020.

Preservar o meio ambiente e os recursos naturais é um dos maiores desafios do ser humano, ao lado do combate à miséria e à fome. Foi por volta dos anos 70 que a preocupação com a preservação da natureza e com a sustentabilidade começou a sair de movimentos sociais isolados e dos meios acadêmicos e científicos, ganhando o mundo empresarial. Hoje, uma gestão sustentável é vista pelas empresas como uma questão de sobrevivência – do planeta e de seus próprios negócios.

A verdade é que o mundo corporativo já entendeu que as empresas precisam atuar como agentes sociais que são, exercendo, na prática, uma gestão sustentável voltada para a defesa e para a preservação do meio ambiente. É uma exigência dos próprios consumidores, que hoje buscam por esse tipo de postura e querem consumir produtos e serviços apenas de quem defende o planeta.

Mas como as empresas podem promover uma gestão sustentável verdadeiramente atuante? Como podem sair do discurso e colocar em prática ações que façam, de fato, a diferença para o planeta? Mais do que isso, como minimizar os impactos ambientais da sua empresa? É o que a Lema Ambiental responde agora, neste conteúdo produzido por nossos especialistas.

O que é gestão sustentável?

O conceito de desenvolvimento sustentável começou a se tornar conhecido fora dos meios acadêmicos quando a Organização das Nações Unidas (ONU) publicou, em 1987, essa expressão em um relatório intitulado “Nosso futuro comum”. A ideia de que não há progresso sem um uso inteligente dos recursos naturais, simplesmente para que não se esgotem, ganhou corpo, e a sustentabilidade virou bandeira nos cinco continentes. É, portanto, um conceito relativamente novo, mas hoje enraizado e cada vez mais difundido.

Em um trecho do documento “Nosso futuro comum”, o desenvolvimento sustentável é definido como “o desenvolvimento que satisfaz as necessidades atuais sem comprometer a habilidade das futuras gerações de atender suas próprias necessidades”. Em suma, não há negócios sem recursos naturais, porque na falta deles não há futuro. Portanto, é preciso preservá-los, bem como ao meio ambiente.

As empresas demoraram um pouco, mas logo perceberam que era preciso unir negócio e sustentabilidade, trazendo esse conceito (e prática) para o seu dia a dia. É preciso encontrar um equilíbrio sadio entre o lucro, a economia, o mercado, o social e o ambiental. Uma gestão sustentável busca exatamente isso, ou seja, as empresas também assumem a bandeira do meio ambiente, da preservação da vida e do planeta, por meio de uma gestão preocupada de verdade com a sustentabilidade.

Uma gestão sustentável é baseada em um Sistema de Gestão Ambiental, ou seja, um conjunto de medidas que a empresa assume e põe em prática para eliminar quaisquer consequências negativas de suas operações sobre o meio ambiente, bem como utilizar de forma sustentável os recursos naturais. Uma gestão sustentável sai do discurso e parte para a ação, mudando toda a cultura da empresa e envolvendo todo o seu ecossistema, dos acionistas aos fornecedores, incluindo sua direção e seu time de colaboradores.

Os benefícios dessa gestão

De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, “negócios sustentáveis fazem parte de um novo modelo empresarial, onde produtos e serviços baseiam na incorporação de forma integrada dos aspectos sociais, econômicos e ambientais e suas estratégias devem ir para além da mera tecnologia, abrangendo todo o ciclo de vida do produto – da matéria-prima à eliminação”.

Os benefícios de uma gestão sustentável são muitos, entre os quais podemos destacar:

• Forte ganho de imagem com os consumidores, o que traz mais clientes e fidelidade;

• Redução de custos, com diminuição do desperdício e de contas de água e energia elétrica, além dos gastos com insumos;

• Maior engajamento do time de colaboradores, que passa a sentir mais orgulho da empresa;

• Aumento da competitividade;

• Resultados reais no combate aos impactos ambientais promovidos pelas operações da empresa;

• Conformidade com a legislação ambiental, o que oferece segurança jurídica, eliminando a possibilidade de autuações ou multas de órgãos governamentais competentes;

• Mudança de cultura organizacional.

Os principais desafios de uma gestão sustentável

Não são poucos os desafios de uma gestão ambiental. O primeiro deles certamente é a adesão real dos acionistas e da direção da empresa. Sem isso, dificilmente um Sistema de Gestão Ambiental será colocado em prática, e aos colaboradores restará entender que a gestão sustentável é “discurso para inglês ver”. A adesão deve acontecer de ponta a ponta, inclusive chegando aos fornecedores.

A elaboração de um Sistema de Gestão Ambiental, que tire do discurso e coloque em prática a preservação do meio ambiente e o uso sustentável dos recursos naturais, também é um enorme desafio, e requer foco, dedicação, trabalho e comprometimento. É claro que isso não acontece do dia para a noite, assim a empresa precisa se preparar e mudar toda uma cultura do desperdício, e isso – convenhamos – não é nada fácil. Não se trata apenas de imprimir ou não um documento em papel, é muito mais do que isso.

O desconhecimento da legislação ambiental também pode atrapalhar uma gestão sustentável. Estar em conformidade com as leis é condição básica para respeitar o meio ambiente. Por fim, é preciso lembrar que é preciso investir em recursos humanos e treinamento porque um Sistema de Gestão Ambiental não pode simplesmente ser copiado de uma página na internet: colaboradores precisam ser preparados ou uma consultoria deve ser contratada, o que significa custo. Nunca é demais lembrar, no entanto, que isso que alguns podem chamar de custo, é, na verdade, investimento. E com excelentes retornos!

10 formas de minimizar os impactos ambientais da sua empresa

1) Faça uma correta gestão dos seus resíduos. É preciso saber como coletar, armazenar, transportar, tratar e dar a devida destinação ao lixo da empresa.

2) Adote a coleta seletiva dos resíduos.

3) Reduza o consumo de papel. Lembre-se, inclusive, que a transformação digital é a porta de entrada para a Indústria 4.0. Digitalizar os processos e documentos traz eficiência, agilidade, produtividade e economia.

4) Recicle o que for possível reciclar.

5) Reduza a conta de água e de energia elétrica. Os resultados da empresa agradecerão, e a natureza também.

6) Faça uso da logística reversa, ou seja, recolha e reutilize, quando possível, produtos e materiais que tiverem o ciclo produtivo encerrado.

7) Embalagens descartáveis? Substitua-as por refis recicláveis.

8) Copinhos de café e água nunca mais! Distribua canecas de louça para cada colaborador tomar seu café e sua água sem agredir o meio ambiente.

9) Incentive os colaboradores a usarem meios de transporte alternativos, como bicicletas. É preciso contar com uma determinada infraestrutura para isso. Aqueles que aderirem podem ser recompensados (e isso não gera custo porque não será preciso utilizar vale-transporte).

10) Opte por parceiros que adotem a mesma política e optem por insumos recicláveis e não poluentes.

A gestão sustentável respeita a legislação ambiental

É preciso conhecer e respeitar as leis voltadas para a preservação do meio ambiente e a sustentabilidade. Isso pode parecer lógico – e até é – mas conhecer e acompanhar a legislação ambiental brasileira não é nada fácil. Ela está em constante mutação, ora eliminado uma lei aqui, ora acrescentado uma lei ali e muitas vezes modificando o que já existe.

A Lema Ambiental oferece, há mais de 20 anos, um software referência de mercado com toda a legislação ambiental brasileira sempre muito bem atualizada. É preciso foco, dedicação e expertise, e nossos especialistas não só deixam tudo em dia como entendem as mudanças realizadas, fazem a leitura das normas, leis, decretos e atos e descrevem os procedimentos que as empresas precisam adotar especificamente em seus negócios. Dessa forma, sua empresa se mantém totalmente em dia, garantindo sua segurança jurídica e em conformidade com a legislação.

O que as empresas podem fazer para preservar o meio ambiente?

Meio ambiente e sustentabilidade: como as empresas podem ajudar?.
Gestão de resíduos sólidos;.
Reciclagem;.
Investimento em ações de responsabilidade social;.
Reuso da água;.
Adoção de processos de produção mais limpos;.
Consumo consciente de energia;.
Definição de metas para redução de emissão de carbono;.

O que as empresas devem fazer para reduzir os impactos ambientais?

10 formas de minimizar os impactos ambientais da sua empresa.
Faça uma correta gestão dos seus resíduos. ... .
Adote a coleta seletiva dos resíduos..
Reduza o consumo de papel. ... .
Recicle o que for possível reciclar..
Reduza a conta de água e de energia elétrica..

Qual a responsabilidade das empresas com o meio ambiente?

Os próprios colaboradores podem ser os idealizadores de ideias e ações para tornarem suas tarefas diárias mais sustentáveis, como a diminuição do desperdício, reciclagem, reutilização, uso responsável de recursos naturais, descarte adequado, entre outras ações.